(dedicada à memória de todos aqueles que um dia,
em algum lugar deste planeta,
foram vítimas da injustiça e da discriminação)
SILÊNCIO!
Ouça o pássaro.
Ele fala da liberdade.
Da liberdade de ver,
Do alto, a cidade
O que aprouver.
SILÊNCIO!
Ouça o pássaro.
Ele fala da liberdade.
Da liberdade de comer,
O fruto no pé.
Como aprouver.
SILÊNCIO!
Ouça o pássaro.
Ele fala da liberdade.
Da liberdade de beber
A água na fonte.
Quando aprouver.
SILÊNCIO!
Ouça o pássaro.
Ele fala da liberdade.
Da liberdade de voar
Pelos campos e cidades.
Onde aprouver.
Mas, prenderam o pássaro
Porque ser livre os irritava.
E, o pássaro, agora preso
Sentiu o peso do medo agressivo
Daqueles que queriam voar.
E, porque temiam, agrediam.
Pois, por medo à revolta,
Sacrificaram o pássaro
Que nada mais queria
Que, simplesmente, VOAR...
Fernando A. Moreira