Pato Fu
História
Em 1993, o Pato Fu lança seu primeiro álbum, Rotomusic de Liquidificapum. "Nos anos 80 a MPB absorveu de vez a guitarra elétrica. Acontece o BOOM do Rock Nacional. Nos 90, o Rock absorveu de vez a MPB. Guitarras elétricas com Marujada-Congada (Virna Lisi), Forró (Raimundos), Maracatu (Chico Science) e Mundo Livre com cavaquinho. Neste contexto o PATO FU dá as caras com este CD: Rotomusic de Liquidificapum, pela gravadora independente Cogumelo Records. Um CD que impressiona à leitura de que o absorvido foi todo quebrado e reconstruído numa estética própria: Patofuniana.
O "Rotomusic de Liquidificapum" estabelece um som original e de difícil definição. Quem conhece o tropicalismo entende este disco ao máximo." (Marcelo Lopes).
Em 1995, eles lançaram o álbum Gol de Quem?, que muita gente pensa ser o primeiro CD da banda. Dele saram músicas de sucesso como "Sobre o Tempo" e "Qualquer Bobagem".
Já numa gravadora maior, PLUG-BMG, o Pato Fu grava o seu segundo CD: "Gol de Quem?" O disco traz músicas que não couberam no primeiro CD (Vida e Operário, Spoc e Ob-La-Di-Ob-La-Da), e outras inéditas trilhando pelo mesmo caminho. Um som instigante. É neste disco que eles conseguem realmente "trabalhar" a música por haver distribuição melhor e uma infra estrutura maior da gravadora. O CD ficou mais limpo, no sentido do que era pop ficou pop, o que era bate-cabeça ficou bate-cabeça. O disco lança o primeiro hit do grupo: "Sobre o Tempo". Ganhando o prêmio de banda revelação, o grupo fica mais conhecido. O CD traz 5 revisitações-Fu , em que as músicas foram totalmente recriadas . Nada a ver com cover! "Qualquer Bobagem" não fica a dever nada às gravações já existente dos autores: Tom Zé e Mutantes.
O grupo é incluído pela Folha de São Paulo, na "NOVA MPB" (...) "Lançou dois discos. No segundo, "Gol de Quem" une violas sertanejas e percussão eletrônica. É comparado aos Mutantes. Em 95, ganhou o prêmio de banda revelação no VMB da MTV." Ilustrada, 08/01/96. (Marcelo Lopes).
Em 1996, lançam seu terceiro álbum, Tem Mas Acabou, contando agora com um baterista, Xande Tamietti. "Tive a grata felicidade de acompanhar fragmentações da sua gravação aqui em BH. O CD é o Pato Fu agregado a muitos shows nas costas mais experiências de dois CDs mais 1 baterista humano é igual a AMADURECIMENTO. O disco é ousado, o grupo trilha por universos maiores. Mas sempre impregnado com o som da banda, que sendo a música: o Rock, o Pop, a Bossa, o Jazz, o Reggae, o Metal, servirá apenas como tempero da música personalística do Pato Fu." (Marcelo Lopes).
E, em abril de 1998, chega o mais novo CD do Pato Fu, Televisão de Cachorro, produzido por Dudu Marote, ex-produtor do Skank. "Embora não seja necessariamente uma vantagem, este disco tem começo meio e fim. Exatamente nessa ordem, o que pode, isso sim, ser um benefício. A primeira faixa, "A Necrofilia da Arte" é um índice do que está por vir: riffs pesados constratando com a voz deliciosamente suave de Fernanda Takai; guitarra-baixo-bateria combinados com efeitos eletrônicos; boas letras ("se o Lennon morreu eu amo ele/se Marley se foi eu me flagelo") e referências tão oportunas quanto improváveis - no caso, "Alfômega" , de Gilberto Gil, que também fala com graça da morte. Daí pra frente as músicas vão destacando uma ou outra dessas características da banda. Como os vocais de Fernanda em "Vivo num morro" e "Canção pra você viver mais". Ou a mania de colocar a parafernália eletrônica a serviço do "pop - " rock, em o "Mundo não mudou".E ainda as composições divertidas do guitarrista John e as citações insuspeitas, como "Inbetween days" "do Cure" na cover de "Tempestade", do Maskavo Roots. Outra marca registrada do Pato Fu é escolher bem o que regravar: no caso, "Eu Sei", da Legião Urbana. Encerram educadamente, com a canção de ninar "Boa Noite".
Mineiro é gente fina mesmo ...