OS
FUNDAMENTOS DO MONISMO
UBALDISTA
Pedro Orlando Ribeiro |
Palestra do Vº Congresso PIETRO UBALDI – Goiânia, GO
PARTE
2
Slide 15 Cada unidade resulta composta de duas metades inversas
e complementares. (. . .) É um fato que não se pode ter unidade senão reunindo os dois contrários que a
constituem, isto justamente porque, pelo princípio dos esquemas de tipo único, o motivo fundamental da
cisão se repete do caso máximo ao menor caso, de modo que o motivo da queda retorna em tudo o que
existe. Desta forma, o princípio fundamental do universo pode ser observado em qualquer parte, onde quer que
olhemos. E o fato de cada unidade só poder constituir-se em todos os casos pela união de dois apostos,
indica-nos exatamente que a unidade do universo, atualmente cindido em matéria e espírito, isto é, o Uno não
nos poderá ser dado a não ser pela união desses dois pólos apostos seus. (P. Ubaldi – Deus e Universo)
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O Anti-Sistema continua
dentro do Sistema e por isso ainda conserva a estrutura trina do Sistema. No Sistema a substância divina
original se apresenta sob três aspectos que correspondem a três modos de ser do universo: Pensamento,
Vontade e Ação. No nosso mundo (Anti-Sistema), por involução em virtude da Queda, tornam-se Espírito, Energia e Matéria, (LEI DA TRINDADE DA SUBSTÂNCIA)
onde no dizer de Ubaldi "...o uno é trino e constitui ao mesmo tempo uma dupla
metade." (P. Ubaldi – A Grande Síntese). (P. Ubaldi – Deus e Universo) |
Se chamarmos Espírito=aEnergia=
bMatéria=g |
podemos representar graficamente as transformações que
acontecem no nosso universo w com o seguinte ciclo: |
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Mas, avancemos ainda mais no nosso raciocínio. Este ciclo
fechado não pode representar todo o fenômeno da evolução pois seria como caminhar sem sair do lugar. No
nosso mundo podemos ver que apesar de todas coisas terem um comportamento cíclico há, entretanto, mudanças e
progressos evidentes. Se assim não fosse ainda estaríamos na idade da pedra, a civilização não teria se
desenvolvido. Outro ponto a considerar é que se o Universo é infinito, não podemos ficar restritos a apenas
estas três fases a, b e gExistem infinitas fases, que as
precedem e infinitas fases que vêm depois. Considerando que cada manifestação da unidade é trina, podemos
concluir que existem infinitos universos sucessivos conforme mostra a figura a seguir.
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Num universo infinito as
fases a, b e g não podem esgotar todas as possibilidades
do ser. Estas fases são apenas as do nosso universo concebível. Assim, além delas, existem infinitas fases.
Estas fases estendem além de a (evolutivas), e abaixo de
g (involutivas). O diagrama abaixo analisa a progressão
dessas fases
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Este gráfico da linha quebrada nos mostra com detalhes várias
características. Concentremos na criação C que corresponde ao nosso universo. Podemos ver que a um período
de subida segue um período de descida, correspondentes respectivamente aos semiciclos evolutivo (Trecho AD
no detalhe) e involutivo (Trecho DF no detalhe) o que evidencia o Dualismo Construtivo/Destrutivo que marca
as transformações no nosso universo. Pode-se ver também que a parte evolutiva do transformismo é
caracterizada por três fases e a involutiva por duas fases estabelecendo um ritmo de 3:2 (ritmo externo).
Sendo: AB=g BC=b
CD=a DE=a (em sentido contrário) EF=b (em sentido contrário) Desta forma os pontos (vértices) B, C e E indicam a passagem de uma
fase para outra estabelecendo um ritmo interno de 2:1. Apesar do ciclo se fechar em F, há sempre o ganho de
de uma fase em cada ciclo. |
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| Como tudo é cíclico no Universo (Lei do Retorno Cíclico),
o gráfico da linha quebrada pode ser transforma- do num gráfico mais intuitivo usando uma coordenada angular
para o tempo. Aqui já se vislumbra a figura de uma espiral que é a curva que melhor demonstra o andamento da
evolução no Universo |
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| Tomando o ângulo de 90º como a coordenda angular do tempo
e substituindo a representação de linhas retas para as fases, por curvas obtém-se o famoso gráfico da
espiral do livro A Grande Síntese. Este gráfico mostra as fases evolutivas e involutivas e mostra - se
olhado globalmente - que apesar dos recuos involutivos periódicos há sempre um avanço evolutivo no final.
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Como o gráfico é de difícil visualização devido a
superposição de linhas, mostraremos nos gráficos seguintes três criações sucessivas separadamente e, no
quarto gráfico a superposição destas três etapas evolutivas. Se continuarmos a
desenvolver o gráfico com mais etapas vamos verificar que cada fase ( a
,b,g
etc.) é percorrida três vezes no sentido evolutivo Porque cada fase, para ser
definitivamente superada e estavelmente fixada no sistema, tem de ser percorrida três vezes em direção
progressiva de evolução: a primeira como produto máximo do ciclo, a segunda como ponto médio, a terceira
como produto mínimo, ou seja, ponto-de-partida ou fase inicial do processo evolutivo. Pode-se ver também
neste grafico os ritmos 3:2 e 2:1 de que já falamos anteriormente.
OBSERVAÇÃO: Os gráficos e expressões mostrados acima têm um significado universal, para passar ao
caso especial, é necessário levar em conta os graus particulares de evolução, na individuação fenômenica que
examinarmos, e de sua velocidade particular de progressão. Levando isso em conta, a linha pode aplicar-se a
todos os fenômenos, e as trajetórias que assinalamos são aplicáveis a todos eles. (P. Ubaldi - A Grande
Síntese)
| Os exemplos acima representam o
processo genético do Cosmos, o maior de todos. Para o caso particular da individualidade humana - por
exemplo - é preciso ter em mente que cada fase atravessada na evolução individual é uma sub-fase do caso
maior. Assim a fase a é dividida em sub-fases
que são sub-conjuntos da fase superior a e é
percorrida considerando uma coordenada de tempo compatível com a vida humana. Veremos a seguir a razão desta
subdivisão ao abordarmos a Lei das Unidades Coletivas. |
A finalidade da evolução é reconstruir o Sistema reunificando as
individualidades em grupos cada vez maiores. Para isso emprega a
Lei das Unidades Coletivas. Esta reunificação acontece sem que se abandone a tendência à diferenciação
que a evolução produz. Como no Universo tudo é equilibrado em função da ação da Lei do Equilíbrio, a Lei
das Unidades Coletivas atua para contrabalançar o fenômeno da individuação. O gráfico mostra que toda
unidade é na realidade formada por unidades menores e que por sua vez participa de um organismo maior: O
percurso da espiral maior resume em si todo o movimento progressivo da espiral menor que, por sua vez, é
produto sintético do movimento de outra espiral menor, assim por diante. (....) "Cada individualidade é
composta de individualidades menores, que são agregados de individualidades ainda menores, até o infinito
negativo; por sua vez, é elemento constitutivo de individualidades maiores, as quais são de outras ainda
maiores, até o infinito positivo". Cada organismo é composto de organismos menores e é componente de
maiores. A lei, repetida em seu aspecto dinâmico na Lei dos
ciclos múltiplos, reza: "Cada ciclo é determinado pelo desenvolvimento de ciclos menores, que são a
resultante do desenvolvimento de ciclos ainda menores, até o infinito negativo; por sua vez, é a
determinante do desenvolvimento de ciclos maiores, que por sua vez o são de ciclos ainda maiores, até o
infinito positivo" (P. Ubaldi – A Grande Síntese) |
Esta figura mostra que uma fase de um ciclo maior é subdividida em sub-fases no
ciclo menor. No detalhe desta imagem o ciclo menor está percorrendo a fase a
do ciclo maior.
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Podemos resumir as diversas Leis que são capítulos desta
Lei Única que dirige o Todo num quadro de resumo PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MONISMO UBALDISTA PARA ORIENTAR O CONHECIMENTO | Lei da Evolução
| Todos os sistemas
estão submetidos a uma interação dinâmica, em que o fluxo dos fenômenos
é ordenado segundo leis preestabelecidas, e cuja meta final é a organização e a
unificação em sistemas maiores. | Lei da Trindade da Substância | O universo se individua por unidades trinas .
| Lei do Retorno Cíclico
| Princípio que determina o
retorno do fenômeno ou fato social ao seu ponto de partida. Este retorno dá-se num ponto
diferente da escala, mostrando que o ciclo não é fechado (trata-se na realidade de uma
espiral), o que torna o ciclo seguinte semelhante e não igual ao anterior. |
Lei da Dualidade | Toda unidade é dual, isto é, compõe de
duas partes, do ser e do não-ser, em duas metades inversas e complementares, contrárias e no
entanto recíprocas, antagônicas mas necessárias. | Lei das Unidades Coletivas | Princípio de organização do simples para o
complexo, do crescimento orgânico das partes justapostas. Aqui não vale a idéia de
linearidade. A união não é apenas espacial e temporal é sobretudo orgâ
nica. Embora seja uma justaposição permanece o princípio da organização
hierarquizada | Lei do
Equilíbrio | Em um sistema
orgânico em que predominar exageradamente uma situação em prejuízo de sua forma
oposta, surgirá um movimento reequilibrador valorizando o lado contrário. |
Lei da Analogia | Em toda escala do processo evolutivo existe uma unidade de
princípios de forma tal que qualquer lei é aplicável em todas as alturas desde que
adaptada ao seu grau evolutivo. |
Lei da Causalidade | A toda causa
corresponde um efeito proporcionado . | Lei dos Grandes Números | Em um sistema, sob o ponto de vista microscópico, o comportamento dos componentes
individuais é livre, mas, sob uma visão macroscópica, há um determinismo nos
efeitos da interação entre os elementos singulares. | Lei da Continuidade Analógica | Em um conjunto hierarquizado de organismos, uma mesma lei
tem sua atuação adequada à posição evolutiva do organismo sobre o qual
está agindo, adquirindo uma forma proporcionada ao estágio alcançado por esse sistema
. | Corolário da
Afinidade | Na
interação de elementos de um mesmo sistema orgânico, existe uma prioridade para as
interações oriundas do mesmo nível evolutivo sobre as situadas em níveis
hierárquicos diferentes | Corolário de Simetria | Todo fenômeno tem sua contraparte simétrica . |
Corolário do Ordenamento
Orgânico | Os sistemas
orgânicos se organizam a partir do indivíduo singular para o indivíduo coletivo em
complexidade progressiva. | Corolário da Ação e Reação | A toda ação corresponde uma reação do mesmo tipo da
ação original |
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