Pais e Filhos 3º parte

Narrador: O dia amanhece calmo na mansão x...

Estão na mesa do café Wolverine, Tempestade e Sam atrás da cadeira do professor.

Sam: Tô indo procurar a Jubi, gente! Tchau.

Escariotes entre na sala.

Escariotes: Foi mais ou menos isso que a Jubileu me falou quando a gente saiu ontem.

Todos olham pra ele em silêncio. Escariotes não sabia, não tem culpa de nada... Wolverine vai tomar um ar lá fora pra esfriar a cabeça. Nesse momento Sam volta pra falar com Escariotes. Todas ficam com aquele frio na barriga  de "será que ele ouviu isso?" Mas felizmente não ouviu...

Escariotes: AHH! Show!!!

Na sala de perigo, Escariotes está no observatório vendo o treinamento pesado de Sam, enquanto este, penetra no cenário da dimensão do Mojo, criado pela tecnologia shiar da sala de perigo. Eles estão conversando pelo alto falante enquanto Sam faz suas piruetas no ar.

Escariotes: A gente saiu ontem, foi dar uma volta em Salem Center, ela é legal, de repente rola alguma coisa mais séria...

Quando Sam escuta isso, ele se dirige para o vidro do observatório e atravessa-o em direção a Escariotes.

Escariotes: M-me desculpa cara, eu não sabia, ela aceitou tão rápido o meu convite que parecia estar muito afim.

Depois dessa, Sam se prepara para quebrar a caixa torácica de Escariotes quando este dá um soco descomunal no x-man, deixando-o inconsciente e quem sabe de maxilar deslocado?

Escariotes: Ele me atacou quando disse que sai com a Jubileu. Me desculpe Wolverine, eu não queria...

Algumas horas depois, com o Fera já tratando o sério ferimento do Sam, todos os x-men   estão na sala do professor: o próprio professor, Wolverine, Bobby, Vampira, Bishop, Gambit, Tempestade, Scott, Jean e Escariotes. Os x-men se dividem quanto a Escariotes. Foi ele culpado por tudo ou apenas estava se defendendo?

Vampira: Ora?! Superforça! Não viu como deixou o queixo do Sam e como caiu sem se machucar? Agora podemos treinar juntos já que nossos poderes são parecidos. Vampira ri

Escariotes: Talvez possamos partilhar outras coisas.

Escariotes tenta abraçar Vampira , num misto de sentimentos de um adolescente confuso, mas ela dá um empurrão nele.

Escariotes: Se você que assim... tá, por enquanto.

Narrador: Vampira não entende nada desse garoto. Voltou pra casa sem entender o porque ele tinha ficado "tão" fissurado nela. "É apenas um garoto!" Ela dizia... "Será que ele não vê que não tem idade pra mim?", ela pensava... Escariotes não disse nada na volta pra casa. Quando eles chegaram, viram Sam com o queixo enfaixado ao telefone. Escariotes resolveu entrar pelos fundos.

Vampira: É melhor mesmo... E tente evitá-lo por uns tempos...

Escariotes: Tá... pode deixar.

Ela entra.

Sam: Frost? Sou eu, o Sam. Dá pra chamar a Jubileu aí?

Vampira: ???

Sam: ...

Vampira: Você não acha melhor...

Sam: Jubileu? Olha, me espera aí que eu tô indo te fazer uma visitinha, queridinha!

Ele desliga e olha pra Vampira ainda com a frase interrompida na garganta.

Vampira: ... Não. Você não vai.

Sam: Eu tenho que falar com ela.

Vampira: Você ainda está todo arrebentado, garoto! Sossega o faxo aí. Senta... vai ver televisão...vai ouvir uma música...

Sam: Eu vou e vou mesmo. Tenho certeza que você também iria...

Vampira: É... com aquele mulherengo do Gambit eu iria mes... Ei, não muda de assunto! Se eu iria ou não, não tem nada a ver com a sua ida naquela casa.

Sam: ...

Vampira: ...

Sam: ...

E ele olha pra ela com aquela cara de sofredor...

Vampira:... Quer que eu te leve? Eu tô com a chave do carro. Olha, mas se você disser que fui eu, eu te mato! E se você fizer alguma coisa com ela, eu junto um grupo pra te matar sofrendo mais.

Sam: Se você me matasse sozinha, eu já sofreria muito. Pode deixar... eu não bato em mulher por nada... mesmo quando elas são umas filhas da...

Vampira: Calaboca! Meu carro não é acostumado a ouvir palavrão.

Sam: Hahaha... ai!   meu queixo... não me faz rir não...

Vampira: Garoto, você definitivamente tinha que estar em casa. Mas olha, agora deixando a brincadeira de lado... tente ouvir o que ela tem a te dizer, tá? Eu já sofri muito com isso.

Sam: Como assim?

Vampira: Você acha que o Gambit não fez o mesmo interrogatório que você está indo fazer? Estou ouvindo na minha cabeça as suas falas agora, vão ser com certeza iguaiszinhas as do Gambit...

Sam: Ah claro! Eu já  imaginava... olha o quebra molas...  isso do Gambit.

Vampira: Foi horrível... Eu nunca sofri tanto... Não sei nem porque que eu tô te levando lá. Não... eu acho que eu sei. Foi porque eu fiquei 3 meses esperando que ele descobrisse...3 meses numa angústia horrorosa, esperando que ele viesse com 4 pedras na mão... e ele veio com 5... É bom que você fale com ela logo agora. Sem que ela tenha muito tempo de esconder nada de ninguém.

Sam: Mas o Gambit tava com razão. Você estava errada.

Vampira: Eu nuca fui nada do Gambit, moleque!

Sam: Como não? Todo mundo sabe que vocês dois...

Vampira: Que nós dois o quê, moleque? Não! Agora continua... que nós dois o quê?

Sam: Vocês não são namora...

Vampira: Ah! Quem dera, loirinho... Era tudo que eu queria... Eu tenho que sair de perto desse cara...

Sam: Não faz isso com o francês.

Vampira: É pro bem dele. Pro nosso bem. Sam, ele merece uma mulher que possa ao menos tocar na mão dele, você não acha? Não posso ficar mais tempo nessa história mal explicada se "nós somos ou não somos. Ou o que somos?"... Mas eu não quero ficar naquela casa vendo ele com outra...

Sam: Vampira, não sai da vida dele não. Pode não parecer, mas o cajum tem sentimentos.

Vampira: Mas não posso ficar com ele e como é que você acha que eu me sinto assim? Eu sou um E.T por acaso? Não tenho sentimentos?

Sam: Não, pô! Claro que tem.

Vampira: Ahhhh, gostei de ouvir isso. Então, eu imagino que você saiba que tudo que você sente, eu também sinto. Esse frio na barriga quando ele chega perto. No seu caso, ela. E comigo ainda é pior. Vou simplificar pra você, Sam. Imaginemos que a Jubileu fosse casada! E você estivesse muito afim dela. Toda vez que ela chega perto de você, você vira o rosto pra não deixar transparecer o que sente. Quando você está conversando com outras pessoas, e ela chega, você só escuta a voz dela. Burramente você vira o rosto na direção dela, olha pra única pessoa que faz sentido pra você naquela sala com o sorriso mais aberto do mundo. Então, ela também ri pra você. Você fica lá... alguns segundos olhando pra aquele sorriso. Foram só alguns segundos...quando de repente: Você lembra que todo mundo deve estar olhando pros seus olhinhos brilhando e sua boca aberta. Você deve estar achando que passou horas alí fazendo tudo errado, porque afinal de contas você mostrou o que nunca poderia ter mostrado... Então, você faz uma cara super sem graça... sabe que ela não pode ter nada com você porque ela é comprometida. Sam, eu sou comprometida com meus poderes. Eu nunca vou ter ninguém.

Sam: Eu imagino como isso deve ser horrível. E o pior, é que você sufoca seus sentimentos.

Vampira: É isso mesmo, Sam. Um dia, cara, apareceu alguém que podia me tocar. Isso não significava que eu não amava o Gambit. Eu sempre amei. Mas eu precisava de carinho, Sam. Eu precisava que alguém me abraçasse, me beijasse muito e dissesse pra mim que iria ficar alí comigo o tempo todo. Alí bem pertinho de mim... do meu lado... me tocando... passando a mão no meu rosto. Sam, pra você isso não é quase nada. A não ser quando é com a pessoa que ama, mas pra mim, aquilo era tudo. Sendo com quem fosse. Se fosse com o Gambit então... eu acho que morria de tanta felicidade...

Sam: Acho que o Gambit também.

Vampira: O Gambit não queria aceitar... Mas eu o amava muito. Aquilo não tinha tirado o meu amor por ele. Eu não estava apaixonada pelo Joseph! É claro que ele era muito importante pra mim, mas eu amava Remy LeBeau. Eu tava tão nervosa naquela noite...e-eu queria tocar, queria ser tocada, queria só sentir a mão dele na minha primeiro, mas ao mesmo tempo queria que ele me abraçasse, queria o Gambit, eu não gostava do joseph, ao mesmo tempo que era tudo maravilhoso, não era ele quem eu queria...eu estava muito afobada... eu queria receber anos de carinho que eu nunca tive de ninguém. Eu queria aquele abraço que ninguém me deu quando eu venci tal luta, eu queria aquele beijo no rosto de todos os cafés da manhã que ninguém podia me dar, eu queria todos os apertos de mão de todas as coisas certas que eu fiz, eu queria todos os beijos que o Gambit nunca pôde me dar, eu queria todos os namorados que eu não tive, eu queria ser amada, Sam. Só isso...

Sam:... Não sei nem o que dizer.

Vampira: Eu acho que eu não sacaniei ninguém, Sam. Acho que o Gambit tinha que ter entendido isso. Não foi a mesma coisa que a Jubileu fez com você... eu tinha motivos!... Sabe o que eu quero agora, Sam?

Sam: O quê?

Vampira: Te dar um beijo na testa e dizer pra você que você é um cara muito legal, mas que eu quero juízo. A escola da Frost tá alí. Vai lá, pensa em tudo que eu te disse. Pra tudo tem uma explicação. Talvez a dela não seja a mais convincente, mas se por acaso ela afirmar muito alguma coisa, Sam, acredite. Nada de excessos, não quero ter que participar de uma cena ridícula de ter que separar briga de casal. Vai que eu te espero.

Samuel Gutrhy antes de sair do carro veste a sua luva e apara uma lágrima de Vampira. Faz questão de lhe fazer um carinho no rosto e depois coloca a mão sobre a própria testa... ela vai e lhe dá "um beijo" na testa. Então ele sai do carro.

continua