Helen Keller quis saber de uma amiga que tinha acabado de dar um longo passeio pelo bosque, o que que ela havia observado.

"Nada de especial", respondeu a amiga.

"Como é possível?" – perguntou a si mesma.
Eu, que não posso ver nem ouvir, descubro simplesmente através do tato centenas de coisas que me interessam: sinto a delicada simetria de uma folha; passo minhas mãos carinhosamente na casca grossa de um pinheiro. Às vezes, quando tenho sorte, coloco minhas mãos com delicadeza numa pequena árvore e sinto a palpitação de um passarinho cantando a plenos pulmões.


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