Apostila Básica de Unix

Autor: Marcelo Palmieri Martins
(Analista de Sistemas - Imp. Eletr.)
 Introdução ao Unix

Histórico

 A primeira versão do sistema operacional Unix foi desenvolvida em 1969 por Ken Thompson do grupo de pesquisas da Bell (braço subsidiário da AT&T). Várias versões do Unix foram desenvolvidas a partir daí, até que em 1978 a Universidade de Berkeley lançou uma versão do Unix para computadores VAX, além de incluir diversas facilidades no S.O. Vários fabricantes passaram então a se interessar pelo produto (que já possuía boa receptividade no meio acadêmico) desenvolvendo suas próprias versões.

Características Básicas

 O sistema operacional Unix permite que várias pessoas o utilizem simultaneamente (multiusuário), arbitrando as várias solicitações para distribuir os recursos do computador justa e eficazmente. Diversos programas podem “rodar” simultaneamente (multiprogramação).
 O sistema parcela o tempo do computador em uma série de partes e os aloca entre os vários usuários. O objetivo desta técnica, denominada “tempo compartilhado”, é dar a cada usuário a ilusão de uso exclusivo da máquina. Cada tarefa a ser executada pelo computador (programas, editoração, etc...) recebe uma fatia de tempo da CPU da máquina. Portanto, quanto mais tarefas, menor o tempo de CPU que cada uma recebe.
 Todos estes conceitos demonstram que o sistema Unix é um sistema operacional complexo e que necessita da figura de um administrador denominado pelo sistema de “super-usuário”. Este tem privilégios que os demais usuários do sistema não possuem.
 O sistema operacional Unix controla os recursos do computador, faz sua distribuição entre os vários usuários concorrentes, executa o escalonamento de tarefas (processos), controla os dispositivos periféricos conectados ao sistema, fornece funções de gerenciamento do sistema, e de um modo geral oculta do usuário final a arquitetura interna da máquina. Isso é realizado através de uma arquitetura que usa camadas de software projetadas para diferentes finalidades.

Shell

 O “shell” é um interpretador de comandos (interpreta os comandos inseridos pelo teclado), ou seja, provê a interface entre o usuário e o sistema operacional. Em muitos sistemas o interpretador de comandos é uma parte da estrutura interna do S.O.. No Unix porém, o “shell” é um programa como outro qualquer, além de ser uma linguagem de programação sofisticada (scripts em shell), que será visto mais adiante. Existem diversos tipos de “shell” como o /bin/sh (“Bourne Shell”), /bin/ksh (“Korn Shell”) e o /bin/csh (“C Shell”).

OBS: No Unix espaços em branco, letras maiúsculas e minúsculas são extremamente importantes.
 Ex.: o comando “echo hello” é diferente de “echohello” e de “ECHOhello” (os dois últimos errados).

O Sistema de Arquivos

 O sistema de arquivos do Unix é um importante aspecto do sistema operacional. O sistema de arquivos é o local em que são armazenados os arquivos do sistema e dos usuários. Ele é organizado como uma estrutura de arquivo que se parece com uma árvore invertida, estando a raiz no topo, e ramificando-se para baixo.

RAIZ

SUB-1   SUB-2   SUB-3

A B C  A B C  A B C

arquivo 1
arquivo 2
.
.
.
arquivo n

 O diretório raiz pode conter arquivos, elos, ou outros diretórios, chamados subdiretórios. Os subdiretórios algumas vezes são chamados nós ramos, enquanto que os arquivos em diretórios algumas vezes são chamados nós folhas. Não há limite imposto à quantidade de níveis, exceto aqueles impostos pelo hardware, embora haja certas implicações de desempenho quando há uma quantidade excessiva de níveis.

Inodos

 Os arquivos do Unix são armazenados em meios auxiliares, como disco rígido ou disquete. Cada arquivo do disco tem um inodo único, ou nodo de informação. Um inodo contém informações usadas pelos processos, como informações de acesso que incluem permissões a arquivo, tamanho do arquivo em caracteres, a informação de propriedade do arquivo, e a sua localização (endereço como disco, cilindro, trilha e setor) da área de dados do arquivo no sistema de arquivos do Unix.
 Vários campos compõem um inodo, tais como: de Propriedade do Arquivo, de Tipo de Arquivo, de Permissões do Arquivo, de Datas e Horas do Arquivo, de Ligações, de TOC de  Tamanho de Arquivo.

 Diretórios

 Um diretório no sistema Unix é um tipo especial de arquivo que contém como dados números de inodos e nomes dos arquivos contidos no diretório. Cada registro do diretório tem 16bytes de tamanho; 2 bytes para o número do inodo e 14 bytes para o nome do arquivo. (No sistema Unix os é nomes de arquivos estão limitados a um máximo de 14bytes e podem ter um mínimo de 1 byte).
 Se o número do inodo de um diretório for 0, indicará que a entrada está vazia; não existe arquivo em tal diretório. O núcleo do Unix manipula diretórios de forma muito semelhante ao modo como manipula arquivos, usando inodos. Para garantir modificação e construção correta de diretórios, os processos podem lê-lo, mas somente o núcleo pode gravar em diretórios.
 As permissões de acesso de diretórios são similares às permissões de acesso de arquivos, elas têm os mesmos três níveis de acesso - dono, grupo e outros. O atributo de leitura permite que o conteúdo do diretório seja lido; o atributo de gravação permite que o conteúdo do diretório seja modificado (remover diretórios e arquivos, criar novos subdiretórios e arquivos); e as permissões de execução simplesmente permitem que os processos procurem um nome de arquivo ou subdiretório no diretorio. (Não é possível executar um diretório).

Ligar e Desligar Arquivos

 Uma ligação de arquivos é criada através do comando ln do Unix ou chamada de sistema link. Uma ligação é um modo de criar novos nomes para arquivos do Unix. O resultado é um novo nome que, quando referenciado, afeta o arquivo real ao qual está ligado. É possível ligar diretórios, mas somente o superusuário pode fazer isso. É preciso tomar muito cuidado ao ligar diretórios, pois é possível criar ligações que criem um laço infinito.
 Se um arquivo tiver uma ligação para si, então qualquer alteração feita nele afetará igualmente aos usuários de outras ligações. Da mesma forma, se qualquer usuário modificar um nome de arquivo que seja uma ligação, o arquivo original será afetado, e o mesmo acontece com todos os outros usuários do arquivo e suas outras ligações.
 É possível remover uma ligação de um arquivo ou diretório usando o comando ou chamada do sistema unlink. Os comandos e chamadas de sistema ln/link/unlink são documentados no Unix System V User Reference e Unix System V Programmer’s Reference. Lembre-se, é preciso muito cuidado ao ligar e desligar arquivos.

NFS

 O Network File System (NFS - Sistema de Arquivos em Rede) foi originalmente implementado pela Sun Microsystems, Inc., e foi endossado pela IBM, Hewlett-Packard, Apollo Computer, Apple Computer, e muitos outros fornecedores de sistemas Unix, exceto a AT&T. Em resumo, a mais ampla implementação dos esquemas de compartilhamento de arquivos em rede é o NFS.
 O NFS é um serviço independente de sistema operacional, que permite que todo um sistema de arquivo seja montado em redes. Assim, esses sistemas de arquivo podem ser tratados como parte do sistema de arquivos local. Parte importante do projeto do NFS foi remover todas as dependências do sistemas operacionais, juntamente com todas as dependências de hardware. O NFS oferece também facilidades para recuperação em caso de queda, alto desempenho, e acesso transparente - independentemente de rede ou sistema operacional.
 Um exemplo disso é um produto disponível para Pc’s baseados em DOS: PC-NFS. O PC-NFS comunica-se com instalações NFS baseadas em Unix. Para o PC, todas as partes do sistema de arquivos Unix aparecem como se fossem discos DOS locais. O PC-NFS ainda não oferece facilidades de servidor, somente serviços de cliente NFS.
 Em sistemas baseados em Unix, o NFS é integrado ao núcleo por razões de eficiência, embora a integração não seja obrigatória. De importância para os desenvolvedores de aplicações é por que e como o NFS pode afetar suas aplicações, e como implementar esforços de programação para oferecer compatibilidade com o NFS.
 A primeira parte da questão pode ser respondida considerando-se como uma aplicação é projetada. As partes mais sujeitas a serem afetadas são, quase certamente, as funções de I/O; mais provavelmente, I/O baseada em um sistema de arquivos. Se uma aplicação for projetada para trabalhar com certas rotinas de I/O de arquivo é possível que essas rotinas de I/O possam fazer com que a aplicação se comporte de maneira imprópria quando executada usando um sistema de arquivos remoto.

Scripts do Shell

 O shell do Unix suporta o conceito de scripts. Os comandos do Unix podem ser colocados em um arquivo, e executados entrando-se com o nome do arquivo no prompt do shell. Os scripts do shell do Unix são análogos aos arquivos de execução em lote do DOS (BAT). Para que um script do shell possa ser executado, não é necessário seguir nenhuma convenção especial de nomes, como acontece no DOS; em vez disso, o arquivo com o script deve receber permissões de execução. Há uma vaga convenção de nomes para os scripts do Unix.
 Para indicar que um comando é um script do shell do Unix, acrescenta-se a extensão.sh. Isto não é obrigatório, e o shell do Unix não trata os arquivos que usam esta convenção de nomes de forma diferente do que qualquer outro arquivo comum. É simplesmente uma convenção que torna mais fácil para o usuário reconhecer que um comando é, na realidade, um script do shell e não um executável binário. Observe, ainda, que as convençòes de nomes do Unix não impõem padrões específicos para indicar executáveis binários, como acontece no DOS.
 Programadores e usuários recém-chegados ao Unix devem compreender que o shell do Unix é tão versátil, e os recursos da programação em shell são tão poderosos, que frequentemente acontece de novas aplicações poderem ser escritas em linguagem shell, e não em C, mais difícil e mais pesada. Isto é particularmente verdadeiro para ferramentas de programação personalizada. Em muitos sistemas Unix provavelmente serão encontradas ferramentas personalizadas já disponíveis. De fato, é uma bênção e uma maldição no ambiente Unix.

O Cron

 Talvez um dos recursos mais práticos do Unix seja o cron (cronógrafo), que oferece a possibilidade de executar comandos Unix e scripts do shell em tempos predeterminados. Um recurso como este seria extremamente útil no ambiente DOS.
 O cron pode ser usado para executar funções simples como verificar periodicamente a correspondência, evitar lembretes para um destinatário qualquer, despachar recados quando do acontecimento de um evento qualquer, e muitas outras funções limitadas apenas pela imaginação do usuário.
 O cron é extensivamente usado pela arquitetura do Unix para ajudar no controle automatizado do sistema como um todo, como na automação das cópias de segurança (backup) do sistema. Também o Subsistema de Comunicação UUCP usa o cron extensivamente.

Conexão (Abertura de Sessão)

 Para usar os serviços do Unix, o usuário precisa ter uma conta; isto é, uma ID (identificação) criada pelo administrador (a pessoa geralmente encarregada de criar contas de usuários). Uma ID de usuário é necessária porque o Unix é projetado para suportar múltiplos usuários concorrentemente e, por conseguinte, precisa de uma forma para diferenciar um usuário do outro. O DOS foi projetado para ser usado por um único usuário de cada vez e não suporta um ambiente multiusuário, daí a falta de segurança intrínseca.
 Uma vez que o usuário tenha recebido sua ID - geralmente as iniciais de seu pré-nome, nome e sobrenome - ele poderá entrar no Unix. Normalmente é necessário ter uma senha, mas em alguns casos um usuário que esteja entrando pela primeira vez pode não tê-la. Isto não é problema pois os usuários podem criar ou modificar suas senhas em qualquer momento. Imaginaremos que a ID de nosso usuário seja tsm e que sua senha seja go4it.
 A primeira coisa que precisa ser feita é localizar o terminal a ser usado na sessão.O Unix não requer uma console ativa enquanto o sistema está rodando, como acontece com certos computadores de grande porte que constantemente exibem informações em uma console especial do operador.
 Na tela do monitor deve aparecer um prompt como o seguinte:

login:

 O prompt login significa que o Unix está esperando que alguém digite sua ID no teclado. Nossa resposta será tsm, que aparece como segue:

login: tsm

 Os caracteres “tsm” são seguidos pela tecla enter ou return, dependendo da tecla usada para emitir um retorno do carro/avanço de linha (CRLF). Em PCs esta é chamada tecla <ENTRA> (enter). Certos terminais têm uma ou outra tecla, algumas vezes ambas. Após entrar a ID do usuário, o prompt seguinte pede a senha da conta, e aparece como segue:

login: tsm
Password:

 Neste ponto entramos com a senha “go4it”, como segue:

login: tsm
Password: go4it

 Quando a senha está sendo realmente digitada, os caracteres não são ecoados na tela por motivos de segurança. No exemplo anterior ela aparece somente para dar mais clareza ao exemplo; em situações reais ela não apareceria. Após entrar com a senha, ela é validada contra um registro em um arquivo especial do sistema. Se houver sucesso na validação então será permitido o acesso ao sistema; caso contrário, será exibida uma mensagem de erro (“Login incorrect”) e reaparecerá o pronto.
 Quando o acesso é permitido, o usuário entra em contato com outro componente do Unix: o shell. O shell é uma camada de software entre o usuário e o sistema operacional. Ele foi projetado para interpretar os comandos digitados pelo usuário. É o sistema operacional que realmente providencia a execução dos comandos de usuário; o shell é o mecanismo usado para coletar as instruções.
 Se a conexão for bem-sucedida, será exibido o caracter de prompt padrão do shell (o caracter $), e a tela fica assim:

login: tsm
Password: *****
$

 Em outros sistema podem aparecer outras coisas antes que o prompt apareça, como boas-vindas, mensagem do dia, novidades, ou outras informações. No DOS há um arquivo especial chamado AUTOEXEC.BAT que é automaticamente executado durante a partida do sistema. No Unix, há um arquivo com função similar, mas a execução ocorre a cada vez que o usuário abre uma sessão no sistema. No Unix System V, esse arquivo chama-se .profile.

Conexão Remota

 A principal forma de se criar conexão com um computador remoto na rede é através do programa telnet. Este programa permite ao usuário utilizar os recursos de um computador distante até milhares de quilômetros.

 telnet  <hostname.subdomínio.domínio> ?
Conecta o usuário ao computador especificado. O usuário precisa estar cadastrado no computador remoto para a conexão ser estabelecida.
 Ex.: Exemplo de uma sessão telnet para o computador ADSRJ01:

$ telnet ADSRJ01
Trying 192.9.250.1 ...
Connected to ADSRJ01.
Escape character is '^]'.
 

UNIX System V Release 3.2 (ADSRJ01.ads) (ttyp0)

login:
 

 Para terminar a sessão com o computador remoto basta digitar exit. O programa rlogin também realiza a conecção remota tal como o programa telnet, porém com algumas facilidades, quando configurado o sistema do computador remoto e do local. O arquivo /etc/hosts.equiv contém uma lista dos computadores remotos que compartilham as contas dos usuários, fazendo com que não seja necessário dar a password, quando o programa rlogin é invocado com o mesmo usuário em um computador ligado a mesma rede de sistema remoto. Existem também listas privadas dos computadores remotos no arquivo .rhosts no diretório de entrada de cada usuário.
 A linha de comando deste programa é a seguinte:
rlogin <nome ou endereço do computador remoto>
 Ex.: Exemplo de uma abertura de sessão da ADSRJ01 para ADSRJ02:

$ rlogin ADSRJ02
Last login: Tue Aug 22 10:52:51 on console
SunOS Release 4.1.3 (GEN_SYBASE) #1: Mon Jun 21 10:20:27 EST 1993

$

Correio Eletrônico (mail)

 O objetivo do correio eletrônico é permitir que usuários se comuniquem uns com os outros, utilizando a rede como um meio de transmissão da mesma forma como se envia uma carta pelo correio. O programa mail é utilizado para ler correspondência que nos é enviada, ou para enviar correspondência a outros usuários dentro de uma determinada rede de computadores. Cada usuário do sistema possui a sua “caixa de correio” (mailbox) que é um arquivo pessoal que armazena as mensagens que chegaram e não foram lidas. Existe uma outra “caixa de correio” que fica no diretório pessoal de cada usuário e que armazena as mensagens já lidas (geralmente o arquivo mbox).

Examinando o conteúdo da sua “caixa de correio” (mailbox)

 Quando um usuário entra no sistema, caso alguém lhe tenha enviado uma mensagem, aparecerá na tela a o seguinte aviso (ou similar):
“you have mail”
  Para listar as mensagens recebidas digite:

$ mail

 Você entrou no programa mail (cujo “prompt” inclusive é diferente) e uma saída similar a esta será apresentada:

SCO System V Mail (version 3.2)  Type ? for help.
"/usr/spool/mail/marcelo": 1 message 1 new
>N  1 produc           Thu Aug 17 15:48   13/369   teste
&

Cada linha da tela anterior tem os seguintes campos:

status: > ? mensagem corrente
 N ? mensagem nova
 R ? mensagem lida
 U ? mensagem não lida
número: indica a numeração da mensagem.
remetente: identifica o endereço da pessoa que enviou a mensagem.
data: identifica a data de recebimento da mensagem.
tamanho: identifica o número de linhas e caracteres da mensagem (incluindo o cabeçalho).
assunto: identifica o assunto da mensagem (opcional).

Para ler qualquer uma das mensagem basta digitar o número correspondente no “prompt” do mail. Para apagar, basta digitar o comando “d”:

Message  1:
From produc Thu Aug 17 15:48:26 1995
Received:  by ADSRJ01.ads.COM (5.65/25-eef)
        id AA14313; Thu, 17 Aug 95 15:48:26 +0300
Return-Path: <produc>
Message-Id: <9508171248.AA14313@ADSRJ01.ads.COM>
From: produc@ADSRJ01.ads (Master for Producao)
X-Mailer: SCO System V Mail (version 3.2)
To: marcelo
Subject: teste
Date: Thu, 17 Aug 95 15:48:25 BRA
Status: R

Estou testando o mail

& d
&

 Para terminar o programa mail digite Ctrl-d ou q(volta ao “prompt” do sistema). As mensagens que tiverem sido lidas serão guardadas na “caixa de correio” do seu diretório. Para verificar o conteúdo desta, digite:

$ mail -f ?
lista as mensagens já lidas com seus respectivos números correspondentes e entra no   programa mail.
 Dentro do programa mail, além de poder apagar mensagens (i.é.,d <número da mensagem> ), pode-se copiar estas para arquivos comuns no diretório pessoal, mantendo-as ou não na “caixa de correio”.

$ copy <número mail> <nome arquivo> ?
copia a mensagem indicada pelo número, para o        arquivo indicado (criado na hora) e a mantém no mailbox.

$ save <número mail> <nome arquivo> ?
remove a mensagem para o arquivo indicado (remove       da mailbox).

ENVIADO UMA MENSAGEM:

 Ao enviar uma mensagem você, além de conhecer o e-mail da outra pessoa deve informar o assunto da mesma de forma resumida (2 ou 3 palavras). Embora isto seja opcional é quase um padrão no serviço de correio eletrônico. Para enviar uma mensagem para um usuário qualquer digite:

$ mail username@computador.subdomínio.domínio (Sistema Remoto)
$ mail username ( Sistema Local)

Após isto, o que você deve informar é o assunto, teclar ENTER e começar a escrever a mensagem. Concluindo a mensagem, é só digitar Ctrl-d em uma linha em branco para enviá-la. Suponha que você está enviando uma mensagem para o usuário marcelo:

$ mail marcelo
Subject: Teste

Marcelo,

Isto e somente um teste do mail!

Obrigado,
  <Ctrl+d>
EOT
$

 <Ctrl+d> ? envia a mensagem e sai do programa mail.

 Para interromper uma mensagem durante sua elaboração digite duas vezes Ctrl+c.
 O programa mail não permite, por exemplo retroceder linhas para correções. Portanto, se você pretende escrever mensagem mais longas, onde não pode haver erros de editoração, é possível escrevê-las utilizando o editor de textos (vi), salvar seu conteúdo num arquivo e depois enviar este arquivo através do mail.
 Ex.: Você digitou o arquivo “carta” no editor de textos vi. Para enviá-lo para outra pessoa, por exemplo marcelo, digite:

$ mail marcelo < carta

Este comando redireciona a entrada do mail para o arquivo carta através do caracter especial “<“.

 Conteúdo do Diretório

 O sistema de arquivos do DOS armazena informações como o nome do arquivo, tamanho do arquivo em bytes, data de criação e última alteração, hora de criação e última alteração, bem como outros atributos (leitura, gravação arquivo/diretório) de cada entrada no diretório. O sistema de arquivos do Unix armazena os atributos da entrada, quantidade de ligações, identificação do dono, identificação do grupo, tamanho do arquivo em bytes, data e hora da criação e última alteração, e nome do arquivo/diretório.
 É evidente que a quantidade de informações sobre o arquivo que o Unix mantém é consideravelmente maior do que no DOS. Isso acontece porque o sistema de arquivos do Unix foi pensado para permitir acesso multiusuário concorrente. A saída do comando ls -l exibe informações detalhadas sobre as entradas no diretório. O primeiro campo dessa saída é usado para determinar o tipo de entrada e suas permissòes de acesso. A seguir temos um exemplo desse campo:

drwxrwxrwx
0123456789

Tipo e Permissões de Acesso

 A segunda linha do exemplo anterior não é parte normal da saída, mas foi colocada como ilustração para indicar a posição dos caracteres na linha acima. Se o primeiro caracter, na posição 0, for um “d”, isso significa que a entrada é um diretório. Se for um “-”, significa que é um arquivo comum. Se esse caracter for um “b”, “c” ou “p”, significa que se trata de um arquivo especial usado pelo Unix para executar operações de I/O.
 O grupo seguinte de caracteres, nas posições de 1 a 3, indica as permissões do dono do arquivo; os caracteres rwx são usados para indicar as permissões de leitura (read), gravação (write) e execução (execution). Se aparecer um “-” em qualquer dessas posições, isso indicará ausência da respectiva permissão. A permissão de acesso x indica que o arquivo é executável podendo ser um comando binário executável ou um script do shell. Arquivos que não contêm essa permissão não podem ser executados, independentemente de serem realmente programas binários executáveis  ou scripts do shell. O DOS, por outro lado, usa o próprio nome do arquivo como mecanismo para determinar se o arquivo é executável e como será tratado.
 As três posições, de 4 a 6, indicam as permissões de acesso no nível do grupo. Os últimos três caracteres, nas posições de 7 a 9, indicam as permissões de acesso de todos os outros usuários do sistema. Os três níveis de acesso aqui indicados são chamados, respectivamente, nível de permissão de usuário, de grupo  e de outros. Os tipos de permissões de acesso para os três grupos são os mesmos. O sistema de arquivos do DOS não tem nada correspondente a essa funcionalidade, pois já foi projetado como sistema monousuário, as permissões de acesso não receberam consideração.

Segurança do Sistema de Arquivos

 A implementação da segurança de sistema de arquivos começa com a compreensão de como é dada permissão aos usuários para acessar os arquivos.
 O comando chmod é usado para mudar os valores de modo de acesso associados a um arquivo. O valor de modo de acesso de um arquivo define, entre outras coisas, as permissões de acesso dadas ao dono do arquivo, ao grupo e ao resto do mundo (chamado outros). As permissões de acesso são de leitura, gravação e execução, indicadas por r, w e x.
 Os valores do modo de acesso aplicam-se a diretórios e subdiretórios, bem como a arquivos, portanto a termo “arquivo” mencionado nesse tópico vale para os dois. (Note que os valores do modo de acesso não se aplicam a superusuários!).
 Basicamente , há três tipos de usuários que podem acessar um arquivo: o dono do arquivo, os usuários pertencentes ao grupo ao qual o arquivo está associado, e todos os outros usuários. Dentro de cada uma destas categorias de usuário, é possível definir como o arquivo poderá ser acessado: para leitura, gravação ou execução. Quando o usuário lista as informações detalhadas sobre um arquivo, usando a opção -l do comando ls, a informação retornada inclui as permissões de modo de acesso, representadas da seguinte forma:

rwxrwxrwx

 Essa tríade de caracteres rwx vai da esquerda para a direita. O primeiro grupo refere-se ao dono, o seguinte refere-se ao acesso do grupo, e o último refere-se aos outros (o resto do mundo). Podem ser fornecidas outras informações como uma indicação de que a entrada é um diretório ou um arquivo. O exemplo a seguir ilustra como os grupos são associados aos modos de acesso:

  dono  grupo  outros
  rwx  rwx  rwx

 Cada modo de acesso dentro de cada grupo tem um valor numérico associado a ele, como indica a tabela abaixo:

MODO VALOR DESCRIÇÃO
- 0 Nenhuma permissão
x 1 Permissão de execução
w 2 Permissão de gravação
wx 3 Permissão de gravação e execução
r 4 Permissão de leitura
rx 5 Permissão de leitura e execução
rw 6 Permissão de leitura e gravação
rwx 7 Permissão de leitura/gravação/execução

 Esses valores numéricos podem ser usados para ajustar as permissões de acesso que cada grupo tem. O comando chmod usa valores numéricos para cada uma das tríades; por exemplo, se as permissões de dono, grupo e outros fossem ler, gravar e executar, o valor numérico a especificar com o comando chmod seria 777. Se, em lugar de permitir acesso pleno ao grupo e outros, fosse necessário dar acesso pleno apenas ao dono, sem qualquer outra permissão de acesso, o valor numérico seria 700.
 Como pode ser visto, o número octal de três dígitos tem uma relação posicional correspondente à tríade rwx. O primeiro número (à esquerda) corresponde ao campo do dono, o segundo número (no meio) corresponde ao campo do grupo, e o terceiro número (à direita) corresponde ao campo reservado para outros. Isso pode ser confuso para alguns usuários do Unix, por isso há um modo diferente de realizar a mesma coisa, mas que é um pouco mais fácil de entender.
 O método alternativo de especificar o valor do modo no comando chmod é usando caracteres alfabéticos. Os caracteres alfa r, w e x podem ser usados em combinação com os caracteres u, g, o e a. O caracter u refere-se ao usuário que possui o arquivo, o caracter g refere-se ao grupo, o caracter o refere-se aos outros (todos os outros usuários), e a (all=todos) aplica as mudanças aos três grupos (u,g e o).
 Os caracteres + (mais), -(menos) e = (igual) são também usados no processo de atribuição. O caracter + significa acrescentar o(s) valor(es) de permissão(ões) à direita dele, o caracter - significa remover o(s) valor(es) de permissão(ões) à direita dele, o caracter=significa retirar (nenhuma permissão) todos os valores de permissão para os usuários especificados à esquerda do caracter. A seguir temos alguns exemplos:

chmod a+rw nome_do_arquivo
chmod uo-x nome_do_arquivo
chmod a= nome_do_arquivo

 O primeiro exemplo atribui permissões de leitura e gravação a todos os usuários que acessam nome_do_arquivo. Na segunda linha são retiradas as permissões de execução para o dono e outros, mas não para o grupo. A última linha remove todos os atributos (nenhuma permissão é concedida) do dono, grupo e outros. A fim de manipular esse arquivo, o dono deve antes usar o chmod para dar-lhe as permissões apropriadas.
Quando um arquivo é criado, ele recebe certos valores de propriedade, como a uid do dono (normalmente o criador do arquivo), o valor de propriedade do grupo (geralmente o grupo a que o dono pertence quando o arquivo é criado), e outros valores de permissão de acesso derivados dos valores associados ao valor umask do dono, no momento da criação.
 Pode haver muitas situações em que se torna necessário mudar um ou outro desses valores; o comando chgrp é usado para atribuir uma nova propriedade do grupo. O grupo deve existir, caso contrário será retornada uma mensagem de erro. O valor de propriedade de grupo não se aplica ao superusuário. A fim de mudar as propriedades de grupo, o usuário deve ter autorização; deve ser membro do grupo ao qual o arquivo dá permissões de modificação.
 O novo grupo ao qual a propriedade está sendo associada pode ser qualquer grupo, desde que já existia (geralmente mantido pelo administrador do sistema). Uma vez reatribuída a propriedade de grupo, o acesso no nível dogrupo fica restrito aos membros do novo grupo. As permissões de acesso de grupo anteriormente ajustadas continuam valendo.
 O comando chown é usado para trocar a propriedade de um arquivo, passando-a de um usuário para outro.   A fim de mudar ovalor de propriedade de um arquivo, o usuário deve ser autorizado, deve ser dono do arquivo ou ter privilégios de superusuário. Para usuários autorizados não superusuário, uma vez mudada a propriedade do arquivo, eles passam a sujeitar-se às permissões de acesso definidas para o arquivo.
 Se um usuário acidentalmente mudar a propriedade para outro usuário, então deve pedir ao novo dono para devolvê-la, o que também poderá ser feito por um superusuário (geralmente é feito pelo administrador do sistema).

Serviço de Transferência de Arquivos

 Este serviço é comumente conhecido como ftp (“file transfer protocol”). Havendo permissão, é possível copiar ou enviar arquivos entre equipamentos localizados em diferentes continentes por exemplo.

 ftp <hostname.subdomínio.domínio>  ?
conecta o usuário ao computador especificado (hostname) se ele tiver autorização para tal.

Ex.: $ ftp ADSRJ01 (neste exemplo só utilizado o hostname)

 O programa ftp sempre pede ao usuário sua identificação (username e senha) para permitir o acesso à máquina requisitada. Uma vez dado este acesso é como se você estivesse de fato trabalhando naquele computador (portanto é preciso que você esteja cadastrado nele).
  Os subcomandos mais utilizados dentro do programa ftp (cujo prompt é ftp> ) são:

? lista os subcomandos disponíveis.
(ascii) transfere arquivos do tipo ASCII.
binary transfere arquivos binários.
dir <diretório remoto> lista o conteúdo do diretório remoto
especificado.
get <arquivo remoto>   <arquivo local> copia o arquivo remoto específico para
o arquivo local.
mget <arquivos remotos> copia a série de arquivos remotos especificados
para o diretório corrente no computador local.
mput <arquivos remotos> copia os arquivos listados para o computador
remoto (é preciso ter permissão de escrita no
diretório remoto que vai abrigar este arquivos).
put <arquivo local> <arquivo remoto> copia o arquivo local para o arquivo remoto listado.
open <hostname> estabelece uma conexão ftp com o computador
especificado.
pwd apresenta o diretório corrente no computador
remoto.
quit ou bye fecha a conexão entre os computadores e sai do
programa ftp (volta ao prompt do sistema).
Ctrl+C interrompe a transferência de qualquer arquivo.

 Ex.: Exemplo de uma sessão de ftp marcelo para ADSRJ01:

$ ftp ADSRJ01
Connected to ADSRJ01.
220 ADSRJ01.ads FTP server (Version 5.60 #1) ready.
Name (ADSRJ01:marcelo):
331 Password required for marcelo.
Password:
230 User marcelo logged in.
ftp> pwd
257 "/w1/USERS/marcelo" is current directory.
ftp> dir
200 PORT command successful.
150 Opening ASCII mode data connection for /bin/ls (0 bytes).
total 1876
-rw-r--r--    1 marcelo  desenv       822 Jul 06 15:13 .cshrc
-r--r--r--     1 marcelo  desenv        53 Sep 09  1994 .cueprofile
-rw-r--r--    1 marcelo  desenv       371 Jan 26  1995 .exrc
-r--------     1 marcelo  auth           0 Aug 01 16:01 .lastlogin
-rw-r--r--    1 marcelo  desenv       385 Sep 09  1994 .login
-rw-r--r--    1 marcelo  desenv      2166 Jul 19 12:18 .profile
drwxr-xr-x   2 marcelo  other         64 Jul 07 12:36 DOS
drwxr-xr-x   2 marcelo  other        128 Apr 04 23:36 amherj
drwxr-xr-x   2 marcelo  other        128 Apr 04 23:37 backup
drwxr-xr-x   2 marcelo  other         48 Apr 04 23:37 bin
-rw-------   1 marcelo  desenv       190 Feb 03  1995 ccrj1
-rw-------   1 marcelo  desenv      4751 Feb 24 09:50 cshrc
-rwxr-xr-x   1 marcelo  desenv      6614 Jan 30  1995 envmer.doc
drwxr-xr-x   2 marcelo  other         80 Apr 04 23:37 fax
226 Transfer complete.
1553 bytes received in 0.23 seconds (6.5 Kbytes/s)
ftp> cd fax
250 CWD command successful.
ftp> binary
200 Type set to I.
ftp> get sqlv10.sun
200 PORT command successful.
150 Opening ASCII mode data connection for sqlv10.sun (12079 bytes).
226 Transfer complete.
local: sqlv10.sun remote: sqlv10.sun
12079 bytes received in 0.06 seconds (2e+02 Kbytes/s)
ftp> quit
221 Goodbye.
$

 Quando se realiza uma transferência de arquivos de um lugar para outro, está-se aumentando o tráfego de informações na rede de comunicação (principalemente se o arquivo for grande). Portanto, é recomendável que sessões de ftp, de modo geral, sejam feitas fora do horário comercial, em horários de baixo tráfego na rede.


 Editor de Texto VI

 O vi é o editor de textos mais utilizado em máquinas Unix (outros são os editores ex e ed). Este editor opera em, basicamente, dois modos, onde em cada um deles existem comandos específicos.

modo texto  ? É o modo utilizado para inserir um texto, o que é possível após a inserção de subcomandos específicos. Para voltar ao modo comando basta pressionar a tecla ESC.
modo comando ? É o modo em que o editor se encontra logo após ser invocado. Para cancelar um subcomando específico deste modo basta pressionar a tecla ESC.

 O editor pode ser invocado através dos comandos:

vi <arquivo>
ou
vi

(neste último caso o nome do arquivo a ser editado deverá ser fornecido no momento em que for salvo).

MODO TEXTO

Subcomandos de inserção de texto:

i -- insere texto antes do cursor
r -- insere texto no início da linha onde se encontra o cursor
a -- insere texto depois do cursor
A -- insere texto no fim da linha onde se encontra o cursor
o -- adiciona linha abaixo da linha corrente
O -- adiciona linha acima da linha corrente
Ctrl + h -- apaga último caracter
Ctrl + w -- apaga última palavra minúscula
Esc -- passa para o modo comando

MODO COMANDO:

Subcomandos para Movimentação pelo Texto:

Ctrl+f -- passa para a tela seguinte.
Ctrl+b -- passa para a tela anterior.
H -- move o cursor para a primeira linha da tela.
M -- move o cursor para o meio da tela.
L -- move o cursor para a última linha da tela.
k -- move o cursor para linha acima.
j -- move cursor para linha abaixo.
h -- move cursor para caracter a esquerda.
l -- move cursor para caracter a direita.
w -- move cursor para início da próxima palavra (Ignora pontuação).
W -- move cursor para início da próxima palavra (Não ignora pontuação).
b -- move cursor para início da palavra anterior (Ignora pontuação).
B -- move cursor para início da palavra anterior (Não ignora pontuação).
0 (zero) -- move cursor para início da linha corrente.
^ -- move cursor para o primeiro caracter não branco da linha.
$ -- move cursor para o fim da linha corrente.
nG -- move para a linha n.
G -- move para a última linha do arquivo.

Subcomandos para Localização de Texto:

/palavra -- move para a próxima ocorrência da palavra procurada (para repetir a busca usar n).
?palavra -- move para a ocorrência anterior da palavra(para repetir a busca usar n).
Ctrl+g -- mostra o nome do arquivo corrente, o número da linha corrente e o número total de linhas.

Subcomandos para Alteração de Texto:

rx -- substitui o caracter sob o cursor pelo especificado x (é opcional indicar o caracter).
Rtexto -- substitui o texto corrente pelo texto indicado (opcional indicar o texto adicionado).
cw -- substitui a palavra corrente. Pode-se indicar a nova palavra inserida ou não.
cc -- substitui a linha corrente. Pode-se inserir o novo conteúdo da linha automaticamente.
C -- substitui restante da linha corrente. Pode-se inserir o conteúdo restante da logo após o comando.

u -- desfaz a última modificação.
U -- desfaz todas as modificações feitas na linha (se o cursor não mudou de linha desde a última mudança).

J -- une a linha corrente a próxima.
s:/velho/novo -- substitui a primeira ocorrêndcia de “velho” por “novo”.

Subcomandos para Salvar o Texto:

:wq -- salvar as mudanças feitas no arquivo e sai do editor.
:w <nome-arq> -- salva o arquivo corrente com o nome especificado. Continua edição. Não é necessário fornecer o nome do arquivo se este já tiver um.

:w! <nome-arq> -- salva (de modo forçado) o arquivo corrente no arquivo especificado (cujo conteúdo original é destruído!).

:q -- sai do editor. Se mudanças não foram salvas é apresentada mensagem de advertência.
:q! -- sai do editor sem salvar as mudanças realizadas.

Praticando ...

1) $ pwd
/w2
2) $ cd /w1/WORKADS
3) $ pwd
/w1/WORKADS
4) $ ls -l
total 18
drwxrwxrwx   2 produc   produc        32 Apr 05 00:33 arq
drwxrwxrwx   3 produc   produc        48 Apr 04 23:47 fax
drwxrwxrwx   9 produc   produc       144 Apr 05 00:33 implanta
drwxrwxrwx   2 produc   produc       128 Jun 22 16:27 keep
drwxrwxrwx   5 produc   produc        80 Apr 05 00:33 libera
drwxrwxrwx   5 produc   produc        80 Apr 05 00:33 log
drwxrwxrwx   6 produc   produc       112 Jun 20 18:20 receive
drwxrwxrwx   6 produc   produc       176 Aug 01 08:53 send
drwxrwxrwx  11 produc   produc       208 Jun 06 16:02 ship
5) $ cd teste
6) $ cp /w2/SCCD/arq/*.dat .

7) $ ls -l
total 22
-rwxrwxrwx  1 produc   produc       708 Aug 03 12:38 dtt326.dat
-rwxrwxr-x   1 produc   produc      1746 Aug 03 12:38 hln0414.dat
-rwxrwxr-x   1 produc   produc      1830 Aug 03 12:38 hln0807.dat
-rwxrwxr-x   1 produc   produc      1072 Aug 03 12:38 hln0858.dat
-rw-r-----     1 produc   produc      1542 Aug 03 12:38 mv031031.dat
-rwxrwxrwx  1 produc   produc     1620 Aug 03 12:38 rngd1406.dat
8) $ rm *.dat
9) $ ls -l
total   0
10) $ cd ..
11) $ rmdir teste
12) $ who
produc     ttyp0        Aug 03 12:36
13) $ finger
Login       Name               TTY Idle    When            Office
produc   Master for Producao   p0       Thu 12:36
14) $ lp manual
request id is emilia_unix-3109 (1 file)
15) $ lpstat
emilia_unix-3109        marcelo          43253   Aug  4 12:20 on emilia_unix
16) $ cancel emilia_unix-3109
request "emilia_unix-3109" cancelled
17) $ chmod 755 teste
18) $ chgrp desenv teste
19) $ chown produc teste
20) $ compress teste
21) $ uncompress teste.Z
22) $ tar cvf fontes *.cbl.Z
a lf0303v1.cbl.Z 41 tape blocks
a lf0309v1.cbl.Z 49 tape blocks
a lf0310v1.cbl.Z 78 tape blocks
23) $ ps -ef
     UID   PID  PPID  C    STIME  TTY      TIME COMMAND
    root     0     0  0  Aug  4   ?        0:00 sched
    root     1     0  0  Aug  4   ?        2:25 /etc/init
    root     2     0  0  Aug  4   ?        0:00 vhand
    root     3     0  0  Aug  4   ?        0:02 bdflush
marconde  5937     1  0 11:37:13  01       0:02 -sh
    root  6039    1  0 12:03:57  02    0:01 /etc/getty tty02 sc_m
    root   143     1  0  Aug  4   ?        0:00 /etc/slattach +c ttyy1a 192.9.12 0.3 192.9.120.1 38400
    root    58      1  0  Aug  4   ?        0:00 /etc/logger /dev/error /usr/adm/messages /usr/adm/hwconfig
    root   111     1  0  Aug  4   ?        0:07 /etc/cron
    root   135     1  0  Aug  4   ?        0:00 cpd
    root   117     1  0  Aug  4   ?        0:04 /usr/lib/lpsched
    root   137     1  0  Aug  4   ?        0:00 slink
    root   144     1  0  Aug  4   ?        0:00 /etc/slattach ttyy1b 192.9.50.6 192.9.50.8 2400
    root   145     1  0  Aug  4   ?        0:00 /etc/slattach ttyy1c 192.9.50.7 192.9.50.19 19200
    root   146     1  0  Aug  4   ?        0:00 strerr
    root   881     1  0  Aug  4   03      0:01 /etc/getty tty03 sc_m
    root   574     1  0  Aug  4   ?        0:00 pcnfsd
    mmdf   555   1  0  Aug  4   ?        0:05 /usr/mmdf/bin/deliver -b
    root   573     1  0  Aug  4   ?        0:01 portmap
    root   581     1  0  Aug  4   ?        0:02 mountd
    root   611     1  3  Aug  4   ?       61:42 /usr/sybase/bin/dataserver -d/usr/sybase/master.dat -e/usr/sybase/install/error
    root   618     1  0  Aug  4   07       0:00 /etc/getty tty07 sc_m
    root   619     1  0  Aug  4   08       0:00 /etc/getty tty08 sc_m
    root   620     1  0  Aug  4   09       0:00 /etc/getty tty09 sc_m
    root   621     1  0  Aug  4   10       0:01 /etc/getty tty10 sc_m
    root   622     1  0  Aug  4   11       0:01 /etc/getty tty11 sc_m
    root  6004157  0 12:02:19  ?        0:04 telnetd
    root  5778    1  0 11:04:32  12      0:00 /etc/getty tty12 sc_m
lazarini  60056004  0 12:02:20  p0    0:02 -sh
    root  6058157 15 12:09:28  ?        0:01 telnetd
    root   627     1  0  Aug  4   ?          0:00 /tcb/files/no_luid/sdd
 marcelo  6059  6058  0 12:09:29  p1       0:02 -sh
 marcelo  6080  6060 42 12:10:08  p1      0:00 ps -ef
24) $ kill -9 6059

25) $ ps -ef | grep marcelo
 marcelo  6059  6058  0 12:09:29  p1       0:02 -sh
 marcelo  6079  6059 42 12:10:08  p1       0:00 grep marcelo
 marcelo  6080  6060 42 12:10:08  p1       0:00 ps -ef
26) $ ls lf0303v1.cbl | cut -f2 -d.
cbl
27) $ exit

1) Mostra o diretório corrente
2) Caminha para o diretório /w1/WORKADS
3) Verifica o diretório corrente
4) Lista o conteúdo do diretório corrente
5) Caminha para o diretório teste
6) copia todos os arquivos *.dat do diretório /w2/SCCD/arq para diretório corrente
7) Lista o conteúdo do diretório corrente
8) Remove todos os arquivos *.dat do diretório corrente
9) Lista o conteúdo do diretório corrente
10) Retorna ao diretório pai
11) Remove o diretório teste
12) Identifica os usuários conectados
13) Identifica com mais detalhes os usuários conectados
14) Envia o arquivo manual para a fila de impressão (o processo da impressão é de nº 3109)
15) Mostra o estado dos processos na fila de impressão
16) Cancela o processo emilia_unix-3109 da fila de impressão
17) Muda a permissão do arquivo teste para 775
18) Muda o grupo do arquivo teste para desenv
19) Muda o dono do arquivo teste para produc
20) Comprime o arquivo teste que passa a ser teste.Z
21) Descomprime o arquivo teste.Z
22) Compacta todos os arquivos com extensão “cbl.Z” no arquivo fontes
23) Fornece todos os processos ativos na máquina
24) Mata o processo 6059, eliminando a sessão do usuário marcelo
25) Mostra as linhas que contém a palavra marcelo através do resultado do comando ps -ef
26) Recorta o segundo campo delimitado pelo ponto
27) Desconecta-se da sessão

Comandos do Unix

Sintaxe de Comando e Descrição
 
at  time  [data]  [incremento]
Enfileira comandos para a execução em um momento posterior.
Ex.: at  5  pm  Friday  next  week  <  backup.sh

ar  opção  nome   arquivos
Agrupa arquivos em um único arquivo de acervamento (semelhante ao comando tar).
Ex.:  ar  -rv  fontes  *.c  (compacta os arquivos *.c no arquivo fontes)

banner   caracter(es)
Converte caracteres normais em garrafais para a saída padrão.
Ex.: banner  BOM DIA

cancel  ID number
Cancela a impressão de processo ID number. Este é dado pelo comando lpstat -p file.
Ex.: cancel  emilia-195

cat  file1 file2 ...
Concatena o file1, file2 ... e mostra na tela.
Ex.: cat  .profile

cd  pathname
Muda o diretório de trabalho para pathname(caminho do diretório desejado).
Ex.: cd /w1/WORKADS

cd
Muda para o diretório home(inicial).

chgrp  grupo  file1 ... file n
Muda os arquivos file1 até filen para um determinado grupo.
Ex.: chgrp  produc  .profile

chmod  número, + -, rwx file ou diretório
Muda a permissão de um arquivo ou diretório.(4-leitura, 2-gravação e 1-execução) 
Ex.: chmod  640  .profile

chown  propritário  file1 ... filen
Muda o proprietário dos arquivos file1 ... filen. 
Ex.: chown  produc  .login

clear
Limpa a tela.

compress  file1
Comprime o file1, gerando um file1.Z.
Ex.: compress lf0303v1.cbl

cp  file1 file2
Copia file1 para file2 (copia por cima do file2).
Ex.: cp  /w1/WORKADS/teste  /w2/USERS

cut  [-d ”delimitador”] [-f(numero_do_campo)]
Extrai informações selecionadas de um arquivo de entrada.
Ex.: cat  /etc/passwd  |  cut  -d”:”  -f1,5

date 
Mostra a data e hora corrente.

df
Informa o número de blocos livres em disco.

dircmp  diretório1  diretório2
Compara diretórios entre si.

du
Fornece um resumo da utilização do disco.

echo  message
Mostra message na tela.
Ex.:  echo  Estou aqui

env  variável=valor
Classifica variável de ambiente.

exit Sai do sistema.

find pathname  -name  file1  -print
Mostra a localização do file1 procurando a partir do pathname.
Ex.: find /w1/USERS  -name “marcelo”  -print

finger  [opções]
Obtém informações detalhadas dos usuários conectados.

ftp  nome_da_máquina
Abre uma sessão para transferência de arquivos. (Ver lista de comandos do ftp).
Ex.: ftp -i  ADSRJ02

grep  opções  expressão  file1
Mostra as linhas em que ocorre a expressão dentro do file1.
Ex.:grep -i ‘echo’ .profile

head  -número  arquivo
Exibe as linhas iniciais(número) do arquivo na saída padrão. 
Ex. head  -20  .login

id
Exibe informações sobre as ID’s de usuário e grupo do usuário.

kill  -nu_sinal  PID
Encerra processos ativos no sistema Unix, onde nu_sinal é o número do sinal e PID é o número do processo a ser eliminado.
Ex.:  kill  -9  135

logname
Fornece o nome da conta do usuário.

lp  file{1...n}
Imprime do file1 até o file n. 
Ex.:  lp .login

ls
Lista o conteúdo do diretório corrente.

ls -a
Lista todo o conteúdo do diretório corrente.

ls -l
Lista o conteúdo do diretório corrente, indicando tamanho e permissões.

mail
Envia correspondência aos usuários ou as lê. No caso de envio, finaliza-se com  <Control+D>.

man  comando
Mostra na tela a pagina do manual referente ao comando.

mesg  [opção]
Permite ou impede a recepção de mensagens.
Ex.: mesg  n

mkdir  diretórionovo
Cria um diretórionovo.
Ex.: mkdir  ADS

more  file1
Mostra o conteúdo de file1.( q - quit).
Ex.: more  .profile

mv  file1 file2
Move file1 para file2. 
Ex.:  mv  .login  .login.old

nohup  comando  argumento
Executa um comando imune à desconexão e aos sinais de quit.

pack arquivo(s)
Comprime arquivos, similar ao comando compress.
Ex.:  pack  *.c

passwd
Cria ou muda uma password para o usuário.

pcat arquivo.z
Exibe o conteúdo do arquivo coprimido com o comando pack na saída padrão.

pr  arquivo
Quebra o arquivo em páginas, onde a saída é formatada com um cabeçalho em cada página, com o nome do arquivo a data e a hora, e o número de página.

ps  [ -opção]
Reporta a situção de processos ativos no sistemas

pwd
Mostra o diretório corrente.

rm  file1
Remove o file1.

rmdir  diretório
Remove o diretório ( este diretório deve estar sem arquivos).

rlogin  nome_da_máquina
Abre uma conexão com nome_da_máquina.
Ex.: rlogin  ADSSP01

sleep   segundos
Suspende a execução por um determinado de tempo.

sort  file1
Ordena o file1 e mostra na tela. OBS: não grava a alteração do file1.

su  [ - ]  usuário
Abre uma nova sessão com a conta do usuário mencionado. A opção “-” faz herdar o ambiente do usuário desejado. 
Ex.:  su  -  root

tail  [opção]  file1
Mostra na tela as 10 últimas linhas do file1. Este valor pode ser ajustado com as opções +número(a partir do início) -número(a partir do fim). 
Ex.: tail  +15  .login

tar {cvf, xvf e tvf} nome  file{1...n}
Compacta file1 até file n  dentro de um arquivo chamado nome.
Ex.: tar  cvf  arquivos.tar  .login  .profile  (cria arquivos.tar compactado)

tar  xvf /dev/rst0 *  
Extrai todos os arq. contidos em fita streamer
tar  tvf /dev/rst0 *  
Verifica o conteúdo em fita streamer)

tee 
Este comando encaminha a entrada para o terminal e para o(s) arquivo(s) nomeado(s).
Ex.: ls | tee listagem | sort

telnet  nome_da_máquina
Abre uma conexão com nome_da_máquina.
Ex.: telnet  ADSRJ01

tty
Exibe o terminal que está sendo usado.

uncompress  arquivo(s)
Descomprime arquivos (*.Z). 
Ex.:  uncompress  *.Z

unpack   arquivo(s)
Descomprime arquivos (*.z). 
Ex.:  unpack  *.z

wall  
Envia mensagem para todos os usuários logados. Para finalizar CTRL+D.

wc  file1
Realiza a contagem das palavras do arquivo file1.
Ex.:  wc  .profile

who
Mostra os usuários correntes no sistema.

write  usuário mensagem
Envia mensagem para o usuário.
Ex.: write  produc  fim de implantação

zcat  arquivo.Z
Exibe na tela o conteúdo do arquivo comprimido pelo comando compress.

Caracteres Especiais

file   >   file1 -- Redireciona saída do comando especificado.
file   <   file1 -- Redireciona a entrada para o comando especificado
file   >>    file1 -- Redireciona saída do comando para o fim do file1.
comando1   |   comando2 -- Utiliza a saída do comando1 como entrada do comando2.
$variável -- Fornece o conteúdo da variável de ambiente.
\metacaracter -- Anula a função do metacaracter.
* -- Equivale a qualquer caracter.
comando  & -- Faz com que um processo seja executado em background.
 

Bibliografia:

- Unix para Usuários e Programadores do MS-DOS
 Steven Mikes  -  Editora Campus

- Unix System V Manual do Usuário e Guia do Programador
 Mitchell Waite, Don Martin e Stephen Prata

- Apostila de Administração do SunOS I
 Medidata

- Guia de Referência do Sistema Operacional Unix
 PUC

- Shells User’s Guide
 Hewlett Packard



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