Enquanto isso, as dívidas da família cresciam cada vez mais
e por fim eles tiveram que vender sua casa e se mudar para uma
acomodação alugada. Durante um tempo eles tentaram manter uma taverna,
suplementando seu rendimento com venda de bolos de arroz. Toda noite
Nao moía cerca de oito quarts de arroz em um(a)
mortar de pedra e pestle para prover
farinha de arroz para os bolos. Tudo isso com a pequena Ryôko presa
às suas costas e a bebê Sumiko ao seu peito. Hisako e Seikichi
colocavam os bolos prontos em caixas e saíam para vendê-los nas
ruas, de porta em porta.
Mortar de pedra onde Nao moeu arroz para fazer bolos de arroz.
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Neste meio tempo, o bibulous Masagorô estava com seus
copos de sakê. Além disso ele gostava das cenas de paródias e
musicais que companhias de minstrels errantes
traziam para o povoado. Nao empacotava uma refeição para ele
e este se ausentava da cena doméstica. Dizem que um desses
grupos o fascinou tanto que ele os seguiu pela cidade e para
povoados afastados sem voltar para casa por vinte dias.
Durante todas as dificuldades, Nao se manteve devotada a
seu marido, ouvindo submissamente a todos os seus pedidos
por menos razoáveis que fossem. A harmonia que prevaleceu
na família era o modelo da vizinhança e, após a morte de
Masagorô, Nao comentava com freqüência que seu único pesar
era que ela nunca pôde ter meios de manter um barril inteiro
de sakê na casa para seu marido.