1.4 CD-I (Compact Disc interactive)
Na lata de lixo das soluções proprietárias59que
tentaram ganhar o
mundo e falharam vergonhosamente, o CD-I merece um lugar de honra.
Desenvolvido pela Philips, sua especificação (chamada de Green
Book)
estabelecia aspectos de hardwaree softwarea
serem atendidos. Ou seja,
discos produzidos para o CD-I não eram compatíveis com nenhum
dos
outros formatos.
Provavelmente de olho no mercado despertado pelos videogames
das empresas como Nintendo e Sega, a Philips, criadora do padrão,
pretendeu dominar o mercado de entretenimento com um console
proprietário baseado em CD-ROM.
Embora tivesse a especificação pronta desde
o final da década de 80,
somente trouxe o produto ao mercado anos mais tarde, quando todos os
computadores pessoais já dispunham de capacidades parecidas e suas
capacidade de processamento estava defasada. Reposicionado para
atender o mercado de treinamento em empresas60,
alcançou algum
sucesso. Hoje está relegado a este nicho, e tende a desaparecer ao
longo
do tempo.
59Uma solução
proprietáriaé o oposto de uma solução
aberta. A proprietária se baseia
na idéia que a empresa atingirá
o monopólio do mercado e, portanto, se tornará o
padrão universal. Uma solução aberta pode ser licenciada
por um grupo de empresas
que então compartilha o mercado. Soluções proprietárias
de hardwareraramente
funcionam, haja visto a briga histórica de Betamaxversus
VHS pelo mercado de vídeo.
Depois de uma longa agonia, o Betamaxfoi descontinuado
pela Sony, seu único
fabricante.
60Defensores
do CD-I afirmam que ele oferece uma padronização não
encontrável em
sistemas de computadores pessoais.
Seria tão estável quanto um videocassete, e
ofereceria a possibilidade de experimentação interativa. Pode
ser, mas isso não
motivou tantos desenvolvedores a adquirirem as ferramentas exclusivas para
o CD-I nem
fez tantos empresários comprarem consoles assim. |