Tranquilizantes



Drogas tranquilizantes são uma invenção do século 20, desenvolvidas para aliviar ansiedades, preocupações e temores. Junto com álcool, nicotina e aspirina, os tranquilizantes são as drogas mais usadas e abusadas no mundo. São várias as categorias em que estão divididos os tranquilizantes, que, de maneira geral, atuam como agentes depressivos do sistema nervoso central. Eles podem ser:

Deve-se observar que a distinção entre tranquilizantes "maiores" e "menores" nada tem a ver com seu grau de potência, mas sim com sua estrutura química. Seu uso terapêutico atinge as áreas da odontologia, neurologia, cardiologia, obstetrícia e ginecologia, ortopedia, pediatria, dermatologia, cirurgia plástica e psiquiatria. Afirma-se também que os tranquilizantes são úteis em alguns casos de tratamento de viciados em álcool, anfetaminas, heroína ou barbitúricos. Sob o ponto de vista médico, eles são classificados como sedativos, anticonvulsivos, relaxantes musculares, agentes antiansiedade e soníferos.
Os tranquilizantes atuam sobre o sistema límbico do cérebro, afetando as conexões dos circuitos sensoriais e motores, o que gera depressão do sistema nervoso central. O usuário é induzido a um estado de calma e tranquilidade, enquanto os músculos ligados ao esqueleto relaxam, fazendo desaparecer tensões e ansiedades. A euforia resultante do emprego da droga pode afetar a coordenação, a fala, os impulsos sexuais e a capacidade de concentração, reduzindo a agressividade e induzindo ao sono. A duração e a intensidade dos efeitos dependem do tipo de tranquilizantes, da dosagem e das características de personalidade do usuário, que, em alguns casos, pode ser lavado à dependência psicológica.
A dependência, tanto psicológica quanto física, pode sobrevir em casos de uso intenso e prolongado, e o abandono do vício pode ser muito difícil, produzindo desagradáveis sintomas de abstinência, que surgem entre quatro e oito horas depois da suspensão da droga. De acordo com a potência dos tranquilizantes, o metabolismo do usuário e a frequência do uso, estes sintomas podem incluir ansiedade e hiperexcitação, reduções no pulso e na respitação, dificuldade de coordenação e fala, náusea, vômitos, tremores e convulsões. Os tranquilizantes podem matar, caso sejam combinados com outros depressivos do sistema nervoso central, que potencializam os seus efeitos, como álcool, barbitúricos, opiáceos, sedativos-hipnóticos e narcóticos sintéticos.
Os tranquilizantes também são desaconselháveis durante a gravidez, já que eles penetram na placenta, aumentando os riscos de morte do feto ou o surgimento de problemas cardíacos congênitos, anormalidades do esqueleto e outros defeitos de nascimento. Um dos casos mais famosos nessa área é o da Thalidomida, uma pílula para dormir não-barbitúrica, que se mostrou responsável pelo nascimento de crianças gravemente deformadas. Os tranquilizantes também podem se infiltrar no leite materno, e por isso devem ser evitados mesmo após o parto.
Além de todos esses riscos, os tranquilizantes também podem gerar tolerância, se bem que em grau menor que os barbitúricos. A tolerância pode surgir apenas em algumas semanas, caso a droga seja ingerida três vezes ao dia, o que faz com que ela se mantenha constantemente na corrente sangüínea. Os efeitos colaterais incluem apatia, diminuição da pressão sangüínea, problemas visuais, desorientação, confusão, fraquezas musculares, dores de cabeça, perturbações estomacais, perda de coordenação, vertigens, irregularidades menstruais e de ovulação, ansiedade e alucinações. Em alguns usuários, os tranquilizantes produzem estimulação em vez de sedação, tendo como consequência a hiperexcitabilidade, insônia, hostilidade e inclinação a acessos de raiva. Doses excessivas podem causar tremores, perda da coordenação muscular e convulsões.

Retirado da Revista Planeta de julho de 86.







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