Profeta, poeta, guru, shaman, visionário, vidente ou então: intrujão, charlatão, mercenário, palhaço, paranoico. Outro piropos são possíveis, é claro, mas quem lê algumas linhas de McLuhan dificilmente lhe fica indiferente. Santo patrono da revista para cybernautas e cyberempresários Wired, McLuhan é um dos pensadores mais citados por quem investiga no campo das ciências da comunicação e, de um modo geral, por quem se interessa pela cultura contemporanea. Antes de mais, alguns factos sobre Herbert Marshall McLuhan, nascido em Edmonton, na província de Alberta no Canada, a 21 de Julho de 1911. Após a conclusão do ensino secundário, McLuhan ingressa na Universidade de Manitoba e inicia estudos em engenharia, mas abandona o curso a meio do ano lectivo. É então que decide-se pelo bacharelato em Artes, com especialização em Inglês, História e Filosofia. Nesta mesma universidade obtêm o mestrado e prossegue estudos na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, que lhe atribuiu o doutoramento em 1943. McLuhan inícia a sua carreira como professor universitário na Universidade de Wisconsin, onde lecciona durante dois anos. Em 1944, McLuhan inicia a sua carreira na Universidade de Toronto, no St. Michaels College. Até ao fins dos seus dias, McLuhan terá por casa a Universidade de Toronto e por colegas pensadores como Harold Innis (The Bias of Communication, The Empire and Comunication). Em 1951, publica o seu primeiro livro The Mechancial Bride: Folklore of Industrial Man, ao qual se segue Guttenberg Galaxy, em 1962. Algumas das enigmáticas frases de McLuhan tornam-se populares em todo o mundo: global village/ aldeia global, o medium é a mensagem ou o medium é a massagem, a galáxia de Gutemberg, os media quentes e frios. Em 1964, McLuhan vê publicado Understanding Media: the Extensions of Man, um livro que prendeu a atenção de pensadores Americanos e Europeus. A sua popularidade explode com o livro The medium is the message, editado em 1967. Um pequeno livro negro, desenhado por Quentin Fiore, é hoje uma referência quer pelo conteúdo quer pela forma. Ainda em 1967, Mcluhan é submetido a uma intervenção cirúrgica, para remoção de um tumor benigno no cérebro. A sua recuperação demora meses, sofrendo perda de memória e de extrema sensibilidade a a ruídos e cheiros. Retoma as suas actividade na Universidade de Toronto em 1968. Durante a década de setenta, McLuhan prosegue a sua intensa carreira académica, com a publicação de artigos e participação em conferências. O cinema também o solicitou: McLuhan interpreta McLuhan durante breves minutos em Annie Hall, realizado por Woody Allen em 1977. Passado apenas dois anos, McLuhan sofre um ataque cardíaco. No último dia de 1980, Marshall McLuhan faleceu na cama de sua casa em Toronto.
BIBLIOGRAFIA
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