O Que Está
Escrito? - Abril
de 2000
[O
Canivete do Rei] [Estudo
Textual: Filipenses 3:17-4:9 Aplicando as Lições]
[O Túmulo Vazio] [Quem
é Gogue de Magogue?]
Quem é Gogue de Magogue?
Ezequiel 38:1 profetizou sobre a
vinda de um terrível rei, Gogue, da terra de Magogue, para opor o povo
restaurado de Deus. Os capítulos 38 e 39 descrevem a preparação dos exércitos
que apoiaram Gogue, o seu ataque contra o povo de Deus e a sua repentina derrota
por Deus. As nações que iam participar com Gogue na batalha representam
diversos povos gentios. É interessante notar que a maioria desses nomes vem de
Gênesis 10, das listas de descendentes de Jafé e Cam. Nenhum deles se encontra
na lista dos descendentes de Sem.
A linhagem da promessa é traçada através de Sem. Abraão, Davi e Jesus são
descendentes de Sem. Jafé e Cam, por sua vez, eram antepassados de muitas nações
ímpias, conhecidas geralmente como gentios. Essas informações esclarecem para
nós a simbologia de Ezequiel 38 e 39. Os exércitos de Gogue de Magogue
representam os inimigos do povo de Deus tentando derrubar Israel restaurado.
Nada no contexto (um livro que usa um estilo apocalíptico) sugere que Gogue
seria uma determinada pessoa histórica. Capítulo 37 é simbólico (ele fala da
ressurreição de pessoas num vale cheio de ossos secos). Capítulos 40-48, também,
são simbólicos (falam de uma cidade especial e um templo figurado que
representam a presença de Deus no meio de seu povo redimido). No mesmo estilo,
o profeta usa Gogue para representar a ameaça dos ímpios que tentariam
derrotar o reino de Deus.
Numa profecia menos detalhada, Gogue e Magogue reaparecem em Apocalipse 20:8-10.
Esta vez, Satanás é visto como o líder verdadeiro deles. O resultado é o
mesmo: a súbita e decisiva vitória das forças de Deus. Como foi o caso em
Ezequiel, o contexto no Apocalipse usa linguagem figurada, e não sugere uma
pessoa específica e histórica.
Há muitas teorias e especulações fantásticas sobre passagens como estas, que
deixam muitas pessoas tentando interpretar sinais sobre os fins dos tempos. Um
dos grandes perigos desse tipo de interpretação é que as pessoas ficam
olhando para ameaças externas e esquecem do inimigo maior: as tentações da
carne que levam muitos a perdição (veja Tiago 1:14-15; Gálatas 5:19-21).
A mensagem da Bíblia para nós ensina que cada pessoa deve se preparar para sua
própria morte, ou para a volta de Jesus, que será como ladrão da noite (2
Pedro 3:10). Naquele dia, ele nos julgará (João 5:27-29).
- por Dennis Allan
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