LEMBRETE: JAMAIS SE LIMITE AO
CONTEÚDO DOS RESUMOS
Aula 21 - Imunologia
dos Transplantes
Os transplantes
estão relacionados com os enxêrtos, que nada mais são do que estruturas, orgãos ou
tecidos que uma vez retirados são reimplantados em local diferente do original.
Os enxêrtos podem ser:
ALOENXÊRTOS OU HOMOENXÊRTOS: São enxêrtos retirados de um indivíduo e reimplantados
em outro indivíduo da mesma espécie que o doador, porém genéticamente diferente. Estes
enxêrtos podem ser rejeitados imunologicamente.
ISOENXÊRTOS OU SINENXÊRTO: São enxêrtos trocados entre gêmeos idênticos e
portanto não sujeitos à rejeição imunológica.
AUTOENXÊRTO: São enxêrtos retirados de um local e reimplantados em outro no mesmo
indivíduo. Também não sujeitos à rejeição imunológica.
HETEROENXÊRTO OU XENOENXÊRTO: São enxêrtos retirados de um animal e reimplantados em
outro de espécie diferente. São muito passíveis de rejeição imunológica.
REJEIÇÃO DOS TRANSPLANTES:
Os antígenos envolvidos na rejeição imunológica dos transplantes são os antígenos do
sistema HLA.
De acordo com o tipo de célula da estrutura transplantada, bem como de sua exposição ao
sistema imune, pode sr necessário maior ou menor escore de compatibilidade HLA, porém de
todas as formas, quanto maior for a coincidência entre o perfil HLA de doador e receptor,
maior será a possibilidade do transplante ser aceito pelo organismo receptor.
As rejeições podem ser:
PRIMÁRIA: Mediada pela resposta celular, é muito frequente, aparecendo em
aproximadamente 20 dias após o transplante.
SECUNDÁRIA: Aparece em pacientes já sensibilizados contra antígenos HLA e é mediada
por células de memória. Aparece poucos dias após o transplante.
HIPERAGUDA: Também conhecida como "enxêrto branco", acontece em pacientes
hipersensibilizados para antígenos HLA e é mediada por anticorpos circulantes. É uma
reação imediata e ocorre ainda durante o ato cirúrgico do transplante.
RETARDADA: Aparece meses após o transplante.
PRINCIPAIS TRANSPLANTES:
RINS: Procedimento rotineiro, indicado em pacientes com insuficiência renal cronica e
grave, que necesitam procedimentos de hemodiálise para suprir a falta da função renal.
O rim transplantado é normalmente implantado na fossa ilíaca do paciente receptor.Pode
ser feita a doação por pessoas vivas.
CORAÇÃO, FÍGADO E PULMÕES: São orgãos vitais e desta forma muitas vezes a urgência
do transplante é que determina a prioridade no procedimento. Atualmente se iniciam os
transplantes de parte do fígado ou dos pulmões, o que possibilitaria a doação por
pessoas vivas, porém ainda não estão bem estabelecidos os possíveis danos aos
doadores.
MEDULA OSSEA: São transferidas células sanguíneas jovens de um indivíduo para outro.
Estas células tranferidas colonizam a Medula Ossea do receptor e acabam se multiplicando
com facilidade. Existe o risco de que estas células reconheçam os tecidos do receptor
como estranhos e desta forma o enxêrto rejeitará as estruturas do hospedeiro, causando
um gravíssimo processo de rejeição conhecido como "Reação Enxêrto versus
Hospedeiro".
CÓRNEA: Pela sua localização é difícil o acesso dos elementos de rejeição e desta
forma a rejeição imunológica dos transplantes de córnea não é importante.
PREVENÇÃO DA REJEIÇÃO:Os pacientes tranplantados devem receber medicação
imunossupresora que evite a ação do sistema imune no reconhecimento e ataque aos tecidos
transplantados. A droga mais usada é a Ciclosporina, porém existem alternativas mais
seletivas e de alto custo, como os anticorpos anti linfócitos (OKT).
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