SÃO THOMÉ DAS LETRAS
 
  Esta página teve como primeiro objetivo mostrar aos amigos do MPS - Motos Pássaros Selvagens - algo sobre a cidade de São Thomé das Letras. Porém como muitas pessoas se interessam por esta cidade maravilhosa resolví disponibilizá-la a todos

Aventureiro e motociclista de coração, fiz esta primeira viagem em Abril de 98, em uma Titan, com garupa. Nas mochilas levamos uma troca de roupa, roupa de banho, produtos de higiene, copos plásticos, algumas ferramentas e peças de reposição para a moto (lâmpadas, vela, aditivo para combustível, lubrificante para corrente, reparo para pneu e um cadeado), um farto lanche à base de pão com coisas e chocolate, uma lanterna de bolso e um canivete suiço, indispensável nestas aventuras.  De São João da Boa Vista, minha cidade, rodamos cerca de 280 Km. Saímos de São João às 6 da manhã e chegamos em São Thomé por volta das 11 horas. Mesmo nos piores trechos da estrada nos demos bem. Em 99 fiz outra viagem com minha esposa (veja na seção de links), que estava grávida de alguns dias... Pretendo fazer uma próxima viagem, desta vez de carro, com toda a familia, no ano 2000 . 

Hospedagem a partir de R$ 5,00 a diária, em pousadas. Refeições por R$ 2,50 o Prato-Feito, para os mais econômicos (meu caso). Pode-se ainda alugar casas com acomodações para 8 pessoas por R$ 50,00 a diária. Se alguém se interessar posso fornecer o telefone de diversas pousadas.

0 acesso à São Thomé das Letras pode ser feito pela rodovia Fernão Dias, entrando no trevo que vai para Três Corações. Seguindo a sinalização toma-se a estrada que leva a São Bento Abade. Entre 15 o 16 quilômetros deve-se tomar o trevo à direita, desta vez por estrada de terra batida. São menos de 10 quilômetros em condições razoáveis, exceto na época das chuvas onde a estrada tende a ficar dificultosa em alguns trechos.

Uma segunda alternativa é tomar o trevo que vai para Cruzeiro, na via Dutra. Deve-se seguir a sinalização até Caxambu, Baependi a finalmente ficar atento à bifurcação a esquerda após uns 5 quilômetros de Baependi, também por estrada de terra batida, por 40 quilômetros.

Para quem vem do Rio de Janeiro, via Juiz de Fora, deve-se ficar atento à placa indicando a entrada para São Thomé após passar a cidade de Cruzília, sendo a mesma estrada de acesso para aqueles que vem de Caxambu.
 
 

São Paulo: 336 Km.           Rio de Janeiro: 356 Km.           Belo Horizonte: 335 Km.           Três Corações: 38 Km.

Baependi: 48 Km.           São Bento Abade: 36 Km.           Conceição do Rio Verde: 32 Km.           Cruzilia: 38 Km.
 
 

São Thomé limita-se com os municípios de Três Corações, Luminárias, Cruzília, Baependi e Conceição do Rio Verde. O ponto culminante do município é o Pico do Gavião, com 1430 metros de altitude. A sede do município está  a 1290 metros de altitude.

Em 1770 iniciou-se o povoamento do município de São Thomé 0 ano refere-se à provisão concedida para a construção uma capela, em homenagem à São Thomé. Em 1795,foi erguida o capela, toda em pedra extraída do próprio local. A paróquia subordinada à Freguesia de São João Dei Rei, foi criada em1840. Em 1841 passou sucessivamente a pertencer às Freguesias de Baependi e Lavras.

Foi reincorporada, como distrito, no município de Baependi em 1842. Assim permaneceu até 1962 quando, com a criação município, ganhou foros na cidade, sendo que é formado somente distrito sede.

Outrora a região pertenceu à Fazenda Campo Alegre, tendo como fundador o Capitão João Francisco Junqueira, o qual iniciou a construção da Igreja Matriz. Vindo de Portugal, veio a falecer em 5 de abril de 1819, sendo sepultado na própria igreja que ele iniciara.

Aborrecido pelos maus tratos que recebia na Fazenda Campo Alegre, João Antão, um escravo, resolveu fugir, e após percorrer muitos quilômetros pelas montanhas, encontrou uma gruta. Lá se refugiou e passou a habitar aquelas cercanias. Para se alimentar vivia da caça, da pesca e de frutos silvestres que a natureza lha dava.

Certo dia apareceu a João um senhor de certa idade, de olhar sereno e fala macia, vestido com roupas brancas. Este, escreveu um bilhete e disse para João voltar a fazenda a entregar para seu senhor, João Francisco Junqueira, garantindo que seria perdoado pelo seu ato de fuga. Assim foi feito.

Chegando na fazenda todos se espantaram com a vinda do escravo fugitivo e antes que fosse lavado para o açoite entregou o bilhete ao Patriarca da família Junqueira. Lendo o bilhete João Francisco Junqueira exigiu que o escravo o levasse junto de uma comitiva até tal gruta para certificar-se do que havia ocorrido.

0 conteúdo do bilhete nunca foi descoberto, mas sabe-se que João Francisco ficou espantado com a tão bela caligrafia, coisa rara para a época.

Chegando ao local não encontraram nenhum padre, nem o senhor de vestes brancas. No fundo de gruta havia uma estatueta de São Thomé finamente trabalhada em madeira.

Homem de profunda religiosidade, João Francisco acreditava estar diante de um milagre e mandou erguer, no lado da gruta, uma capela, onde posteriormente deu lugar à Igreja Matriz. Antes de concluir a obra João Francisco Junqueira, cego, veio a falecer. Seu filho, Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas concluiu a obra . Os dois membros da família Junqueira forem sepultados sob o altar da Igreja Matriz.

Acredita-se que aquele senhor de vestes brancas fosse o próprio São Thomé ou talvez, o que é mais provável, ser um padre jesuíta fugitivo das perseguições do Marquês de Pombal, que havia determinado a expulsão de todos os jesuítas do País.

Surgiu assim o povoado conhecido como São Thomé. Na entrada da gruta foram descobertas pinturas em tom avermelhado semelhantes letras. Atribuem-se essas pinturas aos índios catagueses, antigos habitantes da região, ou a seres extraterrenos vindos das estrelas a até mesmo a marcas deixadas pelo santo. A partir desse dia São Thomé passou a as chamar São Thomé das Letras.

 A maior parte da do trecho de terra da estrada já se encontra asfaltado. Este mapa está desatualizado. 
 

Trecho de terra entre Três Corações e São Thomé
 
 

Casa de pedra típica da cidade
 
 

Estrada de terra entre São Thomé e Três Corações. Eu.

Simbolo no chão visto do alto do Mirante. 

Seicho-No-Ie (Filosofia de origem oriental)