JOANA,  A MULHER.

 

Estava ela. Sentada ao lado de uma árvore, apreciando a natureza em volta.

Seus cabelos, compridos e ondulados, levemente tocavam em seu rosto rosado.

Era uma apreciação de beleza infinita.

Seu vestido branco, bordado por suas mãos, contornava seu corpo como curva de um violão.

Ah! Como gostaria de estar ao lado de Joana.

Acariciando todo o seu corpo.

Mas, seria uma ilusão.

Pois Joana era uma donzela encantadora. E não iria olhar, para um camponês, que tanto a amava.

Foi quando, um chamado vindo por ela, disparou meu coração. Não acreditava, que fosse ela me chamando.

Vindo em minha direção, pediu-me que a ajudasse a cortar algumas frutas que ali estavam.

Eu, sem saber o que responder, balancei a cabeça várias vezes.

Joana, era uma moça humilde, mas seu andar era como de uma princesa.

Em passos curtos e delicados, seus pés tocavam ao chão.

Quando em minhas mãos tocou, agradeceu-me pelo gesto bondoso o qual a tratei.

Eu, trêmulo e com as mãos frias, não conseguia pronunciar nenhuma palavra.

Enquanto colocava as frutas em sua cesta, eu a observava todo tempo.

Joana ao aproximar-se de mim novamente, perguntou meu nome.

Fixei os meus olhos profundamente nos dela, toquei seu rosto e lhe dei um beijo.

Foi então, que perdi a cabeça completamente. Estava beijando a mulher que eu amava.

Após o beijo, Joana olhou-me friamente.

E os insultos vieram, hediondos e bruscos.

Fiquei ofendido, pois senti que a mulher que eu amava, estava me detestando neste momento.

Foram insultos e mais insultos. Tive que suportar essa dor.

Mas, o que valeu foi eu Ter sentido Joana em meus braços.

Após os insultos, Joana pegou sua cesta, jogou no rio e foi embora.

Nesse momento, não havia mais vida para mim. Tudo se tornou um pesadelo.

Fiquei desnorteado. Não sabia o que fazer.

Comecei a gritar. Gritava alto, queria que ela ouvisse o que eu tinha a lhe falar.

Mas não adiantava, ela já estava longe.

Foi então, que decidi acabar de uma vez com esse sofrimento.

Sem Joana, nada mais existia, nem mesmo minha vida.

Enquanto isso, peguei a faca que estava jogada sobre o chão, e dei vários cortes em meu corpo.

Assim, acabou o amor de José.

Um amor triste e não correspondido.

 

RENILDA DOS PASSOS

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Última atualização: 27/03/01 00:39:41

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