ACONTECIMENTOS
PROFÉTICOS
Um Esboço
Cronológico da Profecia, do Arrebatamento ao Estado Eterno
B.Anstey
VERDADES VIVAS
Título do original em Inglês: "Outline of Prophetic Events
Chronologically Arranged From the Rapture to the Eternal State", por Bruce
Anstey, Vancouver, Canadá.
ÍNDICE
PRIMEIRA PARTE
ESBOÇO DOS
ACONTECIMENTOS PROFÉTICOS
PREFÁCIO. |
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A PROMESSA DA
VINDA DO SENHOR |
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A VINDA DO
SENHOR - O ARREBATAMENTO |
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DEPOIS DESTAS
COISAS |
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A
SEPTUAGÉSIMA SEMANA DE DANIEL |
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O PRINCÍPIO
DAS DORES (PRIMEIROS TRÊS ANOS E MEIO) |
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A METADE DA
SEMANA |
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A GRANDE
TRIBULAÇÃO (ÚLTIMOS TRÊS ANOS E MEIO) |
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A INDIGNAÇÃO |
|
ARMAGEDOM |
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A VINDA DE
CRISTO (SEGUNDA VINDA) |
|
A RESTAURAÇÃO
DE ISRAEL |
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O MILÊNIO |
|
O ESTADO
ETERNO |
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SEGUNDA PARTE
SUMÁRIO DAS
BATALHAS
Sumário das
Batalhas Durante a Indignação |
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1- Daniel
11-12 |
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2- Apocalipse
16.12-21 |
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3- Números
24.20-25 |
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4- Invasões
de Nabucodonosor e dos Caldeus na Época de Zedequias |
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5- Jeremias 26-33 |
|
6- Jeremias 46-51 |
|
7- Ezequiel 24-48 |
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8- Obadias |
|
9- Sofonias
1-3 |
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10- Invasões
dos Assírios na Época de Acaz e Zedequias (2 Cr 28-32) |
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11- Isaías
9.8-12.6 |
|
12- Isaías
13-27 |
|
13- Isaías
28-35 |
|
14- Joel 1-3 |
|
15- Miquéias
1-5 |
|
16- Salmos 42-49 |
|
17- Salmos
79-87 |
|
PREFÁCIO
O
grande propósito de Deus é o de glorificar a Seu Filho, nosso Senhor Jesus
Cristo, e fazer convergir nEle todas as coisas, tanto no céu como na Terra (Ef
1.10 Almeida Versão Atualizada). A profecia nos revela como Deus irá cumprir
esse propósito concernente ao Seu Filho. "O testemunho de Jesus é o
espírito de profecia." (Ap 19.10.) O propósito que existe por detrás de toda
a profecia é o de trazer honra e glória ao nosso Senhor Jesus, e não meramente
satisfazer o intelecto do homem. Este livro não tem o propósito de comparar os
eventos que encontramos nas notícias dos jornais com as profecias das
Escrituras, pois a profecia propriamente dita não está se cumprindo nos dias de
hoje. É nosso desejo, no entanto, fornecer ao leitor um esboço resumido dos
eventos que muito em breve deverão ocorrer. O escritor não reivindica
originalidade da verdade aqui compilada. Trata-se simplesmente daquilo que
homens piedosos reunidos ao nome do Senhor (Mt 18.20) têm desfrutado e ensinado
nos últimos 150 anos.
Embora não
possamos ser dogmáticos quanto à cronologia exata de cada evento em particular,
tomou-se o cuidado de se seguir uma ordem bíblica sequencial. Isto foi difícil
em algumas partes, pois muitos detalhes ocorrerão simultaneamente. Que o efeito
dessas coisas seja o de nos levar para mais perto do Senhor Jesus Cristo, e
fazer com que elevemos nossos olhos em jubilosa expectativa pelo Seu iminente
retorno.
Bruce Anstey
A PROMESSA DA VINDA DO SENHOR
A Bendita Esperança
O
Senhor Jesus prometeu: "Na casa de meu Pai há muitas moradas, se não fosse
assim eu vo-lo teria dito: Vou preparar-vos lugar. E, se eu for, e vos preparar
lugar, virei outra vez e vos levarei para que onde eu estiver estejais vós
também." Ele também afirmou: "Certamente cedo venho". A
esperança adequada ao cristão é aguardar o Senhor para qualquer momento. Há
muitas indicações que nos levam a concluir que a vinda do Senhor está muito
próxima. O Senhor pode vir ainda hoje! Jo 14.2-3; Ap 22.20; Hb 10.37.
A VINDA DO SENHOR
O Arrebatamento
O Senhor Jesus Cristo descerá do céu
com alarido, com a voz do arcanjo, e com a trombeta de Deus. Trata-se do
arrebatamento. 1 Ts 4.15-18.*
* É de extrema importância entender a
distinção que existe nas Escrituras entre o arrebatamento e a vinda de Cristo.
O arrebatamento não deve ser confundido com a vinda de Cristo. Embora o Senhor
venha do céu em ambas as ocasiões, o arrebatamento e a vinda de Cristo são
eventos que claramente diferem um do outro. Arrebatamento é quando o
Senhor vem PARA os Seus santos (Jo 14.2,3) -- Vinda de Cristo é
quando Ele vem COM os Seus santos (que foram levados à glória no
arrebatamento) Jd 14; Zc 14.5. O arrebatamento pode acontecer a qualquer
momento -- a vinda de Cristo não acontecerá até cerca de 7 anos após o
arrebatamento. No arrebatamento o Senhor vem secretamente, num piscar de olhos
(1 Co 15.52) -- em Sua vinda Ele vem publicamente e todo olho O verá (Ap 1.7).
No arrebatamento Ele vem para libertar a Igreja (1 Ts 1.10) -- em Sua vinda Ele
vem para libertar Israel (Sl 6.1-4). No arrebatamento Ele vem nos ares para a
Sua Igreja, pois é o Seu povo celestial (1 Ts 4.15-18) -- em Sua vinda Ele
volta à Terra (no local chamado Monte das Oliveiras) para Israel que é o Seu
povo terrenal (Zc 14.4,5). No arrebatamento é o próprio Senhor Quem reúne os
Seus santos (1 Ts 4.15-18; 2 Ts 2.1) -- em Sua vinda Ele envia os Seus anjos
para reunir os eleitos de Israel (Mt 24.30,31). No arrebatamento Ele leva os
crentes para fora deste mundo, deixando para trás os ímpios (Jo 14.2,3) -- em
Sua vinda os ímpios são tirados do mundo para julgamento e os crentes (aqueles
que tiverem se convertido por meio do evangelho do Reino que será pregado
durante a tribulação) são deixados para desfrutar de bênçãos na Terra (Mt
13.41-43; 25.41). No arrebatamento Ele vem para libertar os Seus santos (a
Igreja) da ira vindoura (1 Ts 1.10) -- em Sua vinda Ele vem para derramar a Sua
ira (Ap 19.15). No arrebatamento Ele vem como o Noivo, para receber Sua noiva,
a Igreja (Mt 25.6,10) -- em Sua vinda Ele vem como o Filho do Homem em juízo
sobre aqueles que O rejeitaram (Mt 24.27, 28). No arrebatamento Ele vem como a
"Estrela da Manhã" que desponta pouco antes de raiar o dia (Ap 22.16)
-- em Sua vinda Ele vem como o "Soll de Justiça", que é o próprio
raiar do dia (Ml 4.2). No arrebatamento Ele vem sem quaisquer sinais, pois o
cristão anda por fé e não por vista (2 Co 5.7) -- já a Sua vinda será cercada
de sinais pois os judeus pedem sinais (Lc 21.11,25-27; 1 Co 1.22). Nas
Escrituras NUNCA é feita referência ao arrebatamento como um
"ladrão de noite". Este termo refere-se à vinda do Senhor (1 Ts 5.2;
2 Pd 3.10; Mt 24.43; Ap 16.15; 3.3). Em um certo sentido há três vindas. Sua
vinda PARA o que era Seu (Primeira Vinda Jo 1.10,11; Hb 10.7), Sua vinda
PARA os que Lhe pertencem (Arrebatamento Jo 14.2,3; 1 Ts 4.15-18 --
N.T.: ou "PELOS que Lhe pertencem"), e Sua vinda COM os
que Lhe pertencem (A Vinda de Cristo Jd 14).
O
alarido é para acordar os que "morreram em Cristo" (Nota do
Tradutor: o sentido exato desse alarido ou brado é o de uma ordem ou comando).
Estes são os santos que dormem, os quais foram redimidos na era do Novo
Testamento. Eles ressuscitarão e sairão de seus sepulcros para se encontrar com
o Senhor nos ares. A expressão "em Cristo" aparece muitas vezes no
ministério do apóstolo Paulo e refere-se à posição diante de Deus, a qual está
segura no Cristo ressuscitado e glorificado (Gl 3.28). Os santos do Antigo
Testamento não estão, por assim dizer, "em Cristo", embora estejam a
salvo com Ele no céu. Esta é a primeira ressurreição.*
*Há duas ressurreições nas Escrituras
(Jo 5.29; At 24.15). A "primeira ressurreição" (Ap 20.4-6), também
chamada de "ressurreição da vida" (Jo 5.29) e a "ressurreição do
justo" (Lc 14.14), que é a ressurreição apenas dos justos que morreram na
fé. Esta é mencionada como a ressurreição "dentre os mortos" (Fp
3.11; Cl 1.18 e vv. seguintes -- Almeida Versão Revisada), o que implica uma
seleção. Todos os mortos não ressuscitam simultaneamente, mas alguns (os
justos) são selecionados e separados dos outros (os ímpios). A primeira
ressurreição acontece em três etapas: primeiro Cristo, as primícias, uma
amostra dos outros que se seguirão (Mt 28.1-8); em seguida, os que são de
Cristo na Sua vinda (1 Ts 4.15-18; 1 Co 15.23); e finalmente, os santos que se
voltarão a Deus durante a tribulação, quando serão martirizados e, então,
ressuscitados no final dos 7 anos (Ap 14.13). Todos os que irão tomar parte na
primeira ressurreição desfrutarão de uma herança celestial com Cristo e
reinarão por sobre a Terra (Ap 5.9-10). A segunda, chamada "ressurreição
da condenação" (Jo 5.29) e também "ressurreição dos injustos" (At
24.15), é a ressurreição das pessoas ímpias que morreram sem fé. Elas serão
ressuscitadas após os 1.000 anos do reinado de Cristo (Milênio) (Ap 20.7,
11-15). Todos os que forem ressuscitados naquela ocasião, do número dos que
sobraram dos mortos, permanecerão diante do grande trono branco de Cristo para
serem julgados de acordo com as obras ímpias que praticaram. Todos os que
tomarem parte naquela ressurreição serão lançados no lago de fogo. Ap 20.11-15.
A voz do
arcanjo é, aparentemente, a voz do próprio Senhor no poder do arcanjo. Parece
estar mais em conexão com a ressurreição dos santos do Antigo Testamento. O
Senhor apareceu frequentemente ao Seu povo naquela época numa forma angelical e
eles estão familiarizados com aquela voz que lhes falou outrora. Ao som de Sua
voz arcangélica os santos do Antigo Testamento sairão de seus sepulcros e
também participarão da primeira ressurreição. Hb 11.40; 12.23
("aperfeiçoados").
A trombeta
de Deus* encerrará esta presente dispensação**, quando todos os crentes que
estiverem vivos sobre a Terra no momento de Sua vinda serão arrebatados
juntamente com os santos do Antigo e Novo Testamentos, os quais ressuscitarão e
sairão de seus sepulcros a fim de se encontrarem com o Senhor nos ares.
*Não se deve confundir aqui a trombeta
de Deus com a última das sete trombetas de Ap 11.15-18, as quais serão tocadas
7 anos mais tarde, no final da tribulação, quando Cristo descerá do céu (a
Vinda de Cristo) para tomar posse do Reino neste mundo. Tampouco ela deve ser
confundida com a trombeta soada em Mt 24.30,31 e Is 27.13, que refere-se à
reunião de Israel, pelos anjos, após a vinda de Cristo.
** Uma dispensação é a maneira como
Deus trata com o homem durante um determinado período de tempo, quando este é
provado e testado quanto à obediência a certas revelações definidas da vontade
de Deus. Por exemplo, desde os dias de Moisés até Cristo o homem foi provado
sob a Lei. O período atual é chamado de "dispensação da graça de
Deus" (Ef 3.2). No Milênio o homem será provado sob o reinado pessoal de
Cristo, sem a presença de um tentador (Satanás). É a chamada "dispensação
da plenitude dos tempos" (Ef 1.10). Existem ao todo sete dispensações nas
quais o homem tem sido provado: em inocência, em consciência (da expulsão do
jardim do Éden ao dilúvio), em autoridade ou governo (do dilúvio a Abraão), sob
a promessa (de Abraão a Lei), sob a Lei (da Lei a Cristo), sob a graça (de
Cristo ao arrebatamento), sob o reinado pessoal de Cristo (da vinda de Cristo
ao final do Milênio).
Os corpos dos
santos arrebatados para encontrar o Senhor nos ares passarão por uma
transformação. Não se trata de receberem novos corpos, mas corpos modificados
(1 Co 15.51, 52; Fp 3.21; Jó 14.14). Seus corpos serão glorificados como
aconteceu com o corpo do Senhor Jesus Cristo na ressurreição. Rm 8.17,28-30; Fp 3.21; Lc 24.39.
Os santos
arrebatados experimentarão, além de uma mudança física, uma permanente
semelhança moral a Cristo. Essa obra moral nos santos, que é efetuada pelo
Espírito de Deus, já teve início enquanto ainda se encontram neste mundo, mas
então ela se completará. (Rm 8.28-30; 2 Co 3.18). Serão todos semelhantes a
Cristo fisicamente (Fp 3.21) e moralmente (1 Jo 3.2) para todo o sempre.
A natureza
pecadora arruinada será erradicada dos santos arrebatados. Eles não pecarão
mais. Hb 11.40; 12.23 ("aperfeiçoados" diz respeito à pessoa na sua
totalidade -- corpo, alma e espírito), Nm 24.20 ("Amaleque" tipifica
a carne).
As crianças com
idade insuficiente para serem consideradas responsáveis por seus pecados, cujos
pais (ou mesmo um deles) são redimidos, subirão também para encontrar o Senhor
nos ares. (1 Co 7.14 "santos".) Os filhos de pais incrédulos serão
deixados com seus pais não salvos para entrarem na tribulação.* À medida que
forem crescendo, durante a tribulação, terão oportunidade de ouvir e crer no
Evangelho do Reino. Se algum deles for morto durante os sete anos de
tribulação, sua alma estará a salvo com Cristo no céu (Mt 18.10,11). De
qualquer modo isto seria um ato de misericórdia, pois se fossem deixados para
crescer e atingir a idade adulta separados da operação da graça de Deus, iriam
se tornar como seus pais incrédulos, rejeitando o evangelho e sendo levados a
juízo.
*Por ocasião do arrebatamento o mundo
não ficará esvaziado de suas crianças. "Deus não assaltará o berço do
incrédulo no arrebatamento" (C.H. Brown). Os tipos de juízo lançados sobre
o mundo no livro de Gênesis nos dão indícios disto. Por ocasião do dilúvio os
incrédulos e suas famílias não foram tirados antes que caísse o juízo, como
aconteceu no caso de Noé e sua família. Do mesmo modo, no julgamento de Sodoma
e Gomorra as famílias incrédulas daquelas cidades não foram tiradas antes que
caísse o fogo e a saraiva, como aconteceu com a família de Ló.
O Espírito de
Deus, na forma como age atualmente, também será tirado da Terra. Hoje Ele
habita na Igreja que está na Terra -- a Igreja é Sua habitação. O Senhor
prometeu que o Espírito jamais deixaria a Igreja, uma vez que tivesse vindo
para habitar nela (At 2.1-4; 1 Co 12.13; Jo 14.16). Quando a Igreja for chamada
para a glória, o Espírito Santo sairá deste mundo juntamente com ela para nunca
mais vir aqui habitar. Isto não significa que o Espírito deixará de trabalhar
sobre a Terra, porém daquela hora em diante Ele fará Sua obra neste mundo a
partir de Seu lugar no céu, como fazia antes do Pentecostes (na época do Antigo
Testamento). Continuará a operar em uma diversidade de ações (Ap 1.4), como no
despertamento das almas, etc. 2 Ts 2.6,7.*
*Alguns poderiam perguntar: "Como
podemos saber quando o Espírito será tirado?" Cremos que pelas três
passagens seguintes fica evidente que isso acontecerá por ocasião do
arrebatamento. Jo 14.16,17. Na noite em que foi traído, o Senhor prometeu a
Seus discípulos que quando o Espírito de Deus viesse para fazer morada na Igreja
(Atos 2), isto seria para sempre. Quando a Igreja for chamada para fora deste
mundo, no arrebatamento, o Espírito de Deus irá junto pois o Senhor disse que
Ele (o Espírito) nunca os deixaria. Isto também é encontrado no livro de
Apocalipse. Nos primeiros três capítulos, quando a Igreja é vista como estando
na Terra, o Espírito é encontrado falando constantemente à Igreja. Mas depois
do capítulo 4.1,2, quando a Igreja é representada como sendo tirada do mundo, o
Espírito não é mais mencionado até os capítulos 14.13 e 22.17, os quais se
passam após a tribulação. Compare também os capítulos 2.7,11,17,29; 3.6,13,22
com o capítulo 13.9 -- note a evidente ausência de uma menção ao Espírito. Isto
é visto também tipificado em Gn 24 onde é procurada uma noiva (a Igreja) para
Isaque (Cristo) pelo servo (o Espírito de Deus). Assim que a noiva foi
assegurada pelo servo, ele a levou ao longo de todo o caminho de volta à casa,
a Isaque, que estava aguardando por ela. Assim como o servo voltou para casa
com a noiva, também o Espírito Santo voltará para o Lar com a Igreja quando o
Senhor vier (no arrebatamento). Isto não quer dizer que o Espírito de Deus
deixará de agir sobre a Terra. Ele continuará a fazê-lo do Seu lugar no céu,
assim como fez nos tempos do Antigo Testamento, vivificando as almas, etc. Mas
quando a Igreja for chamada para fora deste mundo, o Espírito deixará de fazer
morada na Terra.
A partir dessa
ocasião, o Noivo (Cristo), a Noiva (a Igreja), e os amigos do Noivo (os santos
do Antigo Testamento, etc.) estarão juntos para sempre. 1 Ts 4.17; Hb 11.40.
Eu e Ele, em radiante glória,
Iremos profundo gozo desfrutar;
Meu gozo será estar com Ele pra sempre,
E o dEle, de ter-me no Seu Lar.
A Igreja não
passará pela tribulação. Ela será levada para a glória na vinda do Senhor
(arrebatamento). ("Eu te guardarei da hora da tentação (tribulação) que há
de vir sobre todo o mundo" Ap 3.10.)
Tudo se passará
"num momento, num piscar de olhos". 1 Co 15.51-56.
DEPOIS DESTAS COISAS
Todos os que
não conhecem ao Senhor Jesus Cristo como Salvador, cujos pecados não tiverem
sido lavados em Seu sangue, serão deixados na Terra para passar pela
tribulação. Mt 25.10-12.
O Evangelho da
graça de Deus (Atos 20.24) que promete justificação pela fé em Cristo e o céu
como lar eterno, já não será mais pregado. Aqueles que conscientemente
rejeitaram esta grande salvação nunca mais terão outra oportunidade de serem
salvos. Hb 2.3; At 13.38-41.
O Senhor guiará
os Seus santos à casa do Pai nas alturas. Jo 14.2,3; Hb 2.13.
Após haver
levado o Seu povo para a casa do Pai nas alturas, o Senhor os assentará à Sua
mesa e os servirá de alegria celestial. Lc 12.37.
O tribunal de
Cristo será estabelecido no céu, onde o Senhor se assentará como juiz.* Existem
três razões principais para haver um julgamento. Primeiro, para magnificar a
graça de Deus em atender às nossas necessidades como pecadores. Isso mostrará
quão grande foi na realidade a nossa dívida em razão do pecado, quando os
pecados e falhas de nossa vida forem manifestados. Iremos aprender quão imensa
é Sua graça em passar por cima de tudo isso. A segunda razão é para que, em
todas as coisas, seja revelada a perfeita sabedoria de Deus. Ele Se identificou
com Seu povo. Naquela ocasião Ele responderá a todas as perguntas difíceis que
tivemos acerca de nossa vida. Ele mostrará a razão porque as incômodas
dificuldades foram necessárias para nossa formação. A terceira razão é para que
sejam determinadas quais as recompensas (galardões) dos santos e o lugar que
ocuparão no Reino. O resultado disso estimulará o eterno louvor dos santos de
Deus. O caráter da sessão não será judicial. Não serão os pecados do crente que
estarão em questão. Isto já foi resolvido de uma vez para sempre pela obra
completa de Cristo na cruz. O conhecimento disto dá ao crente grande ousadia,
uma vez que lhe assegura que não será surpreendido pelo dia do juízo (1 Jo
4.17). O crente pode descansar em perfeita confiança na Palavra de Deus, que é
fiel e lhe diz que "não entrará em condenação" (Jo 5.24; Rm 8.1). Mas
as ações do crente (2 Co 5.10), sua obra servil executada para o Senhor (1 Co
3.9-15), seus motivos (1 Co 4.4-5; Rm 2.15,16), suas palavras (Mt 12.36,37), e
seu exercício pessoal (Rm 14.1-12), será tudo repassado diante do santo olho do
Senhor Jesus Cristo. Tudo na vida do crente será manifestado naquele dia, tanto
o que praticou antes, como depois de sua conversão.** Isso revelará o que foi o
ilimitado amor e a paciente graça do Senhor durante a vida do crente. Os
crentes bendirão a mão que os guiou e o coração que planejou tudo enquanto
aprendiam que "Seu caminho é perfeito." Sl 18.30.
*Existem dois tipos de juiz. Cristo
executará juízo no caráter de ambos. Um tipo de juiz é aquele que está no
caráter de alguém investido de autoridade para decretar a sentença em juízo
sobre um réu culpado, por exemplo, um juiz que atua nas cortes judiciais de um
país. O cristão nunca se encontrará perante Cristo neste caráter de Juiz (Jo
5.24; Rm 8.1). O outro tipo é o juiz que atua como um árbitro, tendo
conhecimento suficiente para decidir o mérito de um determinado assunto, por
exemplo, um juiz de algum concurso ou exposição de arte. Este tipo de juiz
avalia a qualidade e beleza de uma determinada obra em exposição. É neste
segundo caráter que Cristo é visto como Juiz para com os crentes.
Quando eu estiver diante do trono
presente,
Coberto de adornos que não conquistei;
Então ao Senhor conhecerei plenamente,
Então saberei o quanto tenho e não sei.
** Alguns poderão discordar disto, mas
as Escrituras (2 Co 5.10) declaram claramente que trata-se das ações efetuadas
por meio do corpo, e não das ações praticadas após a conversão. Todos nós
estávamos no corpo antes de sermos convertidos. Será necessário ter tudo
manifestado na vida do crente, para mostrar que a inigualável graça do Senhor é
tão grande que a tudo sobrepuja. Onde abundou o pecado a graça abundou ainda
muito mais (Rm 5.20). Deve ser também lembrado que os santos estarão
glorificados nessa ocasião e não serão manchados pelo conhecimento de tais
coisas reveladas. Naquele dia aprenderemos de uma vez para sempre quão má é a
carne, e isso tão somente magnificará a graça que nos buscou e nos encontrou.
Ninguém estará apontando seu dedo a outrem. Todos terão sido levados para lá
com base numa só coisa: graça, e tão somente graça. E então, ao descobrirmos,
em meio a tudo isso, que Ele encontrará um motivo para nos galardoar, seremos
vencidos por uma compreensão do Seu amor e graça de uma forma muito mais
profunda do que jamais poderia ser alcançada se não fosse tudo revelado a nós.
Isso irá gerar as mais altas e vibrantes notas de louvor "Àquele que nos
ama e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados" (Ap 1.5).
Todos receberão
uma recompensa. Cada um receberá o louvor vindo de Deus (1 Co 4.5; Mt
25.21-23). Talvez existam sete coroas que serão dadas como recompensa. A coroa
incorruptível (1 Co 9.25), a coroa de gozo (1 Ts 2.19), a coroa de justiça (2
Tm 4.8), a coroa da vida (Tg 1.12; Ap 2.10), a coroa da glória (1 Pd 5.4), a
coroa de ouro (Ap 4.4) e a coroa dada aos que vencerem (Ap 3.11).
Todos os santos
celestiais (representados nos 24 anciãos) tomarão os seus lugares em tronos ao
redor do Senhor no céu e, enquanto olham para o Senhor em toda a Sua glória
como Criador e Redentor, lançarão suas coroas e a si próprios aos Seus pés em
adoração e louvor. Ap 4-5.
As bodas do
Cordeiro (Cristo) acontecerão no céu.* A esposa é a Igreja. Os convidados para
o banquete do casamento serão os amigos do Esposo (Jo 3.29), os santos do
Antigo Testamento. Ap 19.6-10.
*É difícil situar com exatidão quando
isso acontecerá. Será em algum momento após o tribunal de Cristo e antes da Sua
vinda.
Tão logo o
Espírito Santo e a Igreja*, cuja presença na Terra tem estado a refrear as
paixões dos homens, forem tirados de cena, a corrupção e a violência se
estabelecerão rapidamente. A moral será desprezada como o foi nos dias de Noé e
Ló (Lc 17.26-29). A iniqüidade se multiplicará. 2 Ts 2.6,7; Mt 24.12.
*O povo de Deus é sal e luz neste
mundo. Quando o sal (que antes da invenção do refrigerador era utilizado como
conservante) for removido, a corrupção se estabelecerá. Quando a luz for
embora, as trevas se derramarão. Mt 5.13-16.
Após a
verdadeira Igreja ter sido chamada à glória, o sistema católico romano irá
aparentemente congregar muitas seitas na cristandade (citadas como sendo seus
filhos -- Ap 2.23) em um sistema religioso corrupto chamado "Mistério
(religioso), a grande Babilônia, a mãe das prostituições." Trata-se da
falsa igreja. Ap 17.1,2.
Assim como a
igreja de Roma buscou no passado influenciar o sistema governamental, ela
entrará novamente na arena política em uma campanha para reunir as nações da
Europa Ocidental e talvez alguma da América do Norte.* Países como Itália,
Grã-Bretanha, França, Espanha e outros que desfrutaram da luz e dos privilégios
do cristianismo sem fé em Cristo (sendo cristãos apenas nominais) estarão
envolvidos na coalizão. O poder, dinheiro e influência dessas nações ajudarão a
uni-las em uma confederação de dez nações identificada como sendo a Besta. A
formação dessa Confederação Ocidental de nações é o renascimento do antigo
Império Romano predito nas Escrituras. A ela também é feita referência como
sendo a Babilônia, no seu aspecto político. Ap 6.1,2 (Primeiro selo); Ap 13.3;
Dn 2.41-43; Dn 7.7,8; 7.19-27.
*Muitos procuram saber onde a América
se encaixa na profecia. Daniel 2.43 mostra que o Império Romano, cujas raízes
estão na Europa Ocidental, se misturará com "semente humana". Sem
dúvida, isto se refere à imigração dos povos da Europa Ocidental para as
Américas do Norte, Central e do Sul. As Américas foram quase que totalmente
povoadas pelos que vieram da Europa. Canadá tem os povos da França e
Grã-Bretanha. Os Estados Unidos têm o povo da Grã-Bretanha e uma mistura de
todas as outras nacionalidades Européias. O México e outros países da América
Central foram povoados principalmente pelos espanhóis. Os países da América do
Sul são na maioria originários da Espanha, exceto o Brasil, povoado
principalmente por portugueses. Todas estas nacionalidades são Européias em sua
origem.
A falsa igreja
de Roma (o sistema religioso) controlará o Império revivido (o sistema
político) durante algum tempo. É a isto que é feita referência como sendo a
mulher montada sobre a Besta. Ap 17.1-13.
A cidade de
Roma será a capital do Império recém-revivido, o trono imperial. Ap 17.9-13.
Ao mesmo tempo
Deus colocará no coração dos judeus (as duas tribos, Judá e Benjamim) o desejo
de voltar à terra de Israel. Gn 31.3; Is 18.
Um poder naval
(provavelmente o Império Romano recém-revivido) auxiliará os judeus em seu
propósito de voltar à terra de Israel. Essa potência marítima irá causar um
retorno nacional dos judeus (das duas tribos). Cerca de 13 a 14 milhões de
judeus irão retornar vindos de todas as partes do mundo, somente por razões
políticas, comerciais e culturais. Is 18; Sl 73.10.
A grande
multidão de judeus voltará em incredulidade. Serão apóstatas, havendo
abandonado o conhecimento de Deus e a Bíblia. Sl 73.8-12; 1.4-6; Is 17.10.
Dentre a
multidão de judeus que voltam, haverá um notório remanescente temente a Deus e
separado dos apóstatas por terem fé em Jeová. Eles temerão a Deus e tremerão da
Sua Palavra. Sl 1.1-3; Is 17.6,7; 66.2;
Ml 3.16-18.
A esperança do
remanescente judeu fiel será a vinda do há muito esperado Messias para
estabelecer o Reino em conformidade com as Escrituras do Antigo Testamento. Sl
2.
Alguns dentre o
remanescente fiel, chamados de "maschilim" ("os sábios ou
instruídos" -- cf. anotação em Dn 11.33 na Bíblia traduzida por J.N.Darby)
irão instruir os demais nos caminhos do Senhor. Em conseqüência disso surgirá
um testemunho para Deus ao redor de Jerusalém. Dn 12.1-3,10.
O evangelho do
Reino será pregado.* Serão principalmente os judeus que pregarão esse evangelho
no início, porém mais tarde os gentios também o pregarão. Aqueles que não
rejeitaram conscientemente o evangelho da graça de Deus pregado na era cristã,
terão uma oportunidade de receber o evangelho do Reino. Uma grande multidão de
judeus e gentios crerá no evangelho, sendo abençoada sobre a Terra no
estabelecimento do Reino. Mt 24.14; Sl
96; Ap 7.
*O evangelho do Reino não deve ser
confundido com o evangelho da graça de Deus (Atos 20.24), que os cristãos estão
pregando atualmente. O evangelho da graça de Deus promete justificação pela fé
em Cristo e um lar com Ele no céu por toda a eternidade. O evangelho do Reino
declara as boas novas da vinda do Rei que estabelecerá Seu Reino, em poder,
sobre a Terra. Aqueles que vierem a crer no evangelho do Reino quando for
pregado, e forem preservados durante a tribulação, entrarão no Reino para
usufruir de suas bênçãos sobre a Terra. Trata-se do mesmo evangelho que era
pregado antes do Pentecostes por João Batista (Mt 3.1,2), pelo Senhor Jesus
Cristo, o Rei (Mt 4.17), e por Seus discípulos (Mt 10.7).
A SEPTUAGÉSIMA SEMANA DE DANIEL
A grande
multidão de judeus (os "muitos" de Dn 9.27) fará uma aliança com o
Império Romano revivido para buscar o que pensarão ser uma proteção das nações
árabes vizinhas e da crescente pressão política no Oriente Médio. Confiarão no
poder militar de Roma (a Besta) ao invés de confiarem no Senhor. Dn 9.27, Is 28.14-19, Is 8.9, I Ts 5.3, Sl 20.7.
O remanescente
fiel de judeus será aconselhado (provavelmente por meio da voz dos profetas
entre eles) a não participar da aliança, mas a santificar o Senhor dos Exércitos
em seus corações e confiar somente nEle. Is 8.11-13, Sl 20.7.
A assinatura
desse "concerto com a morte" e "aliança com o inferno",
entre os judeus e a Besta Romana, dará início à semana profética, das 70
Semanas de Daniel, então ainda por se cumprir.* Essa semana equivale a um
período de sete anos.
*Deve ser notado que esse período de
sete anos da profecia não se inicia com o chamado da Igreja, conhecido
como arrebatamento, mas com a aliança firmada. Haverá um curto período de tempo
entre o arrebatamento da Igreja e o estabelecimento da aliança, talvez um
período de dias ou semanas. Está claro que o Império Romano não pode fazer uma
aliança com os judeus antes de existir. Isso requer que o Império seja antes
restabelecido. Dn 9.27; Is 28.14-19.
Haverá um
período de sete anos de tribulação. Essa tribulação cairá sobre o mundo todo
(Ap 3.10) mas principalmente sobre os judeus por rejeitarem seu Messias (Jr
30.7). Durante esse período Deus começará a tratar com a nação de Israel para
introduzir nas bênçãos do Reino aqueles dentre eles que forem autênticos.
O PRINCÍPIO DE DORES
O período dos
primeiros três anos e meio da semana profética é chamado de "princípio de
dores" Mt 24.8.
Os judeus, ao
retornarem à sua terra natal, trarão o que há de melhor no mundo, obtido por
seu sucesso comercial. A terra de Israel ficará cheia de ouro, prata e tesouros
sem fim. Gn 31.17,18; Is 2.7,8; Sl
73.3-12.
Os judeus
apóstatas terão um templo na Terra. Oferecerão sacrifícios, guardarão os
sábados e festas apenas como uma tradição. Mt 24.15; 2 Ts 2.4; Sl 42.4; Dn
9.27, 12.11; Is 1.10-15; Sl 1-41 (Primeiro Livro dos Salmos); Sl 42. 1
A grande
multidão de judeus apóstatas será levada a adorar sem ter qualquer tipo de
pensamento voltado para Deus. "Aquele que sacrifica uma ovelha será como o
que degola um cachorro." Seus caminhos diante do Senhor serão uma
abominação. Is 1.10-15, 66.3,4.
Os primeiros
procedimentos do Senhor para com o mundo durante o período da tribulação terão
um caráter providencial (isto é, terremotos, fome, pestes, etc.) Tais
procedimentos são chamados selos de juízo. Ap 6.1-17; Mt 24.6,7.
Não muito
depois de os judeus haverem retornado à terra de Israel, as condições no
Oriente Médio, Europa Ocidental e provavelmente na América (a terra profética)
se tornarão intranqüilas. Haverá conflitos em todos os aspectos da vida. A
violência e o derramamento de sangue serão abundantes. A paz civil será
extirpada da Terra. Ap 6.3,4 (Segundo selo).
Guerras e
rumores de guerras encherão o ar. Mt 24.6,7.
À medida que
forem transcorrendo os primeiros três anos e meio, a agricultura começará a
fracassar, seguindo-se a fome generalizada. Dores e aflições se multiplicarão.
Ap 6.5,6 (Terceiro selo). Mt 24.7.
A privilegiada
classe alta não será afetada inicialmente pela carestia. Muitos desses serão
judeus que terão acumulado para si grandes fortunas. A classe trabalhadora,
porém, sofrerá severamente. Ap 6.6.
A peste irá se
alastrar pela Europa Ocidental ("a quarta parte da terra"). A morte
virá em seguida. Ap 6.7,8 (Quarto selo). Mt 24.7.
Conforme o
cenário vai se tornando mais tenebroso, o corrupto sistema religioso de Roma,
com seu poder totalitário sobre o Império, começará a martirizar as testemunhas
judias que estarão pregando o evangelho do Reino. O evangelho do Reino são as novas
da vinda do Messias que subjugará todo domínio e estabelecerá Seu trono em Sião
(Jerusalém), de onde julgará o mundo. Roma tratará essas testemunhas como
revolucionários que buscam minar seu controle por meio da propagação de
doutrinas acerca de um outro governo vindouro. Como resultado, muitas dessas
fiéis testemunhas judias serão condenadas à morte por causa da Palavra de Deus
e do testemunho que levarão. Ap 6.9-11, (Quinto selo) Mt 24.9, 1 Rs 19.1-3.
À medida que
for chegando a metade da semana, haverá guerra no céu. Miguel (o arcanjo) e
seus anjos vencerão Satanás e seus anjos, expulsando-os do céu e lançando-os na
Terra. Satanás, sabendo que dispõe de pouco tempo, empregará toda a sua energia
para arrastar o mundo após si. Ap 12.7-12.
Os céus regozijar-se-ão
quando Satanás for lançado fora. Ver-se-ão livres da presença do mal. Desse
momento em diante a esfera de ação de Satanás ficará restrita à Terra. Ap 12.12. Compare Jó 15.15; Ef 2.2; 6.18.
Ao ser expulso
do céu, Satanás causará uma grande convulsão no mundo, principalmente no
ocidente. Ele entrará na arena política causando uma revolta geral. Haverá um
colapso completo da ordem da autoridade civil e governamental. O governo do
ocidente, sob a liderança da meretriz (a falsa igreja) se tornará caótico,
resultando em desordem e anarquia. Ap 6.12-17 (Sexto selo).
Isso semeará o
terror nos corações dos habitantes da Terra, enquanto assistem ao
desmoronamento do sistema (ou seja, das repartições governamentais, negócios,
organizações, etc.). Haverá "pânico dentre as nações em perplexidade,
homens desmaiando em seus corações por causa do medo", ao começarem a
perceber o trovejar do juízo vindouro. Ap 6.15-17, Lc 21.25,26.
A METADE DA SEMANA
Satanás,
necessitando de agentes para cumprir seu propósito, levantará um homem em meio
ao confuso estado de coisas que ele criou no ocidente. Esse homem é o
"chifre pequeno" (Dn 7.8,20,24,25). Trata-se da "Besta" em
pessoa. (Ap 13.1-8, 17.10-18, 19.20), o "Rei de Babilônia" (Is 14.4).
Esse homem será também um gentio, pois a Besta vem do mar (Ap 13.1, 17.15 -- a
inquieta situação dos povos gentios), e de entre os dez chifres que são as
nações gentias da Europa Ocidental (Dn 7.8, 20, 24,25).
Satanás
investirá esse homem, "o chifre pequeno", de extremo poder. Ele
estará plenamente apto a ser um elo de ligação com Satanás. Ap 13.4.
Mediante o seu
poder, Satanás controlará também os líderes governamentais
("estrelas") do ocidente. Ap 12.4.
O "chifre
pequeno", com a ajuda do poder satânico, dominará rapidamente o Império Romano
revivido e se tornará, como um ditador, a cabeça do Império. Parece que ele irá
ganhar o controle do império por meio de intimidação. Após derrubar três dos
dez chifres (as dez nações), os outros se submeterão dando a ele o seu poder.
Dn 7.8,20, 24,25. Ap 17.13,17.
Imediatamente
após isso, a Besta (a Confederação das dez nações), tendo o chifre pequeno por
cabeça, irá destituir e destruir a meretriz (a falsa igreja), o sistema
religioso que esteve controlando o Império durante os primeiros três anos e meio.
É disso que nos fala o Apocalipse quando anuncia que a "Babilônia é
caída". A Babilônia política destrói a liderança religiosa do Império. Ap
14.8, 17.16, 18.2.
Havendo
derrubado o sistema religioso, o Império assumirá uma nova e diferente forma,
passando a ser satanicamente controlado pelo "chifre pequeno".* A
Besta irá continuar nessa forma por quarenta e dois meses (ou os últimos três
anos e meio). Ap 13.2-8.
*Antes disso a Besta (a Confederação
das dez nações) foi vista subindo do mar (Ap 13.1), mas agora é vista como
subindo do abismo (Ap 17.8), o que implica um controle satânico.
Todo o mundo se
maravilhará diante da Besta (a Confederação Ocidental das dez nações) em sua
nova forma. Ap 13.3, 17.8.
Por volta dessa
época um outro homem se levantará na terra de Israel, o qual será movido pela
energia de Satanás (2 Ts 2.9). Ele será um israelita, talvez da tribo de Dã (Dn
11.37, Gn 49.16,17, omitida também em Ap 7). Ele irá agir em conjunto com a
primeira Besta, o "chifre pequeno", e será como o seu Primeiro
Ministro. Ele é o "Anticristo" (1 Jo 2.18), também conhecido como o
"Rei" (Dn 11.36, Is 8.21, 30.33, 57.9), "o Homem do Pecado"
(2 Ts 2.3), "o Filho da Perdição" (2 Ts 2.3), "o Iníquo" (2
Ts 2.8) (ou "Ilícito" cf. trad. literal), a "Estrela Caída"
(Ap 9.1), "a Segunda Besta" (Ap 13.11-18), "o Falso
Profeta" (Ap 16.13, 19.20, 20.10), "o Pastor Inútil" (Zc
11.15-17, Sl 14.1, Sl 53.1), "o Homem Sanguinário e Fraudulento" (Sl
5.6, etc.), "o Príncipe Profano e Ímpio de Israel" (Ez 21.25), e
"o Príncipe de Tiro" (Ez 28.2). O Salmo 10 dá a descrição do caráter
moral desse homem de pecado*.
*O Anticristo é também tipificado pelas
seguintes pessoas: Abimeleque (Jz 9); Saul (1 Sm 8-31); Absalão (2 Sm 15-19);
Acabe (1 Rs 16-18); Acaz (2 Rs 16); Sebna (Is 22); Zedequias (Jr 39 e 52); o
Mercenário (Jo 10.10-13); Hamã (Et 3-7); Herodes (Mt 2).
Esse homem de
pecado (o Anticristo) se apresentará aos judeus como seu Messias, e eles o
receberão e farão dele o seu rei. Ele reinará sobre a terra de Israel. Jo 5.43, Dn 11.36-39, 2 Sm 15.2-6,11.
O Anticristo
estabelecerá o seu trono de governo em Jerusalém, e irá promover seus corruptos
lacaios e admiradores para que ocupem posições de governo sobre a terra de
Israel. Jerusalém será totalmente entregue a toda a sorte de iniqüidade. Is 1.21-23, Dn 11.39, Is 28.14, 1 Sm 22.7,8.
A descrição
moral dos judeus apóstatas que seguirão o Anticristo pode ser vista nas
seguintes passagens: Sl 14; 35-36; 73.3-12; Is 58,59.
A Besta, com a
ajuda do Anticristo, irá romper a aliança com os judeus. Eles abolirão toda
atividade religiosa em seus domínios (a parte ocidental da Terra, inclusive
Israel), fazendo cessar a falsa adoração de Israel e da corrupta cristandade. O
objetivo é abrir caminho para a adoração da Besta e da sua imagem. Dn 9.27; Ap 17.16; Sl 55.20.
Uma imagem
idólatra da Besta será colocada, pelo Anticristo, no templo em Jerusalém.
Trata-se da "abominação da desolação". Ele proclamará um edito por
todo o Império para que a imagem seja adorada. A idolatria será imposta aos judeus
em Israel. Essa adoração idólatra será também imposta aos adoradores terrenos
da cristandade apóstata, que ouviram e recusaram o evangelho da graça de Deus
durante a era cristã. Dn 3.1-7; 9.27;
12.11; Mt 24.15; Ap 13.12-15; 2 Rs 16.10-18.
A Besta e o
Anticristo tomarão então o total controle da terra de Israel. Irão mantê-la
cativa, como pertencente ao seu Império, pelos últimos três anos e meio. Tudo
na terra de Israel ficará sujeito a eles. Ap 11.2; Lc 21.24; Êx 3-12).*
*A Babilônia da Antigüidade manteve os
judeus em cativeiro há muito tempo atrás, mas os judeus irão uma vez mais ser
cativos da Babilônia (os Poderes Ocidentais) por intermédio da Besta e do
Anticristo, e necessitarão de livramento. A libertação dos judeus de outrora
chegou com a vinda de Ciro, o Rei da Pérsia, (chamado de escolhido do Senhor --
Is 45-48.20), que derrotou os babilônios. Ciro é um tipo do Senhor Jesus, que
aparecerá no final da tribulação para destruir a Besta e o Anticristo, dando ao
remanescente fiel o livramento. Após Ciro haver libertado os judeus, deu ordem
para que reconstruíssem o templo em Jerusalém e restabelecessem a adoração a
Deus (Ed 1.1-11; Is 45.13) o que o Senhor também irá fazer (Ez 40-48).
Uma vez que
todo o conhecimento de Deus será abolido dos domínios da Besta e do Anticristo,
haverá uma fome pela Palavra de Deus. O povo irá buscar a Palavra do Senhor e
não a encontrará. Am 8.11,12.
Deus enviará um
forte engano sobre a Terra. O Anticristo, por meio de suas maravilhas e sinais
de mentira, enganará a culpada multidão apóstata de adoradores terrenos tanto
da cristandade como de Israel, isto é, aqueles que rejeitaram conscientemente o
evangelho da graça de Deus que é pregado hoje durante o período da Igreja. Eles
crerão na mentira do Anticristo e adorarão a Besta e a sua imagem, selando sua
sentença. Ap 13.11-15; 2 Ts 2.9-12.
Além disso, o
Anticristo irá fazer com que todos na terra ocidental (cristandade) e na terra
de Israel recebam a marca da Besta tanto na testa como na mão direita. Sem essa
marca as pessoas não poderão comprar ou vender. Ap 13.16-18.
O remanescente
judeu fiel e quaisquer gentios que crerem no evangelho do Reino se recusarão,
por motivo de consciência, a adorar a imagem da Besta e receber a sua marca.
Isso atrairá a amarga ira da Besta e do Anticristo que juntos promoverão uma
terrível perseguição, tal qual o mundo jamais conheceu. Farão guerra contra os
santos e vencerão a muitos. Ap 12.6,13-17;
13.7,13; Dn 3.1-25; 7.21; Mt 10.16-23; 24.21,22; Mc 13.19; Mq 7.2.
A GRANDE TRIBULAÇÃO
A terrível
perseguição causada pela Besta e pelo Anticristo precipita a "grande
tribulação" que continuará pelo período de 1260 dias (18 dias menos que os
últimos três anos e meio. Três anos e meio são 1278 dias), também chamado de
"tempo de tribulação".2 Mt 24.21-22; Jr 30.7; Dn 12.1; Ap
12.6; Tg 5.17; Ap 8-11.18 (Sétimo Selo).
A perseguição
durante a grande tribulação será tão severa que as pessoas hesitarão em contar
seus pensamentos até mesmo às esposas ou membros de sua própria família, por
medo de serem denunciadas às autoridades. O amigo mais íntimo não será
confiável. Jr 9.4,5; Mq 7.2,5-6; Mt
10.21-23.
Em razão da
cidade de Jerusalém e a terra de Israel terem sido entregues à ímpia idolatria
que o Anticristo irá introduzir, e devido à perseguição que irá se levantar, o
remanescente judeu fiel será forçado a fugir para as montanhas, cavernas e
fendas da Terra em busca de segurança. Eles serão caçados desmedidamente. Is
66.5; Sl 42-72 (Segundo Livro de Salmos); Mt 24.16-21; 1 Sm 19-27; 2 Sm 15.13-17.29;
Jr 36.26; Ap 12.6,14,15.
Parte do
remanescente fugirá para as montanhas da Judéia em busca de abrigo. Mt 24.16.
Outros, do
remanescente, fugirão para o oriente da terra da Judéia, para a terra de Moabe
(talvez a atual Jordânia), e também para o norte, à altura do monte Hermom no
Líbano. Is 16.3,4; 1 Sm 22.3,4; Sl
42.6; Sl 44.11; 61.2.
Embora a maior
parte do remanescente irá fugir, parece que alguns permanecerão em Jerusalém.
Deus os usará para manter um testemunho adequado para Si naquele local, diante
da idolatria (representados pelas "duas testemunhas") . Eles serão
protegidos milagrosamente por Deus até que se complete o período de seu
testemunho que é de 1260 dias. Ap 11.3-13.
Embora muitos
santos sejam divinamente protegidos, o martírio será abundante.* Sl 12; Jo 16.2; Ap 13.7; Dn 7.21; Is 57.1,2; Mq 7.2.
*Haverá duas classes de santos que
crerão no evangelho do Reino durante os sete anos. Uma porção preservada (Ap
7.1-17, 14.1-5) irá sair da tribulação para desfrutar o Milênio sobre a Terra.
A outra classe será constituída pela porção martirizada que incluirá aqueles
que morrerão nos primeiros três anos e meio sob o reinado da mulher -- a falsa
igreja (Ap 6.9-11) -- e também os que morrerão nos últimos três anos e meio sob
a perseguição da Besta e do Anticristo (Ap 15.2-4). A porção dos martirizados
será ressuscitada mais tarde e vista reinando sobre a Terra, juntamente com
Cristo, durante o Milênio (Ap 20.4).
Não choverá na
terra de Israel durante a grande tribulação (últimos três anos e meio). Ap 11.6; 1 Rs 17.1; Tg 5.17; Dt 11.16,17.
À medida que
transcorre a grande tribulação, a prosperidade que o mundo ocidental conheceu
irá minguar.* Os ricos que não foram afetados pela carestia nos primeiros três
anos e meio sentirão agora as agruras da fome que se alastrará por todo o mundo
ocidental. Ap 8.7 (Primeira Trombeta).
*A "terça parte" que aparece
doze vezes em Apocalipse 8, em conexão com os julgamentos das trombetas,
refere-se a uma área restrita da Terra. Trata-se da porção Romana do mundo
ocidental -- a esfera onde a Besta e o Anticristo exercerão sua autoridade --
Israel, Europa Ocidental e provavelmente América.
Por volta dessa
época um grande poder político no ocidente (uma "grande montanha" nas
Escrituras simboliza um poder há muito estabelecido, cf. Jr 51.25) abandonará
todo o conhecimento de Deus. Isso talvez se refira aos Estados Unidos da
América ou a algum outro governo de proeminência no ocidente. Como resultado
muitos serão levados à apostasia. Ap 8.8 (Segunda Trombeta).
Também nessa época
o comércio será destruído no mundo ocidental. Toda a economia entrará em
colapso ("e perdeu-se a terça parte das naus"). Ap 8.9.
Então uma
grande personalidade (a grande estrela chamada "absinto") cairá de
sua elevada posição de influência, levando as multidões do ocidente à
apostasia. Não se sabe quem será essa pessoa. Ap 8.10,11 (Terceira Trombeta).
Depois disso,
muitos outros líderes influentes no ocidente cairão, levando todas as pessoas
que restarem à apostasia e adoração da Besta. O resultado disso será um dilúvio
de trevas morais e espirituais em larga escala. Ap 8.12 (Quarta Trombeta).
O Anticristo
("a estrela caída")*, o falso Messias judeu, irá se apresentar em seu
pleno caráter satânico. Ele liberará do abismo um satânico e cegante engano que
lançará sobre os ímpios judeus apóstatas que o escolheram para seu próprio
embaraço. Sua missão dessa vez será levar todo e qualquer judeu remanescente na
Terra à completa apostasia. O tormento de uma consciência culpada (a picada do
escorpião) será a aflição de todos os que ele enganar. Ap 9.1-12 (Quinta
Trombeta).
*Provavelmente não se trata da mesma
pessoa da grande estrela em Ap 8.10,11)
O Anticristo
exaltará e magnificará a si mesmo acima de tudo aquilo que é de Deus. Ele se
sentará no templo apresentando-se como Deus, fazendo de si mesmo objeto de
adoração. Dn 11.36; 2 Ts 2.3,4.
A idolatria e a
adoração à Besta e ao Anticristo serão praticadas abertamente. As terras de
Israel e da cristandade, que outrora foram iluminadas, serão entregues à
adoração demoníaca. O último estado dos judeus comprometidos nessa adoração
idólatra será sete vezes pior do que quando acolheram a idolatria no tempo dos
reis do Antigo Testamento. Mt 12.43-45; Ap
13.4; 2 Ts 2.3,4.
Falsos cristos
e falsos profetas se levantarão na terra de Israel mostrando sinais e
maravilhas e enganarão a muitos. Mt 24.23-26.
Por volta dessa
época Deus irá derramar sobre a Terra as sete últimas pragas (as sete salvas ou
taças de ouro -- Ap 15.7). Esses juízos são de alcance mais amplo do que os juízos
das trombetas (Ap 8-9), os quais estavam limitados ao mundo ocidental. Os
juízos das taças serão lançados mais especificamente sobre os pagãos nas nações
em redor.* Parece que essas últimas pragas endurecerão, de uma forma
governamental, os homens que rejeitaram a Deus, preparando-os para ser agentes
voluntários do recrutamento de Satanás para o holocausto vindouro. Ap 15-16; Sl
79.6,12.
*Repare que essas taças ou cálices são
derramados sobre "a Terra", "os homens", "o mar",
"os rios", "o sol", etc., não "na terça parte da
Terra", "na terça parte dos homens", na "terça parte dos
mares", na "terça parte dos rios", na "terça parte do
sol" como nos juízos das trombetas, mostrando que a esfera onde as taças
são derramadas é muito mais ampla e não está restrita ao território da Roma
Ocidental.
Qualquer
seguidor individual da Besta nas nações distantes, para além da terra Romana
Ocidental, que tenha recebido voluntariamente sua marca e adorado a sua imagem,
será afligido por uma terrível chaga. A horrível ferida será a atroz aflição de
uma consciência culpada. Isso resultará numa condição de miséria e inquietação
mental. Ap 16.2 (Primeira Taça).
Aqueles que,
nas nações distantes, não crerem no evangelho do reino (Mt 24.14) apostatarão
de qualquer luz que tenham recebido de Deus -- talvez como uma tentativa de
escapar aos tormentos de sua consciência culpada. Ap 16.3 (Segunda Taça).
As alegrias
naturais e o bem-estar da vida serão tirados daqueles que estiverem nas nações
distantes. É a retribuição de Deus por perseguirem os Seus santos que foram por
todo o mundo pregando o evangelho do Reino (Mt 24.14). Eles serão obrigados a
beber o amargor da sua própria apostasia. A vida será marcada por miséria e
frustração. Ap 16.4-7 (Terceira Taça).
Uma grande
autoridade governamental (sob o símbolo do "sol") dentre as nações
distantes será a causa de uma aterradora opressão sobre os homens. Talvez seja
algo proveniente de Gogue (Rússia), fechando suas garras sobre os seus súditos.
Os homens ficarão ainda mais endurecidos contra Deus. Ap 16.8,9 (Quarta Taça).
As trevas
(morais e espirituais) se alastrarão sobre os súditos do reino da Besta (o
mundo ocidental). Isso provavelmente se refira a uma terrível sensação do
abandono de Deus que tomará posse deles. É provável que também fiquem
endurecidos contra Deus. Ap 16.10,11 (Quinta Taça).
Estando os
homens e mulheres, tanto das nações distantes (Quarta Taça) como do mundo
ocidental (Quinta Taça) endurecidos contra Deus, o palco estará armado para os
homens serem usados como instrumentos voluntários de Satanás na guerra que
virá, quando este os colocar em ordem de batalha contra seu próprio Criador. Ap
16.13,14; 19.19.
Embora as
multidões, tanto no ocidente como nas nações distantes, venham a se endurecer
contra Deus, haverá uma grande multidão que se voltará a Deus e crerá no
Evangelho do Reino.* Ap 7.9-17.
*A eternidade será pregada (Ap 14.6,7)
como uma última chamada a Israel (Sl 95) e às nações (Sl 96) antes que o Senhor
surja em juízo (Sl 97).
À medida que a
tribulação chega ao seu termo, as duas testemunhas, que levarão um testemunho
da parte de Deus em meio à apostasia, serão mortas pela Besta. Seus corpos
jazerão nas ruas da cidade de Jerusalém literalmente por três dias e meio. Ap
11.7,8. Mas o triunfo do ímpio dura pouco (Jó 20.5), e as duas testemunhas,
após jazerem nas ruas de Jerusalém por três dias e meio, serão ressuscitadas.
Um grande temor se apoderará de todos. Ap 11.11-12.
Por volta dessa
época "um rei, feroz de cara" se levantará de entre as nações
maometanas ao norte e leste de Israel. Ele será perito em ciências ocultas e
outros artifícios satânicos. Ele é denominado "Rei do Norte". É
provável que sua origem seja a Turquia. Dn 8.23,24. 3
O Rei do Norte
(provavelmente com o auxílio de Gogue -- Rússia -- Dn 8.24) reunirá as nações
do Oriente Médio para uma grande Confederação da qual ele será o líder. Ele
convocará um imenso exército de duzentos milhões de pessoas.* Esse grupo de
exércitos é o mesmo de Ap 16.12 onde são chamados de "reis do
oriente"**. Seu intento será invadir o império da Besta e particularmente
a terra de Israel. Ap 9.13-17 (Sexta Trombeta); Sl 83.1-8.
*Alguns têm achado que isso se refira
aos povos chineses que se gabam de serem capazes de dispor de um tal número de
soldados prontos para batalha. Porém, os melhores expositores entendem ser essa
a imensa Confederação das nações maometanas sob a liderança do Rei do Norte (Sl
83.1-8). Note que não se trata de reis "do oriente" (cf. Ap 16.12,
Almeida Versão Corrigida), mas sim "que vem do oriente" (Almeida
Versão Revisada) -- "povos do lado oriental do Eufrates" 4.
Nas Escrituras a China é identificada como Sinim (Is 49.12) da qual se fala
muito pouco. Outros têm argumentado que aqueles países maometanos não têm o
número suficiente de pessoas para convocar um tamanho exército. Há pesquisas
que demonstram que esses países já possuem cerca de 270 milhões em população
(se forem incluídos o Afeganistão e o Paquistão, os quais são 99% Maometanos),
com uma média de crescimento de cerca de 3% ao ano. Sabemos que esse imenso
exército não atacará até chegar o fim dos 7 anos de tribulação. Se o Senhor
viesse hoje (no arrebatamento), o número (somando-se sete anos de crescimento
populacional) chegaria em torno de 325 milhões. A cada ano que o Senhor tardar
em vir o número aumentará em cerca de 10 milhões. Também deve ser lembrado que
há muçulmanos que encontram-se espalhados em outras terras, dos quais uma
grande parte aparentemente retornará aos seus países de origem. Por exemplo, há
mais turcos fora da Turquia do que no próprio país. Cerca de 42 milhões de
turcos encontram-se na ex-União Soviética e há muito mais espalhados por outros
lugares. A recente convulsão nos países comunistas provocou o despertamento de
uma onda de nacionalismo turco e o desejo de estarem em sua terra natal. Quando
um grupo grande como este for acrescentado à população total dessas nações, os
números poderão se revelar bem maiores. Há ainda notícias que revelam a
existência de infantarias de crianças, da idade de 6 anos em diante, que já
estão sendo treinadas no Oriente Médio. A demanda exigirá que praticamente cada
homem, mulher e criança seja engajado nos exércitos. Isto nos leva a acreditar
que seria bem possível para tais países convocar um exército de dimensão tão
monstruosa. Se a China estiver envolvida, pode ser que seja quando a Rússia
(Gogue) vier no final trazendo consigo muitas outras nações. 5
** Quando esses exércitos são
mencionados nas Escrituras em oposição ao Rei do Sul (Egito), são vistos como
os exércitos do Rei do Norte, mas quando são mencionados em oposição aos
poderes ocidentais, são chamados de Reis do Oriente. Em Apocalipse são chamados
de Reis do Oriente porque o Apocalipse revela a profecia principalmente do
ponto de vista ocidental. Nos profetas do Antigo Testamento eles são vistos
como os exércitos do Rei do Norte (os assírios), pois as Escrituras do Antigo
Testamento revelam a profecia do ponto de vista de Israel, para os quais os
assírios são o grande inimigo. 6
O Rio Eufrates
se secará preparando o caminho para que os exércitos reunidos pelo Rei do Norte
entrem na terra de Israel. Ap 16.12 (Sexta Taça).
A INDIGNAÇÃO
À medida que a
pressão política crescer no Oriente Médio, o ódio das nações (particularmente
os árabes) será descarregado contra Israel (Sl 74.8; 83.2-5). Isso é chamado a
Indignação (Is 10.25; 26.20; Dn 8.19; 11.36, etc. -- N.T.: traduzido
"ira" em algumas versões). Ela cobrirá um período de 75 dias (Ap
12.6; Dn 12.11,12; Rm 9.28) no final da tribulação e antes que seja dado início
ao Milênio. (Veja o Diagrama 2: "Septuagésima Semana de Daniel").
Durante essa época muitas nações guiadas por Satanás entrarão na terra de
Israel em um esforço para destruir Israel e eventualmente desafiar a Cristo
(após Sua volta) numa guerra pelo direito da terra. Nessa ocasião o Senhor
descarregará a Sua indignação sobre aqueles que O indignam e posteriormente os
destruirá. Is 30.27-33; 34.2; 66.14;
Jr 10.10; Hc 3.12; Sf 3.8; Na 1.6.
Como as
diversas nações estarão disputando a supremacia mundial e a sobrevivência, elas
se congregarão em confederações. Existem seis grupos diferentes de exércitos
que estarão engajados nas batalhas da Indignação. São eles:
1. O REI DO SUL E SUA CONFEDERAÇÃO -- (Dn 11.40; Ez
30.1-8). Essa confederação será composta pelo Egito (o Rei do Sul) e países
aliados ao Nordeste da África (Etiópia, Líbia, talvez o Sudão e outros).
2. O REI DO NORTE E SUA CONFEDERAÇÃO
ÁRABE/MUÇULMANA* -- (Dn 11.40; Sl 83.3-8) Essa confederação será
formada pela Turquia, que é provavelmente o Rei do Norte, e nações Árabes
imediatamente ao norte e leste de Israel (Síria, Iraque, Líbano, Jordânia,
Arábia e outras). Serão povos muçulmanos.
3. A CONFEDERAÇÃO OCIDENTAL -- o Império
Romano revivido, denominado a Besta. (Dn 2.40-45; 7.7-27; Ap 13.1-3). Essa
confederação de nações será formada por dez países da Europa Ocidental (Itália,
Grã-Bretanha, França, Espanha e outras, talvez algumas da América do Norte).
Esses países são nominalmente cristãos (ou seja, cristãos apenas de nome). Eles
abraçaram exteriormente o cristianismo e participaram de sua luz e privilégios,
mas permanecem sem o conhecimento de Jesus Cristo como Salvador. Esse grupo de
nações também pode ser identificado (politicamente) como Babilônia.
4. O REI DOS REIS E SEUS EXÉRCITOS DO
CÉU -- (Ap 19.11-16) São os exércitos do Senhor Jesus Cristo (o Rei dos Reis).
Esse exército será formado por todos os que foram levados à glória no
arrebatamento, e por todos os que tomaram parte na primeira ressurreição, tanto
aqueles dos tempos do Antigo como os do Novo Testamento. São os santos
(celestiais) redimidos de Deus.
5. GOGUE E MAGOGUE E SUA CONFEDERAÇÃO
-- (Ez 38.1-7)* Essa confederação será composta pela Rússia e muitas
outras nações localizadas no extremo norte e ao leste de Israel (talvez
Alemanha e outras nações do leste Europeu, além do Irã e outras). Serão em sua
maioria povos ateus.
*A segunda e a quinta confederações
formam, na realidade, a imensa confederação contemplada em Isaías e nos
Profetas Menores como sendo a grande Assíria. A invasão, levada a cabo pelo Rei
do Norte e seus exércitos, pode ser identificada como o primeiro ataque dos
assírios. O ataque de Gogue e seus exércitos é considerado o segundo ataque dos
assírios. Ezequiel 38.17 mostra que muitos profetas em Israel, além de
Ezequiel, profetizaram a respeito de Gogue. No entanto nenhum outro profeta em
nossa Bíblia menciona Gogue! A quem poderia então Ezequiel 38.17 estar se
referindo? Não poderia ser a nenhum outro inimigo além da própria Assíria em
sua última forma. A Assíria é o inimigo de Israel acerca da qual os profetas
exaustivamente profetizaram. 7 O Rei do Norte será como um satélite da
Rússia, sendo por ela suprido de armas, e, por conseguinte, ficando sujeito às
suas ordens. Dn 8.24.
6. OS EXÉRCITOS DE ISRAEL -- (Jr 51.19-23;
Sl 108.10-13; Mq 4.13; Zc 12.6; 14.14). Esse exército será composto por homens
redimidos de todas as doze tribos de Israel.
ARMAGEDOM
A guerra de
Armagedom é uma série de batalhas que ocorrerá durante a Indignação. Ela
começará com o Rei do Sul (Egito) e seus exércitos aliados invadindo o
território israelense provenientes do sul. Dn 11.40; Jr 46.3-9.
Ao se secar, o
Rio Eufrates permitirá que os imensos exércitos reunidos pelo Rei do Norte
invadam a terra de Israel, provenientes do norte, como um turbilhão. (Também é
feita referência a este como sendo o primeiro ataque da Assíria.)* Essa
poderosa invasão irá desolar impiedosamente a terra. Diante deles a terra
parecerá o jardim do Éden, mas após a sua passagem ficará como um deserto
desolado. Esse "dilúvio de flagelos" será trazido por Deus para
destruir a multidão de judeus apóstatas que receberão o Anticristo e adorarão a
Besta. Dn 11.40,41; Jl 2.1-11; Is 5.26-30; 7.17-20; 8.7,8; 10.5-7; 17.9-12;
18.5,6; 28.15,18,19; Ap 9.13-21; 16.12; Jo 10.12 (o lobo vem e rouba as
ovelhas); Sl 80.8-16 (o javali selvagem saído da floresta devasta a vinha).
*Essa devastadora invasão também é
referida como "a consumação", que é uma expressão técnica para os
devastadores juízos executados pelo Rei do Norte, já que trará devastação em
sua passagem por diversos países situados na terra prometida de Israel e ao seu
redor, ao seguir o seu caminho em direção ao Egito, pouco antes da vinda do
Senhor. (Is 10.22,23; 28.22; Dn 9.27. -- N.T.: Em Is 10.22,23, na "New
Translation", Bíblia traduzida por J.N.Darby, aparece a palavra
"destruição", traduzida como "consumação" na Versão Almeida
Corrigida)
O falso Messias
dos judeus (o Anticristo) irá fugir no momento de maior calamidade para o povo.
Por estar aliado à Besta (o chifre pequeno), ele provavelmente fugirá para Roma
em busca de proteção, pois mais tarde, quando o Senhor retorna em juízo, ele é
visto com a Besta. (Ap 19.19,20). Zc 11.17; Is
22.19; Jo 10.13; Jr 39.4.
Os judeus que
terão confiado em seu falso Messias ficarão aflitos e irão amaldiçoá-lo por
tê-los abandonado sob tamanho perigo. Is 8.20,21.
Dois terços dos
judeus que até então tiverem retornado à terra de Israel serão mortos. Isto
significa pelo menos 12 milhões de judeus massacrados em um período de poucos
dias! (Existem hoje quase 17 milhões de judeus, número este que cresce
aproximadamente 1% ao ano, o que significa que por ocasião do final da
tribulação poderão existir aproximadamente 19 milhões reunidos de volta à sua
terra. Se o Senhor demorar mais esse número poderá ser bem maior.) Zc 13.8.
O remanescente
de judeus fiéis, os quais fugirão para as montanhas, covas e cavernas a fim de
salvarem suas vidas, será providencialmente preservado dos exércitos
destruidores. Sf 2.3; Mt 24.16-21; Sl
83.3; Jr 36.26; 39.10-12.
Essa
devastadora invasão efetuada pelo Rei do Norte abreviará o final da Grande
Tribulação na terra de Israel, após terem passado 1260 dias contados desde a
metade da semana.* Serão 18 dias a menos que os últimos três anos e meio (1278
dias) 8. Para o bem dos eleitos aqueles dias serão abreviados. Ap 12.6;
Mt 24.22.
*A tribulação termina quando é morta a
multidão de judeus apóstatas que, sob o comando do Anticristo, causava a grande
tribulação na Terra por sua cruel perseguição ao remanescente fiel.
O Rei do Norte
porá suas mãos no despojo de ouro e prata, e nos tesouros que os judeus
juntaram por meio de suas práticas comerciais quando estavam dispersos por toda
a Terra na atual era cristã. Is 2.7,8;
10.6,13-14; Sl 73.7,12; Ob 11; Sf 1.13,18.
Conforme os
exércitos do Rei do Norte e seus confederados forem aproximando-se de
Jerusalém, o terror irá dominar a cidade. O povo olhará ao redor da cidade com
horror ao ver os imensos exércitos de todos os lados. Is 22.1-14.
Os exércitos do
Rei do Norte efetuarão a tomada de Jerusalém, deixando-a em ruínas e derramando
sangue como se fosse água ao redor da cidade. As mulheres serão violentadas e
os mortos jazerão pelas ruas. Sl 79.1-3; Is
64.10; Mq 3.12; Sf 1.10-18; Zc 14.1,2; Ob 11-14.
Alguns dos
exércitos aliados do Rei do Norte, como Elão (o atual Irã), Quir (talvez Moabe,
Is 15.1, Jordânia ou a Média que é o norte do Irã), e Edom (talvez parte da
Arábia), parecem ser nesse momento os executores do saque de Jerusalém. É
provável que o Rei do Norte esteja então ocupado em expulsar o Rei do Sul da
terra. Is 22.6; Ob 11-14; Sl 137.7.
Metade da
cidade de Jerusalém será levada em cativeiro. Zc 14.2.
O templo que os
judeus tiverem edificado será destruído. Sl 74.1-8; Is 63.18; 64.11.
O remanescente
fiel de judeus, perplexos e desesperados ao virem o país sendo desolado,
clamará a Deus por ajuda. Jl 2.12-17; Sl 73-89 (terceiro livro dos Salmos), Zc
13.9; Is 63.15-64.12.
Depois que
Jerusalém e a terra de Israel tiverem sido destruídas, o Rei do Norte irá trair
alguns de seus aliados árabes e invadirá seus países a fim de derrotá-los. A
"consumação" estará então sobre toda a terra (Is 10.22,23; 28.22; Sl
75.3). Outros países situados na terra prometida de Israel, que estiveram
aliados ao Rei do Norte, cairão sob juízo nessa ocasião.* Dn 11.41; Is 10.7;
14.29; 24.23 (os "pesos"); Jr 46-49; Ez 25-30; Am 1-2.8; 2 Rs 24.7;
Jr 25.9-11; Ob 7.
*Isto já aconteceu na História. Quando
os exércitos da Assíria e também da Babilônia invadiram a terra no passado (as
incursões dos assírios aconteceram cerca de 100 anos antes das invasões
babilônicas), eles vieram do norte conquistando Israel e as nações
circunvizinhas à medida que avançavam em direção ao Egito. (2 Rs 15.29; 17.5,6; Is 20.4 - Jr 1.13-15; 4.6; 6.1,22; 10.22; 13.20;
25.9; 46.20,24; 47.2). Essas invasões do passado foram registradas nas
profecias das Escrituras por serem sombras das invasões do Rei do Norte numa
época futura (Dn 11.40-45). Muitas dessas profecias cumpriram-se apenas
parcialmente naqueles dias e apontam para o seu total cumprimento no futuro.
Quando Jerusalém foi destruída por Nabucodonosor e pelos babilônios, os
edomitas e outros povos árabes eram seus aliados voluntários (Jr 34.1; Ob
11-14; 2 Rs 24.1,2; Sl 137.7; Hc 2.5). Após a conquista de Jerusalém ele se
voltou contra alguns de seus aliados e os saqueou (Ob 7; Jr 25.9; 2 Rs 24.7).
Tudo isso é uma notável previsão da traição com que o Rei do Norte irá tratar
seus aliados árabes. Dn 11.40-43. 9
Edom (talvez
parte da Arábia), que ajudará na destruição de Jerusalém, será enganada pela
Confederação e sofrerá dano. Eles serão saqueados, despojados e deixados
reduzidos em número.* Ob 1-14; Is
21.11,12; Jr 49.7-22; Ez 25.12-14; Am 1.11,12.
*O livro de Obadias mostra que o juízo
sobre Edom cairá em três etapas terminando por aniquilá-los completamente da
face da Terra. Eles receberão o primeiro golpe ao serem enganados por seus
próprios aliados (Ob 1-14). Depois disso receberão um golpe mais severo quando
o Senhor sair para pisar o Seu lagar de juízo sobre as nações reunidas que
seguirão Gogue em Edom (Ob 15,16). Veja Is 34.1-10; 63.1-6. Então virá o golpe
final dado pelos exércitos do então recém-reunido Israel (Ob 17-21). 10
A confederação
se voltará também contra Moabe (Is 15 e 16; Jr 48; Ez 25.8-11; Am 2.1-3 --
talvez parte da Jordânia), Amom (Jr 49.1-6; Ez 25.1-7; Am 1.13-15 -- talvez
parte da Jordânia também), Filisteus (Is 14.28-32; 20.1; Jr 47; Ez 25.15-17; Am
1.6-10 -- talvez a área denominada Faixa de Gaza), Damasco (Is 17; Jr 49.23-27;
Am 1.3-5, o sul da Síria), Tiro e Sidom (Is 23, Ez 26-28; Am 1.9-11 -- talvez o
Líbano), e outros países na área. Eles fugirão para salvar suas vidas, e suas
terras serão saqueadas.
Apesar de
atacados, um remanescente de Edom, Moabe e Amom escapará. Deus permitirá isso
para que Israel possa dar-lhes o golpe final mais tarde. Dn 11.41 (as
"primícias" ou líderes escaparão); Jr 48.6,9,12; 49.5,8,11.
O Rei do Norte
continuará em sua conquista avançando até o nordeste da África e destruindo o
Rei do Sul (Egito) e seus aliados (Líbia, Etiópia e outros). Dn 11.42,43; Is. 19-20; Jr 46.13-26; Ez 29.1-12; 30.1-26.
Os Egípcios
fugirão em todas as direções para salvar suas vidas e serão dispersos pelas
nações em redor. Sua terra será entregue a um senhor duro e um rei rigoroso (o
Rei do Norte). Ez 29.12; 30.23,26; Is
19.4; Jr 46.5,6,15,21.
Após o Rei do
Norte haver destruído e saqueado os egípcios e seus exércitos, ele tomará posse
dos tesouros daquela terra. Dn 11.43.
A Besta, com
seus exércitos (a Confederação Ocidental), ao ouvir notícias da invasão
efetuada pelo Rei do Norte, virá do oeste para defender a terra de Israel. A
Besta usará sua marinha em um esforço para impedir o progresso do Rei do
Norte.* Ap 16.13,14; Nm 24.24 (as "naus de Quitim" -- Quitim é
Chipre).
*O Rei do Norte também possuirá uma
marinha que se envolverá nesse conflito. Dn 11.40.
A VINDA DE CRISTO
Quando a Besta
(a Confederação Ocidental) entrar com seus exércitos na terra de Israel, o
Senhor descerá do céu montado num cavalo de batalha branco (como o ladrão à
noite*), em chama de fogo, para julgar. Ele destruirá os exércitos da Besta com
o esplendor da Sua vinda. É a vinda de Cristo. 2 Ts 2.8; Ap 11.15-18 (Sétima
Trombeta); Ap 16.15-21 (a Babilônia política é julgada -- Sétima Taça); Ap
19.11-19; 2 Ts 1.7-10; Jd 14-15; Cl 3.4; Tt 2.13; 2 Tm 4.1,8; 1 Jo 2.28; 3.2; 1
Tm 6.14; Is 66.5; Ml 3.2; 1 Pd 1.7; Ap 14.9-12; Is 13-14.23; Jr 50,51; Dn
2.34,35,44,45 (Cristo, a Pedra cortada sem mãos, esmigalha os dez dedos da
estátua -- o Império Romano restabelecido).
*A vinda do Senhor como um ladrão é
encontrada cinco vezes nas Escrituras (Mt 24.43; 1 Ts 5.2; 2 Pd 3.10; Ap 3.3;
16.15), cada uma se referindo à Sua vinda em juízo, e não no arrebatamento.
Nenhum homem
sabe o dia ou a hora da vinda do Senhor. Mt 24.36-42.
Os santos celestiais,
que subiram para estar com Cristo por ocasião do arrebatamento, virão
juntamente com Ele. São eles os exércitos do céu. 1 Ts 3.13; Zc 14.5; 1 Ts
4.14; 2 Ts 1.7; Ap 1.7; 19.14; 17.14.
Por volta dessa
época será completada a primeira ressurreição. Todos os que creram no evangelho
do Reino, que foi pregado após o arrebatamento, e morreram em razão do
martírio,* serão ressuscitados para se unirem aos santos celestiais. Haverá
duas classes de pessoas dentre os santos martirizados que ressuscitarão. Aqueles
que forem mortos sob o reinado da falsa igreja (a grande meretriz) nos
primeiros três anos e meio (Ap 6.9-11), e aqueles que forem mortos sob o
reinado da Besta e do Anticristo, nos últimos três anos e meio (Ap 15.2-4).
Tanto os primeiros como os últimos compartilharão das bênçãos celestiais e
viverão e reinarão com Cristo sobre a Terra. Ap 14.13; 20.4,5.
*Em Ap 20.4 está evidente que nenhum
santo de Deus durante os 7 anos de tribulação morrerá de causas naturais. 11
O Senhor
lançará o líder Romano (a Besta -- o chifre pequeno) e o falso Messias judeu (o
Anticristo) vivos no lago de fogo. Ap 19.20,21.
A vinda do
Senhor para julgar a Confederação Ocidental dará início ao "dia do
Senhor", que é quando Ele irá estabelecer publicamente Sua autoridade e
poder universais, tanto nos céus como na Terra. O Senhor começará a subjugar e
expulsar todos os poderes adversários. O dia do Senhor se estenderá por todo o
reinado de mil anos de Cristo (Milênio). 12 2 Pd 3.8-10; 2 Ts 2.2
(Versão Almeida Revisada); Is 2.10-22; Jl 1.15; 1 Ts 5.2; Jr 46.10; Sf 2.2,3;
Ml 4.5.
A vinda do
Senhor também dará início à "ceifa", que é um juízo discriminatório
efetuado pelos anjos que limparão a parte ocidental da terra profética de todos
os ofensores.* Eles serão levados vivos para fora da terra a fim de receberem o
juízo,** enquanto os demais permanecerão para desfrutar de bênçãos sobre a
Terra. "Um será tirado, e o outro deixado." Ap 14.14-16; Mt 13.37-42; 24.40,41; Is 24.1; Dn 2.35; Jr 51.1,2.
*Os anjos não irão por todo o mundo, mas
limparão o reino do céu (que é o assunto de Mateus 13), ou seja, somente a
terra profética. Se todo o mundo fosse limpo dessa vez, os inimigos futuros de
Israel não poderiam se levantar contra ele. Aqui o Senhor está tratando com o
ocidente, tanto com os exércitos ocidentais como com o povo que ficou naquelas
terras. Assim que Ele completar todo o Seu juízo do ocidente, irá começar a
julgar os assírios (o Rei do Norte e Gogue). 13
** Também chamado de julgamento dos
vivos (At 10.42; 2 Tm 4.1; 1 Pd 4.5) que se refere, de um modo geral, à época
em que o Senhor tratará em juízo com todas as pessoas vivas sobre a face da
Terra. É um termo amplo que inclui o juízo da ceifa (Ap 14.14-16; Mt 13.39-43),
o juízo da vindima ou do lagar (Ap 14.17-20; Is 63.1-6), e o que é visto como
um julgamento perante um tribunal (Mt 25.31-46; Ap 20.4). Enquanto a ceifa e a
vindima são juízos de guerra que ocorrerão quando o Senhor sair como um rei
guerreiro indo à batalha (assim como o rei Davi), o julgamento diante de um
tribunal acontecerá após todos os exércitos terem sido derrotados, e o Senhor
assentar-Se como Rei em Seu trono. Será uma calma e solene sessão judicial
(assim como fazia o rei Salomão). A ceifa começará quando o Senhor vier do céu
em juízo para destruir os exércitos do ocidente. Naquela ocasião Ele enviará
Seus anjos, os quais tirarão da terra profética todos aqueles que são
ofensores. Mais tarde, na vindima, Ele bramará de Sião (Jerusalém) em juízo,
esmagando os Seus inimigos. O julgamento dos vivos não deve ser confundido com
o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). O julgamento do Grande Trono
Branco é um julgamento, de pessoas mortas, que acontecerá no final dos mil anos
do reinado de Cristo, enquanto o julgamento dos vivos é um julgamento das pessoas
vivas no início do Seu Reino.
Após os anjos
haverem percorrido a terra profética separando os ímpios dos justos, a
população do ocidente diminuirá bastante. Naquelas terras, outrora tão
ilustres, as pessoas se tornarão tão raras como o ouro. Is 13.12; 14.23; 24.6;
Jr 50.3,39; 51.2.
O tempo dos
gentios, o período da supremacia dos gentios sobre Israel, terá terminado. Isso
encerrará a septuagésima semana de Daniel com 1278 dias contados a partir da
metade da semana. Lc 21.24; Dn 2.34,35,44,45; 7.9-14, 22-27.
O Rei do Norte,
espantado com as notícias a respeito dos exércitos ocidentais comandados pela
Besta, voltará do Egito, dirigindo-se à terra de Israel para batalhar. Dn
11.44,45.
O Senhor sairá
para defender Jerusalém dos exércitos do Rei do Norte que estarão voltando. Is
31.4-9; Zc 9.8; 12.8; 14.3.
O poder da voz
do Senhor derrotará o Rei do Norte e seus exércitos. Is 14.25; 17.13,14; 30.30-32; Dn 11.45; Jl 2.20; Zc 14.3.
Quando o Rei do
Norte cair, Gogue (Rússia), que o abasteceu com munição (Dn 8.24), não virá em
seu auxílio. Dn 11.45. ("não haverá quem o socorra.")
O Senhor
lançará o Rei do Norte vivo no lago de fogo (Tofete) onde a Besta e o falso
profeta (Anticristo) já estarão. Is 30.33.
Há um período
que excede a septuagésima semana de Daniel, que eleva a 1290 dias o tempo
contado a partir da metade da semana. Essa extensão equivale a 12 dias que
ultrapassam o final do período da semana. Esses dias poderão ser utilizados
pelo Senhor para remover da terra o exército proveniente do norte. Dn 12.11; Jl 2.20; Is 17.13,14.
A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL
A vinda do
Senhor nessa ocasião não será somente para a destruição dos poderes dos
gentios, mas também para a libertação do remanescente judeu fiel e para a
restauração das dez tribos perdidas de Israel.* Lc 18.1-8; Sl 90-106 (Quarto
Livro dos Salmos). A restauração de Israel acontecerá em duas fases. Primeiro,
os judeus (as duas tribos -- Judá e Benjamim), que terão passado pela grande
tribulação na terra, serão restaurados ao Senhor. Então, as dez tribos, que
estão dispersas nos quatro cantos da Terra (Dt 28.25; 32.26), retornarão para
serem restauradas ao Senhor. Dn 12.1,2; Ez 37.15-17; Zc 12.7; Jr 33.7; 2 Sm
2.1-4; 5.1-3;** 2 Sm 19.9-15 *** (Em toda referência Judá-Judeus são
mencionados primeiro.)
*Assim como na história, quando Deus,
após haver julgado a Babilônia que manteve o Seu povo cativo, fez com que
fossem libertos de seu cativeiro e restaurados à sua terra, o mesmo acontecerá
por ocasião da queda da Besta (líder da Babilônia Política de Apocalipse) e do
Anticristo e seu Império, seguida da libertação dos judeus. 14
** Davi, que é um tipo de Cristo, foi
reconhecido como Rei primeiro por Judá -- as duas tribos, e então mais tarde
pelas outras tribos de Israel. Só depois de Ele haver sido ungido Rei sobre
todo o Israel é que saiu a liderá-los em uma conquista vitoriosa sobre seus
inimigos (2 Sm 8). Na profecia é mantida a mesma ordem.
*** Quando Davi retornou ao seu povo,
após ter sido rejeitado por eles, Judá foi o primeiro a ir encontrá-lo em
Gilgal, o lugar do juízo-próprio. Assim será no futuro; quando Cristo voltar,
os judeus se arrependerão e serão os primeiros a serem restaurados a Ele (Zc
12.9-14). Somente mais tarde as dez tribos serão restauradas.
Enquanto o
Senhor estiver julgando a Confederação Ocidental e o Rei do Norte, Ele
aparentemente estará Se ocultando da vista dos judeus. Embora o ocidente vá
vê-Lo em todo o Seu fulgor (2 Ts 1.7-9; 2.8), Sua vinda nessa ocasião é
mencionada como "numa nuvem", sugerindo um ocultamento parcial de Sua
Pessoa para os judeus. 15 Lc 21.27; Is 8.17; Sl 88.14; 89.46.
O Senhor será
visto sobre o Monte das Oliveiras com o propósito de restaurar os judeus e,
mais tarde, as dez tribos. Sua vinda nessa ocasião é citada como "sobre as
nuvens", o que implica uma aparição pública completa. Zc 14.4; At 1.9-11; Mt 24.27,30; Mt 26.64; Jó 19.25.
Quando os pés
do Senhor tocarem o Monte das Oliveiras, farão com que este se fenda em duas
partes, formando um grande vale para o ocidente e para o oriente. Zc 14.4.
O Senhor Se revelará
aos judeus em uma manifestação quieta e íntima. Essa manifestação em
privacidade acontecerá somente entre o Senhor e os judeus (as duas tribos --
Judá e Benjamim). Zc 14.4; At 1.9-11; Zc
12.10-14; Gn 45.1-5.
Aqueles que
irão vê-Lo atuarão como mensageiros ao resto do remanescente. Irão pelas
montanhas, onde muitos estarão escondidos, a fim de levar as boas novas da Sua
volta à Jerusalém. O remanescente sairá de seus esconderijos e seguirá em
direção ao vale formado pelos pés do Senhor. Is 52.7; Zc 14.5.
Os judeus que
farão parte daquele remanescente olharão para Aquele a Quem traspassaram e se
lamentarão de arrependimento. Eles assumirão a culpa pelo sangue, por haverem
crucificado o Senhor da glória, e serão a Ele restaurados. Sl 51.14; At 2.23;
Gn 44.14-34; Is 53; 2 Sm 19.15 ("Gilgal" -- o lugar do
juízo-próprio), Zc 12.10-14; Jo 20.24-28.
O remanescente
de Judá e Benjamim (os judeus) chorarão por seus irmãos das tribos perdidas de
Israel. O Senhor os confortará com a promessa de que eles voltarão. Jr
31.15-17.
O Senhor
reunirá as dez tribos perdidas de Israel de volta à sua terra. Dt 30.1-5; Is
10.20-22; 11.11-13; 26.19; 27.12,13; 35.10; 49.8-26; 66.19,20; Jr 30-33;
46.27,28; Ez 20.34; 34.11-16; 36.16-38; 37.1-28; Dn 12.2; Os 6.1-3; 14.1-9; Mq
4.6,7; 5.3; Zc 8.7,8; Am 9.14,15; Sl 107-150 (Quinto Livro dos Salmos --
particularmente Salmos 120-134, "Cântico dos Degraus", por exemplo,
Salmo 122.4); Gn 46.1-29; Lv 23.24,25 (Festa das Trombetas).
O Senhor
enviará os Seus anjos para reunir Seus eleitos dentre as tribos de Israel. Um
grupo bem grande virá de todos os países do mundo, de lugares tão distantes
como a China (Sinim - Is 49.12) e de partes da Rússia (Meseque - Sl 120.5); Mt
24.31; Jr 31.8; 15.4; Dt 28.25; Ez 36.24.
Todos os judeus
remanescentes (das duas tribos) que ainda não estiverem na terra chegarão
primeiro e serão restaurados ao Senhor. Zc 12.7; 2 Sm 19.17; Gn 44.18-34.
O remanescente
de Judá (os judeus) também serão usados como mensageiros ou instrutores para as
tribos dispersas de Israel. Is 6.8-13; Gn
45.9-13; 46.28; Jo 1.43-49; Dn 12.3.
As tribos de
Israel virão chorando, quebrantadas em seu espírito, após seu longo exílio de
quase 2800 anos. Jr 31.6-9; Sl 84.5-8.
O braço do Mar
Vermelho (os braços ocidental e oriental do mar, que formam a península do
Sinai), as sete correntes do Rio Nilo, e o rio do Egito (uma pequena corrente a
aproximadamente 45 quilômetros a leste de Suez) se secarão para abrir uma
passagem ampla e fácil às tribos que retornarão. Is 11.15,16; 19.5-10;
27.12,13.
As necessidades
das tribos de Israel em seu retorno serão supridas por algumas das nações
gentias que as bajularão por influência do poder e glória do Senhor, que então
será manifestado na terra. (Sl 18.44,45; 66.3). Eles virão em cavalos, mulas,
camelos, carros, carroças e em navios. Is 11.12; 14.1,2; 49.9-23; 60.8,9.
A volta das dez
tribos à terra de Israel será bem rápida. Is 60.8,9; 66.8.
À medida que os
anjos forem reunindo os eleitos de Israel (Mt 24.31), virá também uma multidão
misturada com as tribos. O Senhor trará para o deserto, nas fronteiras da
terra, as tribos que estiverem voltando, e as peneirará.* Os rebeldes (aqueles
sem fé) serão tirados de entre eles, e aqueles que têm fé serão introduzidos na
terra para voltarem à companhia de seus irmãos judeus. Ez 11.9,10; 20.35-38; Os
2.14,15; Am 9.9,10; Sf 3.10-12; Jr 31.17; Sl 135.14,18; Sl 139.
*Existe uma clara analogia entre a
jornada dos filhos de Israel do Egito a Canaã, e a jornada das tribos que
voltam para sua terra após a tribulação. Muitos dos profetas relacionam ambas
as ocasiões (leia Is 11.15,16; 51.9-11; Jr 16.14,15; Ez 20.34-36, etc.) Os
filhos de Israel empreenderam sua jornada, saindo do Egito (um tipo do mundo),
passando antes pelo deserto (o lugar de provas), onde muitos que tinham um coração
mau de incredulidade caíram, e indo até Canaã (a terra prometida). As tribos de
Israel que retornarão no dia vindouro também sairão de todas as partes do mundo
(Ez 20.34), passando pelo deserto onde serão provadas (Ez 20.35-39), para serem
então introduzidas na terra prometida (Ez 20.40-44). Nos dias em que Josué
guiou os filhos de Israel para a terra de Canaã, seus corações não estavam
retos para com Deus e por isso perderam a posse dela. Mas no dia vindouro eles
terão um novo coração e um novo espírito, tendo a lei de Jeová em suas
entranhas (Jr 31.33; Ez 36.26), sendo nascidos de novo, e possuirão para sempre
a terra prometida (Is 60.21; Ez 37.25; Jl 3.20).
Quando as
tribos que retornam virem o Senhor irão perguntar "Que feridas são essas
nas tuas mãos?". O Senhor responderá: "São as feridas com que fui
ferido em casa dos meus amigos" (os judeus). Eles não estavam na terra no
tempo da crucificação, como estavam os judeus, e conseqüentemente a culpa de
crucificarem a Cristo não estará em suas consciências. Serão, porém, culpados
de estarem sob a maldição por haverem violado a lei de Jeová e serão
restaurados ao Senhor.* Zc 13.6; Lv 23.26-32 (Dia da Expiação); Lv 26.40-42; Sl
88; Os 5.15.
*O arrependimento dos judeus e o das
dez tribos serão diferentes. Os judeus rejeitaram a Cristo e irão receber o
Anticristo; as dez tribos de Israel não são culpadas de nenhuma destas coisas.
Os judeus trarão sobre si a culpa do sangue pela crucificação de Cristo (Sl
51.14), pois são culpados de Sua morte (At 2.23). As dez tribos, porém, são
culpadas de terem violado a lei de Jeová. Levarão a culpa disso diante do
Senhor (Sl 88), havendo sentido sua conseqüência na sua dispersão por todo o
mundo (Dt 28.25).
A nação de
Israel (todas as 12 tribos) nascerá de uma só vez. Is 60.22; 66.8.
O Senhor fará
um novo concerto com Israel (todas as 12 tribos) que durará para sempre. Jr 31.31-34; Hb 8.8-12; Mt 26.28.
A todas as doze
tribos de Israel será dado um novo coração e serão obedientes à lei de Jeová.
Ez 36.25-27.
Toda inimizade
será removida e habitarão pacificamente juntos. As dez tribos (chamadas de
Efraim nos profetas) não terão inveja dos judeus (Judá), e os judeus não irão
mais irritar as dez tribos. Is 11.13; Ez 37.15-28; 38.11; Sl 133; Os 1.11.
A boca de
Israel (todas as doze tribos) se encherá de riso e suas línguas com cânticos
quando, juntas, se regozijarem. Sl 126.
As tribos de
Israel, ao retornarem, encherão de tal maneira a terra que não haverá espaço
para todos. Serão como a areia do mar que não pode ser medida ou contada. Is
9.3; 26.15; 16 49.19,20; 54.1-3; Ez 36.37,38; Zc 10.10; Os 1.10; Sl
115.14.
À medida que a
Indignação continua, Gogue (Rússia) e suas vastas hordas, (a grande Assíria em
sua derradeira forma), ao ver as doze tribos de Israel descansando em sua
terra, virá do extremo norte na tentativa de derrubar o reino de Jesus Cristo
em Israel. Pode-se referir a isso como o segundo ataque dos assírios. Ez 38,39; Is 10.28-32; 29.1-3; 33.1; 36,37; 2 Cr 32; Sl 46.3; 86.14;
140.1-4,9.
O Senhor
aproveitará essa ocasião para fazer com que os exércitos de muitas outras
nações do mundo venham com eles. Gogue (Rússia) irá liderar esse ataque final. Is 34.1,2; Jl 3.1,2,9-15; Sf 3.8; Mq 4.11,12; Ez 38.4-6.
As notícias das
hordas que se aproximam lideradas por Gogue (Rússia) chegarão aos ouvidos do
Israel recém-reunido e eles clamarão ao Senhor para que os salve. Is 10.28-32;
29.4; 37.1-4; Sl 140-143.
O Senhor, então
em Sião, não permitirá que a cidade de Jerusalém seja mais uma vez tomada. Sl
46.4-6; Na 1; Sf 3.15.
O Senhor
encorajará Israel a confiar nEle como seu abrigo. Is 10.24-27; 26.20,21; 37.33-35; Sf 3.8; Mq 5.5; Sl 46.1,5; 140.7;
143.9; Na 1.7.
A incontável
hoste de exércitos, ao se aproximar, cobrirá tudo como uma nuvem. Ez 38.16.
O Senhor
permitirá que ocorra repentinamente um maciço terremoto que irá acabar com o
plano de batalha do exército invasor. Pavor e confusão se espalharão por suas
fileiras. O tumulto se alastrará e os exércitos, em pânico, entrarão em luta
entre si. Ez 38.18-21; Zc 14.12,13;
Is 29.6.
Ao mesmo tempo
o Senhor ocasionará algumas outras catástrofes naturais, como pestes, saraivas,
trombas d'água e fogo, que acompanharão o terremoto. Ez 38.22; Is 29.6.
O Senhor também
bramará de Sião quando vier pisar o lagar da ira de Deus. Este é o juízo da
vindima ou lagar. Gogue (Rússia) que estará então na liderança do ataque, cairá
nas montanhas de Israel. Ap 14.17-20; Is
26.21; Ez 38.13-23; 39.1-5; Is 10.33,34; 27.1; 33.10-12; 37.36; 63.1-6; Jl
3.16.
Cinco sextos
dos exércitos de Gogue (Rússia) serão destruídos. Ez 39.2 (cf. alguns
tradutores, "dividir-te-ei em seis partes" -- nota na Bíblia
traduzida por J.N.Darby).
O Senhor, em
feroz indignação, esmagará as fileiras de seguidores de Gogue, conforme Ele for
avançando pela terra de Jerusalém até a região de Edom, distante cerca de 320
quilômetros. Hc 3.12; Ap 14.20; Jl 3.12.
Edom
(provavelmente parte da Arábia) será o lagar das nações que seguirem Gogue. Em
Sua ira o Senhor debulhará os pagãos e em Sua fúria os calcará. A carnificina
dos exércitos será tão grande que o sangue derramado chegará até os freios dos
cavalos. Esse será o dia da vingança do Senhor. Is 34.1-10; 63.1-6; 66.15-18; Jl 3.12-16; Ob 15,16; Ap 14.20; Mq
4.11,12.
O fedor de seus
cadáveres subirá da terra e os abutres descerão dos ares para comer suas
carnes. Is 34.3; Ez 39.4.
O Senhor
enviará também um fogo devorador e um grande redemoinho de vento sobre os
incrédulos na terra da Rússia e em muitos lugares distantes. A matança
empreendida pelo Senhor se estenderá de uma à outra extremidade da terra. Ez 39.6,7; Sf 3.8; Jr 25.32,33; 30.23; Is 66.16.
Os gentios que
forem então espalhados pelos juízos desoladores do Senhor voltarão às suas
terras e às distantes partes do mundo para declararem a glória do Senhor. Todas
as nações ouvirão e temerão e ajudarão qualquer israelita remanescente a
retornar à sua própria terra. Is 11.11,12; 66.19,20.
Os juízos do
Senhor em Edom, sobre as nações que se reunirão para seguir a Rússia na
batalha, será tão severo que a própria terra de Edom será deixada em um estado
de desolação perpétua. Ela permanecerá estéril e desolada de geração a geração
por todo o milênio. Is 34.5-15; Jl 3.19; Ml
1.3.
O Senhor
retornará a Israel, vindo de Edom, após haver, sozinho, pisado o lagar. Is
63.1-6.
Havendo
retornado, o Senhor guiará os exércitos do Israel restaurado para saírem a
lutar e subjugar qualquer inimigo que ainda restar naquele que é seu território
de direito, assim como nos dias em que Josué liderou os filhos de Israel nas
conquistas. A batalha se estenderá a ponto de atingir a terra da Assíria (Mq
5.5,6). Nessa ocasião Israel tomará posse da total extensão de sua herança
prometida, do ribeiro do Egito até ao rio Eufrates. Gn 15.15-18; Êx 23.31; Js
1.4; Sl 47.3; Sl 108.7-13; Sl 144.1; Is 11.14; Ob 17-21; Ez 25.14; Mq 4.13;
5.5,6,8; Ez 39.10; Jr 51.20-23; Zc 12.6; 14.14; Nm 24.17-19; 2 Sm 8.1-13; Et
9.1-19; Sl 118.10-12; Sl 18.34-48; Ml 4.3.
Edom receberá o
golpe final dos exércitos de Israel. Não restará nem uma pessoa sequer; serão
totalmente extintos, como nação, da face da Terra. Ez 25.14; Ob 18; Is 11.14; Nm 24.18,19.
Os filisteus
também receberão o golpe final dos exércitos de Israel, e nunca mais existirão
como nação. Is 11.14; Sf 2.5; Am 1.8; 2
Sm 8.1.
Moabe e Amom
serão vencidos e feitos tributários de Israel. Será permitido, a um
remanescente daqueles povos, que permaneça na terra por todo o tempo do reinado
pessoal de Cristo. Is 16.14; Jr 48.47; 49.6; 2
Sm 8.2.
Satanás será
acorrentado e confinado no abismo por mil anos. Ap. 20.1-3.
O Senhor porá
um fim a toda guerra e violência. Daí em diante não será permitido que opressor
algum moleste Israel novamente. Na 1.15; Jl
3.17; Sl 46.9; 147.14; Is 60.18; Zc 9.10; Is 2.4; Mq 4.3; 1 Rs 5.4.
O Senhor
estabelecerá então o Trono de Sua Glória em Israel e todas as nações que
restarem na Terra serão reunidas diante dEle e julgadas de acordo com a maneira
como trataram os mensageiros do evangelho do Reino que tiverem então
percorrido, e pregado, por todas as nações (Mt 24.14). Então o Senhor os
separará como um pastor separa as ovelhas dos bodes. As nações que se mostraram
justas entrarão, juntamente com Israel, na bênção sobre a Terra. As nações que
tiverem se mostrado injustas serão destinadas ao juízo eterno. Esse é o juízo
que o Senhor exercerá no caráter de uma sessão de tribunal. Mt 25.31-46.
Os 1335 dias
contados a partir da metade da semana terão então se esgotado. Cada adversário,
e todo aquele que é mau, terá sido vencido. Dn 12.12; 1 Rs 5.4.
O MILÊNIO
Havendo
estabelecido o Seu Reino em poder, o Senhor retornará à glória de onde irá
reger sobre o mundo todo. Sl 7.7; Sl 47.5; Ap 7.15 (Almeida Versão Revisada).
O Senhor Se
assentará sobre o Seu trono nos céu como Sacerdote e Rei, como o verdadeiro
Melquisedeque, e reinará em paz por mil anos. Esse período é chamado Milênio.
Zc 6.13; Sl 103.19; 110.4; 47.7,8; Ap 20.4; Sl 22.28; Zc 14.9; Ap 22.3; Lv
23.33-44 (festa dos Tabernáculos).
Depois que os
juízos de guerra tiverem terminado e o Milênio tiver sido introduzido, haverá
muito mais mulheres do que homens no mundo. Is 4.1.
Deus irá
convergir todas as coisas em Cristo. Ele será o centro de tudo tanto nos céus
como na Terra. Ef 1.10 (Almeida Versão Revisada).
Cristo reinará,
como o Filho do Homem, sobre todo o Universo. Sl 8.
O domínio de
Seu Reino sobre a Terra se estenderá de um extremo ao outro dos mares. Sl 72.8; Zc 9.10; Sl 2.8.
A extensão de
Seu Reino não terá fim. 2 Sm 7.12-16; Dn 2.44; 7.14,27; Lc 1.32,33; Sl 145.13.
No Seu Reino prevalecerá a justiça. Is 9.7; 11.4; 16.5; 32.15-20; 61.11; Sl 72.1-7; Sl 45.6; At 17.31; Sl
98.9.
Não serão mais
necessários cadeados e chaves durante o Milênio. Zc 5.3,4; 14.11.
Toda pessoa má,
que se manifestar durante o reinado de Cristo, será julgada publicamente tão
logo se manifestar. Aqueles que pecarem o farão sem que haja um tentador.
Satanás estará preso naquela ocasião. Uma simples mentira não passará
despercebida. Um rolo (livro) voador sairá do Senhor a percorrer toda a face da
Terra e cairá sobre os que praticam o mal. Essa purificação de todo pecado que
for praticado sobre a Terra acontecerá a cada manhã por todos os mil anos. Sl 101.3-8; Sf 3.5; Zc 5.1-4; 1 Rs 2.36-46; Sl 34.12-16.
Haverá um mundo
de paz. Sl 72.6-8; Is 2.4; Mq 4.3;
Os 2.18; 1 Rs 5.4; Sl 46.9; Is 60.18; Sl 147.14.
O Reino
incluirá duas esferas: a esfera celestial, chamada de Reino do Pai, e a
terrenal, chamada de Reino do Filho do Homem. (Mt 13.41-43; 26.29; Dn 7.13,14).
O Reino do Pai será formado por todos os santos da época do Antigo Testamento,
pela Igreja (a noiva de Cristo), e pelo grupo de judeus e gentios martirizados
durante a tribulação. São todos eles os santos celestiais. (Em suma, todos
aqueles que foram arrebatados e os que participaram da primeira ressurreição).
O Reino do Filho do Homem sobre a Terra será composto do remanescente de judeus
preservados durante toda a tribulação, das tribos de Israel que tiverem sido
reunidas, e dos povos gentios da Terra. Ap 7; Gn 22.17; Dn 7.22.
Os céus e a
Terra serão reconciliados. Haverá harmonia entre ambos. Os 2.21-23; Jo 1.51; Gn
28.12-15.
O Senhor, após
haver tomado Sua herança (todas as coisas criadas) por Seu poder, a
compartilhará com a Igreja, Sua noiva. Ef 1.11-23; Rm 8.17; Sl 2.8; 1 Co 3.21-23.
Os santos
celestiais reinarão sobre a Terra. Ap 5.10; Hb
12.22; Dn 7.22.
Os santos
celestiais serão como o Senhor no aspecto moral (1 Jo 3.2), e também
fisicamente (Fp 3.21). Assim como o Senhor estará no "orvalho de Tua
mocidade", eles também serão restaurados à primavera da vida (Sl 110.3).
Os santos idosos, cujas faculdades físicas e mentais estiverem arruinadas,
serão todos restaurados à força e ao vigor em seus corpos ressuscitados. Nunca
mais verão corrupção. 1 Co 15.42-57; 2 Co 5.1-4.
Do mesmo modo
como foram feitos à semelhança do Senhor moral e fisicamente, os santos
celestiais terão as capacidades de seus corpos glorificados imensamente
incrementadas. Estarão aptos a visitar a Terra, subindo e descendo por toda ela
em um instante (Lc 24.30-35), e passarão através de objetos sólidos como
paredes, etc. (Lc 24.36-43; Jo 20.19-29). Porém não terão qualidades de
onisciência ou onipotência, as quais pertencem somente à deidade.
A Jerusalém
Celestial* terá muros de pedra de jaspe, doze portões de pérola (três em cada
lado da cidade), doze fundamentos de pedras preciosas, e uma rua de ouro,
transparente como vidro. Ap 21.9-14,18-21.
*Existem três Jerusaléns que não devem
ser confundidas entre si: Jerusalém celestial (Hb 12.22; Ap 21.10-22.5), que é
o lugar de habitação dos santos nas alturas no período do Milênio; Jerusalém
terrenal (Jr 3.17; 30.18; Sl 48; Ez 48.15-20), que é o lugar de habitação do
príncipe e de outros santos, provavelmente da família real de Davi durante o
Milênio; e a nova Jerusalém (Ap 21.2), a cidade dos santos no Estado Eterno.
Todas são chamadas santas (Ap 21.2,10; Jl 3.17).
Na cidade celestial
haverá um rio de pura água da vida; a árvore da vida dando fruto a cada lado do
rio, e o trono de Deus e do Cordeiro no meio. Ap 22.1-3.
A cidade
celestial terá a forma de um cubo com cada aresta medindo 2.220 quilômetros. A
dimensão total será de aproximadamente 11 bilhões de quilômetros cúbicos! Ap
21.15-17.
Não haverá
templo na cidade celestial, pois o Senhor Deus Todo-poderoso e o Cordeiro serão
o seu templo. Ap 21.22.
Não haverá
noite na Jerusalém celestial. Não haverá necessidade da luz natural do Sol e da
Lua, pois a inerente glória de Deus será a luz ali. A cidade resplandecerá de
glória divina. Ap 21.23,24.
O Senhor será
visto e adorado pessoalmente por aqueles que estiverem na cidade celestial. Ap
22.4.
A Jerusalém
celestial será vista sobre a Jerusalém terrenal. Is 4.5,6; Ap 21.9-22.5.
O Senhor
apresentará Sua noiva, a Igreja, ao mundo. Ela terá um lugar de associação com
Ele em Seu reino. Ele será glorificado e admirado em Seus santos celestiais
quando o mundo os vir. Esse é o dia de Cristo. 2 Ts 1.10; Ap 21.9-2.5; Fp 1.6,10; 2.16; 1 Co 1.8; 3.13; 5.5; 2 Co 1.14;
Jo 8.56.
O galardão, que
os cristãos tiverem então recebido no trono de Cristo, será manifesto diante de
todo o mundo no Dia de Cristo. Eles receberão o privilégio de participar da
administração da Terra no período do Milênio, na mesma medida de administração
e justiça que tiverem aprendido quando ainda estavam na Terra. Ap 20.4; 1 Co 6.2; Lc 16.9-12; 19.11-19; Mt 24.45-47; 25.14-23; Ap
2.26,27.
Os doze
apóstolos do Senhor Jesus Cristo terão o privilégio especial de participar, do
céu, no governo de Israel. Mt 19.28.
O Senhor
desposará Israel em um sentido figurado. "E acontecerá naquele dia, diz o
Senhor, que me chamarás: Meu marido". Os 2.16-20; Is 54.4,5; 62.4,5; Jo
2.1-11; Sl 45; Ct 3.6-5.1.
O Senhor Se
regozijará sobre Israel com cânticos. Ele Se calará (descansará) em seu amor.
Sf 3.17.
A terra de
Israel será limpa dos mortos. Um grande sepulcro chamado Hamon-gog (vale da
multidão de Gogue) será construído para o sepultamento das hordas Russas e dos
exércitos das nações que as seguiram à batalha. Sua localização será em um
enorme vale ao oriente do Mar Morto. Ez 39.11.
Levarão sete
meses para sepultar os mortos e sete anos para queimar as armas. Ez 39.9,10,12.
Toda a terra de
Israel será reconstruída após a sua desolação. Is 61.4; Ez 36.10; Ez 33-35; Jr 30.18; Am 9.14.
Toda a extensão
da herança de Israel compreenderá a terra que vai do ribeiro do Egito até o rio
Eufrates. A terra ampliada ficará em torno de 480.000 quilômetros quadrados. A
área ao oeste do rio Jordão, indo até o Mar Mediterrâneo, será repartida em
faixas paralelas dividindo o país de acordo com as doze tribos de Israel (Ez
47.13-48.35). É provável que essa área seja destinada mais para fins
habitacionais e a sua extensão para o oriente até o Eufrates seja destinada a
pastagens. Sl 47.4; Gn 15.15-18; Êx 23.31; Js 1.4; Is 26.15 (Almeida Versão
Revisada); Is 54.1-3; Mq 7.11 (Almeida Versão Atualizada). 17
Uma área de
aproximadamente 80 quilômetros de diâmetro na terra de Judá, "Geba e seus
arrabaldes" (Js 21.17), até "Rimom" em sua fronteira ao sul (Js
15.32) será elevada na forma de um planalto. Será essa a localização de
Jerusalém e da área do templo. (Sl 68.29; Sl 122). Por estar elevada, Jerusalém
se tornará em extremo proeminente sobre a Terra. O amplo planalto também
proporcionará o espaço necessário para as nações visitarem Jerusalém durante a
Festa dos Tabernáculos. Toda a área será chamada "monte da casa do
Senhor" Mq 4.1,2; Zc 14.10,11; Is 2.2,3; Ez 40.2.
Na área desse
grande planalto uma "oblação" ou "oferta alçada" será
oferecida por Israel ao Senhor, a qual será uma porção santa da terra, medindo
25.000 X 25.000 côvados grandes* (Ez 40.5; 41.8) ou 14 X 14 quilômetros (196
quilômetros quadrados). A oblação terá uma área para os sacerdotes e suas
famílias, os Levitas e suas famílias, e para a cidade de Jerusalém. Ez 45.1-6;
48.8-20.
*Um côvado grande media 56 centímetros.
Parece que esse côvado é usado em todas as dimensões do templo em Ez 40-48.
Um novo templo
(ou santuário) será construído e se localizará na oblação a poucas milhas ao
norte de Jerusalém. Será uma "casa de oração para todos os povos". Ez 40-42.20; 45.1-5; 48.8; Is 56.7; Ap 7.15; Sl 68.29.
Haverá uma área
de 500 X 500 canas ao redor do complexo do templo (uma cana mede 3 metros e 36
centímetros - Ez 40.5) o que é aproximadamente três mil quilômetros quadrados.
Trata-se de espaço suficiente para 280 campos de futebol! Ez 42.15,20; 45.2.
O complexo do
templo dentro da área de 500 X 500 canas medirá cerca de 500 X 500 côvados. É
espaço suficiente para quase 8 campos de futebol! Ez 40-42.
É provável que
o templo não seja construído com ouro e prata como o primeiro templo que foi
construído por Salomão (1 Rs 5-8). O ouro e a prata não são mencionados nos
projetos do templo do Milênio. Talvez ele seja branco, o que significaria a
pureza e justiça que irão caracterizar aquele período. Ez 40-48.
Israel e os
gentios trabalharão juntos na construção do templo. Is 60.10; Zc 6.15; 1 Rs 5.1-10.
Haverá somente
três portões para se entrar no complexo do templo (no átrio exterior). Não
haverá portão para o oeste. Da mesma forma haverá apenas três portões para se
entrar no átrio interno onde o grande altar estará localizado. Ez 40.
É notória a
ausência do véu no templo do Milênio. No lugar dele haverá portas de folha
dupla na entrada (Ez 41.24). Isto significa um grau de acesso muito maior do
que aquele que Israel conhecia nos tempos do Antigo Testamento, quando havia
uma entrada velada à presença do Senhor (Êx 26.31). Ainda assim, trata-se de
muito menos do que a ampla entrada e livre acesso que os cristãos desfrutam
agora pelo Espírito através do véu rasgado (Mt 27.51; Hb 10.19-22).
Não haverá a
"Arca do Senhor" no templo, pois a glória da presença do Senhor estará
ali (Ez 48.35), e algo que O represente não será mais necessário. Jr 3.16.
Não haverá sumo
sacerdote dentre os descendentes de Aarão, para exercer o ofício no templo,
pois o Senhor, o Grande Sumo Sacerdote estará presente. Zc 6.13; Hb 4.14;
5.5,6; 7.17-24.
O Senhor irá
escolher o Seu vice-regente do trono de Israel para, em Seu Nome, administrar
os Seus interesses sobre a Terra. Esse "príncipe" será um descendente
direto da linhagem da casa real do Rei Davi. (O Príncipe não é o Senhor Jesus
Cristo, porém um homem mortal que oferecerá sacrifícios pelo seu próprio
pecado) Ez 45.22; Sl 89.34-37; Sl 132.11,12; 2 Sm 7.12-17; Ez 45.7,8.
Tudo voltará à
ordem judaica na Terra. Voltará a ser observado o "shabbath", e não
mais o primeiro dia da semana como na era cristã. Is 66.23; Mt 24.20; Ez 44.24; 45.17.
A Lei de Jeová,
com seus estatutos e juízos, voltará a ser guardada.* Ez 36.27; 37.24; 44.24.
*Isto significa que as passagens como
Dt 22.5 serão observadas. As mulheres não mais se vestirão com roupas masculinas,
etc. Nesse tempo a vida em Israel será ordenada conforme a vontade de Deus.
Os sacrifícios
levíticos serão novamente oferecidos. Esses sacrifícios terão um caráter
comemorativo, sendo uma lembrança da obra consumada de Cristo. Ez 44-46; Is 56.7; Jr 33.18; Zc 14.16-21; Ml 3.3-4.
Será feito uso
de instrumentos musicais para auxiliar na adoração ao Senhor sobre a Terra. Sl
68.25; Sl 149-150.
A glória do
Shekinah (a presença visível da glória do Senhor) retornará ao templo e será
vista outra vez. Ez 43.1-6; Is 4.5,6.
A terra
resplandecerá com a glória do Senhor. Ez 43.2; Nm
14.21; Hc 2.14; Sl 72.19.
O Milênio será
como um longo dia sem noite. A luz da glória do Senhor será derramada da
Jerusalém celestial com tamanho fulgor que mesmo a noite não será totalmente
escura. A luz da Lua irá também brilhar tanto quanto o Sol. Zc 14.6,7; Is 4.5,6; 30.26; 60.19,20; Gn 2.1,2; Ap 21.23,24; Compare com
Êx 13.21.
Haverá um
sacrifício matinal perpétuo, como nos dias de outrora (Nm 28.3,4), mas não
haverá o sacrifício da tarde pois não haverá mais noite. Ez 46.13-15.
Somente três
das sete festas anuais de Jeová, de Levítico 23, serão conservadas; a Páscoa, a
Festa dos Pães Asmos, e a Festa dos Tabernáculos. A Festa das Primícias e a
Festa do Pentecostes (festas celebradas no primeiro dia da semana) não serão
mantidas. Elas falam da dispensação cristã que não está conectada com a bênção
terrenal de Israel. A Festa das Trombetas e o Dia da Expiação também não serão
mais observados pois uma vez que o pecado de Israel, por haver se apartado do
Senhor, estará julgado e confessado e eles restaurados à sua terra, o Senhor
nunca mais trará à tona a questão da infidelidade do povo, que era o assunto
para o qual essas festas apontavam. Tudo estará perdoado e esquecido para
sempre. Ez 45.18-25; Zc 14.16.
Israel louvará
o Senhor. Sl 99; Is 12.
Israel
convocará a Terra a louvar o Senhor. Sl 34; Sl 86.9;
Sl 96; Sl 100; Sl 117; Sl 148.
Muitas nações
se disporão a unir-se ao Senhor. Zc 2.11; Sl 47.9.
Será
estabelecida a adoração universal do Senhor Jesus Cristo. Sl 66.4; 145-150;
86.9.
A adoração do
Senhor Jesus Cristo será também mensal e semanal (de um "shabbath" a
outro). Is 66.23.
Haverá
constante louvor, dia e noite, no templo, tanto por parte dos judeus como
também dos gentios, visto que adorarão juntos. Ap 7.15; Is 56.6-8; Sl 134.1.
Todas as nações
irão a Jerusalém anualmente para adorar o Senhor e orar. Toda carne adorará o
Senhor. Zc 8.20-23; 14.16; Sl
22.27; Is 2.18; 66.23.
As nações que
não forem a Jerusalém, para adorar e guardar a Festa dos Tabernáculos, trarão
sobre si mesmas pragas e seca. Zc 14.17-19.
Toda idolatria
será completamente abolida da Terra. Toda religião falsa será destruída. Os
idólatras ficarão envergonhados de sua idolatria que não pôde ajudá-los antes.
Is 1.28-31; 2.18; Ez 37.23; Os 14.8; Mq 5.12-14; Zc 13.2-6; 14.9.
Em cada nação
será oferecido incenso como um memorial ao nome do Senhor. Ml 1.11.
Jerusalém será
reconstruída e novamente habitada após sua destruição. Is 61.4; Jr 30.18; 31.38-40; Am 9.14.
As medidas da
cidade de Jerusalém serão de 4.500 X 4.500 côvados grandes, o que é um quadrado
com aproximadamente 2.500 metros de lado. Ela estará localizada na Santa
Oblação ao Senhor. Ez 48.15-19.
Um palácio real
será construído na cidade para residência do Príncipe e de sua família. Jr
30.18; Sl 48.3.
Jerusalém terá
12 portões (três de cada lado da cidade) como na Jerusalém celestial. Esses
portões nunca mais se fecharão. Is 26.2; 60.11;
Ez 48.30-35; Zc 14.11.
Cada habitante
da cidade de Jerusalém será justo. Is 52.1; Is 60.21.
As crianças
brincarão seguramente nas ruas de Jerusalém. Zc 8.3-8.
Jerusalém será
a principal cidade do mundo, o centro metropolitano de toda a Terra. Is 2.2; 62.6,7; Sl 48; Ez 5.5; Jr 3.17; Sl 87.1-3.
Enquanto os
santos celestiais reinarão sobre a Terra na Jerusalém celestial (Hb 12.22; Ap
5.9,10; Rm 8.18,19), Israel reinará na Terra e Jerusalém será o trono do
governo do Senhor. Sl 45.9-16 ("a
rainha"); Sl 2.6; Sl 110.2; Is 2.1-4; Sl 149.5-9.
Israel será
estabelecido como cabeça sobre todas as nações da Terra em conformidade com o
propósito original de Deus para ele. Dt 28.13; Is
2.1-5; 60.14; At 1.6,7; Dn 3.29,30; Sl 18.43; 47.3; Dt 26.19.
Sendo Israel
cabeça sobre as nações, toda a Terra lhe pagará tributo. Ele sorverá da
abundância dos gentios e será o mais saudável país sobre a Terra, mais do que
qualquer outro com que se possa comparar. Is 60.5,6,9-11,16,17; 61.4-6; 2 Cr 32.23; Sl 72.10; 1 Rs 4.20,21;
10.14,15; Mt 17.27; Zc 14.14.
Os gentios
servirão a Israel. Eles alimentarão os seus rebanhos, lavrarão seus campos e
cuidarão de suas vinhas, enquanto Israel cuidará do ministério do Senhor. Is
14.2; 61.5-6.
As nações que
não servirem a Israel serão extirpadas. Is 60.12.
Serão
estabelecidos juízes na terra de Israel para exercer justiça e cuidar dos
direitos de Cristo neste mundo. Is 1.26; 60.17;
Mq 5.6-8; Ez 45.9; Sl 149.6-9.
O Egito e a
Assíria serão nações que exercerão liderança juntamente com Israel durante o
Milênio. Is 19.24,25.
Serão
construídos um altar e uma coluna para o Senhor no Egito. Is 19.19.
A população das
nações ocidentais será rara como ouro. Is 13.12; 14.23; 24.6; Jr 50.3,39; 51.2.
Estradas
intercontinentais serão construídas chegando até a terra de Israel. Elas serão
utilizadas primeiramente pelos israelitas remanescentes de volta à terra, e
então também para as nações irem até Jerusalém. Haverá uma estrada do Norte da
África, passando por Israel e indo até a Ásia (do Egito à Assíria), e uma
estrada da China (Sinim), através do deserto, até a terra de Israel. Is 11.16; 19.23;
35.8; 49.11,12; Sl 84.5.
Jerusalém será
o centro para o aprendizado da Palavra de Deus. Todas as nações subirão para lá
com este propósito. Is 2.2,3.
Os sacerdotes
ensinarão a Israel o conhecimento do Senhor. Israel, por sua vez, ensinará às
nações e como resultado a Terra se encherá com o conhecimento do Senhor. Ez 44.23; Sl 145.11,12; Ml 2.7; Is 2.3; 11.9; 61.6; Hc 2.14; Jr
31.33,34.
Israel será uma
bênção para o mundo todo. O poder do Espírito Santo será derramado sobre Israel
em sinais e milagres, e Israel usará seu poder para abençoar o mundo. Gn 47.7; Jl 2.28-30; Mq 5.6-8.
Naqueles dias
Israel será chamado pelo nome do Senhor -- "Jeová-tsidkenu" (Jeová
Justiça Nossa). O nome do Senhor será o Seu nome. Jr 23.6; Jr 33.16.
Naqueles dias
será uma honra e um privilégio ser judeu. Os judeus serão famosos por toda a
face da Terra. Is 61.9; Sf 3.18-20; Zc
8.20-23.
As pessoas
retornarão às suas terras de origem. Os países não terão mais nacionalidades
misturadas. Is 13.14; Jr 50.16.
As diversas
línguas das nações continuarão a existir no Milênio. Zc 8.23; Is 19.18; 66.18.
A santidade
caracterizará cada aspecto da vida em Israel. "Santidade ao Senhor"
será escrito nos sinetes dos cavalos (representação da vida pública), nos vasos
da casa do Senhor (representação da vida religiosa), e nos vasos de Jerusalém e
Judá (representação da vida privada). Zc 14.20,21.
A própria
criação será liberta de seu cativeiro e maldição. A Terra cantará (em sentido
figurado) ao desfrutar de seu Jubileu. Rm 8.19-22; Is 35.1,2; Sl 65.13; Ap 22.3.
Não haverá mais
lágrimas para os que estiverem sobre a Terra. As pessoas serão felizes. Ap 7.17; Is 35.10; 25.8; 65.19,22-23; Sl 144.15; Is 30.19.
Não haverá mais
doenças ou enfermidades. Não haverá gripe, resfriado, câncer, etc. Não haverá mais
necessidade de médicos, dentistas, enfermeiras, etc. Is 33.24; Sl 103.3.
O cego, o
surdo, o mudo e o aleijado serão todos curados. Is 35.5,6; Sl 146.8.
A longevidade
antediluviana (pré-dilúvio) será restaurada na era Milenial. Com a maldição
removida (Ap 22.3; Zc 14.11), a morte será retida. Aqueles que entrarem no
Milênio viverão por todos os 1.000 anos, se não pecarem. Mesmo aqueles que
morrerem por causa do pecado sob o juízo de Deus (Zc 5.1-4; Sl 101.8; Sf 3.5,
etc.), com a idade de cem anos ou mais, ainda assim não serão considerados
velhos. Mesmo com toda essa idade, eles serão considerados como crianças. Is
65.20; Sl 92.14; Zc 8.4; Mt 25.46 (refere-se à vida eterna sobre a Terra); Sl
128.6.
As pessoas
sobre a Terra terão famílias numerosas. Sl 107.41; 128; 144.12; Is 60.22; 65.23; Zc 8.5.
Os instintos
selvagens e assassinos dos animais dos níveis mais baixos da criação serão
alterados. O lobo e o cordeiro habitarão juntos; o leão e o bezerro também
viverão juntos e este não será atacado por aquele. As crianças brincarão com os
leões e com as víboras e não se machucarão. Os homens poderão dormir nas
florestas e não serão molestados. Is 11.6-9; 35.9; 65.25; Ez 34.25.
A dieta dos
animais carnívoros será alterada. O leão comerá palha como o boi. Is 65.25.
Aparentemente o
homem também voltará a ter um tipo de dieta vegetariana como na época
antediluviana (Gn 1.29). Eles comerão peixe (Ez 47.9-10) mas provavelmente não
comerão carne.
Não será mais
praticada a caça. Os 2.18.
Ocorrerão
também vastas mudanças topográficas na Terra. Is 41.15-20.
Haverá um novo
rio com águas saneadoras jorrando de sob o templo no centro de Jerusalém e
dividindo-se em duas correntes, uma para o leste desaguando no Mar Morto, e
outra para o oeste desaguando no Mar Mediterrâneo. Elas correrão pelo novo vale
aberto pelos pés do Senhor, quando da Sua vinda no Monte das Oliveiras. O rio
irá enriquecer e fertilizar a terra. Ez 47.1-8; Zc 14.4-8; Sl 65.9-10; Jl 3.18.
O Mar Morto
será saneado e suas águas serão povoadas com um enorme cardume. Os pescadores
irão se enfileirar em suas margens. Ez 47.9-10.
Os pântanos
isolados do Mar Morto não serão saneados. Ez 47.11.
Outros novos
rios jorrarão também na terra. Is 30.25, 35.6,7; 41.18.
O deserto
florescerá como a rosa. Is 35.1,2,7.
O Rio Eufrates,
o Rio Nilo e o Ribeiro do Egito secarão e não serão mais utilizados. Is 11.15;
19.5-8; 27.12; Ap 16.12.
O braço do Mar
Vermelho (provavelmente a ramificação esquerda do Mar, atravessada por Israel
por ocasião de seu êxodo do Egito) se secará. Is 11.15.
Algumas
montanhas e vales serão nivelados, talvez como resultado do Senhor haver
sacudido a Terra com terremotos, vulcões e outras catástrofes naturais. Sl 97.1-5; Mq 1.2-4; Is 2.21; 40.4; Ez 38.20.
O Sol brilhará
sete vezes mais e a Lua será tão brilhante quanto o Sol atual. Is 30.26.
As quatro
estações permanecerão as mesmas na Terra. Sl 104.19; 147.15-18; Gn 8.22.
A fertilidade
agrícola e a vegetação prosperarão. A Terra produzirá colheitas como nunca se
conheceu antes (ao menos desde a queda do homem, Gn 3). Sl 65.9-13; 67.6; 144.13,14; Is 27.6; 35.1,2,7; Jl 2.21-27; 3.18; Am
9.13-15; Mq 4.1-4; Zc 3.10.
Os lugares mais
improváveis da Terra, como os picos das montanhas, produzirão safras
abundantes. Sl 72.16.
Os campos e
prados da Terra se vestirão com rebanhos e os vales serão cobertos por cereais.
Sl 65.13; Sl 144.13,14.
As armas serão
transformadas em úteis ferramentas agrícolas. Is 2.4; Mq 4.3.
Não haverá
ervas daninhas, espinhos ou sarças, exceto na terra de Edom. Isso será de
grande auxílio para a produtividade. Is 34.13; 55.12,13.
As lavouras
serão tão grandes que não terão tempo de colher tudo antes que já seja tempo de
semear novamente. O que lavra alcançará o que sega, e o que pisa as uvas, o que
planta as sementes. Am 9.13.
Os fazendeiros
desfrutarão de surpreendentes resultados de seus rebanhos. Uma vaca ainda
jovem, que em geral não seria capaz de produzir grande quantidade de leite,
produzirá com abundância tal que farão manteiga do excedente. Is 7.21,22.
A terra de
Israel será tão fértil que se parecerá com o jardim do Éden. Ez 36.35.
Os enormes
rebanhos de ovelhas e gado de todos os tipos, pertencentes a Israel, encherão a
terra ao ponto de invadirem as ruas das cidades. Sl 65.10-13; 144.13,14; Is
30.23,24.
Ao longo das
margens do rio crescerá todo tipo de árvores frutíferas. Elas serão tão
produtivas que darão frutos todos os meses, e não anualmente como ocorre hoje.
Ez 47.12; Dt 33.14.
Ervas
medicinais, feitas com as folhas das árvores que crescerão ao longo das margens
do Mar Morto, serão usadas para cura dos cortes e machucaduras. Ez 47.12.
Não haverá mais
pobreza. Não se encontrará mais um pobre sobre a face da terra. Haverá provisão
para o necessitado, para o órfão e para as viúvas. Sl 132.15; Is 41.17; 65.21-23; Sl 146.7.
A terra de Edom
permanecerá uma perpétua desolação de geração a geração durante todo o Milênio.
Espinhos, urtigas e cardos crescerão por toda a terra desolada. Isso será uma
lembrança constante para todas as nações das conseqüências de se odiar ao
Senhor e a Seu povo Israel. Is 34.9-15; Jr
49.13,17,18; Jl 3.19; Ml 1.3.
As grandes cidades da Europa e América
não serão reconstruídas. Elas permanecerão virtualmente desabitadas por todo o
Milênio, depois de os anjos haverem passado separando os ímpios dos justos. As
bestas do campo vaguearão pelo interior das casas, nas cidades desoladas. Is
13.19-22; Jr 50.3,39,40; 51.26,29,43.*
*Babilônia representa, como tipo, as
nações ocidentais da cristandade
Embora a
glória, poder e majestade do Senhor estejam, então, sendo manifestadas por toda
a Terra, muitos permanecerão submissos por fingir obediência ao Senhor. Dt 33.29; Sl 18.44; 66.3; Sl 81.15; 2 Sm 19.18-23.
Quando o
período de 1.000 anos do reino de Cristo (Milênio) estiver chegando ao final,
Satanás será solto do abismo para provar os habitantes da Terra (não os do céu)
por um breve período de tempo. Ele enganará aqueles que ficaram apenas a fingir
obediência no Reino e os reunirá contra a amada cidade de Jerusalém. Ap 20.7-9.
Quando os
revoltosos, liderados por Satanás subirem contra Jerusalém, o Senhor fará
chover fogo do céu e os destruirá. Ap 20.9,10.
Satanás será
lançado no lago de fogo para sempre. Ap 20.9,10; Mt 25.41.
Nessa ocasião o
Senhor fará com que os céus e a Terra sejam dissolvidos com grande calor. Jó
14.12; Sl 102.26; Hb 1.12; 2 Pd 3.10-12; Ap 20.11; 21.1.
O Tempo
termina. 1 Co 15.24.
Ocorrerá a
segunda ressurreição, também chamada de "ressurreição da condenação"
(Jo 5.29) ou ressurreição dos injustos (At 24.15). Todos os que morreram em
seus pecados, sem fé, durante todo período em que existiu o Tempo (desde Caim
até o final do Milênio), serão ressuscitados para permanecerem diante do Senhor
em Seu grande trono branco a fim de serem julgados. Esse é o julgamento dos
(ímpios) mortos. Jó 14.12; At 10.42; 2 Tm
4.1; 1 Pd 4.5; Ap 20.11-15.
Os anjos caídos
que permaneceram em cadeias de trevas serão tirados do abismo e julgados. 2 Pd 2.4; Jd 6; Is 24.21,22.
Os santos darão
assistência ao Senhor no julgamento dos anjos. 1 Co 6.3.
O Senhor
devolverá o Reino (do Filho do Homem) para Deus Pai e Se devotará completamente
à Sua Esposa. Embora Ele devolva o Reino, não devolve Sua Humanidade. Ele
permanece um Homem por toda a eternidade. Como Homem, o Filho estará sujeito ao
Pai para sempre. 1 Co 15.24-28; Êx 21.6.
O ESTADO ETERNO
O Senhor criará
novos céus* e uma nova Terra onde habita justiça. (Na era cristã, enquanto o
Senhor encontra-Se ausente, a justiça sofre; no Milênio a justiça reinará, mas
no estado eterno a justiça habitará.) Será um estado permanente nas coisas
entre Deus e o homem. Os céus e a Terra estarão, então, convivendo na mais
perfeita harmonia. 2 Pd 3.12,13; Ap 21.1-8.
*Os novos céus que serão formados não
são o céu dos céus, a habitação de Deus. O céu dos céus não passará por mudança
pois trata-se de um lugar que é, era, e sempre será perfeito.
Não haverá
reinado no estado eterno pois não haverá necessidade de governo. Ap 22.5
Os santos
justos da Terra do período do Milênio aparentemente serão trasladados da terra
Milenial para essa nova Terra sem que vejam a morte.
Todas as
diferenças de tempo, distinções nacionais, fronteiras geográficas e limitações
que hoje existem desaparecerão. Será uma ordem de vida totalmente nova para o
homem sobre a Terra. Não haverá nem macho nem fêmea. Nenhum inimigo ou mal
jamais invadirá essa cena de bem-aventurança. Esse é o Estado Eterno. É também
chamado "O Dia de Deus", "Séculos dos Séculos" e "O
Dia da Eternidade". Ap 21.1-8; 2 Pd 3.12; 1 Co 15.28; Ef 3.21 (Bíblia de
Jerusalém); 2 Pd 3.18.
Não haverá mais
morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. 1 Co 15.26; Ap 21.4.
A Nova
Jerusalém descerá dos céu à Terra. Ela será a cidade dos santos. Ap 21.2-3.
Deus será tudo
em todos. 1 Co 15.28.
Haverá mais
pessoas no céu e na Terra, redimidas por Deus e desfrutando do Seu favor, do
que no lago de fogo sob o juízo.* Em TUDO Cristo terá a preeminência. Compare
Pv 27.20 com Lc 14.23; Cl 1.18.
*Não existe qualquer dificuldade em
compreender isto quando consideramos os muitos milhares de crianças que
morreram na sua infância (i.e. durante o dilúvio no dia de Noé) ou antes de
terem nascido. Mt 18.10,11; 2 Sm 12.23.
SEGUNDA PARTE
SUMÁRIO DAS BATALHAS DURANTE A
INDIGNAÇÃO
(1) Os exércitos do Rei do Sul (Egito e
seus aliados) invadirão a terra de Israel provenientes do sul. Dn 11.40. (Mapa
nº 1.)
(2) Os exércitos do Rei do Norte,
provenientes do norte juntamente com a Confederação Árabe, passarão como uma
assolação por toda a terra de Israel, deixando-a desolada. Outros países
situados ao redor da terra de Israel também serão atingidos por essa inundação
flageladora, sendo também derrotados por aqueles exércitos em seu avanço rumo
ao Egito. Dn 11.40-43. (Mapas 2 e 3.)
(3) Os exércitos da Besta (a
Confederação Ocidental), ao ouvirem notícias da invasão do Rei do Norte, virão
do ocidente para defender a terra de Israel. Nm 24.24; Ap 16.13,14; 19.19.
(Mapa nº 4.)
(4) Quando a Besta e seus exércitos
estiverem entrando na terra de Israel, o Senhor virá com os exércitos do céu
(os santos glorificados) para destruir a Confederação Ocidental, quando também
a Besta e o Anticristo serão lançados no lago de fogo. Ap 16.15; 19.11-21.
(Mapa nº 4.)
(5)Os exércitos do Rei do Norte
retornarão do Egito à terra de Israel e serão destruídos pelo Senhor. Dn
11.44,45; Jl 2.20. (Mapa nº 5.)
A Restauração de Israel
Depois que o
Rei do Norte for destruído, e antes que a Rússia (Gogue) desça, ocorrerá a
restauração de Israel ao Senhor. Ela acontecerá em duas fases. Ez 37.
a) O Senhor Se
manifestará aos judeus (as duas tribos) no Monte das Oliveiras, os quais se
lamentarão de arrependimento e serão restaurados a Ele. Zc 12.9-14; 14.4,5.
b) O Senhor
voltará a congregar, dos extremos da Terra, as dez tribos perdidas de Israel,
as quais também serão restauradas ao Senhor. Mt 24.30,31.
(6) Quando as doze tribos de Israel
estiverem habitando em segurança em sua terra, os exércitos de Gogue (Rússia) e
de muitas outras nações com ele, descerão do extremo norte numa tentativa de
destruir Israel. O Senhor bramará de Sião e destruirá as hordas Russas e os
exércitos que as seguem. Ez 38-39. (Mapa nº 6.)
(7) Após destruir os exércitos russos,
o Senhor comandará os exércitos do Israel recém-reunido em uma vitoriosa
conquista para tomar posse da completa herança prometida por Deus a Abraão.* Is 11.14; Mq 4.13; Jr 51.20-23. (Mapa nº 7.)
*A Indignação das nações pode ser
considerada terminada quando o Senhor destruir os exércitos comandados pela
Rússia (os assírios).18
Alguém poderá
perguntar como sabemos que as batalhas acontecerão na ordem apresentada acima.
Por esta razão cremos ser tão importante dispormos de um esboço dos profetas,
tanto dos maiores como dos menores. Muitos estudiosos da profecia limitam-se,
em seus estudos, quase que somente ao Apocalipse e a Daniel, e,
conseqüentemente, perdem muito. Nenhum livro apresenta o futuro profético na
sua totalidade. É, portanto, necessário incluir todos os profetas a fim de se
obter a cena completa. Nosso desejo aqui é o de apresentar apenas alguns desses
esboços encontrados nos vários profetas do Antigo Testamento, os quais ajudarão
a confirmar a ordem dada no sumário de sete pontos que apresentamos. O tempo e
o espaço não permitem que nos ocupemos com todos os profetas, mas cremos que
aqueles que incluímos possam ser suficientes para vermos que esta ordem tem
base nas Escrituras. Deve ser lembrado que, assim como nenhum livro consegue
apresentar a cena completa, também nenhum dos esboços contém todos os pontos
encontrados em nosso sumário. Profetas diferentes focalizam diferentes aspectos
da profecia. Não se pode esperar que cada profeta cubra todo o espectro dos
acontecimentos. Mas quer os profetas cubram uma grande ou pequena parte da cena
profética, a ordem deste sumário é mantida por todos eles.
(1) Daniel 11-12
Daniel 11
apresenta um relato detalhado das guerras entre dois reis -- o Rei do Norte
(Síria) e o Rei do Sul (Egito). Os versículos 1 a 35 cumpriram-se na história
antes da época de Cristo. Mas do versículo 36 ao final do livro tudo ainda está
para se cumprir em um futuro próximo. O período da Igreja, com aproximadamente
2.000 anos, se inseriu entre os versículos 35 e 36 do capítulo 11. Isto não é
mencionado pois a Igreja não é reconhecida na profecia. A Igreja é um mistério
que esteve oculto nas eras passadas. (Ef 3.2-7.)
Os versículos
36 a 39 dão uma breve descrição dos feitos do obstinado rei, o falso Messias
dos judeus (o Anticristo) na grande tribulação. Ele promoverá a iniqüidade e a
idolatria, e levará muitos à apostasia. Ele continuará o seu caminho de
iniqüidade até à Indignação* (v. 36). À medida que a Indignação vai tendo o seu
início (v. 40), o Rei do Sul (Egito e seus aliados, v. 43) invadirá a terra de
Israel proveniente do sul. Este é o ponto nº 1 neste sumário.
*A Indignação é o período em que o ódio
das nações gentias será descarregado em guerra aberta contra Israel. Isso
cobrirá um período de aproximadamente 2 meses e meio (75 dias) no final da
tribulação e antes que o Milênio seja introduzido. Veja diagrama "A
Septuagésima Semana de Daniel".
O Rei do Norte
(já vimos que haverá uma confederação de nações Árabes aliadas a ele) cairá
sobre Israel proveniente do norte e a desolará (vv. 40,41), bem como a muitas
outras nações vizinhas. Ele continuará sua conquista em direção ao Egito,
derrotando também os seus exércitos. Este é o ponto nº 2.
Enquanto estiver
saqueando o Egito, o Rei do Norte ouvirá notícias provenientes do norte. Esta é
uma referência velada à Besta e aos seus exércitos (a Confederação Ocidental)
entrando na terra de Israel (que se encontra geograficamente ao norte do Egito)
numa tentativa de defendê-la. Este é o ponto nº 3.
Ao mesmo tempo,
o Rei do Norte também escutará notícias vindas do leste que provavelmente fazem
referência à vinda de Cristo com os exércitos celestiais para destruir a
Confederação Ocidental. A vinda de Cristo aparentemente se dará a partir do
leste. Mt 24.27. Este é o ponto nº 4.
Após ter ouvido
essas notícias, o Rei do Norte voltará do Egito, indo em direção à terra de
Israel, e será destruído pelo Senhor (vv. 44,45). Este é o ponto nº 5.
Após o Senhor
haver tratado com a Confederação Ocidental e com o Rei do Norte, o povo de
Daniel (seu povo eram os judeus -- as duas tribos -- que de ora em diante serão
identificados como sendo o remanescente judeu fiel) será libertado e restaurado
ao Senhor (Dn 12.1). Nessa ocasião o Senhor efetuará também uma ressurreição da
nação e trará de volta as dez tribos que estiveram espalhadas por toda a face
da Terra. Nelas haverá duas classes de pessoas: os verdadeiros e os falsos. Os
rebeldes (os falsos) serão arrancados delas antes que entrem na terra. Os
legítimos entrarão na terra e desfrutarão das bênçãos do Milênio (Dn 12.2-3).
Isso explica o intervalo que há neste sumário entre os pontos 5 e 6.
Os pontos 6 e 7
deste sumário não estão incluídos neste esboço de Daniel, pois o assunto de
Daniel é o curso dos tempos dos gentios que terminarão com o aparecimento de
Cristo (Lc 21.24-28). Gogue descerá após o Senhor haver retornado e
estabelecido o Seu Reino em Israel e, portanto, não é focalizado em sua
profecia.
(2) Apocalipse 16.12-21
Estes
versículos mostram que quando a sexta taça for derramada, a Confederação de
reis do Leste (e Norte -- veja Nota à pág. “X” dará início ao seu avanço
em direção à terra de Israel (v. 12). Isto explica a movimentação de exércitos
apresentados no ponto nº 2.
À medida que
esses reis confederados provenientes do norte e leste de Israel estiverem
entrando, os exércitos ocidentais, sob a liderança da Besta e do falso profeta,
tomarão um novo alento e unirão suas forças para entrar na terra (vv. 13,14).
Este é o ponto nº 3.
Quando os
exércitos ocidentais entrarem na terra de Israel, o Senhor descerá do céu como
um ladrão (v. 15). Ele julgará a Confederação Ocidental sob a égide de
Babilônia* (sétima taça, vv. 17-21). Este é o ponto nº 4.
*Este não é o julgamento da Babilônia
religiosa (a grande meretriz). O julgamento da Babilônia religiosa acontece
antes, na metade da semana, quando a face política da Babilônia (a Besta) se
revolta contra o poder religioso (a Mulher) e o destrói (Ap 17.16). Aqui
trata-se do julgamento final da Babilônia em sua ordem política sob a liderança
da Besta. Onde quer que a Babilônia seja descrita no Apocalipse como
"meretriz", refere-se ao seu lado religioso, mas quando a Babilônia é
descrita como "cidade", trata-se do seu lado civil ou político. (Em
Ap 14.8, a "grande cidade" parece não fazer parte do texto original,
pois aquele versículo se refere à Babilônia religiosa. Compare com a tradução
de Almeida, Versão Revisada)
Este esboço
cobre apenas do ponto nº 2 até o nº 4, mas note que a ordem é mantida, embora
nem todas as batalhas do sumário sejam apresentadas. O Apocalipse, por estar no
Novo Testamento, apresenta a profecia sob o ponto de vista ocidental, por isso
interrompe a seqüência das batalhas quando os exércitos ocidentais são
destruídos. Embora Ap 16.14 insinue que mais batalhas irão acontecer (à medida
que os exércitos de todo o mundo vão sendo também atraídos à terra de Israel),
tais batalhas não são descritas por não ser este o assunto do livro de
Apocalipse.
(3) Números 24.20-25
Nesta parábola
de Balaão aprendemos o que vai acontecer nos últimos dias de Israel (v. 14).
Assur (os assírios -- um tipo do Rei do Norte e seus exércitos) invadirá toda a
terra e a deixará em ruínas. Nessa ocasião Israel será desolada por um destruidor
vindo do norte, o que não é mencionado nesta profecia em virtude das parábolas
de Balaão não contemplarem Israel no seu pecado, e nem tampouco sob o castigo
de Jeová -- sendo os assírios a vara de Jeová (Is 10.5,6). Amaleque (v. 20)
também será afetado por Assur. A linhagem dos ancestrais de Amaleque pode ser
seguida, voltando-se no tempo, até Gn 14.7. Seus descendentes misturaram-se
mais tarde com os descendentes de Esaú (Gn 36.12-16) que, por sua vez,
misturaram-se com Ismael (Gn 28.9). Eles são os progenitores das nações árabes
de nossos dias. Parece que o seu julgamento começará por ocasião da destruição
de toda a terra pelo Rei do Norte. Após julgar Amaleque, Assur destruirá os
queneus, um ramo do povo midianita que se estabeleceu no extremo sul da terra
de Judá e em seus lugares ermos, mas que são, aparentemente, originários do
Egito. 19 Se pudermos entender isto como sendo Egito, aprenderemos que
os destruidores exércitos de Assur continuarão o seu curso até alcançarem o
Egito e o devastarem. Isto está relacionado ao ponto nº 2.
Quando Assur
tiver varrido a terra de norte a sul, as naus de Quitim virão do ocidente para
afligir Assur. Quitim não apenas se refere a Chipre, mas a todos os poderes
marítimos do Mediterrâneo Ocidental, particularmente Roma (Jr 2.10; Ez 27.6; Dn
11.30). Isso explica a movimentação dos exércitos do Império Romano
restabelecido, a Confederação Ocidental, quando vier do ocidente com a intenção
de barrar o Rei do Norte em sua conquista. Este é o ponto nº 3.
"Exterminada
para sempre" é a sentença apropriada à Besta, o grande líder do ocidente*,
que encontrará o seu fim pelo juízo que cairá sobre si, proveniente do Senhor
por ocasião da Sua vinda. Este é o ponto nº 4.
*É duvidoso que tal coisa se aplique a
Assur pois nunca é mencionado que a Assíria será destruída para sempre -- sendo
removida da Terra como uma nação, como é o caso dos filisteus (Sf 2.5),
edomitas (Ob 10,18), amalequitas (Nm 24.20), e Babilônia (Is 13.20; Jr 50.3;
51.29,43,62). O julgamento da Babilônia é figura do julgamento dos poderes
ocidentais que estamos considerando. Porém a Assíria, após ter sido julgada,
será efetivamente restaurada a uma posição de proeminência no Milênio (Is
19.24). 20
Embora apenas
alguns poucos pontos do sumário sejam vistos aqui nesta profecia, a parábola de
Balaão é valiosa pois demonstra que os poderes ocidentais vêm para a batalha
depois que o Rei do Norte tiver passado pela terra indo em direção ao Egito.
(4) As Incursões de Nabucodonosor e dos
caldeus na Época de Zedequias
A condição
reinante entre os judeus no período que precede à queda de Jerusalém, é análoga
às condições que prevalecerão entre os judeus que serão trazidos de volta e
reunidos em sua terra na tribulação. Trata-se de uma típica antevisão dos
eventos futuros. A última condição, evidentemente, será pior (Mt 12.43-45).
Os judeus, sob
o seu ímpio rei Zedequias (Ez 21.25), abandonaram o Senhor e desprezaram os
avisos de Jeremias, o profeta (Jr 37.2). A terra encheu-se de iniqüidade,
violência (Ez 22), e idolatria (Ez 8). Foi também uma época em que a fome e a
pestilência prevaleceram (Jr 14.1-22). Os judeus irão se encontrar novamente em
condições similares durante a grande tribulação. A multidão de judeus apóstatas
que voltará a se ajuntar em sua terra, irá se colocar também sob um rei iníquo
(o Anticristo, o falso Messias -- Dn 11.36-39) e será entregue a toda sorte de
iniqüidade, violência (Sl 10 e 11), e idolatria (Ap 13.14,15). Haverá também um
remanescente de judeus fiéis que será perseguido por pregar a Palavra de Deus,
dos quais Jeremias e Baruque são um tipo.
Deus trouxe
juízo sobre o Seu culpado povo de outrora ao levantar Nabucodonosor e seu
exército caldeu, o qual é um tipo do Rei do Norte (os assírios de épocas
posteriores*). Nabucodonosor possuía uma grande coalizão de muitas nações que o
auxiliaram (Jr 34.1; 2 Rs 24.1,2; Ob 11-14; Hc 2.5). Eles são um tipo da
confederação Árabe que ajudará o Rei do Norte (Sl 83.5-8). Nabucodonosor desceu
vindo do norte (Jr 1.13-15; 4.6,7; 6.1-9,22; 10.22; 13.19,20; 25.9-11; 46.20) e
desolou toda a terra (Jr 25.9-11). Ele destruiu a cidade de Jerusalém e o
templo (Jr 52). Quando seus exércitos estavam destruindo Jerusalém, Zedequias,
o iníquo rei dos judeus, fugiu (Jr 52.7-11), exatamente o que fará o falso
Messias, o obstinado rei Anticristo (Zc 11.17; Jo 10.12,13). Após Nabucodonosor
haver destruído Jerusalém, ele enganou alguns de seus próprios aliados cujos
países estavam localizados ao redor de Israel e os saqueou 22 (2 Rs
24.7; Ob 7; Jr 25.9). Nabucodonosor continuou, então, a sua conquista em
direção ao sul indo até o Egito e enganando os seus exércitos (Jr 46.13-26).
Tudo isso é uma clara antevisão do futuro profético quando o Rei do Norte
descerá através da terra de Israel até entrar no Egito. (Dn 11.40-45; Jl 2.1-11; etc.) Isto explica o ponto nº 2.
*"Sempre pensei em Nabucodonosor,
na sua condição de conquistador, como sendo um tipo dos assírios de uma época
posterior" - J.N.Darby. 21
Após
Nabucodonosor haver completado suas conquistas por toda a terra do Egito, Deus
julgou Babilônia. (Aproximadamente 32 anos após a queda do Egito). O julgamento
de Babilônia tipifica o julgamento dos poderes ocidentais, o Império Romano
restabelecido sob a liderança da Besta e do Anticristo. (Em alguns casos é
feita referência a ela como a Babilônia política, Ap 16.17-21). Deus levantou
Ciro, rei da Pérsia, para executar o juízo sobre a Babilônia (Is 45). Ele é
chamado de "ungido" do Senhor e é, obviamente, um tipo de Cristo.
Isto também prenuncia os eventos vindouros, pois depois de o Rei do Norte haver
passado através da terra em direção ao Egito, a Confederação Ocidental (a
Babilônia política) entrará na terra e será destruída pelo próprio Senhor vindo
do céu. Trata-se dos pontos 3 e 4.
Após Ciro haver
conquistado Babilônia (com a ajuda de Dario, o Medo -- Dn 5.30,31) ele libertou
os judeus e reconstruiu Jerusalém (Is 45.13; Ed 1.1-4). Trata-se de um tipo da
libertação que o remanescente judeu fiel receberá na vinda de Cristo.
Historicamente, Babilônia manteve os judeus em cativeiro e fará o mesmo
novamente no futuro quando a Besta e o Anticristo assumirem o controle da terra
de Israel na última metade da semana. A queda do Império Romano restabelecido,
juntamente com a Besta e o Anticristo, seus líderes, resultará na libertação da
terra e dos judeus (o remanescente) que nela estiverem. 23 É
interessante notar que em Daniel 9 o período dos setenta anos de cativeiro (vv.
1,2) está conectado com as setenta semanas da profecia. Daniel orou pela
libertação dos judeus após os setenta anos terem expirado, mas Deus revelou a
ele que a completa e cabal libertação dos judeus não aconteceria até que se
passassem setenta semanas de anos (490 anos). Aprendemos com isso que a
libertação dos judeus da Babilônia no passado é uma pequena figura da libertação
vindoura que o remanescente judeu fiel terá da Babilônia (política) do livro de
Apocalipse, e que acontecerá no final das setenta semanas de Daniel. 24
A profecia de Jeremias acerca da libertação dos judeus da Babilônia (Jr
50.4-8), contempla também o retorno das dez tribos (Jr 50.17-20). Isto
explicaria o intervalo entre os pontos 5 e 6.
A compreensão
do cenário histórico das épocas em que viveram os profetas do período
Babilônico* não somente nos dá uma antevisão dos eventos futuros como também nos
fornece a chave para entendermos muitas de suas profecias, conforme
demonstrarão os esboços que se seguem.
*Há três períodos principais nos quais
os profetas profetizaram; o período Assírio, o período Babilônico e o período
Medo-Persa. Os profetas do período Assírio são Isaías, Oséias, Joel, Amós,
Jonas, Miquéias e Naum. Eles cobrem um período que vai desde o tempo do
aparecimento do poder Assírio até a sua destruição; Naum é o que apresenta a
sua queda. Os profetas do período Babilônico são Jeremias, Ezequiel, Daniel,
Obadias, Habacuque e Sofonias. Estes cobrem o período Babilônico, da sua
ascensão à supremacia mundial até a sua queda; Daniel apresenta sua destruição.
Os profetas do período persa são Ageu, Zacarias e Malaquias. Eles profetizaram
na época em que os Medos e os persas detinham o poder.
(5) Jeremias 26-33
No capítulo 26
Jeremias prediz a destruição do templo e da cidade de Jerusalém pelos exércitos
confederados (Jr 34.1; 2 Rs 24.2) sob Nabucodonosor (vv. 1-9). Ele e seus
exércitos são, na profecia, um tipo do Rei do Norte e da Confederação Árabe.
Conseqüentemente, Jeremias sofre perseguição do povo em virtude de seu
testemunho da impiedade deles e de sua predição de um juízo que havia de vir.
No entanto Deus o preserva, de maneira providencial, dos intentos do povo de
matá-lo (vv.. 8-16). Da mesma maneira o remanescente judeu fiel deverá avisar a
nação apóstata acerca do juízo vindouro. Eles pregarão o evangelho do Reino (Mt
24.14) e sofrerão perseguição por este motivo.
No capítulo 27
Jeremias enviou mensageiros às nações ao redor de Israel para avisá-las de que
os exércitos invasores provenientes do norte sob Nabucodonosor não se deteriam
em Judá e Jerusalém, mas se apoderariam também de seus países colocando-os sob
o seu jugo.
No capítulo 28
Jeremias encontra maior oposição daqueles que seguiam o ímpio rei Zedequias
(que é um tipo do Anticristo, o falso Messias dos judeus). Os capítulos 26-28
fazem, portanto, referência na forma de tipos ao ponto nº 2 do sumário.
No capítulo 29
Jeremias envia uma mensagem aos judeus cativos em Babilônia. Ele anuncia que
Babilônia (um tipo dos poderes ocidentais sob a Besta) será julgada e que eles
serão libertados. Em sua exortação diz que devem se sujeitar aos caminhos de
Deus, aceitando o cativeiro e aguardando até que se completem os setenta anos,
quando então Babilônia seria julgada. O remanescente judeu fiel, durante a
grande tribulação, receberá um encorajamento similar e aguardará dia após dia
pelo momento da destruição da Besta e do Anticristo, o que acontecerá no final
da septuagésima semana da profecia de Daniel (Dn 9.24-27; Ap 19.19,20). Assim
como os cativos de então tiveram de aguardar que se cumprissem os setenta anos,
também o remanescente judeu fiel esperará até que a septuagésima semana de Daniel
se complete. O capítulo 29, portanto, nos leva aos pontos 3 e 4 do sumário, a
saber, a destruição dos poderes ocidentais sob a liderança da Besta.
Os capítulos
30-33 contém as promessas da completa restauração de Israel. No capítulo 30 o
Senhor promete voltar a reunir as tribos dispersas de Israel e reconstruir a
cidade de Jerusalém. No capítulo 31 elas são vistas se arrependendo e
retornando à terra de Israel. No capítulo 32 a terra é habitada e cultivada
novamente pelas tribos de Israel que retornaram. No capítulo 33 a cidade de
Jerusalém é reconstruída e volta a ser habitada, tendo o Senhor o Seu lugar
entre o povo para sua bênção (v. 15). Os capítulos 30-33 satisfazem ao
intervalo entre os pontos 5 e 6 do sumário.
(6) Jeremias 46-51
Os capítulos 34
a 45 nos dão detalhes concernentes à queda de Jerusalém e ao julgamento dos
judeus por Nabucodonosor e pelos caldeus. Como já vimos, isso prefigura,
profeticamente, a futura destruição de Jerusalém pelos exércitos confederados
do Rei do Norte. Mas nos capítulos 46 a 51 Deus anunciou que se Ele ia julgar o
Seu povo (os judeus), também julgaria as nações gentias. Os capítulos 46 a 51
enumeram dez nações gentias que seriam também julgadas: Egito, Filisteus,
Moabe, Amom, Edom, Damasco (capital da Síria), Quedar, Hazor, Elão e Babilônia.
Embora esses julgamentos tenham se cumprido na história pelas conquistas de
Nabucodonosor, o seu significado profético permanece numa forma figurada.* A
ordem de juízos, à medida que são derramados nestes capítulos, prefigura a
ordem dos juízos que serão lançados no futuro.
*A maioria dos comentários acerca dos
escritos dos profetas do Antigo Testamento não vai além da aplicação histórica
e do seu cumprimento. No entanto, essas profecias devem conter algo mais do que
uma simples aplicação histórica, do contrário, por que teriam sido incluídas
nas Escrituras? Cremos que Deus registrou as batalhas entre esses antigos reis
por eles prefigurarem eventos futuros. J.N.Darby disse: "Não posso duvidar
que todas essas profecias e juízos se relacionam, numa perspectiva vista pela
energia do Espírito, com os eventos dos últimos dias, os quais serão um
completo cumprimento dos propósitos e intenções de Deus. Os juízos que Ele
executou se realizaram parcialmente na conquista de Nabucodonosor, mas ainda
estão para ser completamente cumpridos muito em breve, favorecendo a Israel.
Mas, repito, a mente do Espírito vai muito além, e, de um certo modo, se
estende até os últimos dias" (Synopsis of the Books of the Bible).
O capítulo 46 é
uma profecia da famosa batalha histórica que deu a Nabucodonosor a
inquestionável supremacia do mundo e que iniciou os "tempos dos
gentios". O Egito e seus aliados subiram, através da terra de Israel, ao
encontro de Nabucodonosor e seus exércitos que desciam vindos do norte. Nos
versículos 3 ao 12 temos a convocação dos exércitos egípcios e a ordem para
marcharem através da terra de Israel. Isto é um tipo do ponto nº 1.
Nabucodonosor
enganou os exércitos de Faraó e prosseguiu em direção ao sul, através da terra
de Israel, entrando no Egito e conquistando também aquela terra (vv. 13-26). E
então, nos capítulos 47 a 49, encontramos os vários países vizinhos,
localizados ao redor de Israel, caindo sob o juízo por ocasião da passagem do
exército de Nabucodonosor. Nós os vemos se dispersando e fugindo em todas as
direções a fim de escaparem dos exércitos de Nabucodonosor, quando estes passam
saqueando e pilhando. Este é um tipo do ponto nº 2.
Em seguida, nos
capítulos 50 e 51, vemos o julgamento de Babilônia. Ciro, rei da Pérsia,
executou, então, o juízo (Is 44.28-47.15). (Dario, o Medo, o ajudou -- Dn
5.30,31.) O julgamento da Babilônia, como já demonstramos, é um tipo do
julgamento dos poderes ocidentais sob a liderança da Besta e do Anticristo.
Ciro é um tipo de Cristo que aparecerá naquela ocasião com os exércitos do céu
para destruir os exércitos ocidentais conforme vão chegando. O capítulo 51.1,2
segue descrevendo um vento destruidor e os padejadores soprando a palha em
Babilônia, o que é uma figura do juízo discriminatório executado pelos anjos na
seara da terra profética -- um é levado e outro é deixado (Mt 13.39-43;
24.40,41). Após esse juízo separador ter sido executado, as pessoas na
Babilônia (o ocidente) são mostradas como sendo poucas. Estes capítulos
apresentam, na forma de tipos, os pontos 3 e 4.
Após Ciro haver
julgado Babilônia, ele deu liberdade aos judeus que estavam cativos ali, e eles
voltaram para sua terra (Is 45.13; Ed 1.1-4). Isso é apresentado também em Jr
50.4-20. A profecia, de fato, vai mais além do retorno dos judeus e também
considera a volta das dez tribos. Isto corresponderia à restauração de Israel
descrita no intervalo do sumário antes da vinda de Gogue (Rússia).
Embora as
profecias de Jeremias não cheguem até o julgamento da Rússia, elas cobrem os
quatro primeiros pontos do sumário (na forma de tipo) e mais uma vez a ordem é
mantida.
(7) Ezequiel 24-48
Ezequiel talvez
seja um dos mais completos esboços proféticos, uma vez que cobre quase todos os
pontos do sumário.
Os primeiros 23
capítulos contém testemunhos de Deus contra os judeus em geral por seu pecado e
idolatria. Os capítulos 22 e 23 resumem, de forma completa, a situação de total
corrupção em que eles se encontravam diante de Deus; tanto os seus profetas
como os sacerdotes, rei, príncipes e povo.
Como
conseqüência, no capítulo 24 Deus trouxe juízo sobre Judá e Jerusalém por
intermédio dos exércitos de Nabucodonosor que desceram provenientes do norte, e
destruíram a cidade e queimaram o templo. Nos capítulos 25 ao 28 os seus
exércitos se espalharam pelos países ao redor de Israel saqueando-os também.
Amom, Moabe, Edom, Filisteus, Tiro e Sidom, todos partilharam do mesmo juízo à
medida que Nabucodonosor invadia a terra. E nos capítulos 29 e 30 ele seguiu
para o Egito e os destruiu, bem como aos seus aliados. Embora, repito, todas
essas batalhas tenham tido o seu cumprimento histórico na época de
Nabucodonosor, foram registradas nas Escrituras em virtude de seu valor como
tipo. Os capítulos 24 a 30, portanto, são outra prefiguração das campanhas
militares do Rei do Norte citadas no ponto nº 2.
O capítulo 31
mostra o julgamento dos assírios, se não de uma forma completa, pelo menos no
seu primeiro ataque. Este seria o ponto nº 5.
O capítulo 32 é
uma lamentação por todos os que chegaram a tal ponto e que cairão na batalha.
Juízo é uma obra estranha a Deus (Is 28.17). Ele não tem prazer nisso, ao
contrário, lamenta que tenha de ser feito.
Os capítulos 33
a 37 mostram a restauração de Israel e o seu restabelecimento na terra. Um
remanescente de judeus em Israel atenderá aos avisos de Deus (33.1-20), e será
poupado -- tipificado naquele que escapa de Jerusalém quando ela é ferida (Ez
33.21-29). Os pastores de Israel (os falsos líderes do governo maligno do
Anticristo estabelecido na terra) serão removidos e substituídos pelo
verdadeiro Pastor de Israel -- Cristo (Ez 34). O capítulo 36 contém a promessa
do Senhor de restaurar a terra após a sua desolação (vv. 1-20), e de restaurar
o povo a ela (vv. 21-38). As dez tribos são, em seguida, vistas como sendo
revivificadas, voltando à sua própria terra e se unindo com as duas tribos
(judeus) sob o reinado de Cristo (Ez 37). Os capítulos 33 a 37, portanto,
descrevem o intervalo entre a destruição do Rei do Norte e da Rússia.
Os capítulos 38
e 39 apresentam o ataque de Gogue (Rússia) às recém reunidas tribos de Israel.
Este é o ponto nº 6.
O capítulo
39.9,10 faz referência a Israel despojando seus inimigos. Este é o ponto nº 7.
Nos capítulos
40 a 48 tem início o Milênio com a construção do templo e a divisão da terra de
Israel pelas doze tribos.
O julgamento de
Babilônia (figurativamente o julgamento do ocidente) não é mencionado em
Ezequiel. Sua ausência é notória. A razão óbvia é que Ezequiel estava cativo em
Babilônia e não cabia a ele, que devia se sujeitar ao cativeiro (Jr 29), falar
contra os poderes governamentais que estavam investidos de autoridade. Sendo
assim, Ezequiel permaneceu em silêncio quanto ao julgamento de Babilônia.
Daniel em Babilônia também não se referiu ao seu julgamento (a não ser de forma
velada) até a noite exata em que ela foi julgada (Dn 5).
(8) Obadias
A profecia de
Obadias apresenta o julgamento de Edom. A maioria dos pontos no sumário não é
vista neste livro pois não tem relação com o julgamento de Edom, com o qual
Obadias se ocupa. Mas o pouco que é mencionado nos mostra como e quando Edom
será julgado. Este pequeno livro de Obadias mostra que o juízo de Edom caiu em
três fases, 25 terminando com o seu total aniquilamento da face da
Terra.
Os versículos
1-14 cumpriram-se historicamente na época de Nabucodonosor. Ele reuniu uma
grande coalizão de exércitos de várias nações (Jr 34.1; 2 Rs 24.2) da qual Edom
fazia parte. Após haver passado pela terra de Israel e tomado Jerusalém (vv.
11,12), ele enganou Edom e outro de seus confederados (v. 7), entrando em seus
países e saqueando-os. O versículo 1 é um chamado que ecoa entre as fileiras da
pagã Confederação Árabe liderada por Nabucodonosor para que se voltem contra
Edom. O versículo 2 é o resultado -- Edom é tornado pequeno em número. Os
versículos 3-4 dizem o por quê: sua soberba. Os versículos 5-9 mostram quem
executará o juízo: a sua própria confederação. Os versículos 10-14 expõem a
culpa deles por terem ajudado na destruição de Jerusalém. Embora isso tenha
acontecido no tempo de Nabucodonosor, tem aplicação profética ao tempo em que o
Rei do Norte passará pela terra de Israel em sua jornada rumo ao Egito (Dn
11.40-43). Ele praticará a mesma traição contra alguns de seus confederados
árabes e Edom receberá o seu primeiro golpe naquela ocasião. Este é o ponto nº
2 do sumário.
A profecia de
Obadias passa, então, por sobre os próximos poucos pontos do sumário, já que
eles não estão relacionados a Edom. Os versículos 15 e 16 falam do tempo em que
Edom receberá o segundo golpe. As nações pagãs que seguirem a Rússia se
reunirão em Edom enquanto fazem preparativos para invadir a terra de Israel. À
medida que as hordas russas avançam em direção à terra, o Senhor bramará de
Sião (Ele terá então voltado e estará em Sião naquela ocasião) pisando o Lagar
da Sua ira sobre eles. Ele irá atingir até Edom (Is 34.1-8, 63.1-6). O juízo do
Senhor sobre as nações pagãs então reunidas será tão terrível que a terra de
Edom será devastada (Is 34.9-15). Esse acontecimento levará os edomitas a
sofrerem mais uma derrota (seu segundo golpe). Este é o ponto nº 6.
Após o Senhor
haver pisado o Lagar da Sua ira em Edom, Ele liderará os exércitos do Israel
recém-reunido em uma poderosa conquista (Is 11.14; Jr 51.20-23; Mq 4.13, 5.5-8;
Sl 108.7, 118.10-12). Será dada, naquela ocasião, oportunidade a Israel de
extinguir qualquer edomita remanescente até que o último deles seja eliminado
da terra (vv. 17-21). Este é o ponto nº 7.
(9) Sofonias 1-3
No capítulo 1
Sofonias anuncia a desolação da terra de Israel e do povo que se entregou à
idolatria (vv. 1-9). O instrumento de destruição são os exércitos de
Nabucodonosor que viriam do norte. Sofonias descreve graficamente a entrada
daqueles exércitos em Jerusalém primeiro pelo portão do peixe, então pelo
segundo quarto da cidade (vv. 10-12), até que finalmente cada esquina da cidade
será esquadrinhada (v. 12). Os bens da cidade serão levados como despojo uma
vez que "toda esta terra será consumida" (vv. 13-18). O povo é
chamado ao arrependimento e encorajado a buscar o Senhor para que possam ser
salvos naquele dia (Sf 2.1-3).
No capítulo 2
encontramos várias nações árabes ao redor da terra de Israel que também passam
sob o juízo pelo mesmo destruidor vindo do norte (vv. 4-11); então os Etíopes
(Egito e seus aliados) caem à medida que as tropas vindas do norte continuam em
direção ao sul entrando em seus países (v. 12). Embora isso tenha acontecido
nos dias de Nabucodonosor, está registrado nas Escrituras em razão do seu
significado como um tipo, pois é o que o Rei do Norte fará num tempo vindouro
quando a profecia será cumprida. Isto atende, na forma de um tipo, o segundo
ponto do sumário.
Sofonias então
se volta à destruição dos poderes ocidentais -- Babilônia (não sendo ela o
objeto de sua profecia) e segue adiante para falar do juízo dos assírios (vv.
13-15). Isto pode se referir ao Rei do Norte (o primeiro ataque dos assírios na
profecia) passando sob o juízo que vem do Senhor. Isto fundamenta o ponto nº 5.
No capítulo 3 a
cidade de Jerusalém é descrita como corrompida e necessitando de uma limpeza
(vv. 1-4). Isto o Senhor fará ao tomar o Seu lugar na cidade (vv. 5-7). Antes
que as bênçãos do Reino de Cristo sejam vistas pelo profeta na parte final do
capítulo, é apresentado diante de si uma reunião final de nações (v. 8). Esse
grupo de nações é aquele ao qual se refere o ponto nº 6 do sumário. Após essas
nações terem sido destruídas, as bênçãos mileniais do Reino são dispostas e o
Senhor, o Rei de Israel, é visto no meio do Seu povo terrenal, Israel (vv.
9-17). Todos os israelitas remanescentes das dez tribos que não tiverem sido
trazidos de volta à terra antes, serão então reunidos na terra de Israel (vv.
18-20).
(10) 2 Crônicas 28-32 -- As Invasões
dos Assírios na Época de Acaz e Ezequias
A história das
invasões assírias na época de Acaz e Ezequias dão-nos outra mostra figurada dos
eventos futuros.
Acaz reinou
como rei em Jerusalém numa época da história de Israel em que eles se
encontravam num estado bastante baixo (2 Rs 16.1-4). Acaz é um tipo do
Anticristo, o obstinado rei (Dn 11.36-39) que reinará sobre os judeus apóstatas
durante a Grande Tribulação. Acaz foi culpado de haver removido o altar de
Jeová e estabelecido um deus estranho em seu lugar 26 (2 Rs 16.10-18).
Sua atitude, ao remover o altar de Jeová e seus vasos (2 Cr 29.19) é um tipo
daquilo que a Besta e o Anticristo farão na metade da semana, ao impedirem os
sacrifícios e a adoração judaica (Dn 9.27; 12.11). O estabelecimento de um
altar estranho no templo é um tipo da ascensão da abominação desoladora (Dn
12.11; Mt 24.15; Ap 13.14,15).
Por volta dessa
época, os assírios iniciam suas investidas provenientes do norte. Após terem
conquistado o reino da Síria (2 Rs 16.9) e mantido cativas algumas das cidades
na região norte de Israel (2 Rs 15.27-29) o rei de Israel pediu ajuda ao rei do
Egito, o qual subiu com seus exércitos (2 Rs 17.1-4; Is 7.18,19*).
Profeticamente isto explica o ponto nº 1 do sumário.
*As moscas nos extremos dos rios do
Egito são um símbolo dos exércitos do rei do Egito. As abelhas da terra da Assíria
são um símbolo dos exércitos assírios. Preste atenção na ordem dos eventos:
primeiro as moscas assobiam, e então é a vez das abelhas, o que é a mesma ordem
dos pontos 1 e 2 do sumário.
Isso inflama a
ira do rei da Assíria que se precipita desde o norte conquistando "toda a
terra" (2 Rs 17.5,6). Israel foi julgado naquela ocasião em virtude de seu
pecado de idolatria (2 Rs 17.7-23). Havendo conquistado a terra de Israel, os
assírios prosseguem e tomam Asdode, a cidade principal dos filisteus (Is 20.1),
e então continuam em sua conquista até o Egito, derrotando os egípcios e seus
aliados (Is 20.4-6). Isto explica o ponto nº 2.
Então o iníquo
rei Acaz (um tipo do Anticristo) morreu e foi substituído em seu trono pelo bom
rei Ezequias, o qual é um tipo de Cristo 27 (2 Cr 29.1,2). O surgimento
de Ezequias nessa ocasião prefigura a vinda de Cristo para tomar os Reinos
deste mundo, em cuja ocasião nós sabemos que o Anticristo será removido por
juízo (Ap 11-15; 19.11-20; 2 Ts 2.8). Isso acontece no ponto nº 4.
Ao ser
entronizado, Ezequias reuniu Judá (os judeus) para que se oferecesse um
sacrifício pelo pecado (2 Cr 29.21-24), o que era, na prática, um
reconhecimento de que haviam pecado. (Compare Zc
12.10; Sl 51). Em seguida eles ofereceram ofertas queimadas e de ações de graças (2 Cr
29.27-36). Ezequias buscou então reunir todo o Israel sob Jeová. Ele enviou
mensageiros para chamar todas as tribos de Israel para que viessem a Jerusalém
celebrar a páscoa. Pessoas das diversas tribos de Israel se humilharam e foram
participar da celebração (2 Cr 30). A expiação foi feita por todo o Israel.
Então eles limparam a terra da idolatria e estabeleceram uma ordem
verdadeiramente fiel sob o comando de Ezequias (2 Cr 31). Isto explica o
intervalo entre os pontos 5 e 6 quando os judeus (as duas tribos) e as dez
tribos de Israel serão restauradas ao Senhor.
Após ter sido
estabelecida uma ordem fiel na terra, sob Ezequias, os assírios sob Senaqueribe
desceram mais uma vez provenientes do norte para derrotar o reino. Assim que o
exército de Senaqueribe chegou próximo a Jerusalém, o anjo do Senhor saiu e os
destroçou (2 Cr 32). Senaqueribe e os assírios são um bem conhecido tipo*, na
profecia, da invasão final comandada por Gogue (Rússia) que será derrotada pelo
Senhor. Este é o ponto nº 6.
*As primeiras incursões dos assírios
sob Tiglate-Pileser (2 Rs 15.27-29), Salmanasar (2 Rs 17.3-6) e Sargom (Is
20.1), que prosseguiu com sucesso através de toda a terra de Israel até o
Egito, é um tipo do primeiro ataque dos assírios na profecia (O Rei do Norte e
sua Confederação Árabe -- Dn 11.40-43). As invasões posteriores dos assírios
sob Senaqueribe, que foram destruídas pelo anjo de Jeová, prefiguram a Rússia e
suas hordas que serão destruídas pelo Senhor (Ez 38-39).
Após as hordas
de Senaqueribe terem sido vencidas, Deus exaltou Ezequias aos olhos de todas as
nações sobre a Terra, de forma que muitos trouxeram presentes a ele (2 Cr
32.22,23; Sl 68.29; 72.10). Da mesma maneira, após cessarem as guerras, a
glória de Cristo se espalhará por todo o mundo durante o Milênio (Is 66.19; Hc
2.14; Ml 1.11; Sl 72.19).
(11) Isaías 9.8*-12.6
Esta profecia
começa com Isaías anunciando o descontentamento de Deus para com o seu povo que
vive pecando. Ele os avisa de um dia em que, caso não se arrependam de sua
impiedade, serão destruídos por seus inimigos. Quatro vezes ele menciona,
"está estendida a Sua mão" (vv 9.12,17,21; 10.4). Da mesma forma, o
fiel remanescente de judeus na grande tribulação irá suplicar a seus irmãos
apóstatas que se arrependam de sua iniqüidade (Is 9.8-10.4).
*Devemos ter em mente que a divisão de
nossa Bíblia em capítulos e versículos não é divinamente inspirada como são as
Escrituras. Os homens colocaram capítulos e versículos para facilitar as
referências e são de grande ajuda, mas infelizmente neste caso colocaram o
capítulo erroneamente, dividindo um assunto que o Espírito desejava que tivesse
continuidade. Esta profecia de Isaías é um exemplo disso pois começa no meio do
capítulo.
Após a nação
haver se recusado a atender aos repetidos avisos, Deus permitiu que os assírios
viessem contra eles como "a vara" da Sua ira. Ele irá usar os
assírios* de uma maneira similar no futuro para eliminar, da terra, os judeus
apóstatas que receberam o Anticristo como seu rei (do qual Acabe, que era um
rei nos dias de Isaías, é um tipo). Os assírios irão amassá-los como ao barro
das ruas e levar tesouros de ouro e prata que eles acumularam para si por meio
de seu empenho comercial (Is 2.7; 17.14). Esse é o primeiro ataque dos assírios
-- o Rei do Norte e sua Confederação Áraabe (Is 10.5-12), e refere-se ao ponto
nº 2 do sumário.
*Estas profecias têm ambas uma
aplicação próxima e uma mais além. Elas foram parcialmente cumpridas nos dias
dos reis assírios da Antigüidade, mas estão registradas nas Escrituras por
prefigurarem, na profecia, as futuras invasões assírias.
Por haverem os
assírios desolado a terra, e por não terem atribuído o seu sucesso ao Senhor,
mas a si próprios, o Senhor promete que irá julgá-los (Is 10.12). Ele lhes
recorda que não poderiam fazer coisa alguma contra o Seu povo (Israel) a menos
que Ele o permitisse. Os assírios foram apenas um instrumento nas mãos do
Senhor na desolação, como um machado, etc., que não pode fazer nada por si
mesmo (Is 10.12-15). Conseqüentemente o Senhor julga os assírios que Ele usou
para destruir os judeus apóstatas. Sua destruição é vista sob a figura de uma
enorme floresta em chamas* (Is 10.16-19). Este é o ponto nº 5. Logo antes
disso, o Senhor terá aparecido (Sua segunda vinda) para julgar os poderes
ocidentais (a Besta), mas isso não é mencionado aqui porque o assunto de Isaías
são os assírios.
*Esta simbologia não deveria ser
esquecida por todo aquele que lê as Escrituras. Árvores são figuras de homens
e, portanto, uma floresta seria uma multidão de povos. Neste caso trata-se de
um exército de homens (veja Lc 3.9; 6.43-45; Am 2.9; Is 2.11-17, etc.) O fogo é
constantemente usado nas Escrituras como um símbolo de juízo (i.e. Mt 25.41).
Após o Senhor
julgar os assírios (o Rei do Norte), Ele restaurará as dez tribos de Israel,
trazendo-as de volta à sua terra natal (Is 10.20-23). Isso ocorre no intervalo
entre os pontos 5 e 6.
Quando as dez
tribos de Israel encontram-se novamente habitando na terra prometida, os
assírios vêm outra vez. Trata-se do segundo ataque dos assírios que são Gogue
(Rússia) e as muitas nações sob seu comando. Vem um grande temor sobre o recém
restaurado Israel, mas o Senhor lhes assegura que não precisam ter medo dos
exércitos que se aproximam. Embora os assírios os tenham afligido com a sua
vara (no primeiro ataque), quando ele ergue desta vez o seu bordão contra
Israel (segundo ataque), serão destruídos como os egípcios (Êx 14) e os
midianitas (Jz 6-8). Esses dois juízos na história de Israel são significativos
pelo fato de ambos os inimigos terem sido derrotados pelo Senhor sem que Israel
fizesse coisa alguma. Da mesma maneira o Senhor Se levantará em defesa de
Israel e destruirá os assírios em seu segundo ataque (Is 10.24-27).
Na última parte
do décimo capítulo, Isaías retrata realisticamente o avanço assírio (segundo
ataque) em direção a Jerusalém. Não há dúvida de que isso cumpriu-se na época
de Senaqueribe (o qual é um tipo de Gogue -- 2 Cr 32), mas é a intenção do
Espírito prefigurar o ataque final dos assírios sob o comando de Gogue. À
medida que se aproximam, passam de cidade em cidade, chegando cada vez mais
perto de Jerusalém. "Aiate" (Ai) encontra-se a 16 quilômetros ao
norte de Jerusalém; "Migrom" está a 15 quilômetros ao norte;
"Micmas" a 14 quilômetros; "o desfiladeiro" (Versão Almeida
Atualizada. Trata-se do ribeiro de Querite) está a 11 quilômetros ao norte;
"Geba" dista 9 quilômetros e meio ao norte; "Ramá" está a 8
quilômetros ao norte; "Gibeá" está a 5 quilômetros e meio ao norte;
"Galim" e "Anatote" estão a 4 quilômetros e meio ao norte;
"Madmena" e "Gebim" estão a 3 quilômetros ao norte; e
"Nobe" está a um quilômetro e meio ao norte de Jerusalém.* Quando os
assírios se aproximarem da cidade de Jerusalém e tentarem tomá-la, o Senhor
bramará de Sião (Jl 3.16) e os destruirá. Sua destruição é mais uma vez vista
na figura de uma floresta sendo derrubada (Is 10.28-34). Isto refere-se ao
ponto nº 6 no sumário.
*Se Gogue irá ou não chegar tão perto
de Jerusalém não é o importante aqui. A linguagem do profeta tem apenas a
intenção de apresentar o seu avanço.
Segue-se o
capítulo 11, com o Senhor (o "Renovo" que é o mesmo que
"Nazareno" em Mt 2.23) governando sobre a Terra em justiça e paz após
os assírios terem sido julgados. O lobo e a ovelha são vistos habitando juntos
e a Terra enche-se do conhecimento do Senhor (Is 11.1-9). Enquanto isso, todos
os indivíduos remanescentes das dez tribos de Israel que não tiverem ainda
retornado à sua terra antes do último ataque dos assírios, virão e serão
reunidos aos seus irmãos (Is 11.10-13). Nessa ocasião os exércitos do Israel
restaurado sairão em vitoriosa campanha subjugando os inimigos que restarem em
sua herança de direito (Is 11.14-16). Este é o ponto nº 7.
O capítulo 12 é
uma canção de louvor e ações de graças do Israel redimido, no Milênio (Is
12.1-6).
(12) Isaías 13-27
Este é mais um
dos muitos esboços contidos no livro de Isaías que pode ser utilizado para
confirmar a ordem dos juízos dados no sumário. Do capítulo 13 até o 14.27
trata-se de uma introdução. O trecho mostra, de uma forma geral, o juízo que
cairá primeiro sobre Babilônia (os poderes ocidentais -- a Besta) antes de
caírem sobre o rei assírio vindo do norte com sua Confederação Árabe,
juntamente com Gogue -- Rússia. É importante notar que quando Babilônia é
julgada há duas pessoas particularmente em foco como sendo especialmente
culpadas e, portanto, sujeitas ao juízo de Deus. Trata-se dos líderes
responsáveis pelos poderes ocidentais, o "Rei de Babilônia" (Is
14.4-11), que é um tipo da cabeça política da confederação das dez nações, e
"Lúcifer" (Is 14.12-20) que aparentemente é um tipo do Anticristo.* 28
Compare com Ap 13.1-18; 19.20.
*No entanto,
alguns há que acreditam ser Lúcifer um tipo da pessoa da Besta, o líder
político do império, e não o Anticristo. Isto é possível.
O esboço
começa, então, com Isaías 14.28. O profeta registra as várias nações que seriam
levadas pelos assírios por ocasião de sua vinda do norte. Essas profecias
tiveram seu cumprimento parcial na conquista de Tiglate-Pileser, Salmanasar e
Sargom, reis assírios, mas elas apontam para os últimos dias quando os futuros
assírios (o Rei do Norte -- Dn 11.40-43) desolarão a terra. O lado histórico
destas passagens serve como pano de fundo para os eventos da profecia ainda por
acontecer. Filístia (Is 14.28-32), Moabe (Is 15-16), Damasco, a capital da
Síria (Is 17), e a terra de Israel (Is 18),* são vistos como colocados sob
juízo aplicado por meio dos assírios. Depois da terra de Israel ficar desolada
(Is 18.5,6), a conquista assíria continua em direção ao Egito (Is 19) onde os
Egípcios e seus aliados, os etíopes (Is 20) também serão julgados. Esta é
também uma surpreendente previsão ligada ao ponto nº 2 do sumário.
*Muitos destes capítulos não somente
dão o ponto principal na seqüência dos eventos, como também cobrem outros
detalhes conectados com o assunto. Este capítulo não apenas apresenta o ataque
à terra pelos assírios (vv. 5,6) como também mostra o que ocorreu para que os
judeus pudessem ser encontrados de volta à sua terra (vv. 1-4).
Em seguida,
Babilônia, "o deserto do mar", é julgada (Is 21). Este é um tipo do
julgamento dos poderes ocidentais liderados pela Besta. Ciro (Is 45), o rei
persa, foi levantado por Deus especialmente para executar o juízo sobre
Babilônia. Ele é um tipo de Cristo que julgará pessoalmente os exércitos da
Besta na Sua vinda. Isto pertence aos pontos 3 e 4.
Muitas outras
coisas ocorrerão também quando o Senhor vier do céu, as quais são apresentadas
a seguir como tipos. Em primeiro lugar, Sebna, que ocupava uma posição no
governo da casa de Davi, é removido de seu ofício e lançado como uma bola em um
lugar espaçoso (Is 22.15-19). Isso tipifica a remoção do Anticristo, o falso
Messias, que será lançado no lago de fogo (Ap 19.20). Então Eliaquim é trazido
para substituir Sebna e o governo da casa de Davi é colocado em suas mãos. Este
é um tipo de Cristo assumindo Seu lugar de direito no trono de Davi como o
verdadeiro Messias e Rei. (Is 22.20-25.)* Em segundo lugar, Tiro, representando
o mundo comercial, também é julgada. Todo comércio cessará (Is 23). Em terceiro
lugar, a terra (profética) será esvaziada das pessoas ímpias (Is 24). Esse
trabalho é feito por anjos (Mt 13.39-42; 24.39-41). Depois de Deus haver
limpado toda a cena, Cristo reinará em Jerusalém (Is 24.23). Essas coisas todas
ocorrerão na época abrangida pelo ponto nº 4.
*Embora este capítulo apresente o ponto
principal que é o Anticristo sendo colocado de lado e Cristo sendo trazido à
cena, ele também descreve o saque de Jerusalém pelos assírios (vv. 1-14) que é
a causa da remoção do Anticristo. Ele fugirá do seu lugar na terra quando os
assírios estiverem atacando. (Zc 11.17.)
Em Isaías 25 o
remanescente fiel eleva os seus corações em louvor a Deus por sua intervenção
em favor deles. Eles esperaram pacientemente pelo Senhor, e tendo Ele chegado,
regozijam-se em sua salvação. O remanescente celebrará sua libertação em um
cântico de louvor (Is 26). As dez tribos de Israel são também levantadas do pó
da Terra para se unir ao reavivamento nacional (Is 26.19; Dn 12.1,2; Ez 37).
Isaías 25 e 26 explica o intervalo entre os pontos 5 e 6.
À medida que a
Indignação continua, o Senhor encorajará a recém revivificada nação de Israel
(todas as doze tribos) a se abrigar por algum tempo até que Ele trate com todas
as nações restantes da Terra (Is 26.20,21). O leviatã, a feroz e fraudulenta
serpente que é um símbolo do poder de Satanás nas mãos dos assírios (Gogue --
Rússia), é finalmente julgada pelo Senhor. Israel, a vinha de Jeová, será
preservada por Seu divino cuidado quando os assírios vierem pela segunda vez
(Is 27.1-5). Este é o ponto nº 6.
Depois de tudo,
Israel será elevado a um lugar de proeminência no Milênio e será uma bênção a
toda a Terra (Is 27.6).
(13) Isaías 28-35
Os capítulos 28
e 29 formam uma introdução a este esboço profético. Eles apresentam rapidamente
os dois ataques dos assírios. Os capítulos seguintes desvendam os detalhes da
maravilhosa ordem desses eventos proféticos.
O capítulo 28
mostra as investidas das incursões assírias pela terra de Israel, de norte a
sul, na figura de um violento temporal de saraiva e de um grande dilúvio.
Efraim (nome usado pelos profetas para designar o reino norte de Israel, do
qual Samaria era a capital) foi o primeiro a sentir os efeitos das incursões
dos assírios (Is 28.1-13). Isaías segue adiante para alertar os legisladores de
Jerusalém de que a "tormenta de destruição" iria passar também por
Judá e Jerusalém, e que não haveria lugar onde pudessem se abrigar dela (Is
28.14-22). Este é o ponto nº 2 do sumário.
Então, na
última parte do capítulo 28 o profeta faz uso de uma parábola para mostrar que
depois que os assírios passassem pela terra, o Senhor restauraria Israel.
Israel é visto como o pedaço de terra de Jeová, que Ele protege como um
agricultor protege sua fazenda. O que trilha com o arado (os assírios) é
contratado para revolver a terra (Israel), quebrando os seus torrões (os judeus
apóstatas). A isso segue-se a semeadura, na terra, de sementes novas. O ato de
trazer as sementes novas e plantá-las na terra é uma figura das tribos
dispersas de Israel sendo trazidas de volta à sua terra e plantadas ali, o que
resulta em fruto para Deus (Is 28.23-29). Isso acontece no intervalo entre os
pontos 5 e 6.
A seguir,
quando todas as doze tribos de Israel estiverem de volta à sua terra, o
capítulo 29 mostra que haverá outro ataque dos assírios (Gogue -- Rússia), só
que desta vez eles não serão bem sucedidos. "Ariel" (Jerusalém) será
cercada por inimigos, mas num instante o Senhor tratará com eles em juízo.
Israel será então libertada de toda angústia assim como se vai um sonho quando
alguém acorda de seu sono (Is 29.1-8). Este é o ponto nº 6
O profeta
segue, no capítulo 29, narrando a condição moral do povo que atraiu as invasões
dos assírios (Is 29.9-16). Então, no final do capítulo, o Milênio é visto sendo
estabelecido com a situação sendo revertida no que diz respeito a Israel. Os
altivos assírios serão humilhados e eles (Israel), que haviam sido humilhados,
serão exaltados. A insensibilidade de Israel dará lugar ao discernimento
espiritual e zelo concernentes às coisas de Deus (Is 29.17-24).
Tendo exposto
rapidamente os dois grandes deslocamentos dos assírios (Is 28-29), o profeta
Isaías volta, então, para dar detalhes relativos àquelas circunstâncias. O
capítulo 30 expõe a condição de incredulidade dos judeus (apóstatas) na terra,
no tempo de Isaías, procurando conseguir do Egito a proteção contra os assírios
(Compare com 2 Rs 18.21-24). Mas a ajuda do Egito seria em vão (Is 30.7).
Confiar no homem para obter ajuda é considerado pelo Senhor como rebelião e,
conseqüentemente, o poder do Egito seria despedaçado como um vaso de oleiro, e
seus homens dispersos pelos assírios. Os judeus seriam também deixados como uma
árvore no topo de uma montanha, separada dos seus ramos após a passagem dos
assírios (Is 30.1-17 -- N.T.: "árvore" é traduzido como
"mastro" na versão Almeida). Isso tudo prefigura os eventos
vindouros. O Egito subirá à terra de Israel (mas não para a proteção de Israel)
e os assírios destruirão os egípcios assim como sua terra. Isto se refere aos
pontos 1 e 2.
Em seguida é
dado encorajamento àqueles que esperam no Senhor (o remanescente de judeus
fiéis). O Senhor promete que eles verão a libertação, habitarão em paz em Sião,
e desfrutarão das bênçãos do Reino milenial (Is 30.18-26). Ele promete também
que os assírios, que foram como "bordão nas suas mãos" (Is 10.5,6),
serão abatidos e encontrarão seu fim no lugar de juízo -- "Tofete" --
o lago de fogo (Is 30.27-33).
No capítulo 31
o Senhor dá ênfase à insensatez de terem confiado no braço de carne (Egito).
Ele compara a força do Egito com Seu divino poder de proteção sobre Sião e
promete defender a cidade como um leão que, com seu filhote, ruge sobre a
presa, e um pássaro que voa para guardar seu ninho (Is 31.1-5). Ele roga ao Seu
povo para que se voltem a Ele verdadeiramente, lançando fora seus ídolos, e
então os assírios cairiam sob o juízo consumidor do Senhor (Is 31.6-9). Isto
talvez possa se referir ao ponto nº 5.
O capítulo 32
mostra o Senhor reinando como Rei em Jerusalém, após os assírios (1º ataque)
terem sido julgados. O remanescente de Israel é restaurado e são vistos com Ele
desfrutando do abrigo de Sua enorme proteção (Is 32.1,2). Eles terão julgado
sua iniqüidade e conseqüentemente terão seus olhos abertos e corações
entendidos (Is 32.3-14). Estarão habitando em paz na terra, "em lugares
quietos de descanso" (Is 32.15-20; compare com Ez 38.11). Este capítulo
seria uma referência à restauração de Israel ao Senhor no intervalo entre os
pontos 5 e 6.
Então, no
capítulo 33, a grande Assíria é colocada mais uma vez diante de nossos olhos
(no 2º ataque). Trata-se de Gogue (Rússia) que descerá à terra de Israel após
as 12 tribos de Israel se encontrarem novamente habitando em segurança sob a
proteção de Jeová. A Rússia, a grande Assíria, despojou antes a terra, usando
para isso a Confederação Árabe sob o comando do Rei do Norte (1º ataque) que
era um satélite dela (Dn 8.24), porém ela própria, a Rússia, não foi despojada
quando o Senhor interveio em socorro do remanescente e julgou o Rei do Norte,
quando não houve quem o socorresse (Dn 11.45). Agora, porém, a Rússia com
muitas outras nações sob seu comando desce sobre a terra de Israel (Is 33.1).
Quando chegam ao recém-restaurado Israel as notícias do exército que se
aproxima, o povo cai de joelhos diante do Senhor e ora por libertação. (Is
33.2). Em resposta à oração do Seu povo, o Senhor repentinamente põe o inimigo
em fuga (Is 33.3-9) e os consome com fogo (um símbolo de juízo -- Is 33.10-14).
Estando os exércitos de Gogue destruídos, a última parte do capítulo mostra
Israel uma vez mais desfrutando de quietude em sua terra, tendo sobre si o
Senhor como seu Rei enquanto tem início o Milênio (Is 33.15-24).
O capítulo 34
desvenda mais detalhes quanto à destruição dos exércitos aliados de Gogue
(Rússia). Após haver destruído Gogue nas montanhas de Israel (Ez 39.1-5), a
indignação do Senhor se estenderá até Edom, onde as nações sujeitas a Gogue
estarão se reunindo (Is 34.1-8; 63.1-6). O juízo do Senhor sobre os exércitos
confederados sujeitos a Gogue será tão severo que a própria terra de Edom se
tornará, para todo o sempre, um deserto perpétuo (Is 34.9-15). Os capítulos 33
e 34 satisfazem o ponto nº 6.
O capítulo 35
encerra esse esboço profético com um quadro do Milênio que se seguirá a esses
juízos. A criação é vista sendo libertada da servidão da corrupção (Rm 8.21,22)
e os redimidos da terra sobem a Sião com cânticos de eterna adoração (Is
35.1-10).
(14) Joel 1-3
O capítulo 1 é
um relato da invasão de gafanhotos que aconteceu nos dias de Joel e que deixou
fome por toda parte. Ele usou a enorme nuvem de gafanhotos como uma ilustração
do terrível juízo de desolação que o Senhor traria sobre a terra de Israel num
dia vindouro, por intermédio dos exércitos dos assírios (em seu primeiro
ataque, Dn 11.40-43). No capítulo 2.1-11, Joel prevê os exércitos dos assírios
descendo do norte e assolando toda a terra. Este é o ponto nº 2.
A profecia
salta, então, os pontos 3 e 4 pois o inimigo em Joel (assim como em todos os
profetas do período assírio) não são os poderes ocidentais (Babilônia). Como
resultado da terrível invasão proveniente do norte, os judeus (o remanescente)
se humilharão completamente e clamarão ao Senhor por socorro (Jl 2.12-17). Em
resposta ao clamor do remanescente, o Senhor virá em seu socorro e removerá o
exército que veio do norte (Joel 2.18-20; compare com Daniel 11.45). Este é o
ponto nº 5.
Quando o Senhor
tiver lançado da terra o exército que veio do norte, Ele confortará o
remanescente judeu e restaurará Israel (Jl 2.21-32). Isso explica o intervalo
no sumário entre os pontos 5 e 6.
Após Israel
haver sido restaurado ao Senhor, muitas outras nações se reunirão para
guerrear. Isto poderia ser considerado o segundo ataque dos assírios sob a
chefia de Gogue. Eles invadirão a terra de Israel e serão julgados pelo Senhor
(Jl 3.1-17). O Senhor bramará de Sião (Ele é visto agora como de volta à terra)
e destruirá completamente as nações que se reuniram para guerrear (Jl 3.16).
Isso acontece no ponto nº 6 do sumário.
Segue-se o
Milênio com a bênção do Senhor sobre a Terra e Sua divina presença em Jerusalém
(Jl 3.18-21).
(15) Miquéias 1-5
Miquéias inicia
sua profecia anunciando que o Senhor (Adonai) estava para vir em juízo sobre
Israel. Ele iria fazer isso por meio dos assírios que eram Seu instrumento em
juízo (Is 10.5-6; Jl 2.11 -- "seu exército"). O primeiro capítulo dá
uma vívida mostra dos ataques daquele grande inimigo que o Senhor usará -- o
Rei do Norte e a Confederação Árabe --, tipificados pelos assírios daquela
época (Salmaneser, Sargom, Senaqueribe). Samaria, a capital do território norte
de Israel, seria devastada primeiro quando os assírios descessem provenientes
do norte (Mq 1.1-7). Então os assírios prosseguiriam em direção ao sul, para
Judá, indo até Jerusalém (Mq 1.8,9). Outras cidades ao longo do caminho seriam
também devastadas pela invasão (Mq 1.10-16).
Os capítulos 2
e 3 descortinam as causas morais dos juízos de Deus por meio dos assírios; as
ímpias práticas do povo (Mq 2.1-6), e sua rejeição à Palavra de Deus (Mq
2.7-11). No entanto o propósito de Deus em abençoar Israel ainda iria ser
cumprido, porém isso diz respeito apenas a um remanescente (Mq 2.12,13).
O capítulo 3
expõe um mal ainda mais sério: os líderes da nação (a classe de pessoas em posição
de autoridade, como príncipes, etc.) e os profetas estavam corrompidos (Mq
3.1-7). Portanto Sião (Jerusalém) estava para ser lavrada como um campo e se
tornar um montão por meio dos desoladores assírios (Mq 3.8-12). Os capítulos 1
ao 3 atendem ao ponto nº 2 do sumário.
Então, no
capítulo 4, Miquéias vê Israel em seus últimos dias, restaurado e abençoado por
Deus. Ele vê Jerusalém reconstruída e como o centro de adoração e conhecimento
de Deus (Mq 4.1-5). Miquéias fala também das tribos de Israel, que foram
dispersas para lugares longínquos, sendo novamente reunidas em sua terra (Mq
4.6-10). Isso poderia atender ao intervalo entre os pontos 5 e 6.
Quando Israel
(todas as doze tribos) já se encontra estabelecido na sua própria terra sob a
bênção do Senhor, outra confederação de nações se ajunta contra eles. É o
segundo ataque dos assírios (Gogue-Rússia). O Senhor destruirá esse inimigo e
encorajará os exércitos do Israel restaurado a lutarem e subjugarem as nações
que seguem Gogue (Mq 4.11-13). Isso atende aos pontos 6 e 7.
O capítulo 5
vai mais além tratando do cerco assírio. O versículo 2 é um parênteses
mostrando a primeira vinda de Cristo e Sua rejeição por Seu povo, e como,
conseqüentemente, Ele foi deixado de lado durante este presente período. Então,
quando o Senhor tiver voltado (segunda vinda) e Israel (as 12 tribos) estiver
restaurado a Si mesmo, Ele Se colocará junto a eles como o Seu grande Protetor,
quando os assírios entrarem na terra de Israel (2º ataque - Mq 5.1-5a). Os
exércitos do Israel restaurado sairão em uma vitoriosa campanha após o Senhor
haver tratado pessoalmente com os assírios. O poder militar de Israel será,
nessa época, como o de um leão devorando a sua presa (Mq 5.5b-9). Isto também
atende aos pontos 6 e 7. A parte final do capítulo mostra que à medida que o
Milênio chega, toda idolatria e auto-confiança serão removidas de Israel e eles
irão contar com o Senhor em tudo (Mq 5.10-15).
(16) SALMOS 42-49
Salmo 42 - O
remanescente judeu fiel, repudiado por seus irmãos apóstatas (Is 66.5), é
descrito como o cervo encurralado em um lugar distante das fontes que conhece,
e que suspira pelas correntes d'água. Abatidos pelo desencorajamento, eles
lamentam estar privados do privilégio de adorar na casa de Deus (vv. 1-5). De
fora de sua terra eles clamam a Deus para que os sustente em sua tribulação
(vv. 6-11).
Salmo 43 -
Estando desterrado, o remanescente fiel sofre uma dupla perseguição: a de seus
irmãos apóstatas ("a gente ímpia", v. 1), e aquela que vem dos
gentios ("inimigo", v. 2), para cujas terras fronteiriças a Israel
eles foram forçados a fugir. O remanescente clama a Deus (Elohim) para que os
leve de volta a fim de poderem novamente se aproximar do altar de Deus e
desfrutar dos privilégios do templo (vv. 3-5).
Salmo 44 -
Enquanto os que fazem parte do remanescente fiel aguardam por livramento,
recordam uma ocasião na história de Israel em que a terra também se encontrava
entregue à impiedade e idolatria, quando os cananitas a possuíam. À medida que
pensam no poder de Deus que lançou fora os idólatras da Antigüidade e
introduziu na terra os filhos de Israel, eles compreendem que se tiverem que
ser levados de volta, haverá de ser por meio do mesmo divino poder (vv. 1-8).
Sentindo a opressão vinda dos gentios, para cujas terras tiveram que fugir (vv.
9-22), eles clamam ao Senhor (Adonai) com toda sinceridade, para que venha e os
liberte (vv. 23-26).
Salmo 45 - Em
resposta aos seus clamores nos salmos anteriores, o remanescente exulta ao ver
o Messias vindo em Seu poder e majestade real (vv. 1-5). O Senhor, como um Rei
guerreiro e conquistador, abate os Seus inimigos com Sua espada de juízo (Dt
32.41-43). Na ocasião, os inimigos são a Besta (os poderes ocidentais) e o Rei
do Norte e sua Confederação árabe, embora eles não sejam aqui mencionados
especificamente. Isto se enquadraria nos pontos 4 e 5 do sumário.
Havendo
assumido o Seu trono em Sião (Jerusalém), o Senhor reconhece e exalta o
afligido remanescente e une-Se a ele em toda a Sua glória, como num matrimônio,
em presença de toda a Terra (vv. 6-17). A rainha é Jerusalém. As filhas do Rei
são as cidades de Judá. As virgens são os do remanescente, que se mantiveram
incontaminados da abominação da desolação estabelecida pelo Anticristo. A filha
de Tiro e os ricos do povo são as nações gentias convertidas (Zc 2.11). Todos
se prostram voluntariamente diante do Rei, prestando-Lhe homenagem. Isto
poderia se referir ao intervalo entre os pontos 5 e 6.
Salmo 46 - Os
Salmos 46 ao 49 desvendam os gloriosos resultados do advento do Rei. O Salmo 46
mostra que embora o Rei tenha retornado (Salmo 45), o remanescente ainda não se
encontra em completo repouso em sua terra. Mais uma vez se voltam a Deus em
busca de refúgio e completo livramento, ao verem as nações gentias
(particularmente aquelas sob o comando de Gogue-Rússia*) se levantando contra
eles como ondas de um mar bravio (vv. 1-3). Os mares são, nas Escrituras, uma
figura bem conhecida das nações rebeldes da Terra (Ap 17.15; Sl 65.7; Sl
93.3-4; Is 17.12; etc.) Com o Milênio (os 1000 anos do reinado de Cristo)
estando para começar, o que é indicado pelo Senhor habitando em Sião como o
"Altíssimo" (Seu nome no Milênio), Ele não permitirá que a cidade
seja tomada (vv. 4,5). Compare com Is 59.19,20; Zc 9.8; 12.8; Na 1.9. O Senhor
Se levanta em defesa do Israel restaurado e destrói os exércitos pagãos
trazendo paz ao mundo transtornado (vv. 6-11). Isto se refere ao ponto nº 6.
*A profecia indica que as nações que
invadem a terra, após Cristo haver retornado e restaurado Israel a Si, são
aquelas lideradas por Gogue. 29
Salmo 47 -
Tendo sido abatidos todos os inimigos, a Terra é chamada a reconhecer a Cristo
como Rei (vv. 1,2). Os exércitos de Israel, ajudados pelo Senhor, serão
vitoriosos ao subjugar o que restar das nações nos termos da sua herança. Como
resultado disso, Israel será colocado em uma posição de cabeça sobre todas as
nações (Dt 28.13; Sl 18.43), conforme o propósito original de Deus para com
eles (vv. 3,4). Havendo estabelecido o Seu Reino, o Senhor retorna ao Seu trono
nos céus, do qual irá reinar por sobre todo o mundo (vv. 5-9). Compare Sl
103.19. As nações gentias convertidas, de bom grado se unem a Israel e ao seu
Deus (v. 9). Veja também Zc 2.11.
Salmo 48 -
Jerusalém é estabelecida como o centro metropolitano da terra milenial; a
principal cidade do mundo. Compare Is 2.2,3. É a cidade do grande Rei, o Senhor
Jesus Cristo (vv. 1-3). Todas as nações que se levantaram contra ela terão sido
derrotadas pelo Seu poder (vv. 4-7). A cidade é agora o lugar do gozo e
adoração de Israel (vv. 8-14).
Salmo 49 - O
estabelecimento do reino de Cristo é anunciado a todo o mundo. Tanto grandes
como humildes, ricos ou pobres, são exortados a confiar não em riquezas, mas no
Senhor.
(17) SALMOS 79-87
Salmo 79 - Este
salmo apresenta os efeitos das invasões dos exércitos do Rei do Norte, quando
tiverem passado pela terra de Israel destruindo tanto a cidade de Jerusalém
como o templo, em sua conquista a caminho do Egito (Dn 11.40-42). Aqueles que
fazem parte do remanescente judeu fiel clamam a Deus ao verem a terra de sua
herança desolada pelos invasores que vêm do norte. Rogam que Deus derrame
rapidamente o Seu juízo sobre eles.
Salmo 80 -
Enquanto aguardam pela intervenção de Deus, os que pertencem ao remanescente
elevam uma tríplice oração pela restauração da nação (vv. 3,7,19 Almeida Versão
Atualizada). Eles falam a Deus acerca da nação sob a bem conhecida figura de
uma vinha, recordando-Lhe Seu maravilhoso cuidado para com eles nos tempos
passados (vv. 1-11). Confusos e atribulados, eles perguntam o por quê de Deus
haver permitido que ela fosse pisoteada por um javali selvagem (os exércitos de
gentios impuros do Rei do Norte) e queimada com fogo (vv. 12-16). Eles rogam
que Deus tenha a Sua mão sobre o Varão da Sua destra (o Messias), reconhecendo que
a única esperança de restauração encontra-se nEle (vv. 17-19).
Salmo 81 -
Prevendo a sua restauração, o remanescente anela que seja soada a trombeta na
lua nova (a festa das trombetas, Lv 23), simbolizando a colheita e restauração
nacional de Israel (vv. 1-5). Enquanto aguardam pela intervenção do Senhor, Ele
fala lembrando-lhes que quando clamaram a Ele no passado, e Ele os livrou,
rebelaram-se logo depois (vv. 6-16). Nisto testa a realidade do desejo que o
povo tem por Ele. O Senhor testifica, então, que se eles tão somente escutassem
à Sua voz e andassem em Seus caminhos, Ele certamente os livraria de todos os
seus inimigos.
Salmo 82 - A
presença de Deus é agora reconhecida em Israel. O Senhor retornou (a vinda de
Cristo) em resposta ao clamor do remanescente no salmo anterior. Ele é visto
julgando aqueles que se encontram em posição de autoridade na terra de Israel
(o Anticristo, o obstinado rei, e outros oficiais do seu governo. Dn 11.39). O
julgamento deve começar pela casa de Deus (1 Pd 4.17). Aqueles que se colocaram
numa posição de responsabilidade são julgados primeiro (v. 7). O Senhor aplicou
este salmo ao tempo da Sua primeira vinda (Jo 10.34), mas não falou de
julgamento naquela ocasião pois tinha vindo, então, em graça para salvar. Mas
ao vir pela segunda vez, Ele executará juízo em Israel, começando com os
legisladores judeus (apóstatas) responsáveis. Este salmo descreve, portanto, o
julgamento que o Senhor executará no dia em que vier para livrar o
remanescente.* Isto atende ao ponto nº 4 do sumário. O remanescente pede também
que o juízo do Senhor se estenda às nações gentias da Terra (v. 8).
*Deve-se notar que a Besta (a
Confederação Ocidental) não é mencionada como sendo julgada aqui, embora o seja
nessa ocasião. As nações ocidentais não são o assunto dos Salmos; Daniel e
Apocalipse têm mais a ver com elas. J.N.Darby disse: "Parece-me que, pelo
menos no que diz respeito aos resultados, que o Anticristo encontra-se fora de
cena quando acontece o Salmo 83. Este salmo se cumpre após a destruição de
todos os poderes da Besta". 30
Salmo 83* -
Tendo o Senhor retornado, Seus juízos continuam. Neste salmo Seu julgamento é
visto estendendo-se (como foi pedido pelo remanescente em Sl 82.8) às nações
confederadas** sob o comando da Assíria, que devastou a terra. O juízo
executado sobre essas nações é em razão de sua aversão ao povo terrenal de
Deus, os judeus (vv. 1-8). Isto tem uma correlação com duas significativas
vitórias na história de Israel (Baraque e Gideão, Jz 4-8) quando Deus interveio
em seu favor na planície de Megido (Armagedom). Aquelas vitórias prefiguravam o
julgamento aqui mencionado (vv. 9-17). Isto pode atender o ponto nº 5. Como
resultado das nações sob o comando dos assírios, o nome do Senhor torna-se
conhecido sobre a Terra (v. 18). "JEOVÁ", nome revelado a Israel como
o Seu nome relacionado ao concerto, é agora apresentado. A introdução do nome
de JEOVÁ marca uma mudança no livro dos, assim chamados, salmos Eloístas para
os salmos Jeovaístas. Do Salmo 42 ao 83, o clamor do remanescente foi dirigido
a Deus (Elohim), mas do Salmo 84 em diante elas são dirigidas a JEOVÁ
("Senhor", na versão Almeida). Isso indica que o remanescente foi
libertado e está compreendendo as bênçãos do concerto que eles têm em Jeová. 31
*J.N.Darby menciona, acerca do Salmo 83
em sua "Synopsis", que essa confederação é a "última
confederação". Alguns tomaram sua afirmação como significando que essas
nações confederadas se levantam no final com Gogue (Rússia), quando este ataca
(Ez 38-39). Creio que isso seja uma compreensão errônea daquilo que Darby quis
dizer. Mais adiante em sua "Synopsis" (a respeito de Obadias), ele
menciona a "última confederação" atacando e destruindo Jerusalém!
Gogue não fará isso. Ele atacará, mas quando o fizer a cidade será defendida
pelo Senhor que terá então retornado para libertar o remanescente judeu fiel e
restaurar as dez tribos de Israel. Naquela ocasião o Senhor bramará de Sião e
destruirá Gogue e os exércitos que o seguirem. É preciso compreender o que
Darby quer dizer quando usa a expressão "última confederação".
Trata-se da grande Assíria na profecia, que é uma imensa confederação que
engloba tanto o Rei do Norte e sua Confederação Árabe (Salmo 83), como também
Gogue (Ez 38.1-6). Gogue terá controle de toda a confederação. As nações no
Salmo 83 são satélites de Gogue (Dn 8.24). A totalidade da "última
confederação" não ataca Israel ao mesmo tempo. O Rei do Norte, com sua
Confederação Árabe (provavelmente enviada por Gogue), ao qual se refere este
salmo, atacará primeiro e será bem sucedido em destruir a terra (Jl 2.1-11) e a
cidade de Jerusalém (Sl 79.1-3; Zc 14.1,2) à medida que avançam em direção ao
Egito (Dn 11.40-43). Isto é algumas vezes chamado de primeiro ataque da
Assíria. O segundo ataque da Assíria é quando Gogue (Rússia) e seus exércitos
descem mais tarde e são destruídos pelo Senhor (Ez 38-39). Ambas são
denominadas "última" pois a Confederação Ocidental (a Besta) já terá
sido então julgada e estará fora de cena nessa ocasião.
** Essa confederação de dez nações não
é, evidentemente, a Besta, cujo império é também composto de dez nações (Ap
13.1; 17.12). As nações confederadas sob o comando da Besta são originárias da
Europa ocidental, enquanto que as nações neste salmo estão situadas
imediatamente ao norte e leste de Israel.
Salmo 84 - O
princípio deste salmo mais uma vez indica que o remanescente judeu fiel (as
duas tribos, Judá e Benjamim) foi libertado. Corá (o mesmo que Coré) e seu
grupo que foram destruídos, são uma figura dos judeus apóstatas que rejeitaram
a Deus. Seus filhos (os "filhos de Corá") são uma figura do
remanescente poupado (Nm 26.10,11). O salmo segue mostrando o exercício das dez
tribos dispersas à medida que retornam à terra de Israel após a Confederação
Árabe, sob o comando da Assíria (Sl 83), haver sido julgada.* O almejo por Deus
se levanta entre eles. Como verdadeiros israelitas eles almejam pelo lugar
terreno, como lhes é próprio, nos "átrios do Senhor" (vv. 1-4). Eles
invejam os pardais e as andorinhas que encontraram lugar na casa de Jeová e
desejam estar ali também. Anelando por Deus e por Sua habitação, os Seus
eleitos, vindos dos quatro ventos (Mt 24.31), começam uma jornada que os leva
até lá (vv. 5-8). O versículo 5 poderia ser melhor traduzido como "Bendito
o homem... cujo coração está nas estradas para Sião" (versão livre da
tradução de J.N.Darby). Compare também Is 11.15,16; 19.23; 35.8-10; 49.9-12.
Seu caminho os leva através do vale de Baca ("pranto", conforme nota
na tradução de J.N.Darby) indicando que haverá uma obra de arrependimento em
seus corações à medida que retornam (Jr 31.9,18-21). Eles irão "de força
em força" (v. 7 -- N.T.: "de grupo em grupo" conforme versão
utilizada pelo autor). Os peregrinos israelitas irão aumentando em número à
medida que encontram outros grupos de seus irmãos no caminho, até existir uma
enorme multidão dirigindo-se a Sião. O salmo termina com o desejo que têm de
verem o Messias ("teu Ungido"), ao qual eles reconhecem como seu Sol
e Escudo (vv. 9-12).
*"As dez tribos, pelo menos o
remanescente delas, encontram-se na terra quando os últimos eventos estão
ocorrendo. No Salmo 84 eles sobem outra vez a Jerusalém, e no Salmo 85 ocorre a
restauração." J.N.Darby. 32
Salmo 85 - O
remanescente de Israel é visto agora como tendo sido trazido dos quatro ventos
(Mt 24.31) para o favor de Jeová, com seus pecados perdoados e a ira de Deus
desviada (vv. 1-3). O salmo segue para mostrar que haverá uma ulterior
restauração, em suas almas, após terem sido exteriormente libertados e levados
de volta à sua terra, antes que possam estar em liberdade para desfrutar das
bênçãos do Reino 33 (vv. 4-7). A súplica ao Senhor, para que Sua ira
seja desviada deles, indica que necessitam compreender a extensão do livramento
que agora lhes pertence. Eles ainda não têm certeza de como está o coração do
Senhor para com eles e, conseqüentemente, não estão em paz*. Para por um fim
aos seus temores e acabar com suas dúvidas, o Senhor lhes fala de paz. Fala da
grandeza da salvação que lhes foi trazida e os instrui no verdadeiro significado
e valor da cruz, onde a misericórdia e a verdade se encontraram, e a justiça e
a paz se beijaram (vv. 8-10). Como conseqüência, o remanescente aprende que a
obra consumada de Cristo na cruz é o fundamento para as bênçãos do Reino e que
dela podem desfrutar pois lhes pertencem (vv. 11-13). Os Salmos 84 e 85 atendem
ao intervalo entre os pontos 5 e 6.
*Talvez seja algo como os irmãos de
José que, após terem sido restaurados a ele, ainda não estavam certos de seu
favor para com eles (Gn 50.15-21). 34
Salmo 86 - Este
salmo mostra que embora o restante de Israel (as dez tribos) tenha retornado à
sua terra (Sl 84) e sido restaurado ao Senhor (Sl 85), ainda permanecem sem um
completo descanso em sua herança prometida.* A angústia resultante de terem
estado cercados de inimigos ("as assembléias dos tiranos", v. 14) os
leva a clamar ao Senhor por sua preservação (vv. 1-7). Eles expressam a
confiança no Senhor, de que Ele Se levantará em poder para abater seus inimigos
até que todas as nações sejam subjugadas e postas sob Ele (vv. 8-10). O
reconhecimento que têm do poder do Senhor é indicado pelo fato de usarem sete
vezes o nome "Senhor" (Adonai, no original) que se refere ao
exercício do Seu todo-poderoso senhorio, ao invés de "SENHOR" (Jeová,
no original) que é o Seu nome relativo ao concerto. Eles trazem à memória a
maravilhosa libertação, operada pelo Senhor em favor deles, ao destruir seus
inimigos anteriores, e confiam que Ele agora fará o mesmo às "assembléias
dos tiranos" que se levantaram contra o remanescente (vv. 13-17). O
inimigo ("os tiranos") nessa ocasião são os assírios que na sua forma
final é a Rússia.** A profecia revela que são as hordas russas (Gogue) que
descerão do norte numa tentativa de derrotar o Israel recém-reunido (Ez 37-39,
principalmente Ez 38.11,12). O seu caráter de ímpio ateísmo é revelado no fato
de não colocarem o Senhor diante dos seus olhos (v. 14). Isto atende ao ponto
nº 6.
*"O salmo é essencialmente o
piedoso apelo, a Jeová, do remanescente de Israel que retornou à terra." J.N.Darby ("Synopsis of the Books of the Bible").
** "Creio que o homem ímpio seja o
Anticristo; o homem violento (os "tiranos" - versão Almeida), os
inimigos subsequentes dos judeus, os assírios." 35 "Gogue será
a última forma dos assírios." 36 Homens violentos (ou
"tiranos") é um título apropriado para os assírios. Eles eram
particularmente conhecidos por sua violência e crueldade (Jn 3.8).
Salmo 87* -
todos os inimigos são vistos como derrotados. Sião (Jerusalém) é agora
restabelecida na terra como a cidade de Deus (vv. 1-3). O remanescente de
Israel (as dez tribos) fica sabendo das várias nações como Raabe (Egito, Is
51.9; Sl 89.10), Babilônia (a Besta, os poderes ocidentais), e outras que foram
julgadas antes que voltassem à terra. Eles não estavam na terra quando essas
nações foram julgadas e portanto aprendem acerca disso após o fato já haver
ocorrido (v. 4). Com o início do Milênio** a fama do povo de Jeová se espalhará
por todo o mundo (Is 61.9) como tendo nascidos de Deus e conectados por graça
com Sião (v. 4). O Senhor manterá um registro de cada um dentre as nações
("os povos", cf. tradução J.N.Darby) que serão também nascidos de
novo (v. 6). O versículo final indica que todo o gozo terrenal terá a sua
origem e será centralizado em Sião (v. 7).
*Historicamente, parece que este salmo
foi escrito após a libertação de Jerusalém, quando os exércitos de Senaqueribe,
o rei da Assíria, foram destruídos (2 Cr 32.21-23). Se isto é certo, a correta
colocação deste salmo é bastante significativa pois Senaqueribe é um
bem-conhecido tipo de Gogue (Rússia). Após os exércitos de Gogue terem sido
julgados (Sl 86), a glória do Reino de Sião é revelada (Sl 87), como estando
associada com o Altíssimo.
** O fato do Milênio ter tido início é
indicado pelo uso do nome "Altíssimo" para o Senhor (v. 5), o que
implica Ele haver tomado posse dos céus e da Terra (Gn 14.19; Sl 2.8).
Há muitos
outros esboços nos Profetas e nos Salmos que poderiam ser incluídos neste livro
para confirmar a ordem da profecia, mas o tempo e o espaço não o permitem. Os
esboços acima são suficientes para nosso propósito.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Darby, J.N. "Notes and
Jottings", p.132;
"Collected
Writings", vol.30, p.126;
"Notes and
Comments", vol.3, p.65.
"Christian Truth",
vol.7, p.104.
2. Scott, W. "Exposition of
Revelation", p.230;
Lunden, C.E. "Time
Chart", p.11.
3. Darby, J.N. "Synopsis of
the Books of the Bible", vol.2, p.343.
4. Scott, W. "Exposition of
Revelation", p.332.
5. Kelly, W. "Minor
Prophets", p.258;
Gill, J.R. "The
Future", p.30.
6. Baines, T.B. "The
Revelation of Jesus Christ", p.216
7. Darby, J.N.
"Letters", vol.1, p.522; vol.3, p.359.
8. Lunden, C.E. "Time
Chart", p.11;
Scott, W. "Revelation of
Jesus Christ", p.217;
" "Doctrinal Summaries",
p.48-49.
9. Kelly, W. "Minor
Prophets", p.195;
" "Isaiah", p.269;
Tatford, F.A. "The
Prophet of Edom's Doom", p.26-28,35;
Darby, J.N.
"Synopsis", vol.2, "Obadiah".
10. Darby, J.N. "Synopsis", vol.2, "Obadiah".
11. Scott, W. "Revelation of Jesus Christ", p.304.
12. Kelly, W. "Exposition of the Book of Isaiah", p.224.
13. Lunden, C.E. "Egypt, Assyria, Israel", nota p.27;
" "Creation,
Death and Destiny", p.57.
14. Darby, J.N. "Notes and Comments", vol.4, p.14,94.
15. Lunden, C.E. "Prophetic Scriptures", p.55.
16. Darby, J.N. "Bible - New Translation, nota em Is 26.15.
17. " idem nota 16.
18. Darby, J.N. "Collected Writings", vol.5, p.210; vol.30,
p.224;
" "Notes and Comments",
vol.4, p.66.
19. Lunden, C.E. "Time Chart", p.19.
20. Bible Treasury, vol.16, p.2.
21. Darby, J.N. "Notes and Comments", vol.4, p.90-91.
22. Kelly, W. "Minor Prophets", p.195-196;
" "Isaiah", p.269;
Tatford, F.A. "The Prophet
of Edom's Doom", p.26-28,35;
Darby, J.N.
"Synopsis", vol.2, "Obadiah"
23. " "Notes and Comments",
vol.4, p.14,94.
24. " "Synopsis", vol.2, p.353,
Morrish Edition.
25. " "Synopsis", vol.2,
"Obadiah".
26. " "Synopsis", vol.2, p.289,
Morrish Edition.
27. " "Collected Writings",
vol.30, p.196.
28. " "Notes and Comments",
vol.4, p.32,94.
29. Hadley, E.C. "Prophetic Events", p.71.
30. Darby, J.N. "Notes and Comments", vol.3, p.174;
Gaebelein, A.C. "The
Book of the Psalms", p.317.
31. Darby, J.N. "Synopsis", Salmo 83.
32. " "Notes and Comments",
vol.3, p.160,175.
33. " "Synopsis", Salmo 85.
34. Lunden, C.E. "Notes for Prophetic Scriptures", p.33-34.
35. Darby, J.N. "Notes and Comments", vol.3, p.264;
36. " "Letters", vol.1,
p.522-523.
19-09-92