Adriana Calcanhotto

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Adriana nasceu em Porto Alegre/RS em 03 de outubro de 1965.

Seu pai tocava bateria em grupos de jazz e influenciou-a no gosto pela música.

Começou a carreira de cantora na noite de Porto Alegre, em churrascarias, bares e casas noturnas. De forma bem diferente da Singapura (música de Eduardo Dusek, que conta a história de uma cantora decadente que termina seus dias em uma churrascaria), a churrascaria foi o início do sucesso. Quem já cantou na noite sabe o que acontece quando se está num palco - chovem os pedidos de músicas que os clientes querem ouvir. E nem sempre esses pedidos batem com o gosto do cantor...

Foi então que Adriana começou sua revolução: vestiu as músicas bregas que lhe solicitavam com uma roupagem peculiar, provando que é possível, através da interpretação, mudar todo o contexto em que uma música foi inserida por seu compositor - é claro que o contrário também ocorre, mas não aqui.

No final da década de 80, mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ), onde foi convidada a gravar um disco na CBS (atual Sony Music). Este seu primeiro disco, "Enguiço" (lançado em 1990), rendeu um sucesso: "Naquela Estação", da parceria Caetano Veloso, João Donato & Ronaldo Bastos, além de revelar uma intérprete sensível e original de canções como "Nunca" (Lupicínio Rodrigues), "Orgulho de um Sambista" (Gilson de Souza) e "Disseram Que Eu Voltei Americanizada" (da dupla Vicente Paiva - Luiz Peixoto, celebrizada por Carmen Miranda). Nesse LP, gravou duas composições de sua autoria: ENGUIÇO e MORTAES.

Quando o fenômeno chamado Adriana Calcanhoto surgiu no cenário da MPB, no final dos anos 80, foi saudada como a nova Elis Regina e sua estréia em estúdio dividiu os críticos: alguns a apontavam como uma das grandes revelações para a década de 90; outros achavam que se tratava de uma euforia passageira em torno de uma cantora que não justificava tanto, e que teria surgido apoiada por um marketing competente.

No segundo disco, "Senhas", de 1992, a ênfase é nas músicas de sua própria autoria, com arranjos no melhor estilo banquinho-e-violão. É o caso de MENTIRAS, que chegou às paradas de sucesso e foi incluída na trilha sonora da novela Renascer, da Rede Globo de Televisão, tornando-a conhecida nacionalmente.

Dizendo-se insatisfeita com a superexposição na mídia, lançou o experimental "A Fábrica do Poema" (1994), seu disco mais autoral e elogiado pela crítica, apresentado em 1995 em show no Tuca, em São Paulo (SP). Nesse disco aparecem parcerias com Waly Salomão, Antonio Cícero e Arnaldo Antunes, poemas de Augusto de Campos e Gertrude Stein, e textos de Joaquim Pedro de Andrade. Mesmo assim, não abre mão de "hits" como "Metade".

Em 1996, a cantora Maria Bethânia lança o CD Âmbar, no qual inclui duas composições de Adriana Calcanhotto: ÂMBAR (que dá nome ao disco) e UNS VERSOS. A primeira, é uma das músicas preferidas de Bethânia, interpretada por ela no show Imitação da Vida, que foi gravado ao vivo no Palace, em São Paulo (SP), e lançado em CD em 1997. Ainda em 1996, Adriana excursionou pelo Brasil e realizou espetáculos em Buenos Aires (Argentina). Gravou Tema de Alice (de Péricles Cavalcanti) para a trilha sonora do filme Mil e Uma, de Suzana Moraes, e a música-tema do filme Doces Poderes, de Lúcia Murat.

O disco seguinte, "Marítimo", veio em 1998, trazendo faixas dançantes, como PARANGOLÉ PAMPLONA e PISTA DE DANÇA (esta em parceria com Waly Salomão), o sucesso VAMBORA (de sua autoria), e releituras como Quem Vem Pra Beira do Mar, de Dorival Caymmi que, no CD, ela interpreta com a participação do autor.

Em 2000, lança o CD ao vivo "Público", no qual interpreta músicas de seu repertório e faz uma recriação para Devolva-me (da parceria Renato Barros - Lilian Knapp), resgate de um hit da Jovem Guarda que foi lançado pela dupla Leno & Lilian, obtendo enorme sucesso.

Depois de 6 anos e 4 discos, Adriana consolidou-se como uma das maiores intérpretes da atualidade, e também como uma compositora cuidadosa, brincando com palavras como brinca com seu público. Adriana saudou Elis, mas preferiu ser ela mesma.

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