Filogenia e Ontologia da Imunidade

"A paciência é amarga, mas seu fruto é doce" (Jean-Jacques Rosseau)

 

 

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Aula 16 - Filogenia e Ontologia da Imunidade

A Filogenia da Imunidade estuda a evolução da complexidade dos meios de defesas imunologicas, levando em conta a evolução das espécies.
Em verdade, todos os seres vivos, desde os mais rudimentares, possuem artefatos de defesa. Os mais simples possuem apenas barreiras físicas, enquanto os mais evoluidod apresentam mecanismos mais complexos, como resposta específica e memória imunológica.
Os invertebrados, possuem defesas inespecíficas, basicamente constituídas de: produção de muco, células de fagocitose, gotículas, conchas, lisozimas.
Os peixes cartilaginosos já apresentam tecido linfóide e são capazes de sintetizar a Imunoglobulina M, porém na sua forma monomérica.
Os peixes ósseos e os anfíbios, já apresentam tecido linfóide bem desenvolvido e dependendo da temperatura do ambiente em que vivem, podem apresentar células de memória.
Os mamíferos e as aves, possuem um complexo sistema de resposta imune, constituído de resposta específica humoral, celular e memória imunológica. as aves apresentam órgão linfóide primário para os linfócitos B (Bursa de Fabrícius).
A ontologia da imunidade, por outro lado, estuda o desenvolvimento dos elementos da resposta imunológica com o desenvolvimento do indivíduo.
Após a formação do zigoto, com a sua divisão, as células iniciam o processo de diferenciação e desta forma as estruturas relacionadas com o desenvolvimento dos elementos da resposta imune vão sendo formados.
Já na fase inicial do desenvolvimento embrionário, aparece o Timo, derivado embriológicamente da terceira e quarta bolsa faringeana.
Logo em seguida aparecem os orgãos linfóides secundários e os primeiros linfócitos circulantes.
Ainda no desenvolvimento intra uterino, inicia-se a produção de anticorpos da classe IgM, porém esta produção é bastante escassa, uma vez que no útero materno o organismo fetal está muito pouco exposto à antígenos.
Logo após ao nascimento a produção da IgM aumenta pela exposição antigênica e inicia-se lentamente a produção de IgG.
Nesta fase é importante lembrar que o organismo do recém nato contém IgG circulante que foi transferida pela mãe durante a gestação. A produção da IgG própria tende a se incrementar com a diminuição dos níveis da IgG materna circulante.
A IgE produzida demora 15 a 30 dias para obter a capacidade de se ligar à mastócitos.
A IgA leva de 4-6 meses para ser plenamente produzida, sendo que até esta idade a criança recebe IgA secretora para proteção principalmente das mucosas das vias respiratórias e digestivas, através do colostro e do leite materno.
O timo atinge seu peso máximo na puberdade, iniciando à partir daí um processo de atrofia fisiológica, sendo nos indivíduos adultos, uma estrutura meramente vestigial.

 

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