(Mars,
em latim) - Era o deus das guerras
sangrentas, longas e devastadoras. Na versão da Ilíada, é um
deus odioso. Às vezes, os heróis "se deleitavam na batalha
de Ares", mas o mais comum é que sintam aliviados por terem
escapado "à fúria do deus implacável". Homero se
refere a ele como assassino, sanguinário, a maldição encarnada
dos mortais, por mais estranho que pareça, também como um
covarde que grita de dor e trata de fugir quando está ferido. No
campo de batalha, porém, está sempre cercado por um séquito de
companheiros que a todos devia inspirar confiança. Sua irmã ali
se encontra, Éris, que significa Discórdia, e o Conflito, filho
dela. A Deusa da Guerra e da carnificina, Enio (Belona, em Latim)
caminha ao seu lado, acompanhada por Deimos, o Terror; Fobos, o
Estremecimento e o Pânico. À medida que vão passando, o som de
gemidos se eleva atrás deles e da Terra vão brotando rios de
sangue.
Ares era filho legítimo de
Hera e Zeus. Originário da Trácia, nunca fôra aceito pela
sociedade helenística. Deleitava-se com a guerra com seu lado
mais brutal, qual seja a carnificina e o derramamento de sangue.
Inimigo da serena luz Solar e da calmaria atmosférica, ávido de
desordem e de luta. Amou Afrodite, da qual teve Harmonia,
Anteros, Deimos e Fobos. Todos os outros deuses o odiavam. Em
Roma, ele era o antigo deus Marte e, além do deus das guerras
representava o deus das bênçãos, tendo como início deus
agrícola, das tempestades, da vegetação e da fertilidade. Os
romanos gostavam mais de Marte do que os gregos gostavam de Ares.
Considerado pai de Remo e Rômulo, era um dos deuses mais
importantes. Só se tornou deus da guerra quando entrou em
comunicação com a cultura grega. Os artistas o mostram com uma
armadura e um elmo com penacho.