Primeira Parte: Conceitos Introdutórios

1.1.- O Propósito das Normas

1.2.- O Objetivo do Tratamento

1.3.- Diretrizes Clínicas

1.4.- Machos Neurobiológicos e Fêmeas Neurobiológicas

Segunda Parte: Origem, Diagnóstico e
Tratamento

2.1.- Considerações Epidemiológicas

2.2.- Origem e Desenvolvimento da Nomenclatura

2.3.- Diagnóstico da Neurodiscordância de Gênero

2.4.- O Tratamento Hormonal em Adolescentes com
Neurodiscordância de Gênero

2.5.- Reconhecimento Social do Verdadeiro Sexo nos portadores de Neurodiscordância de Gênero

2.6.- As Cirurgias Transgenitais nos Adolescentes portadores
de Neurodiscordância de Gênero

2.7.- O Tratamento Hormonal em Adultos portadores
de Neurodiscordância de Gênero

2.8.- As Cirurgias Transgenitais nos Adultos portadores
de Neurodiscordância de Gênero

2.9.- Nova Identidade e Documentos para os Adultos

2.10.- Acompanhamento Psicológico Pós-Cirurgico

Terceira Parte: Normas para a Formação de Comitês para a Identificação de portadores de Neurodiscordância de Gênero

3.1.- A Formação dos Comitês

3.2.- O Desenvolvimento de Novos Processos de Avaliação

Primeira Parte: Conceitos Introdutórios

1.1.- O Propósito das Normas:

O propósito principal é a indentificação dos portadores de neurodiscordância de gênero, utilizando não apenas os procedimentos psicológicos e/ou psiquiátricos comuns, mas verdadeiros procedimentos médicos. Hoje nós sabemos que, os portadores de neurodiscordância de gênero são seres humanos com características inatas e somáticas próprias, e uma estrutura sexual mental e um sistema subcortical em discordância com a sua conformação genital original. Eles não são travestis, homosexuais ou pessoas com problemas psico-sociais, mas eles têm uma verdadeira identidade de gênero deles/delas, o gênero deles/delas, e uma identidade interna em discordância radical com os órgãos genitais deles/delas. Eles têm problemas somáticos, e precisam de uma solução médica, elas são pessoas portadoras de um defeito.

Hoje nós sabemos, depois de Doner, Raisman e Field, Pfaff, Gorsky e muitos outros, que estudaram ratos; Bonsall, Michael, Pfaff, Pomerantz, Sholl, Ayoub, Goy, Resko, Connolly, Clark, entre outros, que estudaram os macacos rhesus; Doner, Swaab, LeVay, Pfaff, Gadue, McEwen que estudaram nos humanos, descobriram que o nosso Sistema Nervoso Central (SNC) tem anatomicamente um sexo, e esse sexo é neural e gravado em nosso corpo, sendo localizado em áreas subcorticais; e essas áreas nunca mudarão depois do nascimento. Ninguém aprende a ser um gato, ou a ser um cachorro. Ninguém aprende a ser um cisne ou um pato, todas as crianças sabem quem são. Ninguém aprende a ser um menino ou uma menina.

Nosso sistema neural subcortical (hipotalamo, terminal de estria e amigdalas do limbico) gera em nosso ego, disposições inatas, ou dispositivos de imagem (Damasio), incluindo nossa pre-disposição de identidade de gênero. Aquela pre-disposição define em nosso ego, nossa identidade de gênero interna e real, nosso real e verdadeiro sexo.

Biologicamente pessoas normais não têm nenhuma discordância entre a sua conformação genital e a sua pre-disposição de identidade de gênero ou sexo verdadeiro. Pessoas portadoras de neurodiscordância de gênero têm os órgãos genitais em discordância com a sua identidade de gênero, com o sexo inato gravado no corpo neural deles/delas.

O propósito principal das Normas é mostrar um modo seguro de descobrir, o mais cedo possível, pessoas com desordens sexuais ou portadoras de disforia sexual, e se aquela disforia é de NEURODISCORDÂNCIA DE GÊNERO.

Se alguém é um neurodiscordante de gênero, o mais cedo possível "ele" ou "ela" têm o direito, como ser humano (e um ser humano defeituoso), de ter o auxílio para realizar a correção necessária e possível, para obter, desta forma, o maior respeito, uma vida digna e normal dentro da sociedade.

O neurodiscordante de gênero, neurobiologicamente um macho ou fêmea, tem o direito de ter o corpo corrigido o mais cedo possível, para ter e levar a vida o mais normal possível.

1.2.- O Objetivo do Tratamento:

O objetivo do tratamento é, depois da identificação do neurodiscordante de gênero, promover a correção total do seu corpo, utilizando procedimentos endocrinológicos e através da realização da cirurgia transgenital tão rápido como possível. O neurodiscordante de gênero é um tipo de "ser intersexual invisível", e tem o direito a todas as correções assim que nós tenhamos um diagnóstico correto e seguro. Não só um diagnóstico psicológico e/ou psiquiátrico mas, principalmente, a um endócrinológico, a um genético e a um diagnóstico sexual, feito por um bom sexologista.

A meta de tratamento é corrigir pois os corpos que estão contrários à realidade sexual do neurodiscordante de gênero o mais cedo possível, minimizando os traumas psíquicos e sociais nas vidas das vítimas daquele tipo de síndrome.

1.3.- Diretrizes Clínicas:

Nós pretendemos mostrar a melhor forma de como os sexologistas, psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, geneticistas e cirurgiões, podem estudar e desenvolver tecnologias novas, processos e testes, para identificar e promover o diagnóstico e tratamento ideais para pacientes com neurodiscordância de gênero. Principalmente, para as crianças de neurodiscordância de gênero e adolescentes.

Geralmente, o adulto com neurodiscordância de gênero, com mais que 20, 25 anos, não muito traumatizado pela família, vida, religião e sociedade, é bem provável que facilmente mostre sua identidade de gênero, se por acaso era muito pouco conhecida por ele ou ela desde que era uma pequena criança consciente, com 5, 6, 7 anos. Mas, para alguns adultos com muitos trauma, depois de muito sofrimento, é necessário às vezes um estudo psiquiátrico muito profundo.

Para crianças ou adolescentes não muito traumatizados, os testes genéticos serão muito importantes. Para adultos, esses testes não são importantes.

Nós sugerimos, para as crianças, adolescentes e adultos, algumas normas de procedimentos de teste, como uma diretriz principal a ser analisada para cada condição do paciente.

Em nosso ponto de vista, não é tão importante, como outros pensam, ter uma "real experiência" de vida, como uma pré-exigência para o tratamento hormonal e o programa de cirurgia transgenital. Às vezes pode ser confundida uma real experiência de vida com o comportamento de tipo travesti, orientação sexual homosexual, e a neurodiscordância de gênero que podem ser inibidos pela costumeira mistura que a sociedade faz. É muito bom quando o neurodiscordante de gênero pode viver um papel social de gênero, de forma livre e aberta, mas não é absolutamente necessário, em nosso ponto de vista.

1.4.- Machos Neurobiológicos e Fêmeas Neurobiológicas:

Machos neurobiológicos (fêmeas genitais) e fêmeas de neurobiológicas (machos genitais): A melhor definição do sexo do paciente, e de cada ser humano é muito importante, e hoje muito controverso. Como hoje podemos definir o verdadeiro sexo de alguém? Com o aparecimento externo do genitais, como na Idade Média? Ou quando alguém usa vestidos ou artigos de vestuário? Ou baseado na classificação feita por alguém que classifica uma criança, antes de que a criança pudesse expressar sua conformação neural interna, imagens inatas internas e pré-disposição?

Nós estamos em 2000, não mais no cinquentas, quando algumas pessoas pensaram em hormônios, geneticismo e neurônios como elementos importantes para estabelecer a identidade interna de gênero.

Hoje nós sabemos, que a nossa identidade de gênero é neural, inata e somática. Nosso sexo é nosso sexo neural. Assim, machos genitais podem ser neurobiológicamente reais fêmeas, e vice-versa.

Como em algum dia, pelo século XVII, Galileo e Coopernico mudaram nossos referenciais astronômicos, cosmológicos e o mesmo Kant no século XVIII em filosofia, hoje a neurobiologia está mudando o ponto referente a definição do sexo. O verdadeiro sexo é o neural, o psicosomático e não o genital. Para todo o neurodiscordante de gênero, é muito importante ser reconhecido socialmente pelo seu sexo neurobiológico, e não pelo sexo genital.

Infelizmente hoje, todas as Constituições, de todos os países, ainda usam o sexo genital para definir o sexo do indivíduo. Eu espero, um dia, que esta situação mudará e todos as pessoas serão reconhecidas pela sua identidade de gênero, pelo seu sexo hipotalámico e neural, até mesmo pela lei.

Segunda Parte: Origem, Diagnóstico e
Tratamento

2.1.- Considerações Epidemiológicas:

Hoje nós sabemos que um neurodiscordante de gênero fêmea (neural fêmea) teve dois problemas durante a sua gestação trabalhando juntos: um genético e o outro, endócrino. O fator genético é reconhecido como o receptor de andrógenos com baixa intensidade, e/ou receptor de estrógenos de intensidade. O endócrino, é uma quantia pequena de andrógenos no cérebro durante a diferenciação do sexo neural (entre 4º e 7º meses da gestação). Esses dois fatores que trabalham juntos são suficientes para não masculinizar o cérebro, até mesmo quando os órgãos genitais sejam masculinos.

Assim, a insensibilidade e/ou baixa recepção de andrógenos/estrógenos podem ser uma característica que depende de fatores hereditários populacionais e/ou raciais. Algum tipo de famílias, ou populações ou alguns tipos de nações poderiam ter pré-disposição mais genética para ter aquele tipo de síndrome.

Um outro fator, é a quantia de andrógenos no fluxo de sangue ao cérebro durante o 4º e até o 7º mês de gestação, hoje nós sabemos que isso depende da condição emocional das mães!

Estreses patológicos em mães torturadas por diversos fatores, terão mais probabilidade para ter meninas com neurodiscordância de gênero. Nós vivemos cada vez mais em sociedades opressivas para as mães. A quantia de meninas com neurodiscordância de gênero está aumentando, e provavelmente aumentará cada vez mais. Na Holanda, a Harry Benjamin´s Fundation nos informa que, o índice de meninas com neurodiscordância de gênero vem aumentando de algumas décadas até hoje, a razão de 1:37000 para 1:11900; e no caso de meninos com neurodiscordância de gênero, de 1:107000 para 1:30400!

As causas biológicas de meninos com neurodiscordância de gênero não são bem entendidas ainda hoje. Provavelmente, os cérebros são masculinizados pela exposição a uma quantia grande de estrógeno no feto, circulando no fluxo sangüíneo durante o período crítico da diferenciação do sexo no cérebro, causado por uma atividade precária da placenta ao filtrar o estrógeno, mas ninguém está seguro sobre isso hoje. Mas os meninos com neurodiscordância de gênero também estão aumentando mais ou menos, em alguma proporção como as meninas com neurodiscordância de gênero.

É muito importante que nunca se confunda neurodiscordância de gênero, um síndrome, algo eminentemente biológico, um tipo de intersexo, com travestismo, crossdressing ou drags.

Travestis, crossdressers e drags não possuem disforia com seus próprios corpos, assim como com seus órgãos genitais. Eles só são artistas de certa forma, ou às vezes apresentam uma disforia com a sociedade, mas não com eles próprios. Eles nem apresentam todo o síndrome e normalmente, nenhum problema médico.

2.2.- Origem e Desenvolvimento da Nomenclatura:

O termo "transexual" emergiu nos anos cinqüenta como um meio de designação para uma pessoa que desejou ou viveu no papel do gênero contrário, em discordância com a sua aparência genital. Com a terapia de hormônios ou não, com cirurgias transgenitais ou não. Alguns clínicos usaram o termo "verdadeiros transexuais" durante os anos sessenta, vindo a confundir os neurodiscordantes com travestis e outros.

O "verdadeiro transexual" era mal compreendido pelos psicólogos e psiquiatras como alguém que, por alguns problemas de identidade na primeira infância, não conseguiram aprender o modo correto de viver com o gênero genital original, optando por viver o outro papel sexual, além de incluir o tratamento hormonal e cirurgia dos órgão genitais. Todos estos termos foram equivocadamente empregados por terapeutas que imaginaram que a identidade de gênero era um produto opcional da infância. Da mesma forma como alguém aprende uma lenguagem, eles disseram. Assim, hoje alguém poderia imaginar uma menina, e amanhã poderia imaginar e ver no espelho que era um menino por causa dos hormônios, por causa de razões genéticas e neuronais, como um dogma fundamental, tudo isso não era importante para a definição de identidade de gênero.

O Dr. Dorner, um endocrinologista alemão da Humboldt University em Berlim, um alemão Oriental, do outro lado do Muro de Berlim, um comunista que usa ratos de laboratório, demonstrou que o cérebro tem um sexo, definido nas estruturas subcorticais. O que também os humanos possuem, como depois dele o confirmaram muitos outros cientistas (Gladue, Le Vay, Swaab, entre outros). Mas naquele tempo, psicólogos e psiquiatras (principalmente Money e seus seguidores) tinham como verdade pre-estabelecida, o dogma que os hormônios, os neurônios e a genética não eram importantes. Mesmo sabendo os resultados dos endocrinologistas, geneticistas e neurobiológos, eles ainda insistiam nos seus dogmas ideológicos existencialistas.

Infelizmente, Dorner cometeu um engano. Ele não compreendeu a homosexualidade. No ponto de vista dele o sexo mental era importante para mostrar apenas a orientação sexual. Hoje, depois da descoberta da normal bisexualidade dos bonobos, um tipo de chimpanzé (uma espécie nova de hominoides, denominados de pan paniscus) naturais da floresta de Wamba no Congo, sabemos que seguramente a heterosexualidade, a homosexualidade e a bisexualidade não são problemas de origem neuronal, mas manifestações culturais.

O Dr. Money disse que os hormônios, os neurônios e a genética não eram importantes para a identidade de gênero, mas aceitou que os hormônios eram importantes para a definição do papel do gênero. Mas isso é impossível, porque o papel do gênero, por definição, é algo que você aprende, porque o papel que você pode aprender, resulta em algo cultural.

Dorner e Money não viram o que realmente estava acontecendo. Nem Dorner ou Dinheiro estavam certos, porque o hipotalamo pode não decidir sobre a orientação sexual (algo cultural), e o papel do gênero (algo cultural também). A única coisa que o hipotalamo podem gerar em nós, são outras coisas como: gostar e não gostar, e a identificação.

Hoje, a maioria dos resultados demonstram, em ratos, pássaros, macacos rhesus e humanos, que o hipotalamo é muito importante para definir se é fêmea ou as pre-disposições masculinas. Isso está certamente seguro, e todos os cientistas e peritos concordam.

Este sistema hipotalamico pode não ser importante para definir a orientação sexual, porque na selva, todos os espécimes de hominoides de uma espécie, como os pan paniscus ou bonobos, podem não ter uma estrura neuronal patológica. E todos eles são bisexuais, sistematicamente. Ninguém é heretosexual, naturalmente.

Esse sistema hipotalamico pode também não ter apenas uma influência nos papéis de gênero sociais ou culturais, porque característicamente somos eretos, aprendemos ou construimos com o nosso córtex cerebral, e nunca com o hipotalamo. Como nós aprendemos um idioma, através do córtex cerebral, por exemplo. O Dr. Donald Pfaff demonstrou para nós, como também o fez Bonsall, Clark e Michael, que o córtex cerebral dos primatas não têm a ação de esteroides sexuais, dessa forma, eles não podem ser responsáveis por importantes definições como a identidade de gênero, mas só desenvolver papéis de gênero.

Mas esse sistema hipotalamico é certamente importante para a diferenciação sexual das estruturas cerebrais. E seguramente, tem relação com importantes conseqüências psicosomaticas nas respostas psíquicas humanas. Assim, o hipotálamo é importante para a geração de uma identidade de gênero, como um processo psicosomatico, gerando uma pre-disposição a imagens, resultando em algo inato, somático e neurológico que determina o sexo em nosso ego (M. Freitas).

Hoje nós sabemos que é impossível aprender a ser um menino ou uma menina na infância. As pre-disposições das áreas subcorticais inatas são inalteráveis após o nascimento humano.

Agora é muito importante demonstrar que esses velhos tabus não são verdadeiros, e que precisamos de conceitos novos para definir o novo conhecimento que temos da realidade.

Nós também sabemos hoje que, o processo genético e endócrino da diferenciação neural é totalmente independente e muito mais complexo que a simples diferenciação genital, e eles podem estar em total discordância.

E essa é a origem de neurodiscordância de gênero.

Muitos nomes estão sendo usados hoje para definir o transexualismo. Trangênero, disforia de gênero, desordem de gênero, etc. Todas esses condições são boas, e podem definir algo, mas nunca a causa do síndrome. Desordem é um conceito muito grande, e também disforia. Disforia é uma conseqüência do síndrome mas nunca a causa. Para definir hoje esse tipo de síndrome da melhor forma possível, estabelecemos o termo NEURODISCORDÂNCIA DE GÊNERO . Por que?

É uma real discordância, uma discordância somática e inata entre a forma genital e a estrutura sexual neural interna. Aquela estrutura neural gera em nós, de forma inata, dispositivos de imagens e pre-disposições. Entre outros, imagens da identidade de gênero, que nós expressamos ao longo de nossa infância dentro de nossas brincadeiras e jogos, tendências, desejos, etc. (O que o Dr. Money denominou de "papéis" de gênero, resulta na verdade a expressão da identidade de gênero natural, o sentimento expressado da criança).

O sistema neural está em discordância com a forma genital.

Um termo bom para expressar aquela discordância somática, inata e biológica é o de NEURODISCORDÂNCIA DE GÊNERO.

Neurodiscordância de gênero não é um problema psicológico, mas um problema neurológico. Nenhum psicólogo ou psiquiatra pode "curar" ou "mudar" o sexo inato gravado em nossos cérebros. O psicólogo ou o psiquiatra podem descobrir se o paciente tem outro tipo de problemas ...algumas doenças mentais...etc.

Hoje até mesmo nenhum neurologista pode "curar" ou "mudar" o sexo de neural de ninguém. Mas o endocrinologista e o cirugião podem corrigir os corpos e órgãos genitais para o ser estar acorde. Isso é possível e deve ser feito, o mais cedo possível.

2.3.- Diagnóstico da Neurodiscordância de Gênero:

Há muita confusão hoje, e isso deve ser explicado e deve ser eliminado definitivamente. Há muitas coisas que nós podemos classificar como disforias de gênero. Homosexualismo pode não ser classificado como desordem de gênero.

A descoberta dos macacos de bonobo no Congo, e o último resultado das pesquisas com os bonobos nos mostra, inequivocamente que, a bisexualidade e o comportamento homosexual são padrões psico-sociais e nunca algo biológico.

Hetero, homo e o comportamento bisexual são algo social e cultural e não algo biológico.

Porque um homosexual é ativo/passivo ou porque um homem gosta de travestir-se como uma mulher? E colocar peito de silicone, mostrar alguma feminilidade externa?

Eles amoldaram seus cérebros, eles são biologicamente machos normais, e nunca mulheres com neurodiscordância de gênero.

Fetichismo, trauma, uma imaginação desenvolvida, nós não sabemos. Mas é algo social, psico-social, e não um cérebro feminino com órgãos genitais masculinos. E geralmente eles têm otras características...

  • Cérebros masculinos com órgãos genitais masculinos.

  • Eles são ativos/passivos e não só passivos sexualmente com homens.

  • Eles mostram sempre alguns aspectos eminentemente masculinos.

  • Eles nunca pretendem realmente ser reconhecidos como mulheres.

  • Eles não gostam da idéia de realizar a cirurgia transgenital.

  • Eles mostram uma apariência externa feminina e nunca sentimentos internos femininos.

É possível que alguém com neurodiscordância de gênero esteja seguro sobre "quem ele é"? Sim, de fato, principalmente se o neurodiscordante de gênero tem mais idade e muitos sofrimentos e trauma adquiridos. Nesses casos, um trabalho psicológico e psiquiátrico é muito importante e deve ser desenvolvido, porque muitos sentimentos e inseguranças podem estar presentes na mente do paciente. Pelo menos, um a dois anos de análise profunda serão realmente necessários, mas esses casos não são tão comuns.

No princípio da vida consciente, com 6 para 7 anos, sem medo e opressão, a criança mostra inequivocamente quem é, ou ela ou ele. DEIXE QUE AS CRIANÇAS SE MOSTREM LIVREMENTE, antes dos traumas de rejeição da família, dos pais, dos vizinhos, etc... os tabus do sexo podem colocar em perigo a exposição interna dos seus sentimentos naturais. As crianças mostram, sem temores, livremente as identidades de gênero que carregam (nunca os pápeis de gênero conforme Money pensou). Crianças, naquela idade podem mostrar realmente o que elas são. Ninguém poderia saber melhor que si mesmo, quem nós somos. Mas, para crianças pequenas, nós precisamos ter mais informação. O psicólogo deve testar bem para saber se há qualquer tipo de possível doensa mental ou patologia, assim como conhecer dos pais as condições durante a gravidez, se a mãe teve alguma situação anormal acentuada ou não. E testes genéticos, saber se há alguma insensibilidade na recepção de andrógenos/estrógenos..., infelizmente, os sistemas neuroendócrinos não são "operacionais", até os 16 para os 18 anos.

Nós temos mais ou menos 3 a 4 anos de analise, onde concluímos. Isto é bastante tempo, principalmente se a criança é livre para mostrar seu eu.

Com 10 a 11, podemos começar se o neurodiscordante de gênero está determinado ao tratamento de hormônio, até as 12 ou 13. Então, segue-se a cirurgia genital, para as mulheres, porque hoje há uma excelente tecnologia de vaginoplastia. Hoje para homens, o melhor modo é só manter mais tempo a hormonioterapia, até uma boa tecnologia de conformação de um pênis novo seja desenvolvida.

Nunca a hormonioterapia ou a cirurgia transgenital devem ser realizadas baseadas apenas em avaliações psicológicas ou diagnósticos psiquiátricos para adolescentes. A exposição natural e livre do paciente e o teste genético são essenciais, nesses casos.

Ao contrário, para pessoas mais velhas, depois dos 18, 20, 25 anos, uma boa análise de possíveis trauma deve ser anteriormente avaliada para a hormonioterapia ou para a cirurgia transgenital. E nenhum endócrino ou testes genéticos são necessários nesses casos.

Em nenhum caso é essencial estar vivendo seu sexo neural, mas sempre é uma boa indicação.

Daquilo que nós mostramos aqui, é óbvio que não são necessários dois anos! ou algum tempo para todos os casos. Para alguns adultos, 1 a 2 meses de análise, e um teste Rorschach é mais que suficiente. Para alguns adultos, muita análise psíquica é importante, com o acordo do paciente. Para as crianças e adolescentes, muitos testes fisiológicos são essenciais, como o Rorschach e outro análise psíquico, pelo menos até os 10 a 11 anos, e provavelmente uns 3 a 4 anos de análise serão possíveis, se as crianças fossem ser analisadas cedo, quando eles começam a se mostrar, poderiam ser identificados como neurodiscordantes de gênero, com 5, 6 ou 7 anos.

Pais, mães, parentes, professores ...estejam alertas para saber, entender os sinais que as crianças mostrarão para vocês. Não intervenham, não mostrem agressividade contra os sentimentos deles/delas. Deixe-as mostrar-se para vocês, livremente, o mais cedo possível, quem elas são. E comecem o mais cedo possível, NUNCA ALGO PARA MUDA-LOS, mas fazer algo para estar seguro sobre o quê eles são, e é isso que realmente você poderia fazer para economizar os corpos deles/delas, os sentimentos deles/delas, as esperanças deles/delas e as vidas deles/delas. Depois de alguns anos de análise com bons profissionais, se eles são neurodiscordantes de gênero, ELES podem SER CURADOS CEDO, e viver na adolescência, as vidas deles/delas e os sonhos deles/delas.

2.4.- O Tratamento Hormonal em Adolescentes com Neurodiscordância de Gênero:

O mais rápido possível é a idade ideal. Depois que um bom diagnóstico estivesse fundamentado em:

  • O conhecimento do eu e a expressão desse eu da criança de 4, 5 até 10, que mostrará que é uma criança com neurodiscordância de gênero.

  • A história da gestação da criança. Mãe com estresse entre o 4º e 7º mês.

  • O Rorschach testando se a criança não tem nenhuma patologia mental.

  • Testes genéticos de recepção de andrógenos ou estrógenos que mostram se há, na criança com neurodiscordância de gênero fêmea, alguma insensibilidade.

  • Durante esses anos de análise, o sexologista, e também o psicólogo e o psiquiatra devem ter entendido que a criança pode ser uma portadora de neurodiscordância de gênero.

Neste caso, depois de crianças de 10 anos, é importante começar a hormonioterapia o mais cedo possível, para crianças com neurodiscordância de gênero.

Para neurodiscordantes de gênero feminino:

  • Comece a terapia de anti-andrógenos imediatamente, primeiro com anti-andrógeno e depois de com LH para minimizar os efeitos ruins no corpo das meninas com os andrógenos. Aquela terapia pode permanecer durante mais ou menos 1 ano, com atendimento psicológica.

  • Com 11 anos, iniciar imediatamente a terapia de progesterona e estrógenos para começar a feminazação do corpo definitivamente. Isto inicia a preparação para a cirurgia.

Para neurodiscordantes de gênero masculinos:

  • Comece aos 10 anos com a terapia de testosterona e DHT, para masculinizar os aspectos secundários do corpo, e assim que possível tentar maximizar o clitóris original.
  • Comece a fazer um acompanhamento psicológico contínuo e freqüente com o menino.
  • Comece um programa de inibição do LH, para minimizar qualquer possível feminização no corpo.
  • Se houver uma boa tecnologia no momento para uma cirurgia transgenital visando masculinizar, com 12 o menino precisa estar preparado para ela.

Todas essas crianças com neurodiscordância de gênero têm o direito de viver a vida mais normal possível como seres humanos normais, e como seres humanos tem esse direito. Por que não?

Porque deixa-los infelizes, sem os seus sonhos, naturais de toda sua mocidade?

Porque impor os nossos medos e ignorância, e porque então lhes fazer um dano interno? Assim eles sempre sofrerão!

Eles têm o direito de viver. Mulheres como mulheres, com sonhos femininos, realizando os sonhos de um amor romântico e feliz. Como meninas e nunca como meninos efeminados. Machos como machos, com desejos de machos e sonhos masculinos e com a liberdade de suas tendências. Por que não?

Eu sei que eles não são, até 16 ou 18 anos, na maioria dos países, responsável por eles mesmos. O pais são responsáveis. E a sociedade.

Assim, o TRANSGENDER BRASIL pensa que é importante mostrar a toda a sociedade e principalmente para os pais, como é importante para as vítimas de neurodiscordância de gênero, SABER A VERDADE SOBRE O SÍNDROME DA NEURODISCORDÂNCIA DE GÊNERO. Buscando ganhar para as crianças e adolescentes, uma esperança. A esperança de viver os sonhos da mocidade de forma feliz antes que seja tarde demais. Antes que os traumas transformem os sonhos em um pesadelo.

2.5.- Reconhecimento Social do Verdadeiro Sexo nos portadores de Neurodiscordância de Gênero:

Com 10 anos, a criança, os terapeutas envolvidos no problema e os pais e parentes saberão que a criança com neurodiscordância de gênero não é o menino que eles entenderam originalmente que fosse, mas uma verdadeira menina com neurodiscordância de gênero, e vice-versa para um menino com neurodiscordância de gênero. Mas só eles realmente sabem aquela realidade.

Os outros provavelmente pensarão que ela é um menino efeminado, ou ele é uma menina masculinizada. Essas idéias erradas têm que mudar imediatamente. Na escola, na mentalidade dos professores, dos vizinhos, etc ...Como?

Mudando imediatamente o nome e os documentos. Os médicos e pais podem tentar mudar no sistema judiciário imediatamente. Lute pelas crianças, eles têm esses direitos como as outras crianças têm! Eles têm o direito de ter um nome e a ser reconhecidos pela sociedade como eles realmente são!

Terapeutas, lutem para que os neurodiscordantes de gênero sejam entendidos dentro das comunidades médicas e psicológicas verdadeiramente! Professores, faça o mesmo. Façam o mesmo teólogos, padres e pastores. Divulguem esta realidade nas universidades e escolas médicas e psicológicas. Divulguem através dos meios de comunicação de massas. Ajude-nos ao redor do mundo, à ASSOCIAÇÃO DE NEURODISCORDÂNTES DE GÊNERO para DIVULGAR A VERDADE SOBRE ESSE TIPO DE SÍNDROME.

Até que a ignorância morra e as leis de todos os países mude, e o neurodiscordante de gênero tenha esses direitos garantido em suas vidas, como crianças e como adolescentes.

2.6.- As Cirurgias Transgenitais nos Adolescentes portadores de Neurodiscordância de Gênero:

Depois dos 12 anos , o mais cedo possível, depois do ter iniciado a hormonioterapia a menina com neurodiscordância de gênero pode proseguir para a cirurgia de neovaginoplastia. Hoje há tecnologias excelentes; há tecnologias que preservam todos os nervos e a sensibilidade, e a menina pode permanecer com o orgasmo normal e possibilidades de prazer. Por que não aos 13 anos? Por que não aos 12, ou o mais cedo possível? Por que esperar até os 18 ou 21 anos com sofrimentos e traumas?

Hoje, para neurodiscordantes de gênero masculino, não há cirurgias tão eficientes. É melhor esperar para o surgimento e desenvolvimento de novas tecnologias. A terapia de hormônio pode ter resultados bons, com o desenvolvimento do clitóris que pode vir trabalhar como um neofalo e com a diminuição do tamanho de vagina original.

2.7.- O Tratamento Hormonal em Adultos portadores de Neurodiscordância de Gênero:

Hoje, pelo fato dos neurodiscordantes de gênero serem mal compreendidos pela sociedade, os próprios neurodiscordantes de gênero começam suas terapias com conta como cidadãos marginais. E vivendo depois como pessoas marginais. Mulheres que consomem anti-andrógenos, inibidores de LH, estrógenos e progesterona sem qualquer controle e qualquer conhecimento.

As vezes, algumas mulheres neurodiscordantes de gênero tornaram-se dependentes de hormônios.

E os traumas psicológicos aumentam e aumentam, e finalmente, após alguns anos, algumas não sabem mais, o que elas realmente são. Muitas delas não sabem mais se são meninas neurodiscordantes de gênero ou apenas travestis. Algumas vivem e sobrevivem através da prostituição e eram original e absolutamente meninas, apenas e tão somente passivas; mas vida as manda a prostituição. Hoje, elas não estão mais seguras do que elas realmente são, porque viver, sobreviver, ter clientes, pagar contas, ter comida e consumir hormônios, as faz precisar agir como homens ativos com seus clientes. E agora, elas estão confusas, pois não sabem mais o que são.

Elas precisam de ajuda profissional.

Elas precisam de terapia psicológica adequada antes de todas as outras terapias.

Elas precisam de ajuda para redescobrir, desde a sua infância o que elas realmente são. Se são meninas ou meninos. Antes dos trauma e de grandes sofrimentos, elas perderam a sua identidade consciente e clara. As suas identidades realmente não mudaram como alguns pensam, mas realmente ficaram recluídas pelo sofrimento.

Só depois do tratamento psicológico e de alguns meses ou até mesmo anos, pode ser prescrita alguma terapia adequada, assim como as terapias de hormônio e cirurgia. SOMENTE DEPOIS DISSO.

Por outro lado não assim com os adultos traumatizados, depois que um teste de Rorschach, as terapias podem ser prescritas sem problemas, tanto terapias de hormônio como cirurgias. Sempre depois de aplicados os testes de Rorschach.

Para adultos, nunca é necessário e essencial, o teste genético e neuroendocrinológico.

2.8.- As Cirurgias Transgenitais nos Adultos portadores de Neurodiscordância de Gênero:

Depois de uma boa analise de cada caso, quando realmente se identifique um paciente com neurodiscordância de gênero, poderá ser implementada a cirurgia com a melhor tecnologia numa mulher (neural).

Através da melhor tecnologia nós entendemos aqui uma cirurgia que manterá TODA A SENSIBILIDADE DA NOVA VAGINA, SENDO FUNCIONAL EM TAMANHO E OPERAÇÃO, A QUAL PERMITIRÁ AO PACIENTE TER PRAZER E ORGASMO. Como hoje nós temos a tecnologia do Dr. Jalma Jurado no Brasil.

BOAS TECNOLOGIAS devem SER DIVULGADAS, EM ESCOLAS MÉDICAS E UNIVERSIDADES.

Hoje para neurodiscordantes de gênero masculino, não há uma boa tecnologia disponível. Para eles, hoje, a única esperança é desenvolver uma terapia hormonal forte o mais cedo possível, para desenvolver o clitóris original.

2.9.- Nova Identidade e Documentos para os Adultos:

Eles devem ser automaticamente emitidos pelo governo depois das cirurgias para mulheres e dos homens neurodiscordantes de gênero em tratamento hormonal . Infelizmente, apenas em países civilizados hoje isso é possível. Neste caso, o Brasil. por exemplo, não se encontra entre eles.

2.10.- Acompanhamento Psicológico Pós-Cirurgico:

Quem precisa de um acompanhamento psicológico depois da cirurgia?

Para as cirurgias de mulheres neurodiscordantes de gênero, o paciente não precisa de qualquer acompanhamento psicológico. A sociedade, a família, etc ...precisam de um acompanhamento psicológico. A menina neurodiscordante de gênero ou mulher, como Orlando de Virgínia Woolf, tanto uma como a outra, estarão muito contentes de ter um corpo de acordo com elas. Quem precisará de ajuda psicológica serão os outros que estão em relação com elas. Na família, em escola, no escritório, etc...

O melhor modo de ajudar a sociedade é DIVULGAR A VERDADE CIENTIFICA SOBRE O SEXO CEREBRAL E A SÍNDROME DA NEURODISCORDÂNCIA DE GÊNERO!

As cirurgias mal realizadas em mulheres com neurodiscordância de gênero, matará, traumatizará e destruirá a menina ou a mulher. Se os nervos não forem preservados, não haverá prazer, nem haverá mais os seus sonhos, e elas morrerão. Morrerá seu ser interno. E o que podemos fazer por elas?

DETER OS CIRURGIÕES RUINS E INCOMPETENTES IMEDIATAMENTE!

As tecnologias velhas e OS CIRURGIÕES INCOMPETENTES e OPORTUNISTAS!

Terceira Parte: Normas para a Formação
de Comitês para a Identificação de portadores
de Neurodiscordância de Gênero

3.1.- A Formação dos Comitês:

Em alguns lugares, como por exemplo, no Brasil, não existe hoje nenhuma regulamentação para a formação de grupos ou comitês para a identificação de portadores. Algumas vezes, muito tempo, análise, testes e entrevistas são requeridas ...realmente algumas maratonas para conseguir ser candidato a uma cirurgia, somente é possível através de exaustão...

Outros, em poucos dias conseguem a aprovação das cirurgias.

Hoje não há nenhum criterio realmente bom estabelecido. E muitos erros podem ser cometidos. Nós propomos alterar os nosso padrões atuais e estabelecer alguns criterios:

1.1. - Todo o Comitê tem que ter:

  • Um sexologista com experiência em neurodiscordância de gênero, e ser o líder do grupo.

  • Um psiquiatra com experiência em neurodiscordância de gênero.

  • Um perito e psicólogo em neurodiscordância de gênero para aplicar testes como o Roschach, pelo menos.

  • Um endocrinologista com experiência em teste de Doner e em neurodiscordância de gênero.

  • Um geneticista com experiência em andrógenos, esteroides receptores de estrógenos e prova de sensibilidade.

  • Quando possível, uma experiente neurodiscordante de gênero mulher ou homem, completamente corrigida; sendo um profissional com pelo menos grau universitário em alguma área (sexological, médico, biológico, psicológico, etc..)

1.2. - Nós propomos um novo padrão de análise a ser seguido, TANTO PARA ADULTOS, ADOLESCENTES E CRIANÇAS, pelo comitês estabelecidos. Sempre que possível, o líder de comitê deverá ser um sexologista, com experiência em disforias de gênero, e principalmente em neurodiscordância de gênero.

3.2.- O Desenvolvimento de Novos Processos de Avaliação:

Nós pretendemos ajudar todas as universidades e instituições para desenvolver tecnologia que melhorem a qualidade dos comitês, e principalmente, para melhorar os estudos de testes genéticos que permitam a identificação de andrógenos e a sensibilidade de recepção de estrógenos . Esses testes são muito importantes para desenvolver uma boa análise de crianças com neurodiscordância de gênero. Nós permaneceremos atentos a tecnologias novas, desenvolvimentos e descobertas ao redor do mundo, visando melhorar a qualidade dos testes que avaliam as crianças. Também é importante melhorar os testes neuroendocrinológicos de Doner, hoje disponível para adultos (mas não tão importante para eles), e não disponível para crianças (e tão importante para eles).

Martha Camilla Freitas é a coordenadora geral do Transgender Brazil,
junto com Astrid Bodstein e Marcia Lopes. E Verônica Lane é responsável pelas
atividades de Relações Públicas, Representação, Serviços de E-mail e Website.

Caso deseje entrar em contato conosco, por favor escreva para o email abaixo.
(
verola@yahoo.com)

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