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Ex-Alunos da Escola Técnica Federal de São Paulo |
Veja íntegra de matéria publicada em jornal interno da Federal em julho/97 sobre Os Novos Rumos da ETFSP.
Nossa atual novidade é o nosso bate-papo via e-mail ! ! !
Bem, com toda essa longa longa existência da página, ainda não temos história para contar.
Desde 14 de setembro de 1996 os ex-alunos da Federal já têm um site na Internet com a intenção de promover encontros e reviver antigas amizadas, etc.
Notícias da saudosa Federal existem, é claro. Precisamos de voluntários para escrever. Coloborações serão bem-vidas. Enviem conteúdo para etfsp@renatop.com
Nenhuma reformulação que se
efetive poderá fugir da tríade: realidade, necessidade e
compulsoriedade.
Se a realidade de nossa
instituição vem mostrando a necessidade de algumas
reordenações, defrontamo-nos com a realidade de termos que
efetuar mudanças sob a compulsoriedade da nova Lei e das novas
regulamentações.
Procurando unir três componentes: a
realidade que temos, uma Escola Pública e de qualidade, há
necessidade de alterarmos alguns desvios de percurso e a
compulsoriedade da Lei, vimos trabalhando nos seguintes projetos:
Reformulação dos cursos técnicos de nível médio
Sob a nova forma de oferta dos cursos de nível médio na Escola, tendo em vista a determinação legal para que os cursos técnicos sejam realizados de forma concomitante ou seqüencial à formação geral de nível médio, o que implicará na formulação de um modelo específico para o curso médio não profissionalizante e outro para os cursos técnicos, temos, até o momento, somente algumas orientações.
Não é possível afirmar ainda quando iniciaremos o curso propedêutico, embora provavelmente seja no ano de 1998, nem mesmo quantas vagas serão oferecidas, uma vez que estas determinações decorrem de outras definições de ordem institucional e legal, em especial, a reforma do ensino médio e a publicação de Portaria Ministerial que regulamentará a atuação das Escolas do Sistema Federal de Ensino.
Existe, por parte da Direção Geral, a definição política pelo oferecimento do segundo grau não profissionalizante, respeitados os limites legais, de capacidade, e estudos para elaboração de um currículo que atenda aos princípios da Lei e que possa, dadas as suas características, justificar a oferta desta modalidade de ensino pela Escola, uma vez que, deveremos estar trabalhando prioritariamente sob o princípio de Educação Profissional como um subsistema, complementar à formação geral.
De concreto, enquanto trabalho já iniciado, há a formação do "Grupo de Reformulação Curricular". Este grupo, composto por professores de todas as áreas da Escola, está estudando as possibilidades para a apresentação dos novos modelos. Até o momento o grupo tem realizado estudos e debates sobre os princípios filosóficos para a construção do currículo da ETFSP. Entendemos que não bastam novos modelos, novas grades, é preciso que nos fixemos antes em qual Educação acreditamos e qual Escola queremos.
Entendemos que a função nuclear da Escola deva permanecer no ensino técnico de nível médio. Neste sentido, estaremos trabalhando prioritariamente neste projeto. Pretendemos preparar estudos sobre a reformulação dos cursos, os quais serão apresentados às respectivas áreas para discussões e reformulações e à Direção Geral, para aprovação e encaminhamento ao MEC.
Formulação Profissional Básica
Complementarmente aos outros níveis de ensino, a Escola deverá implantar programas de formação que permitam o desenvolvimento de habilidades básicas e específicas, independentemente de escolarização anterior.
O primeiro trabalho neste sentido está sendo desenvolvido através de convênio entre a Escola e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos. Em linhas gerais, este programa destina-se a capacitar desempregados, preferencialmente metalúrgicos, para a reinserção no mercado de trabalho, dotando-os de habilidades, conhecimentos e posturas exigidos pelo processo produtivo moderno e preparando-os para participar, de forma ativa, de projetos de geração de emprego e renda.
Caberá à ETFSP, inicialmente, acompanhar o desenvolvimento do programa, elaborado pela CNM/CUT e PUC/SP, com colaboração da CESIT/UNICAMP, DIEESE, COPPE/UFRJ, certificando, em nível de escolaridade fundamental, os trabalhadores participantes desta experiência alternativa de formação profissional. Já obtivemos, para tanto, Portaria de autorização da SEMTEC/MEC. Trabalham nesta experiência o grupo de professores pertencentes ao antigo curso pró-técnico e que, futuramente, deverão desenvolver, com a colaboração de todas as áreas, novos programas de qualificação profissional e certificação.
Implantação de formação profissional em nível superior
Para a verticalização da sua educação rumo ao terceiro grau, a Escola deverá implantar cursos de Engenharia de Produção e/ou Tecnologia. Há dois projetos em tramitação na Secretaria de Ensino Superior, SESU/MEC, sendo um de Engenharia de Produção, na área de Mecânica, e um segundo na área de Construção Civil, voltado para urbanismo.
As informações obtidas até
então, sendo ainda extra-oficiais, apontam no sentido da
possibilidade de implantação, para o ano de 1998, do primeiro
projeto. Entendemos que para tanto deverá ser estruturado um
grupo para o trabalho específico de implantação desta
modalidade, complementando o trabalho do DDE que, num primeiro
momento, formatou os projetos encaminhados a Brasília e, neste
momento, está atualizando os currículos e documentação dos
professores que, pela sua formação de pós-graduação, foram
indicados no projeto como responsáveis pelas disciplinas.
Embora tenhamos solicitado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento recursos específicos para que pudéssemos desenvolver, de forma mais adequada, alguns desses projetos, entendemos que, mesmo sem obtermos a resposta sobre a possibilidade ou não do financiamento, é preciso começar o trabalho, sob pena de sucumbirmos à nossa própria incapacidade de sermos ágeis.
Existem algumas outras mudanças em curso, geradas pela realidade e necessidades atuais e que serão aplicáveis, ainda ao que podemos chamar de "currículo em extinção". Destacamos duas ações mais imediatas que são as alterações no modelo de Orientação e Supervisão que deverá ter um novo formato, com os dois profissionais atuando conjuntamente e por curso e ainda as alterações na recuperação, passando o atual modelo anual para o regime semestral e inserido no ano civil. Maiores definições sobre estas novas sistemáticas serão objeto de futuras publicações.
É importante ressaltar que, embora possuam objetivos específicos, todos os projetos deverão ser estruturados dentro da idéia de que o trabalho desta instituição, nas suas diferente modalidades, deverá seguir os mesmos princípios norteadores. Entendemos que, uma vez respeitados os limites legais, devemos preservar nossa autonomia com relação à liberdade de formular e executar um projeto educativo no qual acreditemos, seja em nível de sistema ou de modalidade de ensino.
Carmen Monteiro Fernandes
Diretora do DDE