Descoberta feita por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade
Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, traz expectativa de grande economia com sistemas
de refrigeração de edifícios. Trata-se de uma substância gelatinosa termorreversível
que fica sólida e perde a transparência quando aquecida e volta ao estado gel ao ser
resfriada. A novidade, batizada de vidro inteligente, foi descoberta por acaso pela
pós-graduanda Leila Chiavacci. Uma importante aplicação da substância é como recheio
em janelas-sanduíche com duas lâminas de vidro. "Com a incidência de calor, o gel
solidifica-se e fica opaco, impedindo que os raios infravermelhos, condutores de calor,
entrem no recinto", informa Celso Santilli, coordenador do projeto desenvolvido com
financiamento da Fapesp. A substância, um dos primeiros materiais inorgânicos
descobertos com essa capacidade, também é indicada para uso em tetos solares de carros e
na proteção de superfícies metálicas contra corrosão.
A cidade do faraó
Arqueólogos descobriram, soterradas debaixo de imensas dunas, as ruínas da antiga cidade
egípcia de Qantir, capital do reino do faraó Ramsés II. Graças ao uso de sensores
magnéticos e computadores, foi possível fazer um desenho fiel do local, mostrando a
disposição de palácios, ruas e casas. Autoridades egípcias informaram que precisariam
de 20 anos para escavar a cidade, situada a 120 quilômetros do Cairo, no delta do Rio
Nilo.
Explorando as profundezas do mar
Um novo sistema de perfuração para exploração de petróleo poderá tornar mais barata
e segura a prospecção em águas a partir de 1 mil metros de profundidade. A tecnologia,
batizada de Atlantis Explorer, foi desenvolvida por Michael Golan, da Universidade de
Ciência e Tecnologia da Noruega. Em visita ao Brasil, o pesquisador explicou que, com o
equipamento, o petróleo será bombeado do leito em águas profundas para cerca de 300
metros abaixo da superfície. Sem precisar de sonda especial, a operação será 30% mais
rápida e terá custo 50% menor do que a exploração tradicional. O sistema será testado
em agosto deste ano no Mar do Norte.
Alerta para nascimento prematuro
Um minitransmissor desenvolvido por cientistas da agência Nasa para colher dados do
organismo dos astronautas em missões espaciais pode converter-se em importante arma de
prevenção contra nascimentos prematuros. Formado por um sensor e um receptor externo, o
aparelho monitora a pressão e a temperatura do corpo da mãe. Variações desses
parâmetros indicam a probabilidade de a mulher estar entrando em trabalho de parto.