A Lei Orgânica elaborada pela Câmara de Vereadores de São Gonçalo promulgada em 4 de abril de 1990, pretende reativar as zonas rurais na cidade, que já foi o maior produtor de laranjas do Estado. A industrialização da cidade provocou o êxodo para o centro e periferia, muitos locais foram loteados e transformados em bairros. Com a nova Lei, bairros como Santa Izabel, Ipiíba, Monjolos e Guaxindiba tornaram-se áreas destinadas à agricultura.
A Política Agrícola e Agrária, tem como medida prática tornar legal a atividade dos trabalhadores rurais que vivem na periferia e que não eram reconhecidos como tal. Além de abrir a possibilidade de novos investimentos neste setor.
A cidade de São Gonçalo tem uma vocação agrícola e já foi o maior produtor de cítricos, principalmente de laranja lima e de tangerina, o que vale a pena lembrar, já que o Estado de São Paulo, atualmente é um dos maiores exportadores de suco de laranja e não está tendo mais aonde plantar. Em São Gonçalo há abundância de terra, principalmente para esse tipo de plantio. A não caracterização rural desse solo jogava por terra o enorme potencial que os lavradores da região têm, tanto no que se refere à própria terra, como à mão-de-obra.
A CEASA de São Gonçalo é uma empresa vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro. É responsável pelo abastecimento do mercado atacadista e varejista do Estado do Rio de Janeiro. Seus produtos - hortifrutigranjeiros e cereais - são em sua maioria importados de outros Estados.
Antes da fusão, quando Niterói era Capital do Estado do Rio e ainda existia o Estado da Guanabara, a CEASA de São Gonçalo era a sede estadual, reponsável pelo abastecimento de todos os seus municípios. Após a fusão, a sede passou para o Rio, que hoje administra centrais e redistribui a produção do Estado e das outras regiões fornecedoras.