História da Cidade

A História do Rio por trás da máscara


     O Brasil desde sua descoberta foi visto com apreensão pelos membros europeus. Era considerado um território perigoso, dominado por criaturas desconhecidas. Só por volta de 1534, com a descoberta de riquezas naturais, o Novo Mundo despertou o interesse dos Ventrue e outros membros que faziam parte da aristocracia européia.
     O Nosferatu de nome Vincent Valentinii foi o primeiro cainita a pisar em solo brasileiro. Designado pela Camarilla européia para dirigir uma capitania hereditária e assim abrir caminho para a vinda de novos membros, Vincent, com a ajuda de seu carniçal Pero de Góis, administrou a capitania de São Tomé (equivalente ao atual Rio de Janeiro).
     O conflito com metamorfos foi inevitável e culminou com o desaparecimento de Vincent. O mistério que ronda esse desaparecimento permuta até os dias de hoje. Depois, quando o Novo Mundo já estava parcialmente dominado pelos colonos portugueses, a Camarilla européia resolveu mandar um grupo expedicionário que visava firmar-se em terras sul-americanas de vez. Esse grupo era formado, na sua grande maioria, por membros dos clãs: Gangrel, Nosferatu, Malkavian e Brujah.
     Dentre as suas primeiras providências, a mais importante e significativa, foi a expulsão dos metamorfos do litoral para o interior. Depois, começaram a desenvolver as vilas da região, usando como base econômica os engenhos de cana-de-açúcar.
     Vendo que detiam grande influência sobre os mortais da região, os membros desse grupo resolveram não mais servir a Camarilla e sim fazer do Rio de Janeiro um Estado livre anárquico. Liderando esse movimento, estava um Gangrel chamado Jan Herzog, um dos membros mais poderosos e que detinham a maior influência sobre os metamorfos. (Sua influência era tão grande que apaziguou muitas rebeliões dos metamorfos que alegavam que os Membros tinham invadido suas Terras). Seu plano consistia em conseguir o maior números de pessoas possíveis em prol do movimento (incluindo Membros, carniçais , humanos e metamorfos). Ele sabia que represálias da Camarilla não tardariam em vir e por isso achava que quanto mais pessoas tivessem para defender o movimento, mais difícil seria extingui-lo. Com o passar do tempo, o movimento estendeu-se para Minas Gerais e São Paulo. É bom lembrar que nesta época, Jan Herzog fechou um acordo de paz com os Lupinos, que ficou conhecido como Acordo Lupus. Este acordo previa um tratado de não agressão entre Membros e Lupinos, daí seu enorme poder sobre os outros Membros.
     Como Jan prevera, logo a Camarilla soube da existência de rebeldes...

O Fim da Revolução Anarquista

     Descontente com sua posição insignificante no movimento anarquista, o carniçal Joaquim Silvério dos Reis traiu Jan e contou os seus planos para a Camarilla européia, que por sua vez mandou um grupo com a missão de restabelecer a ordem. Esse grupo tinha como líder o Tremere Azzlaim Zerovitch, que com a ajuda de sua cria Aimée Ach e de outros membros, conseguiu enfraquecer o movimento anarquista de tal modo que fez com que seus líderes se rendessem.
     Estranhamente, Jan se aliou a Azzlaim, prometendo lealdade a Camarilla (as más línguas dizem que Azzlaim exerceu em Jan seus poderes de Dominação). Daí por diante o Brasil permaneceu em paz. Os membros foram aos poucos preparando a chegada da família real portuguesa, que já estava enfrentando problemas com o Império Napoleônico.

Consolidação da Camarilla no Brasil

     Em 1808, junto com a família real, vieram os primeiros Toreador. Esse grupo veio com o intento de fincar os pilares da Camarilla definitivamente no Brasil.
     Além dos Toreador, um Ventrue totalmente desconhecido chamado Frank Gosbell, foi enviado para coordenar as atividades vampíricas na cidade junto com Azzlaim. De início Frank chegou a ser subestimado por alguns graças ao seu semblante fechado e aspecto desleixado, mas com o passar do tempo provou seu valor.
     No começo houve algumas revoltas anarquistas contra o domínio Toreador, Tremere e Ventrue, mas com a força dos membros recém chegados, todos os motins foram controlados. Vendo que a situação estava sobre controle, Azzlaim achou que sua presença no país não era mais necessária e, por isso, deixou o controle do clã nas mãos de sua cria: Aimée Ach. Depois de ter feito tudo o que achava necessário, Azzlaim partiu para a Europa.

A independência do Brasil

     A situação do Brasil caia no desgosto dos membros aqui residentes, pois seus produtos de exportação eram vendidos com altos impostos e seus lucros eram muito reduzidos. Devido a essa situação e o fortalecimento da Camarilla local, apenas uma coisa amadurecia nas mentes do membros: a idéia de independência.
     A Camarilla Brasileira foi perdendo totalmente os laços que a vinculava a Camarilla Européia, e o processo de independência se tornou cada vez mais rápido, graças ao apoio da Camarilla Brasileira, especialmente dos ricos latifundiários Ventrue e das novas idéias de libertação trazidas pelos Brujah idealistas vindos da Europa e da América do Norte. Devido a diversas pressões, o Brasil ficou independente e o Império foi instaurado.
     Depois da independência, os membros que detiveram a maior parcela de poder foram: Havier SanCland, do clã Toreador, Aimée Ach, do clã Tremere e Frank Gosbell, do clã Ventrue formando então o chamado "Triângulo do Poder", expressão usada até hoje.
     Porém essa paz durou por pouco tempo. Vendo que não ocorreram mudanças significativas, os membros continuaram incitando revoltas, até que em 1889 o Império caiu e a República foi instituída como forma de governo.

Fatos importantes na estrutura Vampírica no Século XX

     Atraídos pela oportunidade de novos negócios alguns Ventrue começaram a chegar ao Rio de Janeiro para administrar fazendas de café, que na época, eram o negócio mais lucrativo. Entre eles estava Richard Van Glower. Anos depois começaria a 1° Guerra Mundial, onde as indústrias brasileiras cresceram muito. Como as potências estavam em guerra, o Brasil aumentou a venda de mantimentos. O país não podia comprar produtos industrializados, então se viu na grande necessidade de fabricar seus próprios. Alguns Ventrue viram que era um bom momento para aplicarem seu dinheiro em fábricas e então foram os pioneiros na industrialização brasileira.
     No final da década de 20, houve a Grande Depressão, que culminou com a quebra da bolsa de Nova York. Muitos produtores de café enfrentaram sérios problemas, apenas os que trocaram de ramo a tempo não perderam muito dinheiro. A maioria dos Ventrue ficaram arruinados, pois grande parte deles ainda não havia mudado de negócio, inevitavelmente os Toreador e Tremere também saíram prejudicados.
     Nos anos 60, Através de um golpe militar, comandado ocultamente pelo ardiloso Ventrue Frank Gosbell, o Brasil passou a ser dominado por uma ditadura, e Frank também se auto-proclamou Príncipe. Isso foi muito ruim para os habitantes e principalmente para os membros. Os Toreador ficaram impossibilitados de expor toda sua arte, pois a Ditadura acabou com o direito de expressão. Os Brujah foram fortemente vigiados, pois Frank sabia que o maior perigo vinha dos mesmos. Até mesmo os Ventrue foram prejudicados pela tirania de seu líder, que punha seus interesses acima dos do clã.
     Nessa época chegou ao Brasil o Brujah individualista Jonh Muster, que começou um movimento secreto contra a Ditadura de Frank, sendo prontamente apoiado pelos membros cariocas, que a tempos esperavam um líder consciente da ordem e dos verdadeiros valores a serem seguidos.
     Alguns anos depois com as "Diretas Já" os membros conseguiram se unir sob a liderança de Jonh e mudar a situação, derrubando o regime atual, e por conseguinte causando a derrocada de Frank do poder.

"A Dança dos Cadáveres"

     Por sua enorme capacidade de liderança na Camarilla, Richard Van Glower foi escolhido interinamente o Príncipe, formando assim um governo provisório. Van Glower, com sua imensa sede de poder, avançou com seus investimentos para os territórios Lupinos, quebrando assim o Acordo de Lupus, firmado por Jan Herzog.
     Por conseqüência, os Lupinos em sua Fúria resolveram contra-atacar, dirigindo-se para a cidade e fazendo uma matança desenfreada, esse dia ficou conhecido como "A Dança dos Cadáveres". Muitos vampiros foram mortos neste dia, tanto que quase metade da população vampírica da cidade foi dizimada. Entre as piores perdas, estava a de Richard Van Glower, que foi um dos alvos principais dos Lupinos, Havier SanCland, que morreu tentando defender sua cria e Jan Herzog que foi morto no meio de uma fracassada tentativa de restabelecer o acordo de Lupus. O impacto foi muito forte na Camarilla.

A chegada do Sabá

     O Sabá, que tinha uma posição modesta tanto no Estado quanto na cidade do Rio de Janeiro, foi informado do enfraquecimento da Camarilla por seus espiões. Visando esses fatos, eles decidiram então invadir e dominar a cidade.
     Devido as circunstâncias, o clã Gangrel em 1991, liderado por Williams Volnar McFayden, convocou uma reunião com os lobisomens e reafirmou o tratado que havia sido quebrado pelo o ambicioso Van Glower, solidificando assim a paz entre Membros da Camarilla e Lupinos, que perdura ate os dias de hoje.
     Graças ao acordo feito com os Lupinos, a Camarilla escapou da extinção, pois estes concordaram em entrar na guerra Camarilla X Sabá ao lado da Camarilla. Depois de alguns sangrentos combates, os Sabás acabaram derrotados por seus inimigos.

Eco 92

     Como prova de agradecimento, os Membros com sua influência mundial, mais a pedido do clã Gangrel, promoveram um evento que tinha como prioridade a proteção da Natureza. Esse evento ficou conhecido como ECO 92. Para a concretização desse evento, foi indispensável a participação de: Williams McFayden, representando o clã Gangrel e a Camarilla como novo Príncipe, Paulo Dimas, um dos maiores representantes dos lobisomens e um destaque especial para Marlic Fhaadi, o primogênito Malkaviano que apaixonado pela natureza prestou a grande influência de seu clã para esse fim.

O Recente Principado Gangrel

     Recenetmente a Camarilla era liderada por, Williams McFayden, um Gangrel de temperamento forte e persistente em suas convicções. Seu respeito entre os membros e os Lupinos era invejado por muitos, não porque ele era o Príncipe e sim pela sua capacidade de sair de situações quase irreversíveis. Correm boatos que para manter a paz, ele matou, com as próprias mãos, 3 Lupinos que se recusavam a manter o acordo, pelo menos é o que alega o clã Gangrel.
     Apesar de ter sido um Príncipe jovem, o escocês Williams Volnar McFayden mostra muita sabedoria em suas decisões e flexibilidade para atender as reivindicações dos outros clãs




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