MULHERES QUE AGRADAM HOMENS CONTROLADORES

Temas:

1 - A necessidade de agradar.

2 - Como o ato de agradar aos demais faz naufragar a minha vida.

3 - De que forma sou controlada pelos homens.

4 - Minha resposta ao controle dele.

5 - Condicionada para agradar.

6 - A viagem do êxtase à agonia.

7 - Por que você fica?

8 - O ponto de ruptura.

9 - Soluções falsas para a "autofobia".

10 - Aprendendo a amar.

1 - A necessidade de agradar.

Num relacionamento com um homem controlador, ele age enquanto que você adota uma postura passiva. Ele impõe as regras e você as obedece, acreditando que quanto mais o agradar mais amor receberá dele. Entretanto, agradar este tipo de homem leva, inevitavelmente, à rejeição porque o que ele quer não é o amor mas o controle da situação. Ao perceber que tem o poder de controlá-la, pois mesmo mudando as regras do jogo, ainda assim você continua a agradá-lo, o que faz com que ele não a respeite mais e consequentemente leva à rejeição.

2 - Como o ato de agradar os demais faz naufragar minha vida.

Este tipo de homem pode provocar um perigoso desajuste emocional. Ele diz o que quer, e quando obtém aquilo que deseja a deixa de lado. Você se culpa, pensando que não o compreendeu bem e que deveria se esforçar mais.

O primeiro passo para se recuperar da "autofobia" é aceitar o fato de que agradar não leva a nada. Não garante amor nem aprovação. Na verdade, provoca uma reação oposta.

Viver para agradar um homem controlador não lhe trará a felicidade e nem tão pouco lhe dará segurança, porque:

1 - Não funciona: significa ser vulnerável a alguém que só quer te controlar.

2 - Você conseguirá sua aprovação real. Quando, finalmente, você tem uma atitude positiva do "homem da sua vida", não é você que ele está admirando e sim sua capacidade de se transformar naquilo que ele quer. São palmas pela sua boa atuação. Tornar-se dependente da aprovação dele significa afastar-se cada vez mais de si própria e de suas necessidades.

3 - Limita sua capacidade de aceitar o amor. Se a única coisa que lhe interessa é agradar, provavelmente você não será capaz de perceber os esforços que poderá estar fazendo para agradá-la e satisfazer suas necessidades. Como você não estimula a esse tipo de conduta, que é positiva, ele finalmente deixará de tentar e se utilizará do recurso de ser ainda mais controlador.

4 - Faz com que você perca o controle. Mesmo que seu objetivo maior seja o de agradá-lo, não pode evitar as emoções negativas, e dentre elas a raiva. Emoções que tem o poder de assustá-la por achá-las perigosas. Por ter uma postura centrada na necessidade de agradar não é capaz de entender que a raiva é um sentimento válido. Você acredita que se algo não funciona a culpa é sua porque é provocado pela falta de controle sobre estes sentimentos negativos. Por exemplo: diante dos abusos dele, você diz: "Tenho uma reação exagerada às coisas, o que acarreta problemas entre meu namorado e eu".

É bom levar em conta que:

a) O fato de agradar não garante o controle sobre suas emoções negativas;

b) não a faz sentir-se de bem com você mesma;

c) não a deixa experimentar o verdadeiro amor;

d) não compra segurança.

Tentar agradar um homem controlador a faz sofrer de uma doença chamada "autofobia", porque:

1- Você concentra sua atenção cada vez mais nele e menos em si mesma.

2- Você vive em constante ansiedade, sem saber qual será a próxima coisa que ele achará que está errada.

3- Experimenta a loucura das contradições e mudanças arbitrárias das regras que ele próprio impôs.

4- Vive uma existência superficial se esforçando, sem esperanças, em preencher um vazio que só pode ser preenchido interiormente.

Meu contrato de recuperação

Eu,............................................., no dia....../....../......, me comprometo a cumprir, no limite máximo de minha capacidade, os oito passos para a recuperação da autofobia.

Percebo que tenho uma forte necessidade de aprovação, e permito que, principalmente, os homens e/ou outras pessoas com as quais me relaciono, seja por laços familiares, por amizade ou por relações no ambiente de trabalho controlem minha vida. Percebo também que isso não é bom para mim e que nunca encontrarei a felicidade ou o verdadeiro amor enquanto permitir que isso aconteça. Quero me conhecer.

3 - De que forma os homens ou outras relações controlam você.

Faça uma revisão das suas relações sejam elas amorosas ou de outro tipo.

1 - Porque os homens ou as outras relações a tratam dessa forma?

2 - Como conseguem manipular suas emoções?

3 - O que dá à eles esse poder sobre você?

4 - Como as suas atitudes ajudam a manter vivo esse círculo vicioso e destrutivo?

 

A atração entre a pessoa controladora e aquela que agrada.

Ele (ou ela) parece estável, pelo menos no início da relação. Você admira sua segurança porque nem sempre se sente segura.

Ele (ou ela) emite sinais claros de que deseja que você se adapte, ou o/a agrade, e qual a forma de fazê-lo. Isso a faz sentir-se segura pelo fato de saber que basta agradá-lo/(a) para obter seu amor.

Ele manifesta agressividade e ira caso você se atreva a enfrentá-lo.

 

 

O porquê da atitude controladora.

Sob essa segurança aparente, este homem esconde uma grande insegurança e o temor de ser abandonado. O fato de poder dominar faz com que se sinta mais seguro. Da mesma forma que você teme ser rejeitada, caso tome uma atitude que irá desagradá-lo, ele teme perdê-la, a não ser que a faça sentir-se sem valor algum caso não esteja com ele.

O homem controlador escolhe a mulher que tem a necessidade de agradar os outros (ou num outro tipo qualquer de relação que não seja a amorosa, a pessoa controladora escolhe outra pessoa que tem a necessidade de agradar) para se relacionar, porque percebe que ela está disposta a assumir uma posição inferior, que investir muito e espera pouco.

Ele irá te testar para ver até onde pode ir para conseguir te dominar porque você não tem confiança em si própria. Ele percebe que você tem medo da rejeição e do abandono.. Isso o faz sentir-se salvo, pois é ele quem está no controle da relação.

 

Questionário: Seu homem é controlador?

1 - Quando há algum problema na relação, ele coloca a culpa em você?

2 - Torna-se física ou verbalmente abusivo?

3 - Você sabe ou suspeita que ele está "enrolado" com outra mulher?

4 - Chega tarde ou falta aos encontros que marca com você?

5 - Proíbe ou critica suas atividades fora de casa?

6 - Ele te deixa encabulada na frente de outras pessoas?

7 - Fica zangado quando você não tem a mesma opinião que ele?

8 - Ele te acusa de paquerar outros homens, quando isto não é verdade?

9 - Ele te segue e te vigia?

10 - Critica sua aparência ou a forma como você se veste?

11 - Insiste em dirigir o carro quando saem juntos?

12 - Já bateu em você ou abusou física ou verbalmente?

13 - Faz ou diz coisas que você achou que jamais toleraria?

14 - Deixa de falar com você ou de dar afeto quando quer conseguir alguma coisa?

15 - Diz que precisa da sua liberdade ou do seu espaço?

16 - Tem te pressionado para conseguir que você faça o que ele quer?

17 - Não permite que você tenha suas próprias economias ou quer administrar o seu dinheiro ou mesmo lhe dá dinheiro à "conta-gotas"?

18 - Usa o sexo para abafar os seus questionamentos sobre a relação?

19 - Não se interessa pelas atividades que você realiza ao longo do dia?

20 - Dá presentes por você ter sido "boazinha"?

21 - Diz que é uma chata ou a acusa de outra coisa, toda vez que você quer falar sobre os problemas da relação ou expressar sua opinião sobre algum projeto comum?

22 - Não a chama pelo seu nome verdadeiro, usando sempre um apelido pejorativo?

23 - Não liga avisando que vai se atrasar?

24 - Quer você sempre por perto quando estão juntos?

25 - Foi detido alguma vez?

26 - Fica incomodado quando você, por algum motivo, atrai as atenções das outras pessoas ?

27 - Desvaloriza suas conquistas?

28 - Brinca com seus sentimentos ou ri deles?

29 - Diz, com freqüência, que você é muito crítica?

30 - Paquera outras mulheres com você presente?

31 - Faz com que você sinta pena dele?

32 - Ele te amedronta com ameaças?

33 - Acha defeitos nos seus amigos ou nas pessoas que lhe são próximas?

Perceba que quanto mais controlador ele for maior será a necessidade de agradá-lo. Caso contrário, você acabaria com a relação.

 

Como os homens controlam às mulheres.

Um homem controlador pode usar muitas técnicas, algumas sutis e outras óbvias:

1 - O abuso: começa aos poucos e vai aumentando com o tempo.

2 - A sedução: "Ninguém vai te amar como eu ".

"Sem mim você não é nada".

"Sou o único que pode te dar o que você precisa".

Além de saber como seduzi-la, também sabe agradar as outras de forma que você precise estar constantemente alerta. Como todos aprovam seu comportamento e as outras mulheres o acham um ótimo partido, fica difícil para você avaliar se a sua conduta é ou não sadia. Por outro lado, o sedutor está muito ocupado em te manipular e não presta atenção às suas reclamações.

3 - A condescendência: "Confie em mim. Eu sei o que é melhor para você. Eu te conheço melhor do que você mesma". Representa o bom pai, aquele que "te ama" porque cuida de você.

4 - O dinheiro: "Eu trago o dinheiro para casa, portanto, posso ditar as regras."

5 - As promessas vazias: "Se você não fizesse isso ou aquilo, eu poderia ser.... ou fazer..." Você pede desculpas e promete que aquilo não se repetirá. Você o agrada para que ele seja bonzinho e assim é possível passar uma boa imagem para os outros.

6 - A chantagem emocional: "Toma cuidado ou você vai se arrepender", "Está deixando de ser a mulher doce que eu conheci".( Ocorre quando você tenta ser firme e colocar um limite na relação).

7 - O tratamento do silêncio: "Eu sei que você não suporta quando eu faço de conta que você não existe. Sei que fará qualquer coisa para que eu volte a falar com você".

4. Minha resposta ao seu controle

Por que as táticas de controle fazem com que se sinta presa à ele? Porque, por um lado, ele acena com a possibilidade de uma recompensa, que é tão importante para você. Essa recompensa vem na forma de amor, felicidade, segurança e êxito. Tudo isso será seu se o agradar. Por outro lado, existe a sombra permanente de uma ameaça: "se você não me agradar, vou te abandonar. Você vai ficar sozinha, sem saber o que quer. Você será um fracasso".

De acordo com o que ele diz, tudo sempre depende de você e se as coisas não funcionam, a culpa é toda sua. Como não vai se sentir na defensiva?

É simples perceber a facilidade com que se pode cair na armadilha de viver para agradá-lo. É ele quem dita as regras e é você quem reage à elas. Ele toma a ofensiva e, você, a defensiva. Duas pessoas muito amedrontadas; ele na posição superior e você na inferior, se enterrando aos poucos e sem nenhuma esperança de intimidade emocional. Enquanto ele está ocupado, tentando manipulá-la, você está ocupada, tentando proteger-se dele.

O anti-controle

Pode ser que seja difícil para você admitir que também é uma pessoa controladora numa relação.

O controle que tenta exercer é defensivo e pode ser apresentar-se de diversas maneiras: fugindo, conseguindo o que deseja pelas costas dele, chorando, tentando ganhar a simpatia dele, devolvendo os golpes, agradando-o a contragosto, representando o papel da meninazinha frente à seu "grande homem"...

Nenhuma destas formas reflete sua verdadeira forma de ser. Na verdade, está reagindo perante o outro. Pense na maneira que escolheu para agir. Era assim que sua mãe se comportava com seu pai?

 

Manobras de anticontrole

 

 

Seu anticontrole está funcionando?

 

 

A intimidade num casal existe quando cada um consegue satisfazer as necessidades próprias e as do outro. Renunciar aos velhos truques não significa que nunca iremos nos aproximar, atender, amar, ajudar, tranqüilizar, estimular ou seduzir nosso companheiro. Com a recuperação, começamos a nos relacionar com a outra pessoa ao mostrar nossa essência interior e não porque queremos obter uma determinada resposta, criar um efeito ou produzir uma modificação no comportamento do outro. Em vez disso, o que temos para oferecer é o que na verdade somos quando não nos escondemos ou calculamos, quando estamos sem máscaras e sem maquiagem.

O primeiro passo a ser dado é vencer nosso medo de rejeição, caso tornemos possível que alguém nos veja como somos na realidade. Depois, devemos aprender a não entrar em pânico quando todas as barreiras emocionais não estiverem mais no seu lugar para nos proteger. Na área sexual, este novo aspecto na relação exige que nós estejamos nuas e vulneráveis física, emocional e espiritualmente.

Não é de se estranhar que este grau de conexão entre dois indivíduos seja tão pouco freqüente. O nosso terror está em não conseguir sobreviver sem essas barreiras. O que faz com que o risco mereça ser enfrentado? Somente nos mostrando tal qual somos poderemos ser amadas de verdade. Se num relacionamento, temos como base nossa essência quem nos ama, ama também nossa essência. Porém, é bom lembrar que este tipo de comportamento só é possível num clima de confiança, livre de medo. Não só devemos vencer nossos próprios medos e ser autênticas, como também devemos evitar ter com os outros as atitudes e tipos de conduta que nos atemorizam. Sempre haverá pessoas cuja hostilidade, manifestada ou encoberta, inibirá nossa vontade de sermos honestas. Ser vulnerável com elas é ser masoquista.

Portanto, DEVEMOS ABAIXAR as nossas defesas e acabar por eliminá-las? SIM, mas só os com amigos, os familiares, ou com os amantes com os quais mantemos uma relação que é baseada no respeito e reverência mútua pelas nossas humanidades.

O que costuma, quando mudamos nossa forma de nos relacionar, também mudamos nosso círculo de amizades e nossas relações íntimas. As amigas com as quais nos relacionávamos anteriormente podem perder seu atrativo. A tristeza que era compartilhada e usada como base para a amizade, é substituída por interesses mútuos, mais gratificantes.

O que nos prende ao passado, com seus velhos padrões de relacionamento? Não é a dor já que suportamos muita dor emocional, sem perspectivas de alívio. A não ser que mudemos.

 

O que nos amarra é o medo do desconhecido.

"A melhor forma que conheço de enfrentar e combater o medo é unir forças com as outras que já estiveram onde você está, que estão se dirigindo ou já chegaram ao destino que você está tentando alcançar. Procure ou crie um grupo de apoio para percorrer o caminho rumo à uma nova forma de viver ". (Norwood, Robin. Mulheres que amam demais, p. 319)

5 - Condicionada para agradar

Ver o capítulo 1 sobre "famílias disfuncionais", no livro As mulheres que amam demais. Ver também o capítulo 2 " O meio que cria vencedores", do livro A magia do desejo, de Bárbara Sher.

6 - A viagem do êxtase à agonia.

Você se assusta com o fato de não conseguir resistir a um tipo de homem que o seu coração insiste em continuar a ver, mesmo quando a cabeça adverte que o melhor é manter-se distante dele? Veja a continuação, passo a passo, da evolução do processo que leva você do êxtase à agonia:

1 - A queda: é o estado mental anterior ao momento em que escolhe seu par. Existe vulnerabilidade, provocada pela frustração, pelo cansaço, pelo momento de mudanças, pelo sentimento de solidão, pela insatisfação, pela crise vocacional, por problemas familiares, pela doença, etc. Sob essas circunstâncias, você se depara com uma pessoa que não é a mais adequada para se envolver afetivamente, mas você não consegue rejeitá-la porque não se sente plena, cheia de satisfações pessoais, equilibrada emocional e fisicamente. Isto diminui sua capacidade, ( que já está diminuída pelo fato de ter crescido numa família disfuncional), de ver os indícios de perigo e conseguir se deter à tempo.

2 - Apaixonando-se: atração e compromisso iniciais.

3 - Aparição dos ressentimentos: é a etapa em que um dos dois, ou ambos, percebem que existem desigualdades na relação.

4 - Luta aberta pelo poder: ambos tentam ganhar.

5 - Estratégias e negociação: tenta se trabalhar o relacionamento para evitar que ele se acabe.

6 - Chega-se a algum tipo de acordo ou a relação se acaba.

É provável que você tenha passado por estas etapas, repetidamente, e na mesma relação.

 

Pergunta-se:

 

 

7 - Porque você fica?

1 - Está ganhando tempo. Analisar os prós e os contras durante anos a fio é excessivo. Você está usando este processo para alongar o relacionamento?

2 - Deseja evidências suficientes. Em vez de confiar em seus próprios sentimentos e percepções, você sente que precisa de "uma montanha" de provas para justificar o fato de ir embora. De posse delas, terá a certeza absoluta e não se sentirá tão mal pela atitude que está tomando. Teme ouvir que está errada, que é exagerada, ressentida, louca, irresponsável, que não é amada, que é egoísta, boba. Teme ter que defender sua posição. Se você está esperando por maiores evidências para poder agir, saiba que isto só tem a ver com a sua autofobia.

3 - Deseja evitar "ser a responsável": "Vou fazer tudo o que for possível; mesmo que a relação acabe, ele não poderá jogar a culpa em mim."

É uma ilusão porque se você já está dominada pela culpa, é provável que quando o relacionamento acabe ele volte a jogar toda a culpa sobre você. E se você acreditar nisso, então terá mais uma razão para retomar para a relação, fora o medo que sente de si mesma, do fator econômico, social, etc.

4 - Tem medo de sua própria raiva. Pode ser que você ache que a raiva é um sentimento ruim, que te leva a sentir-se culpada, e que prefere deixá-la de lado ao menor sinal que ele dê para te agradar. Nesses casos, você irá reprimir a raiva que sente, tratando de superar esses sentimentos.

5 - Você tem medo do futuro. Como vai conseguir se virar, ficando sozinha? Você pratica essa possibilidade mentalmente, mas nunca está pronta para fazer tal tentativa.

Com o decorrer do tempo, a relação se deteriora, sua energia e sua auto-estima diminuem e você se deixa arrastar pela corrente da vida.

 

Questionário

Você:

Faça uma lista das razões para ficar.

Por exemplo:

- A verdade é que as coisas não estão tão mal assim

- É melhor do que não ter nada.

- Eu estaria jogando fora todos esses anos de sacrifício e de esforço pela relação. ( Em vez de analisar tudo o que você tem perdido por causa dela).

- Faria muito mal à ele se eu o deixasse.

- Eu o amo, ( mas se você sofre com a relação, talvez o mais acertado seria dizer: - "Eu preciso dele, me sinto grata em relação à ele, estou acostumada com ele, sinto pena dele".)

- Eu não sou aquele tipo de mulher que se deixa derrotar. Que se deixam derrotar.

O medo subjacente

Por debaixo de todos os medos está o de ter que enfrentar a si mesma e ter que desenvolver o seu "eu".

8 - O ponto de ruptura.

A gota que enche o copo, o antagonismo, o medo, a exaustão, os contratempos. Qualquer incidente deste tipo, que não é mais do que uma repetição de incontáveis incidentes anteriores, pode ocasionar a ruptura definitiva; pode provocar sua tomada de decisão.

Etapas finais da recuperação

1 - Tomar consciência da sua tendência de buscar falsas soluções para seus problemas de relacionamento e conseguir identificar as armadilhas que se apresentam.

2 - Transforme-se numa pessoa íntegra e auto-suficiente, com ou sem homem.

9 - Falsas soluções para a "autofobia".

Encontrando a Solução Real

Conhecer a si mesma é algo que você tem que exercitar como parte da sua vida.

Enfrentando a si mesma.

1. Escolha uma nova direção. Retroceda a algum momento da sua vida em que você se encontrava numa encruzilhada e:

a. identifique qual era;

b. descreva o caminho que tomou e porquê o fez;

c. descreva os caminhos que não tomou e porquê não o fez;

d. Pense como teria sido sua vida caso tivesse escolhido algum daqueles caminhos;

e. o que a atrai naquela vida que você não escolheu para viver.

f. o que a amedronta naquela vida?

g. existe algum aspecto daquele caminho não percorrido que você gostaria hoje de incorporar à sua vida?

 

2. Seja sua própria boa mãe. Faça à si mesma esta pergunta três vezes ao dia: "Como me sinto fazendo isso?" Tente descobrir como se sente e quais são as coisas concretas que a fariam sentir-se melhor. Imagine que tem uma fada madrinha e que pode satisfazer as suas necessidades. Faça o que sua mãe faria se estivesse presente.

Leve consigo um cartão deste tipo:

Como está sendo para mim?

3. Dê nome aos seus sentimentos. Se você sentiu dificuldades ao fazer o exercício no. 2 pode ser que tenha perdido contato com seus próprios sentimentos e emoções.

4. Ache uma causa, um ideal, uma meta. Escolha uma área do seu interesse e na qual você acredita. Ofereça seus serviços como voluntária e trabalhe por essa causa.

5. Recolha suas "antenas". Com a atenção voltada para o que os outros precisam e esperam de você, é fácil perder a identificação dos próprios sentimentos e opiniões sobre as pessoas e situações. Quando sentir-se confusa sobre o que pensar, imagine que tem alguém perto de si, tentando intimida-la, para que mude sua forma de pensar.

6) Transforme-se numa "novelista". Pense numa mulher parecida com você mas que possui uma vida que você inveja. Coloque-se no lugar dela. Escreva as diferenças e semelhanças entre a sua vida e a dela. Analise um aspecto da vida dela que você inveja e escreva o que poderia fazer para incorporá-lo à sua vida.

7) Crie um sonho. Imagine ter transformado em realidade um sonho que acreditava ser impossível e que sempre quis realizar.

8) Mantenha sua opinião.

9) Faça algo novo. Observe o que as pessoas fazem e que você nunca fez. Tente fazê-lo.

10) Faça alguma coisa sozinha. Faça uma lista das coisas que quer fazer. Escreva sobre a experiência e sobre as emoções que sentiu. Faça um registro dos êxitos.

11) Escreva 10 palavras que a descrevam. Leia-as e reflita sobre as idéias pré-concebidas que você tem sobre si própria. Procure a origem de cada qualidade. Quais as características que gostaria de mudar?

12) Imagine seu trunfo.

Escreva cada problema que a preocupa na parte superior de uma folha de papel. Sugira soluções para cada um dos problemas e anote-as. Agora, observe o que poderia ser feito, sob o ponto de vista realista. Observe o quanto pode se esconder atrás dos seus problemas, usando-os como desculpa para não andar na vida.

13) Controle o tempo de preocupação com os outros. Escreva durante 15, 20 minutos sobre suas preocupações com os outros. Faça a si mesma a promessa de não voltar, em outro momento do dia, a se preocupar.

Objetivo: verá quanto tempo você gasta preocupando-se com os outros e compreenderá como isto interfere na sua recuperação da autofobia.

14) Fortaleça seu físico. Estabeleça objetivos

15) Conheça seu o " eu" rejeitado. Faça uma lista dos aspectos da sua personalidade que formam o seu "eu". Quais são as partes que possuem maiores possibilidades de se expressar? Quais as que possuem menores chances de se expressar ?

Escreva o nome da parte rejeitada numa folha e deixe que fale por si própria sobre como se sente e o que precisa. Tomar consciência delas as torna mais amigáveis e fará com que a prejudiquem menos. Estes aspectos também sinalizam o que você mais rejeita no seu par. Você terá uma dica das partes em você que são mais rejeitadas.

16 ) Pondere cuidadosamente antes de assumir qualquer compromisso. Pense primeiro, aja depois.

10. Aprendendo a amar.

Se posso satisfazer minhas próprias necessidades vou me fazer feliz. A única relação verdadeiramente maravilhosa é aquela da qual posso prescindir. A verdadeira segurança está dentro de mim mesma.

Dê um símbolo ao novo compromisso assumido consigo mesma: use um anel especial. Escreva votos e diretrizes para uma relação igualitária. Por exemplo:

Estabeleça seus limites

Minha relação

     

Ideal

Aceitável

Inaceitável

Este guia de limites será seu guia cotidiano para garantir que não volte a cair no comportamento de mulher que agrada os outros, temerosa de ser você quem é, de ser rejeitada, de se expressar e com uma necessidade compulsiva de controlar os demais sendo "boazinha", útil, necessária, etc.

- "Sou livre e capaz, assim como ele também o é".

- "Sou livre e estou preparada para uma relação de seres maduros e conscientes".

- "Quero e mereço uma relação de igualdade com meu parceiro e com minhas amizades".

A relação saudável do casal:

- Garante satisfação emocional.

- Tem interesses compartilhados.

- Dá apoio material e prático.

- Proporciona sentimentos de amor, respeito, confiança, aconchego.

- Dá satisfação sexual.

- Proporciona sentimentos de auto-estima.

- Desejo duradouro de estarem juntos.

 

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