25/12/1988
Levamos o Tufão para a Ilha Grande no início de dezembro e o deixamos ancorado no Abraão aos cuidados do Sr. Prudenciano. No dia 25, após o festejo do Natal, partimos de Niterói com destino a Conceição de Jacareí, onde uma traineira deveria estar nos esperando para nos levar à Ilha. Chegamos às 11:30 h, deixamos o carro guardado na garagem da Dona Leni e fomos comer um peixe enquanto esperávamos o barco. Às 15:00 h, como ainda não tinha aparecido, alugamos uma outra embarcação para nos levar. Chegamos às 17:00 h, descarregamos a bagagem e fomos para a casa do João (amigo nosso), onde passaríamos o Ano Novo. Arrumamos tudo e fomos tentar telefonar. Tudo fechado...não conseguimos nem lugar para jantar. Voltamos para o barco e o Ricardo fez uma macarronada com salsicha para nós. Cansados, fomos logo dormir.
26/12/1988
De manhã, arrumamos o barco enquanto esperávamos a lancha de Mangaratiba. Como nela não veio nenhuma das pessoas esperadas, acabamos a arrumação e de lavar tudo no barco. Enquanto isto, as crianças (Diogo, 9 - Marcelo, 7 e Felipe, 4) remavam no inflável. Na hora do almoço fomos para terra e descobrimos um ótimo restaurante (Restaurante da Janete) onde comemos bastante. Depois, telefonamos para Niterói e por volta das 15:00 h saímos em direção à Enseada de Palmas. Quando estávamos quase chegando, começou a chover forte. Nesta altura o barco já estava todo desarrumado e fui fazer tudo de novo.
Apoitamos. Diogo ficou chateando, querendo andar de inflável mas chovia muito. Lanchamos e vimos televisão a bordo (de pilha, preto e branco). Ricardo conseguiu falar com o pai dele pelo rádio (faixa de cidadão) e fomos dormir.
PRIMEIRA NOITE A BORDO - Noite muito estrelada, com bastante cadentes - lindas, mas o Ricardo acordou a toda hora preocupado com o barco. O Diogo dormindo, falou a noite inteira!
27/12/1988
Acordamos cedo...primeiro café a bordo. Marcelo e seus remédios!!. Conseguimos isca (lula) com uns pescadores e fomos para a Ponta do Cafuá, onde pescamos 5 "vermelhos". Para variar, o que o Diogo pegou engoliu todo o anzol. Voltamos para a Praia dos Mangues, onde apoitamos proa / popa, ficando bem perto da areia.Conversamos com um pescador (Sr. Mário) que nos deu várias dicas, emprestou uma poita e sua mulher fritou os peixes para o almoço. Mais tarde fomos conversar com a dona do hotel Paraíso do Sol (o pai dela era amigo do Ricardo), que nos deixou a vontade para usar as instalações do hotel. Mais tarde conhecemos a piscina natural e ducha (uma fria...).
À tarde, jogamos frescobol e futebol com as crianças (levei uma cabeçada) e depois saí com as crianças remando no inflável. Mais tarde com o Ricardo saímos com o inflável e mergulhamos perto de umas pedras (como sempre, as crianças como "rabo" - sempre atrás da gente).
À noite, uma "novela". O jantar no hotel só saiu às 21:30 h o que fez as crianças, literalmente, dormirem em cima dos pratos. Custou Cr$25.000,00. Outra "novela", irmos todos no inflável para o Tufão, com os três dormindo!!!
Palmas - proa / popa
SEGUNDA NOITE A BORDO - Tranquila, na poita emprestada. Ficamos (Ricardo e eu) sentados na proa, vendo as estrelas e namorando.
28/12/1988
Acordamos um pouco mais tarde, com um sudoeste brando. Ricardo foi rapidinho com o inflável na praia pois os pescadores já estavam separando o pescado e queríamos iscas. Fomos a motor para uma "pontinha" que onde um deles nos indicou como bom pesqueiro. Não conseguimos nada! Ricardo subiu a vela de proa e fomos para o mesmo lugar de ontem, onde só consegui pescar um peixe que se soltou antes de embarcado. Desistimos de pescar..."proa/popa" novamente na praia.
Fomos pela trilha para Lopes Mendes. Uma comédia. Sobe e desce morro e o Periquito (apelido que Ricardo deu ao Felipe) sem freio!!! Diogo deu uma uma de "machão" e foi na frente chegando primeiro e voltando para nos encontrar... Um "barato" a praia, mas muito batida de sudoeste. Na volta, quando íamos preparar o almoço, entrou um noroeste com muita trovoada. Por precaução, colocamos o barco na poita e levamos de bote para a praia o que iríamos precisar para uma gostosa macarronada com almôndegas e salsichas (cozinhamos no fogareiro de bordo, em um caramanchão ao lado da casa de pescadores).Havíamos descoberto na praia uma ducha de água doce onde tomávamos banho (que frio!).
À tardinha voltamos para o barco, arrumamos tudo, jogamos bingo com as crianças e depois ficamos no cockpit conversando e escrevendo este diário até agora: 20:08 h. Boa noite, voltamos amanhã.
Cachoeira em Palmas
29/12/1988
Para variar, acordamos cedo e sem disposição para fazer café...foi na base do suco e torrada com salaminho...Em seguida fomos à vela para o Abrãao. Lá encontramos o João, seu vizinho Ricardo, o César e o Arnaldo. Fomos às compras: melancia, limão, fubá para fritar os peixes e GELO!!!
Encomendamos com o pessoal que ia para Mangaratiba a compra de gasolina para o motor e mais cerveja, ficando de pegarmos no sábado. Depois de abastecer o barco, fomos conhecer a praia do Abraãozinho onde o João, com seu barco de alumínio e motor de 60 HP, já estava nos esperando. De lá, com a mulher do João (Vivian) no Tufão e as crianças no barco do João, seguimos para o Saco do Céu. Diogo pisou em não sei o que, enchendo o pé de espinhos...e a minha paciência para os tirar??? Fomos até a Enseada das Estrelas. Sem grandes atrativos (a Cachoeira da Feiticeira ficava longe para as crianças caminharem até lá) e um pouco desprotegida do vento, resolvemos voltar para o Saco do Céu - muito bonito. Nosso almoço, depois que o João com sua turma voltou para o Abraão, saiu às seis horas mas, como compensação, estava ótimo. Todo mundo limpou os pratos!
29/12/1988
Acordamos com chuva e resolvemos voltar para o Abraão, encontrar o João e o pessoal. Almoçamos no "Casarão da Ilha", ligamos para Niterói. À tarde saímos para pescar com o João em nosso barco. Foi a melhor pescaria até agora. Quinze peixes mas só levamos 10 porque um escapou do samburá, o outro foi um baiacu que o João conseguiu pescar com um "zangareio" (anzol para lula), dois eram muito pequenos e soltamos e uma moréia que veio no anzol do Felipe. Na volta, sem vento, nosso querido motorzinho "Cascudo" resolveu pifar novamente e tivemos de ser rebocados para não perdermos muito tempo. O Ricardo já tinha prática em desmontá-lo e montá-lo mas já estava ficando tarde.
Na casa do João tomamos um banho de chuveiro, água morninha....uma delícia, só que quando pegamos o inflável para voltarmos ao Tufão para dormir,. o Ricardo conseguiu cair e se molhar todo de água salgada!!
31/12/1988
Depois do café, enquanto as crianças foram para a casa do João, arrumamos e desinfetamos todo o barco. O Ricardo levou algumas roupas para eu lavar na casa do João, bujão de água e gasolina para reabastecer o barco e o motor para consertar.. Isto ocasionou uma pequena discussão com ele pois, enquanto ele fazia tudo, eu estava jogando uma partida de buraco...mas como sempre, ficou tudo bem!
Almoçamos nossos peixes e lula frita (o Marcelo dizia que não gostava de lula e comeu pensando que era "Skiny"). À tarde no quintal do João as crianças brincaram de salto em altura com o xará do Ricardo. No final, foi disputado um campeonato de futebol americano.
Times de futebol americano
Marcelo ganhou no salto em altura e o time do Ricardo, Marcelo e Mário, no futebol americano. Depois (risos) as "meninas" ganharam do time dos meninos.
REVEILLON - Felipe arranjou uma "namorada" - Mariana e dançou a noite inteira com ela...Dançou também com a Gabriela e a Manoela.
Felipe dançando com as namoradas
A festa foi super animada, com toda a vizinhança indo para a casa do João e depois nós todos para a de cada um deles. À meia-noite, o João fez o que dizia ser uma das coisa que mais queria na vida: esvaziar uma garrafa grande de champagne, dando banho em todos. Pulamos muito carnaval e mais ou menos lá pelas 02:00 h, Ricardo e eu sentamos na mesa para cear, o que impressionou o João e a Vivian pois, enquanto todos pulavam carnaval, nós dois sentados, servíamos um ao outro.
Depois, saímos meio que escondidos, deixamos as crianças dormindo lá e fomos para o Tufão dormir. Ricardo, " de porre", me deu o "maior banho" na saída (uma soca de onda). Quando encostávamos o bote no veleiro, ele escorregou caindo n'água. No dia seguinte, estava cheio de hematomas. Depois, começou a reclamar e falar abobrinhas que nem "velho gagá"...fui dormir e o deixei falando sozinho...Muita bebida!!!
Ele não conseguiu nem chegar em nosso beliche na proa do barco. Eu também não estando muito boa, senti tudo começar a rodar e abri a gaiuta da proa. Dormimos os dois nos beliches do meio e mais tarde, chovendo muito, molhou tudo na proa!!!
01/01/1989
De manhã, quando acordo, vou para o cockpit para escovar os dentes e GRANDE SURPRESA: O BOTE FUGIU, CRIOU ASAS E VOOU!!
Acordei o Ricardo e rapidinho saímos à procura do bote. NÃO ENCONTRAMOS!Fomos para a casa do João e encontramos todo mundo "no maior bode". Contamos a novidade mas ninguém se sensibilizou, de tão ressacados que estavam! Avisamos sobre a perda na DPO, na Conerj e aos pescadores que conhecíamos, na esperança que fosse encontrado.
Resolvemos então partir mas, como entrou um sudoeste, resolvemos esperar um pouco para ver o que acontecia com o tempo. Almoçamos e, como o vento havia melhorado um pouco, fomos velejando até o Saco do Bananal, onde o vento aumentou muito e resolvemos tirar as velas ( o barco inclinava bastante e as crianças não gostavam), seguindo a motor. Ricardo fez isto com a ajuda "do grande marinheiro Diogo", enquanto eu estava no leme. Marcelo e Felipe só queriam ficar na cabine jogando xadrez e dormindo.
Chegamos na Enseada do Sítio Forte, passamos na praia de Ubatuba mas não ficamos lá (mais de 15 veleiros e muitas lanchas). Pernoitamos na praia do Sítio Forte.
02/01/1989
Saímos cedinho, antes mesmo das crianças acordarem e fomos tomar café em Araçatiba. Lá chegando, começamos a perguntar aos pescadores quem teria uma canoa para vender. Fomos informados que havia um senhor que a fazia canos na Praia Vermelha. Corremos para lá!. Compramos a canoa do "Vaguinho" depois de muito implorar e voltamos para Araçatiba (muito bonita a enseada).Chegando, tivemos cólicas de risos. Não conseguíamos nos equilibrar na canoa....era virada atrás de virada. Diogo, Ricardo e eu...o que melhor se adaptou foi o Diogo. "E continuávamos sem apoio"!
Bicão em Araçatiba
Palmas
Deixamos o Tufão no cais, com uma ancora na popa e um cabo na proa ligando à ponte, passando uma ótima tarde. O tempo melhorou, comemos um peixinho frito com batatas fritas e depois fomos por uma trilha para praia ao lado, procurar a "venda" do Gessé, falada no livro "Guia do Litoral Sudeste" e lá só encontramos, de tudo o que precisávamos, margarina....Em compensação, tiramos várias fotos, tomamos banho de água doce numa bica da praia e saímos correndo, porque estava armando o maior temporal (acabou que não veio).
03/01/1989
Acordamos, saímos para pescar na Laje Branca, onde pegamos uns 10 peixes. Felipe acordou com febre. Fomos então para um bar em frente ao cais "jogar conversa fora" com pessoal de Araçatiba, a maior parte pescadores. No barco, como estávamos sem iscas, resolvemos comprar um "zangareio" (fisga para lulas) e um dos pescadores nos vendeu 3. À tarde saímos com o Tufão para pescar lulas e conseguimos 9.Chovia, bastante e resolvemos apoitar para pescar de noite. As crianças dormiram cedo e...nós também!
Tufão em "asa de pombo"
04/01/1989
De manhã, fomos para o cais de Araçatiba, abastecemos o barco com água e em seguida fomos até Matariz comprar gelo. Na volta, no rumo do Saco da Longa, pegamos um dourado bem grande no corrico. Na longa, paramos no cais e logo veio um senhor (Sr. Alberto) que nos colocou sua casa à disposição e ofereceu trocarmos a canoa por um inflável que ele tinha. Não aceitamos mas compramos o bote por Cr$20.000,00 incluindo-se aí o uso de sua água (para o barco e banho), cocos, peixe frio, etc....
Tufão no cais da Longa e Ricardo assando peixe na folha de bananeira
Depois do banho fomos para o Tufão que, com a maré baixa, encalhou. Conseguimos safar e quando fomos cuidar do almoço já eram 16:30 h. Macarrão, pomarola e almôndegas, mais o peixe que a esposa do Sr. Alberto preparou para nós. Depois do almoço jogamos bingo. Ricardo e Diogo ganharam.
À noite, estávamos conversando no cockpit quando chegou a lancha Abobrinha" do, do Iate Clube Icaraí, onde ficava o Tufão em Niterói. Marcelo inventou uma piada boba igual a êle: "Haroldo é macho, sossega o facho".
05/01/1989
Ricardo acordou antes das 07:00 h com vontade de ir no banheiro. Em consequência, teve de me tirar da cama e ao Felipe, que sempre passa para ela de noite. Tomamos café e fomos para o Boqueirão (atualmente é chamado de "Lagoa Verde) pescar. Pegamos 3 vermelhos e compramos 3 garopetas de um pescador numa canoa, que fizemos na brasa na praia da Longa. Conhecemos a cachoeira da Longa, sempre "rebocando" o Felipe. Tiramos várias fotos.
À tardinha fomos para a Enseada do Sítio Forte, e ancoramos em um pequeno saco onde tem as praias de Manguaraquissaba e Passaterra. Jantamos salaminho e torradas. Fato inédito em Manguaraquissaba: hortências e pinheiros em plena ilha tropical. Não dançamos, fotografamos.
06/01/1989
Acordamos cedo para variar e saímos rumo ao Saco do Bananal, parando antes nas praias de Manguaraquissaba e Passaterra. Na primeira as crianças pegaram estrelas do mar muito grandes, mergulharam do cais e demos uma volta. Em passaterra, apenas abastecemos o barco de água. Passamos em Matariz para comprar gelo. Sempre corricando mas desta vez não pegamos nada. Chegando à Praia do Bananal Grande, ancoramos, almoçamos no barco e, em terra, onde existe uma pousada, tomamos o melhor banho até agora (água fria).
Hortênsias e pinheiro - Cais de Matariz
De tardinha as crianças ficaram mergulhando da ponte. De noite, para variar, o Ricardo teve de tomar outro banho de águia salgada pois com a maré vazante, o cabo da âncora se enrolou no leme. Depois, tomou no cockpit um banho de água doce usando o bujão.
07/01/1989
Saímos cedo rumo a Freguesia de Santana. Paramos em Matariz para comprar gelo e fomos a motor, costeando as enseadas. Freguesia de Santana é muito bonito, beleza natural, mas não deu para parar no cais pois não tinha calado para o Tufão. Fomos nadando até a praia, Diogo na canoa e o bote que compramos enrolado debaixo da retranca, esperando a hora de "levar uma geral". Resolvemos então voltar ao Abrahão para fazer isto. Lá chegando, foi que ficamos sabendo da tragédia do Bateau Mouche. Almoçamos no "Casarão da Ilha" e à tarde saímos com o pessoal do João, no Tufão para pescar. Ao todo éramos 7 adultos e 4 crianças. Minha impressão e a do Ricardo foi a mesma: Bateau Mouche!!
Corricamos até a Ilha do Meio e nada. Seguimos então para a Ilha dos Morcegos onde apoitamos mas saímos logo pois o barco, devido ao excesso de peso, começou a fazer água pelos ralos do cockpit. À noite ficamos conversando na casa do Xará (Ricardo, vizinho do João) e dormimos no barco.
08/01/1989
Depois do café a bordo, o Ricardo foi tentar consertar a válvula do inflável com a ajuda do Xará e vários outros....Passaram o dia todo nisso e a vávlvula continua com problema. Nome dado ao inflável "Bateau Murcho" e depois, "Murchinho" pois nunca ficava totalmente cheio...À noite jantamos pizza e fomos para o Tufão já com o Murchinho. Ficamos conversando até tarde no cockpit, o que nos levou a acordar as 08:00 no dia seguinte.
09/01/1989
Enchemos o Murchinho e fomos abastecer o barco de água, gelo, etc. Encontramos o Xará e resolvemos ir para o Saco do Céu para que ele e sua mulher, Mariangela, vissem o que é velejar. As crianças pegaram vários "escudos de São Jorge" já mortos, que deixamos secando na varanda do João aproveitando que todos tinham ido embora ontem. Almoçamos na casa do Xará, que também voltará para o Rio hoje, voltando na sexta-feira. Nosso rumo hoje à tarde: Palmas, onde chegamos com chuva e o Murchinho, murcho! Jantamos cachorro-quente e estamos vendo TV.
10/01/1989
Dia calmo!!!! À tarde saímos para pescar e a única diferença foi o tipo de peixe: 3 linguados, que fritamos no almoço do dia seguinte. O tempo melhorou, pintando sol para amanhã.
11/01/1989
Dormi mal...a noite toda com tosse. Acordamos sob um sudoeste que bateu praticamente o dia inteiro. Na pesca, nada, mesmo mudando de local várias vezes. Almoço completo, feito a bordo, inclusive os linguados. O dia todo muito nublado, melhorando um pouco à tarde e fechando muito logo depois.
12/01/1989
Depois do café fomos para a praia mais uma vez tentar consertar a válvula do bote. Conseguimos um fole grande emprestado e melhorou...Tiramos várias fotos. Mais tarde fomos para a Praia Grande de Palmas, onde almoçamos em um barzinho. Quando chegamos, as crianças brigaram com outras (do local) e a a mãe de uma delas quis "botar banca", o que fez o Ricardo "virar macho"...Depois do almoço seguimos para o Abrahão debaixo de chuva o tempo todo. À noite, comemos pizza.
13/01/1989
Resolvemos acordar cedo para pescar e garantir o almoço. Paramos no cais para comprar pão e na saída, ao recolhermos a âncora da popa, ela tinha ficado presa em alguma coisa, nos obrigando a pedir ajuda a outro veleiro (Eengue....). Solta, fomos a vários pesqueiros sem conseguirmos nada. Água fria e batendo muito. Tarde arrumação no barco. À noite, pegamos a maior chuva quando íamos para a pizzaria.
14/01/1989
Acordamos com o tempo muito ruim para variar....fomos conhecer a praia do antigo presídio. Depois, tomar as providências para nossa volta. Tivemos de arranjar outra traineira pois a "Menino Jesus", que já estava contratada, quebrou o motor. Quando fui pular da proa do Tufão para o cais, meu pé ficou preso entre o púlpito e o cais...que dor!!!
15/01/1989
Acordamos, fomos arrumar tudo pois as férias tinham acabado....Tufão ancorado com duas âncoras, sob os cuidados do Sr. Prudenciano.
Ficamos esperando o baco do "Pingo", que só chegou às 11:45 h. Chegamos em Conceição do Jacareí às 13:00, com o mar muito batido o que nos obrigou a apoitar longe da areia. Início de uma série de dramas: levar toda a bagagem da traineira para a praia e desta para a estrada. Deixamos o Diogo tomando conta de tudo e fomos pegar o carro....A bateria arriou e passamos a tarde inteira tentando solucionar o problema. Só conseguimos sair às 18:0 h...
FIM DE UMA DE NOSSAS MELHORES FÉRIAS.