Gilberto Rabelo Profeta


Dizer/Fazer Médico

04 - Pressões sobre a Relação Médico-Paciente

Planos e seguros de saúde, como intermediários entre o médico e o paciente, pela necessidade de controle de custos e de lucro.

Fatores culturais e dos meios de comunicação, pela alimentação do consumismo em medicina.

Qualidade dos serviços públicos

03 - ANTECIPAÇÕES

O médico, principalmente no início da profissão, pode experimentar medo de não estar adequadamente preparado, embora esteja normalmente esperançoso de desenvolver-se, conquistando o apreço de pacientes e colegas.

A - FATORES BACKGROUND

A - INTRÍNSECOS

0a13 Sledge & Feinstein 1997
Tanto o médico quanto o paciente apresentam fatores intrínsecos que podem dificultar a relação médico-paciente, tais como raça, etnicidade, cultura, sexo, classe social, afetando o comportamento e as expectativas.

A - DO PACIENTE

A - FATORES MÉDICOS

A - ESTÓRIAS DE DOENÇAS

As crenças e mitos, tabus e atitudes perante a doença, ao lado do conhecimento factual adquirido nos contactos médicos anteriores. O conhecimento da doença a partir de descrição de outros doentes.

B - CONCEITOS DO PACIENTE

A partir de seus conceitos sobre estilo de vida, invalidez, morte, o paciente antecipa preocupações e esperanças a respeito da consulta médica, podendo dificultar a entrevista.

C - GANHO SECUNDÁRIO

Os estados psíquicos que levam ao paciente procurar ganho secundário, seja consciente ou inconscientemente, influenciam o desenvolvimento da entrevista.

D - PADRÃO DE RESPOSTA A DOENÇA

E - ATITUDES E EXPECTATIVAS

Sledge & Feinstein 1997
As atitudes e expectativas formadas durante as consultas anteriores influenciam a consulta atual.

B - DO MÉDICO

A - FATORES PESSOAIS

A vida pessoal do médico envolve relações individuais e familiares, ao lado de procupações financeiras e de autodesenvolvimento.

B - FATORES PROFISSIONAIS

0a00 O médico está sob influência de opiniões e comentários de colegas de nível hierárquico profissional superior ou igual ao seu, das interações com os colegas em seus locais de trabalho, dos impactos da burocracia dos serviços de saúde, ao lado das dificuldades inerentes à saúde pública.

APARÊNCIA

Sledge & Feinstein 1997
Tanto o médico quanto o paciente antecipam, mutuamente, conceitos sobre a pessoa do outro, a partir da aparência com que se apresentam para a consulta.

B - EXTRÍNSECOS

0a00 Por parte do paciente, fatores associados podem ter um papel pertinente, como as dificuldades para acesso à assistência médica, sejam geográficas, financeiras ou temporais

LOCAL DE ATENDIMENTO

PACIENTE

A13 O paciente pode antecipar o encontro preocupando-se com o aspecto físico do local onde será atendido, com a aparência e com as ações de quem o atenderá, médico ou outros profissionais.

MÉDICO

A13 O médico se preocupará com os recursos disponíveis no local de atendimento, e mesmo com sua segurança em caso de atender pacientes agressivos ou abusivos. Antecipará sobre qual o papel particular desempenhará durante o encontro médico-paciente, seja como especialista, generalista ou triagista. Terá notícias antecipadas da situação médica do paciente a partir dos seus registros, comentários dos outros funcionários ou colegas.

REFERENCIAMENTO

0a13 A origem do referenciamento do paciente ao médico influencia a relação médico-paciente

COMPORTAMENTO QUANTO AO USO MEDICAÇÃO

Antecipações discordantes quanto ao uso de medicamentos podem surgir, particularmente com referência aos medicamentos. . O paciente pode resistir às tentativas do médico de diminuir a dosagem dos medicamentos e a duração do tratamento, seja a respeito de psicotrópicos ou analgésicos, gerando conflito. Também os objetivos do médico podem conflitar com os do médico anterior do paciente, quando merecerá o paciente a explicação cuidadosa dos novos parâmetros. Assim, o niovo modo de usar o medicamento será negociado com o paciente, evitando-se conflitos, principalmente quando ele satisfeito estiver com o regime do médico anterior.

MEDO

Sledge & Feinstein 1997
O paciente pode ter antecipações racionais a respeito do encontro com seu médico e apresentar reações emocionais manifestas como medo, esperanças e planos. Pode o paciente temer que "se encontre algo ruim", de vir a morrer, piore seu estado geral, sinta culpa a respeito dos comportamentos aparecidos com a doença, ao lado de preocupações com gastos e com o lugar em casa.

04 - DESEJOS E ESPERANÇAS

01 - ESPERANÇAS DO PACIENTE

O paciente espera alívio, atrasar os prejuízos que a doença está lhe causando ou uma cura completa, seja no terreno biomédico, psíquico ou psico social.
Espera receber um tratamento que respeite a sua dignidade pessoal, ao lado, de algumas vezes, desejar um ganho secundário, financeiro ou interpessoal, ou alívio de algum papel social difícil que esteja exercendo.

01 - ESPERANÇAS DISCORDANTES

Sledge & Feinstein 1997
Pode surgir discordância entre o médico e o paciente no que se espera de resultados, principalmente se o médico cuida apenas dos aspectos biomédicos, deixando de perceber, no paciente, medo, ansiedade ou a procura de ganho secundário. Daí podem surgir conflitos abertos ou não.

05 - OBJETIVOS E PLANOS

Sledge & Feinstein 1997
Os planos do paciente podem refletir suas experiências prévias com médicos, tanto podendo desejar colaborar e aderir ao que lhe for prescrito, quanto resistir às recomendações médicas e distorcer as informações que dele receber. Para atingir determinados objetivos - esperança - pode estar planejando manipular o médico seja por sedução ou mesmo ameaças. Atenção especial deve ser dada aos pacientes em conflitos com planos de cooperação ao lado de planos de auto-destruição.

01 - DISCORDÂNCIA DE OBJETIVOS

É frequente a discordância de objetivos, principalmente quando o médico focaliza apenas a queixa principal, sem se preocupar em saber o que o paciente espera que faça por ele.

02 - INICIO DA CONSULTA 1