Administração de Dados

Por André Luís Santos de Aguiar




INTRODUÇÃO

VISÃO GERAL

HISTÓRICO

CONTROVÉRSIAS

ÁREAS DE ATUAÇÃO

FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO ADMINISTRADOR DE DADOS

FUNÇÕES

ATRIBUIÇÕES

PLANEJAMENTO

PADRONIZAÇÃO

OPERACIONALIZAÇÃO

AD x ABD (DISTINÇÃO)

IMPLEMENTAÇÃO DA AD ATRAVÉS DO USO DE BANCO DE DADOS

BENEFÍCIOS

FERRAMENTAS DE ADMINISTRAÇÃO DE DADOS

Enciclopédia

Dicionário de dados

Formas de atuação de um dicionário de dados

Onde podemos usar um dicionário de dados

Benefícios do uso do dicionário de dados

Requisitos de um dicionário de dados

Modelo de dados de um dicionário de dados

Diagrama de Fluxo de dados

Vantagens

Desvantagens

Diagramas Computadorizados

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA


INTRODUÇÃO

O Tema abordado no trabalho é Administração de Dados. Iniciaremos mostrando a sua importância e a seguir procuraremos esclarecer as diferenças entre a Administração de Dados (AD) e a Administração de Banco de Dados (ABD) para continuar explicando suas atribuições, ferramentas e os benefícios causados.

VISÃO GERAL

A princípio, definiremos o que seria Dado:

O processamento de dados moderno é composto por ações que criam e modificam dados, com controles de precisão adequados e processos que usam, analisam, sumariam e manipulam dados, ou imprimem documentos com os dados.

As empresas, sendo informatizadas ou não, fazem uso da AD. O dado é um bem da empresa, possuindo existência própria na organização independente dos procedimentos, e assim como todos os outros deve ser armazenado, atualizado, compartilhado e disponibilizado, de fácil interpretação e ser exato.

Um sistema de informações da empresa necessita de dados para ser implementado porque a matéria-prima que o nutre são os dados. Quando eles entram no sistema têm um determinado valor e à medida que são processados se transformam em informação adquirindo um valor ainda maior, dependendo do planejamento e da forma como foram manipulados. Ele é importante na empresa para dar apoio à tomada de decisões, atuando no processo das transações, no planejamento e controle operacional, no planejamento gerencial, e estratégico-político da organização.

Os sistemas primitivos utilizavam o processamento separado, que apesar de serem eficientes acarretavam em redundâncias, no entanto, o advento dos sistemas integrado de dados acrescentou muitos benefícios que serão abordados ao longo do desenvolvimento do trabalho.

Uma das ferramentas que possibilitou esta abordagem foi o uso de Banco de Dados. É por isso, que se confunde bastante as funções de AD e ADB.

HISTÓRICO

Este histórico baseia-se no início da utilização do computador na AD. A década de 60 se caracterizou por um maior investimento em hardware, equipamentos caros, pequenas aplicações na automatização do processo e o aparecimento de redundâncias. A partir de 70, houve também investimentos em software, equipamentos mais baratos, maior número de aplicações e um início de tentativa de integração, os dados ainda não analisados já fazem parte das aplicações. O investimento em software aumenta ainda mais na década de 80, quando a sociedade está mais informatizada, a diversificação de aplicações é maior, metodologia para as atividades ( diagrama de fluxo de dados, programação estruturada) e a empresa depende cada vez mais dos seus dados; necessitando, consequentemente, de uma administração mais eficaz sobre eles. Na década de 90, surge o princípio da engenharia da informação que trata especificamente de DADOS + ATIVIDADES + TECNOLOGIAS + PESSOAS simultaneamente, caracteriza-se pela distribuição controlada do processamento. Há uma maior preocupação com o usuário final e os sistemas não voltados para a automação das empresas.

A situação atual, após estas décadas anteriormente abordadas, resultou em os dados vinculados a aplicações específicas, pouca ou nenhuma integração de sistemas, redundância de dados, duplicidade de processamentos organizacionais e computacionais, dificuldade da gerência da empresa em tomar decisões estratégicas e difícil extração de informações. O desenvolvimento das aplicações se tornou lento e caro, difícil manutenção das informações, resultando em desgaste de pessoal, usuário insatisfeito e a empresa não alcança seus objetivos finais.

CONTROVÉRSIAS

Falamos até agora em administração de dados, mas existem algumas controvérsias com relação à definição de seu escopo. A administração geral de dados engloba três funções bem definidas e interrelacionadas, que equivalem aos três modelos abordados na arquitetura ANSI/X3/SPARC: o administrador de dados que tem como função definir o modelo conceitual; o administrador de aplicação é responsável pelo modelo externo ;e o Administrador de Banco de Dados , pelo modelo interno. O primeiro se refere a uma visão lógica e global dos dados, ele deve abordar todos os objetos do sistema de informação da empresa independente da aplicação, porque esta já é uma preocupação do modelo externo que visa um subconjunto do modelo conceitual para uma aplicação específica da empresa. O modelo interno se preocupa com a implementação física dos dados através de um banco de dados. Há várias alternativas para a Administração Geral de Dados (AGD). Uma delas apresenta um único grupo responsável pela AGD e cujas responsabilidades praticamente se restringem aos dados armazenados em Banco de Dados, mas a alternativa que estamos adotando para definir as atribuições e funções, baseiam-se na divisão de responsabilidades da AGD entre a Administração de Dados, responsável pelos recursos de dados de forma genérica e o administrador de Banco de dados, responsável pelos dados contidos em Banco de Dados. Desta maneira a função de Administração de Dados existe antes mesmo da implantação de um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).

ÁREAS DE ATUAÇÃO

A Administração de Dados é inerente a todas as empresas, em maior ou menor grau, está presente na organização interna dos processos, distribuída entre os diversos departamentos. A equipe de informática pode estar, portanto, ligada em nível de assessoria da alta gerência, atuando em todas as áreas e sintetizando as informações para ajudá-la no planejamento estratégico. De outra forma, a equipe poderia estar localizada inicialmente num departamento de informática e depois com a ampla utilização dos dados por toda a empresa, ela passaria para um nível de assessoria, essa segunda visão é mais primitiva, no entanto ainda é bastante utilizada. Talvez porque as empresas não se encontram bastante amadurecidas para a implantação da primeira alternativa.

O administrador precisa reportar-se a um nível adequadamente elevado e ter bastante incentivo para garantir que bons modelos de dados sejam construídos e adotados. Os administradores de dados efetivos normalmente se reportam à autoridade máxima em termos de sistemas de informações gerenciais(MIS), como mostra a figura abaixo, tendo uma ligação gerencial com os centros de informações e gerentes de projetos.

A engenharia da informação representa um passo substancial à frente da administração de dados convencional. Ela requer um administrador para ambos os dados e outros conhecimentos residentes na enciclopédia. Esta pessoa deve-se reportar-se a um nível adequadamente elevado.

As áreas de atuação específicas do Administrador de Dados envolve basicamente a análise e descrição geral de dados, a definição do modelo conceitual , o projeto lógico do Banco de Dados e ainda a análise funcional dos dados.


FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO ADMINISTRADOR DE DADOS

FUNÇÕES

O administrador de dados deve disseminar, para todas as áreas da organização, a existência e o significado dos dados. Esta prática permite que os outros administradores da empresa tenham a visão geral necessária para definir seus planos de ação.

Pelo fato dos dados estarem acessíveis a várias áreas distintas, estas necessitam consultar e atualizar com freqüências, volumes e conteúdos distintos. Alguns destes dados possuem valor inestimável para determinados departamentos, portanto, o AD deve ter como função o gerenciamento deles como patrimônio ou bem da empresa. Isto engloba validade e idade entre outros atributos.

Além destas funções, o administrador de dados deve facilitar e apoiar o desenvolvimento e manutenção destes sistemas, minimizando seus custos. Isto é possível a partir do momento em que, trabalhando com dados centralizados, a tarefa referente a análise de dados no desenvolvimento seria menor, tendo em vista a base de dados já planejada e em operação na empresa.

Segue abaixo algumas outras funções do Administrador de Dados:

ATRIBUIÇÕES

As atribuições a seguir são uma forma de os Administradores de Dados atingirem os objetivos determinados em suas funções.

Para desempenhar as suas funções, os Administradores de Dados devem se guiar por um plano de ação que se divide nas seguintes etapas: planejamento, padronização e operacionalização, descritos abaixo:

PLANEJAMENTO

O Administrador de Dados deve conhecer a empresa como um todo. Deve ter conhecimento da organização funcional, ter participação ou conhecimento do planejamento estratégico, tático e operacional da empresa. Além disto, deve ainda conhecer seus objetivos e sua área de atuação. Estes requisitos têm importância a partir da necessidade do Administrador de Dados planejar o modo como os dados serão cruzados para gerar informações de alto valor, além da distribuição das informações entre as outras áreas da organização.

Deve participar o P.D.I (Plano Diretor de Informática) a fim de, tendo conhecimento dos investimentos na área de informática, definir o melhor meio para gerenciamento dos dados e fazer sua modelagem aberta à implementação de novos sistemas. Um dos meios de conseguir a eficiência da modelagem e, ao mesmo tempo, disciplinar (controlar) a utilização dos dados é participando do desenvolvimento de sistemas na empresa.

PADRONIZAÇÃO

Os procedimentos de padronização têm como principal objetivo a viabilização das atribuições da etapa de operacionalização.

A unificação da nomenclatura e definição de um modelo a ser seguido por toda a empresa facilita o trabalho de manutenção e organização dos dados, reduzindo custos e aumentando o grau de compreensão das informações por todos os departamentos.

Segue-se então, uma lista das atividades desta etapa:

OPERACIONALIZAÇÃO

As atribuições abaixo, referentes a terceira e última etapa, a operacionalização, irão garantir a funcionalidade com eficiência da AD.

O Administrador de Dados deve manter o suporte a alterações e criações de fluxo de dados da empresa. Como, pelas tarefas de planejamento, o Administrador de Dados necessita ter visão sistêmica da organização, compete a ele orientar as atividades dos diversos departamentos a fim de manter a integração, unidade e compreensão dos dados da empresa.

Para fazer a modelagem conceitual da empresa, isto é, definir os objetivos, funções, atividades, atuação, etc., o Administrador de Dados necessita ter uma visão que possa distinguir a entidades, os atributos e os relacionamentos relevantes aos processos.

Deve formalizar um sistema de dicionário de dados (SDD), complementando a tarefa da etapa de padronização - definição de nomenclatura. Este SDD será um catálogo de referência para utilização dos dados por toda a empresa.

AD x ABD (DISTINÇÃO)

Embora com nomes semelhantes, a Administração de Dados e Administração de Banco de Dados têm em suas características as principais diferenças.

Enquanto a AD se preocupa com o gerenciamento do dado como patrimônio da empresa, a ABD será responsável pelo gerenciamento físico e dos acessos ao banco de dados.

Enquanto a AD deve ater-se ao entendimento do dado e dar suporte aos departamentos usuários, a ABD irá se preocupar com o desempenho do banco de dados ao atender todos os departamentos.

A AD preocupa-se com a segurança e integridade do dado quanto à fonte, enquanto que a ABD, com a segurança e integridade quanto à guarda e manipulação.

A AD prepara o modelo conceitual de dados da empresa e a ABD deverá implementar tal modelo em ambientes de banco de dados (lógico/físico).


IMPLEMENTAÇÃO DA AD ATRAVÉS DO USO DE BANCO DE DADOS

A AD é uma técnica que sozinha gera a falta de planejamento e dificuldade para fixação de normas e padrões, o BD juntamente com o SGBD sendo usados passarão a funcionar como uma ferramenta importante no acesso às informações e/ou dados. A AD como já vimos, define o modelo conceitual de dados mas para este ser levado à implementação física possibilitando o desenvolvimento de novas aplicações sobre os dados já instalados, é necessário o uso de um BD, pois este não é orientado para um único programa e pode ser compartilhado por várias aplicações de departamentos diferentes de uma única empresa, ajudando na integração e possibilitando a obtenção de informações estratégicas para a gerência.


BENEFÍCIOS

Com a utilização da técnica de administração de dados, uma empresa consegue saber realmente quanto ela tem de valor dos dados, dentro da organização. Este fator é essencial porque os dados são considerados, atualmente o maior bem para uma empresa.

Como os dados vão atender a todas as áreas da empresa, tornando-se mais difundido, seu custo tem decrescido acentuadamente, fazendo com que diminua também os custos na parte de desenvolvimento e manutenção de sistemas. Contudo para ser utilizados nas diversas áreas organizacionais é necessário fazer um controle ou eliminar dados redundantes e fazer com que os dados sejam utilizados da melhor maneira: disponibilização mais rápida dos dados, fazê-los chegar ao local correto em um intervalo de tempo menor, diminuindo a burocracia dentro da empresa.

Através da AD a empresa pode obter isto e acima de tudo facilitar a tomada de decisões pelos seus gerentes, que é um dos maiores benefícios que esta técnica traz.


FERRAMENTAS DE ADMINISTRAÇÃO DE DADOS

Enciclopédia

O coração da engenharia da informação é, uma enciclopédia. A enciclopédia é um repositório computadorizado que ordenadamente acumula informações relativas a planejamento, análise, projeto, construção e, mais tarde, manutenção de sistemas. As ferramentas de engenharia de sistemas assistida por computador (CASE) e de engenharia de informação empregaram dois tipos de repositório: um dicionário e uma enciclopédia.

· Um dicionário contém nomes e descrições de itens de dados, processos, variáveis, etc.

· Uma enciclopédia contém as informações deste dicionário e uma representação completa e codificada de planos, modelos e projetos, com ferramentas para fazerem a verificação cruzada, análise de correlação e validação. A enciclopédia armazena o significado representado em diagramas e garante a consistência desta representação. Ao contrário de um simples dicionário, a enciclopédia entende o projeto.

Durante o andamento das fases da engenharia da informação, os conhecimentos são acumulados e armazenados em uma enciclopédia. O conceito de enciclopédia é fundamental para engenharia da informação. Os modelos de dados e de processos e as informações de planejamento são armazenados na enciclopédia, assim como os fatos, normas e políticas vigentes na organização e em seus sistemas. A enciclopédia é construída gradativamente à medida que a empresa coloca em prática a engenharia da informação.

A enciclopédia armazena o significado representado em diagramas e garante a consistência desta representação. As representações gráficas derivam-se da enciclopédia e são usadas para atualizá-las através de ferramentas CASE. A enciclopédia contém muitas regras relativas aos conhecimentos nela armazenados, e aplica o processamento de regras, uma técnica de inteligência artificial para garantir um alto grau de precisão, integridade e completeza nos planos, modelos e projetos. Portanto, a enciclopédia é uma base de conhecimentos que não só armazena informações para o desenvolvimento como também auxilia a controlar a sua exatidão e validade.

Qualquer diagrama na tela de uma ferramenta CASE é uma particularidade de um conjunto maior de conhecimentos que pode estar contido na enciclopédia. Esta normalmente contém muito mais detalhes do que os que estão no diagrama. Este detalhe pode ser exibido em janelas através da navegação via "mouse" dentro de um hiperdiagrama.

Dicionário de dados

Um dicionário de dados é um repositório de dados sobre dados. Adicionalmente entende-se como "dicionário de dados", também o conjunto de procedimentos para criar e manter este repositório.

Diz-se então que um sistema de dicionário de dados (SDD) é um software para coletar, manter e publicar informações sobre dados. As informações sobre os dados são denominadas de metadados(dados sobre os dados).

É muito comum associar o dicionário de dados a uma ferramenta de descrição e documentação de dados para posterior utilização por um SGBD (sistema gerenciador de banco de dados). Isto porque o termo dicionário não reflete acuradamente toda a sua capacidade e potencialidade.

O dicionário de dados é um instrumento para administrar dados como recursos da organização e um reservatório para todas as informações definitivas sobre dados da organização, incluindo identificação sobre características, relacionamentos e autorizações.

O dicionário de dados, em alguns casos, constitui uma ferramenta capaz de armazenar, além dos dados sobre os dados, também formatos de telas, descrições de relatórios, estruturas de diálogo, associações entre os dados, verificações de validade, controle de segurança, autorizações para leitura ou modificações de dados, campos utilizados para criar campos derivados, faixas permissíveis, relações lógicas entre valores dos dados, etc.

Ferramentas deste tipo são de uma necessidade inquestionável no auxílio ao desenvolvimento de software com altas taxas de produtividade e qualidade. A tendência atual consiste na criação de um conjunto integrado de:

- Sistema de dicionário de dados

- Sistema de apoio à concepção de aplicações

- Sistema de apoio ao desenvolvimento

- Sistema de gerência de banco de dados(SGBD)

Portanto, os sistemas de dicionários de dados são muito mais do que simples ferramentas de documentação de dados, são complexos sistemas de informação, gerenciamento e controle de dados.

Quando os dados são vistos como recursos organizacionais, um SDD proporciona um abrangente sistema de apoio geral, envolvendo todas as áreas que, de alguma maneira, manipulam os dados armazenados no computador.

Do ponto de vista estrutural, um SDD é um sistema integrado com funções para coletar, armazenar e difundir metadados, consistindo basicamente de:

1) Repositório de metadados: onde são armazenados os metadados sobre todos os dados e seus usos no processamento de informações da organização.

Tipos de metadados que podem ser armazenados:

- Modelo de dados

- Estruturas de dados

- Entidades que processam os dados

- Entidades de segurança

- Relacionamentos entre entidades

- Etc.

2) Função de manutenção: um sistema de gerenciamento e controle de todos os metadados no dicionários de dados. Proporciona interface com o usuário e facilidades para manutenção e obtenção de relatórios, tanto on-line como batch.

3) Interfaces com outros softwares: proporciona a capacidade para importar ou exportar metadados de e para outros softwares em uso na organização.

Formas de atuação de um dicionário de dados

Os sistemas de dicionários de dados são normalmente classificados de acordo com o grau de interação com o ambiente da instalação. Existem basicamente 3 maneiras de atuação do dicionário de dados:

- Dicionários de dados PASSIVO

- Dicionário de dados ATIVO

- Dicionário de dados DINÂMICO

As duas primeiras modalidades são as mais conhecidas. Normalmente não é feita nenhuma distinção entre as formas de atuação ativa e dinâmica, entretanto, existe uma diferença entre as duas, não meramente semântica, razão pela qual são apresentadas as suas características específicas.

Diz-se que o DD é passivo quando o metadado não é utilizado como entrada ou saída por nenhum processo externo ao DD. Isto é, não existe nenhuma interação ou integração com outros softwares da instalação.

O metadado somente é incluído e mantido no dicionário de dados mediante ação explícita do usuário.

O DD é dito do tipo ativo quando o metadado é extraído do dicionário de dados para uso em outro sistema de processamento de dados. Ou, vice-versa, quando um processo externo ao dicionário de dados gera entradas para o DD.

Neste caso já existe um bom nível de interação do DD com outros softwares da instalação. Entretanto uma vez feita a interação, esta é incorporada aos objetos afetados, numa relação estática entre o DD e os objetos com que interage.

Este uso é restrito a processos como compilações ou geração de parâmetros de entrada para utilitários, tais como:

- geração da definição de dados para SGBD;

- geração de estruturas de acesso para L4G(linguagem de 4a. geração)

- incorporação aos programas de critérios de seleção de dados;

- incorporação aos programas de critérios de validação de dados;

- incorporação aos programas de algoritmos especiais.

O DD é classificado como dinâmico quando o metadado necessário para controlar alguma função específica é extraído do dicionário de dados durante a execução do processo que o necessita. Para tanto, o DD deve ficar permanentemente ativo durante a execução de sistemas de aplicação, ou qualquer outro software da instalação.

Este tipo de dicionário de dados também é denominado de in-line. São exemplos de informações a serem buscadas no DD quando necessárias:

- algoritmos especiais;

- dados de segurança de acesso a sistemas e dados;

- dados de controle de rede;

- critérios de validação de campos.

Cada uma das formas de atuação do dicionário de dados tem suas vantagens e desvantagens, em função, principalmente, da freqüência de inclusões e exclusões de informações no dicionário, e da sobrecarga imposta ao sistema. A tabela a seguir resume estas características:

Forma Ativa

Forma Dinâmica

Performance do Sistema

O DD é acessado uma única vez, por ocasião da compilação ou execução do utilitário.

O DD precisa ser acessado repetidamente, durante a execução dos sistemas, de acordo com a demanda.

Volatilidade dos

Metadados

Sempre que o metadado é alterado, cada sistema (processo) que utiliza o metadado e necessita mudança, tem que ser atualizado.

Quando o metadado é alterado, não é necessário alterar os sistemas (processo) que o utilizam. As alterações estão imediatamente disponíveis e são utilizadas assim que o sistema (processo) acessa o DD.

Onde podemos usar um dicionário de dados

Os usos de um dicionário de dados são múltiplos. A seguir relacionamos as áreas onde ele pode ser utilizado:

- Planejamento de dados

- Modelagem de processos

- Consultas sobre informações de análise e planejamento

- Planejamento de dados

- Modelagem de dados

- Incorporação de bibliotecas

- Referências cruzadas (XREF)

- Geração da definição dos campos do banco de dados

- Geração e documentação das estruturas de dados

- Geração das definições sobre segurança de dados

- Referências cruzadas

Benefícios do uso do dicionário de dados

Um dicionário de dados traz inúmeros benefícios como ferramenta de apoio a todas as atividades do ciclo de vida de um projeto à organização da área de processamento eletrônico de dados como um todo.

Os benefícios não decorrem automaticamente da instalação do DD, muito planejamento e esforço tem que ser dispendido até que se consiga implantar com sucesso um dicionário de dados.

Além do apoio essencial à administração de dados e administração de banco de dados, o DD

( suas extensões) proporciona um local centralizado para documentar todas as informações referentes à fase de análise.

Um DD automatizado permitirá responder com rapidez e segurança perguntas do tipo:

- Quais as entidades/relacionamentos pertencentes a um determinado cliente/usuário ?

- Quais as entidades do cliente que são vista por um determinado projeto?

- Quais os atributos da entidade "x" que são vistos pelo projeto "y" ?

- em que procedimentos é utilizado o evento "x" ?

Requisitos de um dicionário de dados

De uma maneira geral, a maioria dos dicionários de dados (DD) para mainframes é concebida para dar apoio a um determinado sistema de gerência de banco de dados(SGBD) e, como conseqüência, os objetos manipulados pelo DD estão intimamente associados ao modelo lógico e físico do banco de dados em particular.

Assim, os DDs para mainframes, têm funções de suportar os processo de programação e projeto físico do banco de dados, tais como geração e manutenção de estruturas de dados e categorias que processam estes dados.

Os requisitos abaixo não estão diretamente associados a metodologia, mas são considerações de nível geral, que, se satisfeitas, tornam o DD uma ferramenta mais útil e eficiente:

- Permitir o acoplamento de funções específicas do usuário às funções padrões do dicionário-extensões;

- On-line e interativo;

- Interface com mais de um SGBD;

- Facilidade de uso;

- Ser ativo;

- Suprir validações e consistências: nomes duplicados, definições incorretas, relacionamentos incompletos;

- Permitir definição de esquema de segurança de acesso aos metadados;

- Funções especiais para o administrador do dicionários de dados separadas das funções para usuários normais;

- Editor de texto para todo o tipo de categoria tratada pelo dicionário;

- Permitir consultas e relatórios para todas as categorias e seus inter-relacionamentos, inclusive as da instalação;

- Controle de sinônimos;

- Permitir referências cruzadas entre todas as categorias, inclusive as da instalação.

Modelo de dados de um dicionário de dados

O modelo de dados global foi dividido em modelos de dados parciais, cada um deles com a sua área de atuação específica:

- Apoio à fase de planejamento de aplicações

- Apoio à modelagem de dados

- Apoio à formação de procedimentos

- Apoio ao projeto de banco de dados

Diagrama de Fluxo de dados

Vantagens

As principais que podem sem apontadas são:

s Descreve qualquer tipo de rotina, da mais simples à mais complexa.

s Adequado para descrever relações complexas típicas das empresas em

qualquer área.

s Permite uma visão global e clara do universo que será abordado.

s Descreve como funciona um sistema em todos os seus componentes

envolvidos.

s Facilita a leitura não dando margem a amplas interpretações.

s Ajuda na localização das deficiências e suas repercussões.

s Substitui todos os métodos descritivos-narrativos com vantagem, quando

não permite interpretações.

s Facilita na análise de modificações mostrando todos os pontos que serão

afetados.

s Facilita uma atualização de inclusões ou de modificações mostrando

claramente as alterações efetuadas.

s Permite fazer comparações entre dois fluxos, por exemplo, atual versus

proposto.

s Padroniza e agiliza as transcrições, facilita leitura, enfatiza os pontos

importantes e não permite a dupla interpretação, cada símbolo é um só com

apenas um significado.

Desvantagens

Apesar de ser uma das ferramentas mais empregadas pelo analista de OSM em seu

trabalho, existem alguns "senões":

s A variedade de técnicas disponíveis para a construção de diagramas, em

sistemas, é suficiente para que se possa afirmar que sempre existirá uma que,

aplicada a um problema específico, não apresentará desvantagens. O que

ocorre é que o profissional acaba viciado em um único tipo, só se aplica esse

e, em vez de facilitar o trabalho acaba dificultando-o para si mesmo e para

toda a equipe.

s Qualquer um dos diagramas apresentados é um modo de representar

esquematicamente uma determinada realidade e, portanto, não tem condições

de representar a totalidade das alternativas ou situações possíveis na

realidade. Se o analista desejar descrever a realidade, acabará criando uma

infinidade tão grande de símbolos ( que iriam representar as diversas

situações) que resultará num desenho tão complexo que eliminará os

objetivos básicos de qualquer diagrama. A simplicidade deve sempre

prevalecer, mesmo que se omitam pequenas informações.

s Em qualquer um dos diagramas apresentados, há a necessidade de se

trabalhar com símbolos padronizados. No entanto, essa padronização não é

aceita integralmente por todos da área (exemplo o símbolo de arquivo). Esse

fato gera problemas na comunicação até entre analistas de um mesmo grupo de trabalho.

Diagramas Computadorizados

Um dos princípios da engenharia da informação preconiza que os diagramas constituem a principal forma de comunicação entre os profissionais responsáveis pelo projeto e planejamento e pela enciclopédia. Os diagramas são construídos e exibidos na tela de uma estação de trabalho. Esta interage com analista, planejadores, projetistas e usuários para permitir a elaboração de um projeto assistido por computador. Fazendo uso dos recursos de zoom, janelas, aninhamentos e outras técnicas computacionais, a estação de trabalho manipula diagramas que, se desenhados em papel, seriam extremamente extensos.

Diagramas são usados para explorar o conteúdo complexo da enciclopédia e extrair componentes úteis de um projeto. Eles são a interface de entrada que permite a inclusão e a alteração de dados na enciclopédia.

Disciplinas semelhantes à engenharia estão baseadas em técnicas formais. A aplicação de técnicas formais às necessidades complexas e mutantes do mundo dos negócios de hoje sem o uso de ferramentas automatizadas não é considerada viável. As ferramentas automatizadas impõem formalidade, aumentam a velocidade na qual os sistemas podem ser construídos e modificados e coordenam o grande volume de conhecimentos que devem ser coletados e atualizados. As informações obtidas nos níveis mais altos da pirâmide podem ser usadas automaticamente à medida que os analistas e implementadores evoluírem para as fases mais detalhadas.


CONCLUSÃO

A Administração de Dados deveria ser utilizada em todas as empresas para diminuir a manutenção dos programas e facilitar o desenvolvimento dos sistemas. Tanto os setores a nível transacional e operacional quanto a nível estratégico seriam beneficiados, pois poderiam dispor de um sistema de informações eficiente para melhoria de processos e tomada de decisões. A AD garante a validade, a exatidão, a consistência, a disponibilização dos dados entre outras características.

A AD é uma técnica que não deveria ser utilizada isoladamente e sim fazendo uso de todas as ferramentas possíveis, principalmente o Dicionário de Dados e um Banco de Dados Integrado para facilitar o compartilhamento das informações.


BIBLIOGRAFIA

Voltar à minha página.

1