Pride in the name of love
Clau Mello ( 1º DI )
No dia 13 de maio de 1888 foi extinta a escravidão no país.
Hoje, 110 anos mais tarde, a situação do negro é desoladora.
São, na maioria das vezes, relegados a segundo plano ou até
mesmo desconsiderados; sofrem boicotes em todas as áreas e ainda
têm que lidar com o preconceito. Essa situação não é uma
exclusividade nossa incompreensivel-mente, é geral no
resto do mundo.
Muitos anos se passaram e muitas mortes ocorreram para que o
negro conseguisse ter um pouco de dignidade e ser reconhecido
como ser humano. Para que esse patamar fosse alcançado, surgiram
vários líderes, dentre eles o mais novo prêmio Nobel da Paz da
história, Martin Luther King Jr.
O reverendo King teve seus ideais eternizados no seguinte
discurso proferido em 1963 em Washington:
I have a dream that one day this nation will rise up and
live out the true meaning of its creed: We hold these truth
to be self-evident that all men are created equal.
I have a dream that my four little children will one day live in
a nation where they will not be judged by the color of their skin
but by the content of their character. This is our hope.
A sua vontade não é nada mais do que o ideal de convivência
harmoniosa e justiça social. As suas palavras viraram hinos de
uma luta contra a desigualdade e pelo amor ao próximo,
independentemente de sua cor. Sua proposta foi a opção pela paz
através de manifestações não violentas e atos de
desobediência civil.
Com seu discurso atingiu a alma de todos, porém de formas
diferentes. Enquanto uns se inebriavam com a lição de cidadania
e amor que dera; outros, cegados pela ignorância e pelo ódio,
julgaram-no subversivo, e, portanto, perigoso. Infelizmente a
mediocridade humana é a pior coisa que pode existir. Luther
King, o subversivo, foi calado em 4 de abril de 1968 por um tiro.
Seu assassinato é a prova cabal de que os grandes homens não
são compreendidos em seu tempo, tendo seu valor reconhecido
apenas mais tarde.
A importância desse homem para a história é indiscutível.
Ensinou os brancos a verem os negros como iguais; e os
negros, a indignarem-se diante de situações humilhantes. O
que se observa, porém, é que nem todos aprenderam a primeira
lição. Foram grandes os avanços alcançados por meio dessa
luta pela igualdade, mas o maior mal que pode acometer os negros
ainda persiste, o preconceito.
A história da luta desse homem que sonhou com a dignidade de sua
raça, foi muito bem retratada pela música Pride do U2 (nessa
coluna não cabe discutir o Bono Vox e a sua trupe fantasiados de
Village People, cantando músicas decadentes com forte apelo
comercial, numa tentativa frustrada de reviver os tempos
áureos). A banda se utilizou da inscrição do túmulo de Luther
King (Free at last. Free at last. Thank God almighty
Im free at last) para resumir a força desse homem,
seu altruísmo e a decadência moral do ser humano.