O Estado do Rio está adotando uma nova e agressiva estratégia de atração empresarial. As indústrias, de qualquer setor que vierem a se instalar no Rio de Janeiro terão prioridade nas compras realizadas pelo Governo do Estado. Além disso, as empresas fluminenses que direcionarem suas compras para os fornecedores localizados no Estado serão beneficiados por políticas específicas. O Governo do Estado está também articulado às prefeituras municipais no sentido de oferecer as melhores condições para a realização de investimentos. No que tange a incentivos fiscais e creditícios, o Governo do Estado está aberto à negociações que conduzam ao entendimento dos interesses da população do estado e dos investidores.
Metal-mecânico | Petroquímica | Eletro-eletrônica |
Indústrias químicas | Software | Têxteis e confecções |
Bebidas | Agro-indústria e alimentos industrializados |
Este setor oferece amplas oporturnidades de investimento no Estado devido à existência de indústrias de base (tais como siderurgia, zinco e alumínio), a proximidade de grandes centros produtores e consumidores de produtos intermediários e finais, a grande disponibilidade de mão-de-obra qualificada e a infra-estrutura portuária.
Em relação as empresas existentes, vêm sendo adotadas medidas que têm como objetivo primordial a recuperação da indústria de construção naval. A produção brasileira de navios de grande calado é realizada nos estaleiros do Rio de Janeiro e o mercado, tanto interno quanto externo, é muito favorável. Entretanto, o setor carece de novos investimentos, além de uma revisão de suas práticas administrativas e comerciais.
As iniciativas nesta área contam com o total apoio do Governo Estadual, que também vem articulando medidas concretas de amparo ao setor, por parte do Governo Federal, dada a sua importância estratégica para o futuro desenvolvimento do país.
Em relação à atração de novas indústrias, cabe destacar o setor automobilístico. Em 1996, foi implantada a fábrica de ônibus e caminhões da Volkswagen, em Resende, e há grande probabilidade de que outras montadoras de veículos venham a ser instaladas no Estado, além da implantação de um importante parque fornecedor de autopeças. O Estado também está empenhado em atrair fabricantes de eletrodomésticos da chamada "linha branca". Vantagens significativas, tais como a proximidade dos principais mercados do país e dos grandes portos de exportação, a existência de mão-de-obra qualificada e o fácil acesso à matéria prima produzida pela CSN, tornam o Estado do Rio de Janeiro o local ideal para as indústrias deste segmento.
O Estado do Rio de Janeiro é o maior produtor de petróleo e gás natural do país, tendo 86% das reservas naturais brasileiras. Negociações recentes possibilitaram a atração de investimentos. Pela primeira vez a união da Petrobrás com o setor privado acarretou a implantação de um novo pólo petroquímico no Brasil, a partir do gás natural (e por esta razão foi denominado pólo gas-quítnico).
A Petrobrás assinou consórcio com a Rio Polímeros, empresa privada responsável pela implantação de uma unidade de 400.000 t/ano de polietilenos, para garantir a produção e o fornecimento de eteno e outros derivados, a partir de gás natural, inclusive à própria Rio Polímeros. São da ordem de R$ 800 milhões os investimentos previstos para implantação dessas unidades que, juntamente, com as empresas Polibrasil, Petroflex e Nitriflex já localizadas no entorno da REDUC - Refinaria Duque de Caxias, formarão o Complexo Gás Químico.
O considerável parque de transformação de resinas atualmente instalado no Estado, constituído por mais de 1.000 empresas de terceira geração, tem como atuais fornecedores os pólos de Camaçarí, Mauá e Triunfo, terá seus investimentos incentivados por programa especial do Governo do Estado - o RIOPLAST preparando-as para absorver as resinas que serão produzidas no Pólo Gás Químico.
O investimento total no pólo será da ordem de 800 milhões de dólares, para um faturamento estimado em 500 milhões de dólares ao ano.
Grupos de investidores deste ramo da indústria têm realizado consultas e manifestado seu interesse por áreas nas regiões Metropolitana, Sul e Centro-Sul fluminense. A proximidade dos mercados consumidores e as facilidades logísticas, somadas à presença de mão-de-obra qualificada, tornam o Estado do Rio de janeiro muito competitivo. Este setor também está sendo incentivado pelo Governo, porque desenvolve atividades que denvolvem tecnologia de ponta, e também por seu elevado valor agregado.
O Estado do Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar, entre os mercados do país, em todos os ramos da indústria química e seus derivados. Dentre os fatores que contribuem para este desenvolvimento, destacam-se: a disponibilidade de matérias-primas, a infra-estrutura industrial e de pesquisa, e a mão-de-obra qualificada. A política de desenvolvimento do setor fundamenta-se nos seguintes pontos:
A cidade do Rio de Janeiro pode ser considerada a capital nacional do software. É um centro de excelência na formação de profissionais na área e abriga empresas nacionais e multinacionais, de diversas partes bem sucedidas em vários segmentos da indústria. Tendo em vista sua vocação natural e o crescimento real e potencial do setor, o Governo do Estado tem desenvolvido políticas de apoio às pequenas empresas e de atração de grandes grupos nacionais e internacionais, e atuado na articulação dos diversos provedores de infra-estrutura notadamente no campo das telecomunicações, para garantir condições adequadas para as empresas.
O Estado do Rio tem uma renomada tradição na área têxtil. No entanto, problemas de gerenciamento têm afetado o desempenho das empresas, criando o desemprego da mão-de-obra especializada e a paralisação de uma parte considerável do parque instalado que, em geral, apresenta boas condições de funcionamento. O Estado interessa-se em atrair investidores, tanto para a aquisição destes ativos, quanto para a instalação de novas unidades, e para tanto oferece apoio e incentivos.
A indústria de bebidas tem grande importância na economia fluminense. A existência de um grande mercado consumidor local, além da facilidade de distribuição para a região sudeste do Brasil, vêm estimulando a realizaçäo de investimentos volumosos, não apenas no setor de bebidas propriamente dito, mas também no setor de embalagens e de latas. Deve-se notar que devido ao acelerado crescimento da demanda por produtos enlatados e alímentos industrializados, em todo o Mercosul, os setores de embalagem apresentam oportunidades muito interessantes.
Agro-indústria e Alimentos Industrializados
O faturamento do setor de alimentos industrializados, no Estado, é superior a 600 milhões de dólares ao ano, e apresenta boas perspectivas de desenvolvimento, principalmente na área de laticínios, pesca e indústria pesqueira, café, massas, biscoitos e conservas.
A agricultura fluminense mostra um grande potencial de desenvolvimento, principalmente na área açucareira e na fruticultura. Na área açucareira haverá aumentos substanciais de produtividade com a introdução de novas variedades de cana de açúcar nas regiões de colheita do norte fluminense, sendo que há grande disponibilidade de terras férteis, fáceis de serem irrigadas.
Quanto à fruticultura, o Estado oferece ótimas oportunidades para a produção de doces, polpas e sucos de frutas, principalmente de abacaxi, banana e outras frutas tropicais, nas regiões do Norte e Nordeste fluminense, além de tomates e frutas de clima temperado, na Região Serrana.