...E na escuridão desta noite solitária
Eu pálida
Olho pela janela
Não existem estrelas nem lua
Só o breu
Dentro e fora do quarto

Eu pálida Sinto cheiro das nuvens
E o morcego
O maldito morcego que passa próximo ao meu rosto
Tão próximo que sinto seu hálito
...e não é tão ruim...

Eu pálida
Vento frio na face
Contrastando com o sal quente de minhas lágrimas
Que tal qual a chuva que se anuncia, escorre
Molhando minha saudade

Eu pálida
Na janela gelada, molhada
Penso em você
Saudade dolorida e fria
Pensamentos quentes
Coram meu rosto, apertam meu peito
E num sorriso a palidez se esvai
Esta visão dos teus olhos
Este sentir da tua pele
Meus devaneios...nossa saudade
E... eu

Já não tão pálida
Saio
E no meio da tempestade
Camisola molhada, pés descalços
Braços abertos na madrugada
Sorrio e grito teu nome pra chuva

Porque afinal
Quando o dia amanhecer e a noite tornar a cair
Eu vou dormir e acordar nos teus braços
Para te amar a manhã inteira.

 

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