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PLENITUDE DA VIDA


(pelo Espírito Joana de Ângelis)

O ser querido, que a morte arrebatou, não se extinguiu, prosseguindo, em outra dimensão, conforme as suas conquistas morais e espirituais.

A morte, em realidade, é a porta que se abre e conduz à vida plena, onde vibram, indestrutíveis, os tesouros incomparáveis da eternidade.

Logo após a morte do corpo físico, não ocorre o enfrentamento com os demônios representativos do inferno mitológico, nem com os querubins em júbilo para a condução do espírito aos céus.

Tem lugar, sim, o encontro com a consciência que desperta para a análise do comportamento vivido em relação àquele que deveria ter sido vivenciado. Nos primeiros dias após a desencarnação o espírito geralmente permanece adormecido, de modo que, ao despertar, defronta a realidade na qual prosseguirá a partir daquele momento.

Não existem, porém, duas mortes e reconquistas da consciência iguais. Cada ser é um cosmo pessoal, diferindo dos demais, vivenciando emoções e aspirações compatíveis com o seu nível de evolução. Assim, cada qual acorda no além-túmulo conforme adormeceu sob o anestésico da morte.

É natural que sofras a saudade daquele a quem amas e partiu da terra no rumo da imortalidade. Não te desesperes, porém, pensando que não mais compartilharás da sua convivência, da sua fetividade, do relacionamento abençoado. Ao invés de te permitires o arrastamento pelo desespero, acalma-te e envolve o ser querido em mbranças felizes, direcionando-lhe pensamentos edificantes e orações consoladoras. Ele receberá as tuas vibrações de paz e de amor que o reconfortará, diminuindo-lhe também as ngústias pela viagem realizada, as dores que talvez experimente.

Logo que lhe seja possível, volverá a visitar-te, envolvendo-te em ternura e gratidão. Nunca penses na morte em termos de destruição e de aniquilamento. Tudo, em a natureza, morre para ressurgir, para transformar-se. Por que o ser humano deveria aparecer?

Se não o vês, isto não lhe significa a desintegração, considerando que a maioria de tudo aquilo em que crês é invisível aos olhos, mas captado por instrumentos especiais torna-se realidade palpável.

O mesmo ocorre com os chamados mortos, que podem ser vistos, ouvidos, sentidos e manifestos través do instrumento mediúnico. Se não és dotado de faculdade ostensiva, és possuidor de sentimentos que te facultam a captação dos pensamentos e dos sentimentos dele. Se desejas comunicar-te com o afeto que faleceu, faze silêncio interior e o perceberás, assim aliviando as dores da aflição de ambos com o medicamento da alegria e da esperança do reencontro.

Após a morte dilaceradora e cruel sofrida por Jesus, veio a madrugada da imortalidade, quando Ele ressuscitou, iluminado e triunfante ao túmulo, confirmando as Suas palavras e promessas, desse modo iniciando a era nova da felicidade sem interrupção pela morte. Nunca te olvides, pois, da ressurreição que sempre somente se dará, havendo antes a desencarnação.

(Com base em mensagem psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 31 de maio de 2004, em Zurique, Suíça, ditada pelo Espírito Joanna de Ângelis.)

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