A carreira de Ronaldinho
- O melhor jogador
do mundo.
O indiscutível talento precoce logo chamou a
atenção do treinador Carlos Alberto Silva, que o colocou
entre os reservas da equipe. Em uma excursão do Cruzeiro
à Europa, Silva decidiu colocar Ronaldo, então com 16
anos, em algumas partidas. De volta ao Brasil, foi sendo
utilizado aos poucos até conquistar definitivamente uma
posição no ataque. Em 1993, ao disputar a Supercopa dos
Campeões, Ronaldo foi o artilheiro com oito gols.
No
Campeonato Brasileiro do mesmo ano, o artilheiro marcou 12
vezes em 14 partidas. Numa delas, contra o Bahia, do
experiente goleiro Rodolfo Rodrigues, fez nada menos que
cinco gols. O último teve requinte de gênio, ao se
esconder atrás do goleiro até que Rodrigues soltasse a
bola e fosse surpreendido pela travessura do menino.
Os
feitos de Ronaldo passaram a correr pelo país.
Principalmente o fato de apresentar uma média de gols
maior que a de Pelé: 58 gols em suas primeiras 60
partidas, contra 49 gols do Rei no mesmo número de jogos.
Em 1994, os gols do atacante fizeram a diferença na
conquista do título estadual.
Ronaldo
conquistou então uma merecida vaga na Seleção que
disputaria a Copa dos Estados Unidos. Não chegou a jogar,
mas o título de Campeão Mundial engordou-lhe o currículo,
já que, como Pelé, também se tornou campeão com 17
anos, um mês e 19 dias mais velho que o Rei.
Por
causa da presença do zagueiro Ronaldão na Seleção de
94, Ronaldo passou a ser conhecido no Brasil como
Ronaldinho. O Cruzeiro acabou decidindo vendê-lo ao PSV
Eindhoven por US$ 6 milhões. Na Europa, Ronaldinho foi
submetido a um tratamento físico para ganhar massa
muscular.
Em
56 partidas, marcou 44 gols, ajudando o time a conquistar
a Copa da Holanda, em 1996, e tornando-se o ídolo maior
da equipe. Em março do mesmo ano, operou o joelho direito
para retirar fragmentos de cartilagem que haviam aderido
ao tendão da patela.
Na
Olimpíada de Atlanta, foi destaque da Seleção, com
cinco gols. Mas, como o restante da equipe, ficou marcado
pela perda da medalha de ouro após a eliminação diante
da Nigéria.
O
seu talento, no entanto, ganhava admiradores por todo o
mundo, e, ainda em 1996, Ronaldo foi vendido ao Barcelona,
da Espanha, por US$ 20 milhões. Na equipe catalã, o
artilheiro ganhou a idolatria dos torcedores, exibindo uma
velocidade cada vez maior e impressionando as platéias
com seus dribles e gols fantásticos.
A
Fifa acabou elegendo Ronaldo o melhor jogador do mundo em
1996. No ano seguinte, o atacante deixou-se levar por uma
oferta milionária da Internazionale (Itália), numa
transação muito criticada na época. Para muitos,
Ronaldo deveria ficar mais tempo no Barcelona, onde tinha
um ótimo ambiente para exibir seu excelente futebol.
Mas
o negócio de US$ 32 milhões foi realizado, e o atacante,
agora chamado pela imprensa italiana de "Fenômeno",
não demorou a quebrar recordes. Marcou 25 gols, tornando-se
o estrangeiro com a melhor artilharia em uma primeira
temporada na Itália.
Ronaldinho
ainda foi escolhido, pela segunda vez seguida, o melhor
jogador do mundo pela Fifa, em 1997. Tudo isso fez com que
Ronaldo fosse visto como o milagreiro que ganharia a Copa
da França, em 1998, para o Brasil.
O
Brasil lidera o ranking
Brasil
é o líder de títulos de melhor jogador
Com
o terceiro troféu de Ronaldo, o Brasil continua sendo com
folga o país com maior número de vitórias na eleição
de melhor jogador do ano feita pela Fifa.
Passa,
agora, a ter cinco conquistas. A primeira foi com Romário,
em 1994, ano em que o atacante se destacou na Copa dos EUA,
em que os brasileiros obtiveram o tetracampeonato.
Dois
anos depois seria a vez de Ronaldo ganhar, repetindo o
feito na edição seguinte, a de 1997. O quarto prêmio
para brasileiros foi de Rivaldo, em 1999.
Além
do Brasil, outros seis países tiveram atletas
contemplados com o troféu da Fifa de melhor jogador do
mundo na temporada.
A
França ganhou duas vezes, ambas com o meia Zidane, uma em
1998, outra dois anos mais tarde.
A
Alemanha foi a primeira vencedora, em 1991, ocasião em
que o premiado foi Lothar Matthäus. Em 1992, ganhou o
holandês Van Basten. No ano seguinte, o italiano Roberto
Baggio e, em 1995, o liberiano George Weah. No ano passado,
o português Luís Figo.
Além
da taça que receberá em Madri, Ronaldo foi premiado dia
17/12/2002 com a Bola de Ouro da revista 'France
Football", cuja eleição de melhor jogador é
considerada na Europa até mais importante do que a da
Fifa.
O
também brasileiro Roberto Carlos ficou em segundo, e o
alemão Oliver Kahn, em terceiro lugar. Ronaldo já havia
ganho a Bola de Ouro em 1997.
A
lista de todos os vencedores do prêmio:
1991
- Lothar Matthaus (ALE)
1992 - Marco Van Basten (HOL)
1993 - Roberto Baggio (ITA)
1994 - Romário (BRA)
1995 - George Weah (LIB)
1996 - Ronaldo (BRA)
1997 - Ronaldo (BRA)
1998 - Zinedine Zidane (FRA)
1999 - Rivaldo (BRA)
2000 - Zinedine Zidane (FRA)
2001 - Luís Figo (POR)
2002
- Ronaldo (BRA)
Ronaldo Luis Nazario de Lima
Nasceu
em 22 de setembro de 1976
1,83 m
IDIOMAS
Português;
Holandês;
Espanhol;
Italiano
PREÇO DO PASSE (ESTIMATIVA)
US$ 100 milhões
CLUBES
São Cristóvão (RJ);
Cruzeiro (MG);
PSV (HOL);
Barcelona (ESP);
Internazionale (ITA)
Real Madri (ESP)
TIME DE INFÂNCIA
Flamengo
GOLS MARCADOS NA CARREIRA
+ de 300
PRÊMIOS
Melhor Jogador do Mundo, FIFA, 1996, 1997 e 2002.
Melhor Jogador do Mundo, revista Wold Soccer, 1996 e 1997;
Melhor da Europa (Troféu Bola de Ouro), 1997.
TÍTULOS
Campeão Mundial (1994- 2002) pela Seleção Brasileira;
Campeão da Copa América (1997) pela Seleção Brasileira;
Campeão da Copa das Confederações (1998) pela Seleção
Brasileira;
Campeão Mineiro (1994) pelo Cruzeiro;
Campeão da Copa Holanda (1995/1996) pelo PSV;
Campeão da Copa do Rei(1997), da Super Copa da Espanha
(1997) e da
Recopa (1997) pelo Barcelona
PARTIDA INESQUECÍVEL
Cruzeiro 6 x 0 Bahia, Campeonato Brasileiro 1993. ''Tinha
só 17 anos. Marcou 5 gols.'' O recorde de Ronaldinho só
foi batido no Campeonato Brasileiro de 1997, por Edmundo,
do Vasco, que marcou 6 gols na vitória de 7 x 0 de seu
time contra o União São João de Araras (SP)
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