Dom Casburro


         Você, sanfranciscano, certamente leu o grande romance de Machado de Assis em que Bentinho, assim como você, entrou no Largo São Francisco.
        Porém, como seria o avesso desse clássico da literatura universal?
       Bom, primeiramente, não teria sido escrito por Machado de Assis e, sim, por um escritor anônimo qualquer, e Bentinho, além de ingênuo, casto e virgem, seria mais idiota e ignorante (ao invés de fazer Direito na SanFran, preferiria a PUC ). Nesta nova versão, Bentinho não é ciumento, e, sim, um corno manso (igual aquele da novela das oito cuja mulher “nhanha” com o cigano Ígor  ) que está à mercê dos olhos de ressaca
 
da  bêbada  e  maldosa   (e
extremamente  voluptuosa
e gost... deixa prá lá!) Capitu, a qual juntamente com Pablito   (o Escobar) pretende dar o golpe do Baú da Felicidade na família Santiago. Vale ressaltar um trauma na vida de Bento determi-nante em sua personalida-de: a mãe, Dona Glória, queria tornar o filho pastor da Igreja Universal, enclausurando Bentinho num “seminário”. Ao ir para o seminário, todos notavam seu comporta-mento afeminado de recém-adolescente e sua amizade technicolor com Escobar (seria como em Frederico Paciência ?!). Temos, então, a indispen-sável, a célebre ambigüida-de da obra: será que Bentinho era hetero? Ou seria homo? Você decide!

 
       Este é um texto da Série Subliteratura, o avesso das grandes obras de maneira mal escrita, burra, que apenas causam um sorriso sem graça na face do leitor apreciador de textos infames e de cultura inútil.

       Na próxima edição, perca (ou não)...
 
“Lira dos Vinte Ânus” – Coming soon!
 

1 Eu sei, maldito leitor, que a PUC não existia no II Reinado; aliás, não existe até hoje!
2 Internovelalidade.
3 Queima tudo até a última ponta!
4 Aquele, do conto do Mário. Que Mário? Aquele que te (preencher) atrás do armário!


 
 

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