PROPOSTAS A INCLUIR NA SUA AVALIAÇÃO SOBRE OS "BENS DE CONSUMO"



(clique sobre a pergunta ou siga a leitura, pois elas estão em seqüência)

1- Quais são os ingredientes e qual a origem do(s) material(is) utilizado(s) na composição do produto?

2- Quantas e que tipo de empresas processam esse(s) material(is)? (Qual é o porte dessa empresa? Qual é o seu currículo?)

3- Que danos a extração desse(s) material(is) causa ao meio ambiente?

4-Quem extrai o material, e em que condições trabalha?

5- Na relação custo-benefício, a empresa extratora traz algum ganho social, ou se restringe ao salário pago à parcela da população que aí trabalha?

6- Mais algumas sugestões simples para o dia-a-dia ecológico.


1- Quais são os ingredientes e qual a origem do(s) material(is) utilizado(s) na composição do produto?

A obtenção desse(s) material(s) sempre gera impactos de modo direto ou indireto, com intensidade variável. Embora a legislação teoricamente previna abusos - ou seja, impactos de intensidade considerada exagerada - na prática, eles são quase uma constante. É comum algumas empresas se autodenominarem de "ecológicas", enquanto se valem de conceitos distorcidos como, por exemplo, o de reflorestamento, os quais se constituem, na verdade, em desertos verdes - onde a flora nativa é substituída por monoculturas de espécies exóticas; e a fauna nativa é, aos poucos, eliminada ou expulsa. Do ponto-de-vista da lei, essas empresas estão corretas. Com freqüência são instalados equipamentos de controle das emissões (poluição) cuja utilização serve mais para "limpar" a imagem da empresa. Por exemplo: aumentar a altura de chaminés ajuda mais a dissimular ou a transferir do que, propriamente, solucionar o problema da contaminação do ar. Às vezes pode até piorar, relativamente, por facilitar a subida de algumas substâncias até a camada de ozônio. Mas o "vetor" de muitos malefícios à sua saúde, pode estar sendo manipulado diretamente por voce - ao invés de ser por uma grande indústria, ou entidades administradas por empresários e governantes - no recanto do seu lar, sem que voce se aperceba disso. Comumente, a estética da aparência tende a ser priorizada, em relação ao produto em si. Muita gente parece mais interessada no invólucro, do que no conteúdo. Por isso as empresas tem um enorme esmero com a embalagem usada, e criam tipos atrativos, sedutores, que induzem o consumidor a adquirir o produto em função de adquirir algo colorido, bonito. Todavia algo que também tem um alto custo ambiental, às vezes até maior do que o próprio produto que envolve. Outros artifícios semelhantes são usados como isca comercial, como a marca do produto ou a indicação veiculada por apelos publicitários, por alguém (irresponsável) cuja atuação profissional causa fascinação perante o público - isto é os seus fãs ou admiradores - cooptando o consumidor, para que este "caia" mais facilmente na cilada do consumismo. A embalagem mais comum é constituída pelos chamados plásticos (estes compõem uma diversidade insuspeitada pelo público que os manuseia sem saber do quanto podem ser maléficos à saúde individual ou a do meio). (veja algo sobre os plásticos, clicando aqui). Mesmo com a compra de uma simples e, aparentemente, pura verdura, voce pode estar sendo atraído por uma aparência "vistosa" (pelo tamanho, pela cor, pelo brilho, etc) e adquirindo um alimento desequilibrado (por isso com modificações nas suas características naturais) e envenenado, no seu cultivo, com os chamados DEFENSIVOS AGRÍCOLAS. "Coincidentemente" as mesmas empresas que produziam armas químicas, posteriormente denominados de "defensivos agrícolas" (quando, em tempos de paz, esses produtos encalharam nos estoques dessas empresas), agora se posicionam contrárias ao seu uso, pregando a sua substituição por OGMs (os transgênicos). A Revolução Verde assentada na promessa de maiores colheitas, que solucionariam o problema da fome no mundo, foi o carro-chefe de muitas falcatruas no meio governamental, do êxodo rural (formando os bolsões de miséria das periferias das grandes cidades), e do empobrecimento de toda a sociedade, exceto dos latifundiários e os de seu conluio vil. O agricultor era obrigado, ao adquirir sementes, a comprar um pacote pronto - numa venda casada, que incluía os tais defensivos agrícolas ou armas químicas - para obter financiamento. Além do incremento da violência, das doenças, e da exclusão social geradas por esse movimento, restou a todos a absurda condição de se integrar à normalidade, o "costume" de ingerir venenos junto com os alimentos (mais precisamente, substancias que foram usadas em conflitos armados, como ARMAS QUÍMICAS!!). Portanto, se voce preza por sua saúde, busque saber mais sobre a origem de seus alimentos, eles podem trazer consigo uma carga de venenos, cuja dose tem efeito lento, por ser pequena, mas é cumulativa - como acontece com as DIOXINAS - aliás elas foram usadas como princípio ativo do desfolhante laranja (arma química espargida sobre o solo vietnamita) e são usadas como agrotóxicos, no controle de pragas, em monoculturas.

Opte, sempre que possível, por alimentos orgânicos, isto é, sem agrotóxicos e adubos químicos.

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2- Quantas e que tipo de empresas processam esse(s) material(is)? (Qual é o porte dessa empresa? Qual é o seu currículo?)

A existência de uma grande empresa pode inviabilizar a implantação de inúmeras outras pequenas empresas (e, nesse caso, impede também a geração de um número muito maior de empregos). Ao mesmo tempo gera concentração de renda e de poder. (Por favor, por mais que anunciem o contrário, através de propagandas muito bem elaboradas - e mentirosas - NÃO ACREDITE QUE EXISTAM  EMPRESAS PREOCUPADAS, PRIORITARIAMENTE, COM O BEM-ESTAR PÚBLICO; elas visam, mais do que qualquer outra coisa, o LUCRO FINANCEIRO...por isso, não conte com elas para obter algum benefício real, NÃO SEJA INGÊNUO!! Para elas, voce é só o que vai mantê-las através do consumo de seus produtos ou da prestação de seus serviços, portanto, lhes interessa que sua vida se resuma nisso... APENAS nisso!!) Lembre-se de que quanto maior for o poder de ação de uma empresa, maior é o dano que esta poderá causar (a voce e ao meio). Geralmente um produto surge após uma seqüência de processamentos da matéria-prima por várias empresas diferentes. Cada uma delas agrega uma certa dose de impactos. No final tem-se um somatório um tanto assustador e, às vezes, também surpreendente, porque essa soma de efeitos não é linear, como pode parecer a princípio. Geralmente ela se potencializa conforme o conjunto das condições criadas pela metodologia aplicada por cada empresa (cujo espaço sofre variações com o tempo) ou das possíveis interações delas entre si, e com o meio ambiente. Às vezes, essa exacerbação do problema (efeito sinérgico), acontece devido a reações entre determinados tipos de resíduos de uma ou mais empresas (geralmente próximas umas das outras), as quais criam substâncias poluidoras de um grau de toxicidade
muito maior do que a simples "soma aritmética" da toxicidade dos reagentes que as originaram. Um exemplo desse fenômeno é o modo como se formam alguns organoclorados (furanos e dioxinas), a partir de compostos simples e bastante comuns.

Prefira, de modo geral, o que for produzido na sua região, e por pequenas empresas.

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3- Que danos a extração desse(s) material(is) causa ao meio ambiente?

Geralmente esse processo inicia em áreas bem delimitadas provocando depredações no solo da região, contaminações da água e do ar, devastação de matas nativas, redução da fauna local, etc. Com o tempo a influência tende a se difundir- diminuindo a concentração dos agentes impactantes nas proximidades do foco de origem - e a se somar aos problemas já existentes no ecossistema planetário. Como os efeitos se manifestam de modo mais visível quando se tornam agudos, a dispersão desses agentes no meio, pode aparentar que o problema é bem menor ou que está solucionado. Por isso muitas empresas procuram dissimular / legitimar o malefício causado, disseminando o problema, quando o ideal seria evitá-lo, - principalmente nos casos mais graves, de agentes cujos efeitos são cumulativos e/ou de grande poder destrutivo. Em geral as consequências se dão a longo prazo e causam danos irreversíveis - tendo como parâmetro a escala de teempo relativa a longevidade humana. Portanto, é, no mínimo, discutível a idéia de que altas chaminés são soluções para indústrias que poluem o ar. De qualquer forma, o que se deve questionar é a validade de sua implantação. O quanto são necessárias, por sua vez, nos remete a uma questão fundamental relativa à origem da grande maioria dos problemas ambientais, atualmente: esse produto é necessário? ...quanto? ...a relação custo-benefício gerada por essa produção, na qual estão envolvidas essas chaminés, é vantajosa?...não  existem alternativas melhores para substituir o produto obtido? ... Embora essa discussão venha sendo feita - pela mídia, pelo meio acadêmico, etc - o critério que normalmente norteia os debates está baseado em valores econômico-sociais. Porém o que é prioritário, qualquer um sabe, são as condições ambientais! Anterior a qualquer discussão sobre questões relativas às possibilidades de convívio social e às nuances da cultura, aos gostos e conceitos, a ocupações profissionais, a opções filosóficas, aos investimentos e ao lucro financeiro almejado.. enfim de toda a gama de variações que compõem o mosaico social - estão as questões que tratam da SOBREVIVÊNCIA : o ar, a água, etc. É uma questão de prioridades, não se trata de ascetismo tolo ou desprezo pelo que deve ser considerado, porém p-o-s-t-e-r-i-o-r-m-e-n-t-e !! A humanidade está no mesmo barco (o Planeta), o qual está "afundando". Não faz sentido priorizar uma discussão sobre a cor da pintura do mastro, ou do esmalte de unha que melhor combina com ela. Tem-se que tratar dos danos ocorridos: furos no casco, etc - com urgência, de modo a prevenir o pior! Enquanto as questões relativas à sobrevivência de todos os que estão nesse barco, não forem solucionadas, todas as outras questões se tornam menores, é uma insensatez tratar de gostos e interesses em geral: se o barco afundar, vai tudo por água abaixo. Por isso, priorizar os interesses de uma empresa ou de um grupo de pessoas, em função do emprego gerado, da ocupação delas em algo considerado dignificante, mesmo quando essa atividade seja um grande fator de desequilíbrio - o que, por sua vez, eliminará/reduzirá as condições de vida de todos os outros seres vivos dependentes da mesma "barca" - é, no mínimo, uma falta de respeito pela Vida como um todo, além de a todos os valores dito humanos.

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4-Quem extrai o material, e em que condições trabalha?

Muitas vezes aí nas fontes estão localizados cativeiros ou senzalas candlestinas, onde há exploração de mão-de-obra semi-escrava, inclusive a infantil (por exemplo: nas carvoeiras). Com freqüência, grandes empresas invadem (por meio de subornos e outras falcatruas) áreas destinadas à preservação ambiental, e retiram madeiras-de-lei, minérios, etc. e arrasando com o meio. Com o aumento da taxa de desemprego, em nível mundial, cresce o poder (e, simultaneamente, o abuso deste) por parte dos empregadores; por isso, mesmo a contragosto - por não aceitar o método predatório usado pela empresa - o empregado tende a se submeter ao que é determinado pelos patrões. Os trabalhadores que recebem os salários menores, são os mais atingidos, seguidamente tendo a sua saúde diretamente atigida pelas péssimas condições de trabalho, que lhes são proporcionadas. A legislação ambiental prevê e, teoricamente, pune esses casos, pois na prática, ela é desrespeitada. Em geral, os mais pobres, quando conseguem se aposentar, já estão com a sua saúde comprometida, e pouco tem a desfrutar. Os responsáveis por essa situação, permanecem impunes, usufruindo desse desfrute - do qual não tem mérito, pois foi usurpado dos que trabalharam. A lei permanece no papel. Dificilmente ela é acionada pelo prejudicado, e quando este o faz, o que consegue é aumentar os seus gastos, além de mais incomodação. (As exceções, mais uma vez, servem para confirmar a regra.) Por isso, contar com as leis sociais para solucionar essas questões, é - no mínimo - sinal de ingenuidade. Portanto, quem tem o poder de mudar esse quadro é o consumidor ao incluir no seu critério, as condições dos trabalhadores envolvidos no processo de produção, sem se deixar levar pelos diversos paliativos - que só mascaram a situação - forjados pelos culpados.

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5- Na relação custo-benefício, a empresa extratora traz algum ganho social, ou se restringe ao salário pago à parcela da população que aí trabalha?

Seguidamente uma empresa que foi fechada por agredir ao meio de alguma forma inaceitável, segundo os parâmetros estabelecidos pela legislação - os quais mudam de acordo com interesses políticos e comerciais de pessoas mais voltadas para a obtenção de lucros pessoais, do que qualquer outro objetivo - retoma o seu funcionamento, após pagar uma pequena multa, graças à força que tem, no meio social, o argumento de que dela depende um grande contigente de empregados. É claro que essas pessoas têm o direito de trabalhar para quem quiserem, na atividade que escolheram, mesmo que isso prejudique a sua própria saúde - apesar de seguirem um raciocínio um tanto mórbido. Porém, é justo desconsiderar o fato de que o que elas estão fazendo é nocivo a outras pessoas (sem falar de outras formas de vida)? ...é válido comprometer a saúde dos outros?...De que adiantará elas ajudarem, com o seu trabalho, a montar um quadro de desequilíbrio, que inviabilizará o futuro de seus descendentes, e comprometerá o seu próprio bem-estar? O salário recebido certamente lhes permitirá adquirir mais bens de consumo e propiciará um relativo conforto material - um dos elementos adotado, normalmente, coomo se fosse o conjunto de fatores que compõem a qualidade de vida - mas não poderá recuperar a saúde afetada em conseqüência dessa atividade, nem poderá recompor as condições ambientais, as quais são fundamentais a uma boa qualidade de vida.

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6- Mais algumas sugestões simples para o dia-a-dia ecológico

Sugiro que voce:

6.1- feche torneiras e desligue lâmpadas e aparelhos elétricos em geral, quando não forem necessários. Procure otimizar o seu uso; pense no que pode ser feito em função disso. Observe se o modo que voce usa está correto. Por exemplo: feche a porta (ou janela) quando o ar condicionado estiver ligado, não aperte demais a torneira, porque isso fará com que ela comece a vazar em pouco tempo, etc. Enfatize critérios que avaliem o custo ambiental, secundarizando o econômico, porque - apesar de o desperdício "pesar" também para o seu bolso - algo muito barato (como o papel) pode ter um custo ambiental enorme (intolerável);

6.2- sempre que possível, lave verduras e louças (pratos, panelas...), numa bacia com água, em vez de usar água corrente (direto da torneira). Depois, voce pode reaproveitar essa água, molhando plantas. Procure molhar a terra, em vez de jogar essa água (usada) diretamente sobre a planta. Poupe água e sabão, e obtenha melhor resultado em qualquer atividade de limpeza, passando o sabão e esperando algum tempo antes do enxagüe, para que o sabão reaja (quimicamente) com a sujeira. (Para isso são fabricadas pias de cozinha contendo duas cubas, uma delas serve para se deixar, temporariamente, a louça ensaboada). O mesmo resultado se obtem com a higiene pessoal (no banho quente se poupa, além de sabão e água, também energia, ao desligar o chuveiro enquanto se ensaboa e se espera que o sabão aja sobre a sujeira, antes desta ser levada pela água);

6.3- mantenha fechada (tampada) qualquer vasilha quando usada para cozinhar ou aquecer água. Quando a água ferver, diminua o fogo. Um mínimo de aquecimento é necessário para manter a ebulição, enquanto que o excedente fará com que a água evapore, mas não mudará a sua temperatura (ela não ultrapassa os 100 graus, mais ou menos). Em um fogão a gás (GLP), a economia é bastante significativa, além de voce não secar a comida tão rapidamente (ou, talvez, queimá-la);

6.4- separe o seu lixo, e envie o lixo seco para ser reciclado. Para isso, voce depende dos meios disponíveis em sua localidade. Se houver o recolhimento do lixo seco pelo órgão de saneamento público, onde voce reside, será bastante simples esse envio. Outros prováveis meios são os "catadores" de lixo, os "papeleiros", "ferro-velhos", os depósitos (empresas, em geral, de comércio de sucatas, aparas de papel, etc). Lembre-se que esse material (transformado em lixo) terá que "ir" para algum lugar. Evite que ele se deposite nos bueiros, (alagando ruas), ou que venha a assorear os rios (provocando enchentes), além de contaminá-los com compostos químicos artificiais ou com excessiva quantidade de matéria orgânica (gerando focos de doenças e desequilíbrios ambientais), etc. Mesmo que fique depositado em locais secos - como terrenos baldios ou jogado no mato - trará problemas semelhantes, inclusive poderá atingir os rios subterrâneos, isto é, os lençóis freáticos. Além disso, voce, certamente, não vai querer fechar os olhos e viver em um ambiente sujo e fedorento, não é mesmo?!

6.5- utilize plantas como cosméticos, em vez das substâncias que são retiradas delas, por meio de um processo industrial impactante ao ecossistema. Do ponto de vista do benefício à saúde, obviamente ele é maior se usarmos a composição original, a que é fornecida pela planta, porque estará completa, íntegra. Terá entre seus componentes haverá uma condição de equilibrio obtida após longo tempo de seleção natural vivenciado por essa espécie. Nenhum laboratório conseguiu imitar essa condição. A visão de mundo oriental, considera o Universo como sendo energético, e o equilíbrio como sendo um possível  resultado da interação de uma dualidade antagônica e complementar - o ying e o yang. Segundo essa concepção, as teorias que supõe o mundo como sendo um aglomerado de substâncias químicas, não explica, satisfatoriamente os processos orgânicos nem consegue recriá-los em laboratório. Fórmulas consagradas como a da água (H2O), são abstrações porque sempre há  inúmeras outras substâncias associadas, ou coisas para as quais não se tem explicação. Portanto a condição de vivo, transcende o conhecimento e o poder da tecnologia humana. (Para mim esse é um mistério infinito, pois quanto mais conhecemos, mais surgem dúvidas, assumindo a forma de um leque que se expande continuamente.) Frequentemente têm sido veiculadas notícias que confirmam o risco de se utilizar produtos produzidos em laboratórios. Efeitos colaterais de substâncias bastante conhecidas despontam, após muito tempo de utilização pela população, demonstrando a precariedade da "segurança" apregoada pelos que produzem ou comerciam esses produtos. A meu ver, devido ao fato de que somos também resultantes de um longo processo de seleção natural, o nosso organismo está melhor preparado para evitar possíveis danos causados por substâncias naturais..Assim sendo, tudo que é artificial tende a ser mais arriscado. Portanto se voce não quer expor a sua pele a riscos maiores, dê preferência a cosméticos naturais. A única vantagem dos artificiais é a de serem mais práticos. Mas, nem sempre é assim. Talvez seja custoso para voce adquirí-los, se voce não os tem no seu quintal... Talvez voce não aprecie a mão-de-obra necessária para pesquisar os tipos segundo as suas indicações ou para confeccioná-los... De qualquer forma acho que vale a pena, se o que voce almeja é a beleza de seu corpo, e não, apenas, uma aparência estética superficial e fraudulenta, pois que não tem suporte em uma condição de saúde, e não corrige defeitos; pelo contrário, mascara-os e os mantém, ou os aumenta. Em vez de aparentar um brilho especial, pondo em sua pele um produto químico (artificial) - o qual pode lhe trazer sérios aborrecimentos no futuro - voce pode tentar realmente adquirí-lo, aplicando sobre ela, um produto natural, que pode ser o conteúdo de uma fruta (por exemplo: abacate, mamão, morango, etc.) ou de outros vegetais (cenoura, babosa, pepino, etc). A escolha voce deve fazer por indicação (por pesquisa), conforme o seu tipo de pele, cabelo, etc.

6.6- Use uma mesma sacola para carregar as compras. Se quiser, voce mesmo pode fazer uma, com um saco de algodão, aninhagem, retalhos de roupas velhas, lona, etc). Assim voce evita consumir as sacolas de plástico (de supermercado), e evita que mais sacolas sejam produzidas em indústrias, depois adquiridas pelo comerciante, para serem utilizadas pela clientela, e, finalmente, se depositem em algum espaço do Planeta - talvez um terreno baldio ou um lixão - onde poderão se tornar um agente de impacto ambiental por décadas ou séculos, já que os plásticos demoram demasiado tempo para se degradar. (Voce costuma deixar plásticos jogados no interior da sua casa ou pelo seu quintal?!... Nosso lar, em escala maior, é o Planeta.)

Obs.- Eu costumo juntar sacolas pela rua, parques... e as envio para a coleta seletiva de lixo, após usar alguma(s), temporariamente. Lembro que durante a época do movimento hippie (do lema: paz e amor), houve um modismo interessante. Seguindo a proposta de abolir a caretice da sociedade - "colorindo" o cotidiano do cidadão - as roupas e alguns utensílios pesssoais eram refeitos artesanalmente, no intuito de personificá-los e curtir o efeito psicodélico das cores e formas escolhidas. Isso deu, temporariamente, uma certa ênfase à reutilização em geral, até que o Sistema a substituisse pela criação de mais um artifício comercial, mais um incentivo ao consumismo, produzindo roupas coloridas e costuradas de modo semelhante (imitações industrializadas). Por um breve período, inclusive, eram comuns as sacolas feitas com roupas usadas, as quais eram adornadas a gosto, com pedacinhos de espelhos (que davam uma impressão de "brilho"), bordados, fiapos, desenhos, mensagens escritas, etc.). Atualmente essa iniciativa popular já está substituída pelo modismo (antagônico) de se comprar esses utensílios, após um processo de produção danoso ao meio, devido à concentração de resíduos em determinados locais (principalmente porque os locais mais visados são os rios) pelas grandes indústrias que os produzem. Então se repete o malfadado ritual social de "redução" do ser humano a um fantoche consumista. Os meios de comunicação - através de publicidade intensa - iinduzem o cidadão comum a consumir essas "quinquilharias", sem pensar sobre o assunto. Um pequeno grupo de grandes empresários, de autoridades em geral (cujo poder é imposto)... enfim, todos os que compõem as elites sociais, acumulam, para si, uma quantidades exagerada dos recursos que faltam a um grande grupo de cidadãos, e inibem iniciativas destes - seja por meio de sedução ou de opressão - voltadas para uma mudança... Por que fazem isso, se é humanamente impossível, consumir ou usufruir de tanto! De um lado, há luxo demasiado impossível de ser usufruído, enquanto uma carência mortífera caracteriza o outro lado, num jogo social aceito por se constituir na normalidade, onde um desequilíbrio atua como uma espécie de complemento de outro, oposto - por que e como isso é possível? A resposta é simples: nós todos - enquanto consumidores - somos os mantenedores desse processo! Redirecionando nossas metas de vida e adequando nosso cotidiano ao modo de ser natural, ao invés do normal, poderemos mudar esse quadro, praticamente sem fazer esforço!

Enquanto essa revolução não acontecer estaremos mantendo o mau uso desses recursos, resultando em malefícios a todos, através da destruição (do desequilíbrio) das condições indispensáveis à vida. De um lado - onde os recursos estão acumulados - há sobra e deterioração material (luxo e desperdícios), além de prepotência ou abuso de poder; de outro lado, há miséria, submissão e a estúpida aspiração de mudar de lado, acenando como uma "possível" forma de realização humana ("vencer na vida"), ou da solução dos problemas pessoais, de um modo mágico, obtida pela força do dinheiro. Aliás se dinheiro, prestígio social (fama) e beleza (estética) fossem determinantes da realização pessoal, Elvis Presley e tantos outros personagens-alvo da admiração social não teriam se suicidado, aos poucos...

O problema não é o dinheiro - nem o consumo em si - mas o seu mau uso (o abuso).

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