Amiga dos ventos
(Gilberto Gil)
Sou amiga dos ventos
Sou amante dos mares
Sou bem-vinda nos lugares aonde vou
Sou a força da terra
Sou a luz dos luares
Sou a chama nos altares do amor
Não que algo aconteça
De especial comigo
Que eu possua mil poderes celestiais,
Nem que eu seja dotada
De um saber feiticeiro
Protegida dos potentados astrais
O que eu trago é mais simples
É banal como a chuva
Natural como uma uva ter sabor
Vem na vida o mistério
Dessa facilidade
De ser tudo e nada disso
Ter valor.
Alteza - Polygram - 1981