ALGUMAS CONSIDERAÇÕES (II)

As pessoas que não tomam parte nas reuniões do movimento vicentino de sua cidade, espantam-se consequentemente com as dificuldades que imaginam existir na função e manutenção de uma conferência. Para tirar esta dúvida, vamos recordar com os nossos caros leitores alguns princípios em que consiste a nossa cara Sociedade e expor os meios práticos e fundamentais que até hoje tem concorrido para a formação de conferências.

Será talvez esta a oportunidade, para muitos, de refletir e decidir que devem tomar parte ativa nesta grande sociedade que muito honra a comunidade cristã, e onde o doador pode ter plena confiança de que a sua oferta em favor do nosso irmão carente não é desviada.

Podemos deduzir destas considerações várias conseqüências que se relacionam diretamente com nosso assunto. A primeira, que é muito pequeno o número de pessoas de boa vontade que se apresenta para tomar parte na Sociedade Vicentina e, no entanto, ela cresce e floresce, dando origem a numerosas conferências espalhadas por toda a terra. A segunda, é que a Sociedade é aberta às pessoas cristãs, indistintamente, não obstando a entrada de elementos de posição elevada que venham, com a sua adesão, valorizá-la perante a opinião pública. Mas a experiência todos os dias confirma que os humildes são o seu sustentáculo. Daí podemos aquilatar o valor inestimável desta admirável entidade, cuja primeira reunião que constituiu a conferência mãe, se deu em Paris, há muitos anos, com apenas sete confrades - auspício do Beato Frederico Ozanam - mas nasceu vitoriosa, pois cresceu consideravelmente e tem trajetória luminosa no mundo cristão.
(Continua no próximo número)
Confrade Turíbio Coelho
Membro da Conferência Nossa Senhora do Rosário
Conselho Particular Nossa Senhora de Lourdes