julho/2000

Para sempre seja louvado

O arrependimento sincero

"O jovem entrara para o Seminário de uma Congregação e após os aplicados estudos, foi ordenado sacerdote.

Já nesta condição e após algum tempo, foi indicado para ser o encarregado das finanças da Casa da Congregação onde residia.

A tentação foi muito forte e ele acabou esquecendo o voto de pobreza, desviando os recursos que lhe eram confiados passando a adquirir bens para seu próprio uso.

Afinal, acabou deixando o estado religioso, tornando-se um professor até bem de situação, pois a quantia de que se apropriara proporcionava condições razoáveis.

O tempo passou e acabou perdendo definitivamente o contato com seus antigos irmãos da Congregação.

Um dia, recebe em sua casa a visita de um antigo padre . Assustou-se mas recebeu-o com cordialidade.

Eis que aquele companheiro relata-lhe que a Congregação iria receber a visita do Superior Geral daquela instituição, e pedia-lhe que comparecesse e participasse da concelebração.

— Impossível ! Já não exerço a função de padre. Nem os paramentos mais eu tenho. Respondeu.

— Pois você vai assim mesmo. Faço questão de sua presença. Providenciarei uma alva e estola para você concelebrar. Disse o visitante.

Afinal ele foi, muito constrangido mais foi.

Começa a celebração e chega o momento do ato penitencial.

O Superior Geral que presidia a cerimônia diz:

— Irmãos reconheçamos nossas culpas para celebrar dignamente os santos mistérios.

Sem que ninguém esperasse, nosso personagem ajoelha-se e começa a relatar todas suas faltas fazendo uma confissão pública e emocionante. Ao final, chorando convulsivamente pede o perdão.

O Superior Geral e os demais padres rodeiam-no, chorando também, abraçam-no rezando contritos:

— Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna."

Confrade J. Sá - Governador Valadares

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