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Evos da história

 
Filhas e filhos da alma:

Que Jesus vos abençoe!

Urge aproveiteis a presente reencarnação a fim de alcançardes a paz.

Vinde peregrinando por tormentosas experiências que hoje se reflectem em colheita de aflições.
Transitastes por veredas quase impérvias, assinalando-as com a insensatez em forma de deboche em relação às Divinas Leis, e de desrespeito à oportunidade libertadora.

Recebestes o legado da Verdade através da abnegação de luminares da Espiritualidade que, nos diferentes evos da História, assinalaram as conquistas humanas com a revelação imortalista, e, nada obstante, deixastes em plano secundário a proposta de iluminação interior, ante o prazer mesquinho e alucinante do gozo imediato e voraz.

Recebestes do exemplo de Jesus a mensagem incomparável do Reino dos Céus, e trocastes a directriz libertadora pelos engodos terrestres.

Conhecestes mártires e apóstolos, com alguns dos quais convivestes.

Ouvistes o cântico de Assis e despertastes no Renascimento com a beleza da literatura e da arte, do conhecimento e das novas expressões de vida, para mergulhardes no abismo dos equívocos, transformando harmonia em desastre e equilíbrio em perturbação.

Veio Allan Kardec, o Apóstolo da Nova Era e reacendeu a pira para que a Verdade pudesse iluminar a grande noite, quando a ciência e a tecnologia, a filosofia e a ética davam-se as mãos para conduzir a sociedade, distantes do sentimento de religiosidade e de certeza na Imortalidade.
...E a Mensagem vos fascina.

Hoje, porém, filhas e filhos da alma, é o momento de a tomardes como pão que vitaliza a alma, introjectando-a para a viverdes intensamente.

Já não se justificam as calamitosas situações de ontem, nem existem desculpas para novos desaires.

No passado, recebestes informações, mas hoje tendes os fatos que anulam todas e quaisquer propostas que se lhes opõem.

Esta reencarnação tem um profundo sentido libertador para vós e assim o dizemos porque somos, pessoalmente, o exemplo de todos esses equívocos que a mensagem da Doutrina Espírita libertou.

Também percorri as mesmas veredas que vós outros, acumulando graves consequências que o Evangelho de Jesus, interpretado pela mensagem espírita, conseguiu diluir, ensejando-me renovação.

É por isto que, ostentando as condecorações do sofrimento na alma que se recupera de gravames, aqui estou como porta-voz dos Espíritos espíritas que mourejaram na Federação Espírita do Paraná e na Pátria do Evangelho para conclamar a que segui intimoratos e intimoratos, sem olhar para trás, sem temer.

Não recalcitreis ante o aguilhão que vos impulsiona ao avanço.

Não temais as situações dolorosas que certamente enfrentareis como parte do processo de elevação.

Segui confiantes, instaurando na Terra o Reino de Deus através da vossa dedicação.

O progresso é inestancável.

Connosco, sem nós ou apesar de nós, a fatalidade da perfeição será alcançada.

Não adiemos sine die esse momento de felicidade.

Encorajados pela certeza da sobrevivência e recordando os dislates das experiências transactas, programemos os futuros renascimentos em clima de paz, de amor, de fraternidade e de justiça.
Ide, pois, amados do coração, levando o archote que iluminará os vossos caminhos e ensejará claridade para os que vierem depois.

Imolai-vos, se necessário.

É vã a satisfação que passa e permanente a paz de consciência que se estabelece.
Incompreendidos, compreendei.

Malsinados, ajudai.

Desafiados pelos graves problemas deste momento na Terra, porfiai no Bem.

Jesus espera por nós!

Vamos, resolutos, vencendo as nossas dificuldades, mas avançando sempre.

Eia, esta é a vossa, é a nossa hora de decisão!

Entreguemo-nos ao Senhor, que desde há muitos milénios se nos entregou em regime de totalidade.

Ide em paz, filhas e filhos da alma, e que o Senhor da Vida nos abençoe e nos guarde no Seu amor.

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
 


Mensagem psicofónica recebida por Divaldo Pereira Franco, por ocasião do encerramento da VIII Conferência Estadual Espírita, em Curitiba, PR, no dia 26 de Março de 2006.
Publicado originalmente no jornal Mundo Espírita.

 

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