Súplica
(José Marcílio/Déo/Otavio Mendes)
Aço frio de um punhal
Foi teu adeus pra mim
Não crendo na verdade
Implorei, pedi
As súplicas morreram
Sem eco, em vão
Batendo nas paredes frias do apartamento
Torpor tomou-me toda e eu
Fiquei sem ser mais nada
Adormecida tenha talvez quem sabe
Pela janela aberta
A fria madrugada
Amortalhou-me a dor
Com o manto da garoa
Esperança morreste muito cedo
Saudade cedo demais chegaste
Uma quando parte
A outra sempre chega
Chorar, já lágrimas não tenho
Coração por que é que tu não calas
A taça do meu sofrer findaste
É inútil prosseguir
Se forças já não tenho
Tu sabes bem que ele era minha vida
Meu doce grande amor.
Alteza - Polygram - 1981