Gilberto Rabelo Profeta

Dizer/Fazer Médico

02 - Início da Consulta

Verbos
receber
apresentar-se
identificar
identificar-se
- explicação do papel e objetivos do médico

03 - CONSULTA

sensibilidade e resposta a estímulos do paciente, incluso seus sentimentos do paciente

03 - FINAL DA CONSULTA

Verbos
finalizar o encontro
verificar entendimento e compreensão
despedir

auto-avaliar
avaliação do resultado da consulta: satisfação do paciente
avaliação do resultado do tratamento e aderência

04 - TIPOS DE PACIENTES

quanto ao estado mental

01 Quanto aos aspectos emocionais, o paciente pode ser:
ansioso
deprimido
neurótico
psicótico
ou portador de outros estados mentais.

02 - PACIENTE SOMATIZADOR

Sledge & Feinstein 1997
O paciente somatizador apresenta o desafio de entender-se a origem de seus problemas, resistisndo a tudo que não seja exame físico e tratamento correspondente às suas queixas.
Algumas vezes são queixas simbólicas, que se revelam a partir de não conformidade com mecanismos anatômicos e funcionais conhecidos, podendlo ser ou não esta simbologia compreendida pelo médico.

Médicos inexperientes podem confundir sintomas físicos com presença de doença física, corroborando os sintomas do paciente.

QUANTO À FALA

01 Quanto á fala, o paciente pode ser verborrágico ou prolixo, quando se expressa com fala rápida e detalhada, às vezes sem permitir interrupções; ou oligorréico, quando se expressa com fala reduzida, às vezes mal respondendo às perguntas que lhe são dirigidas.

02 - PACIENTE VERBORRÁGICO

quanto a objetivação

01 O paciente pode ser objetivo, dizendo seus sintomas de modo claro, ou pode ser subjetivo, quando apresenta dificuldade para transmitir-nos o que sente, seja por não percepção interna adequada, seja por dificuldade mesma de expressão. Alguns pacientes serão poliqueixosos, espalhando queixas sobre vários órgãos e sistemas e outros estarão não contactantes, como nos estados de intoxicação por drogas que deprimam o sistema nervoso central, ou nos estados de coma de qualquer natureza.

Sledge & Feinstein 1997
Evitará, sempre, o médico, terminar abruptamente a consulta antes de o paciente expor seus problemas, negociando com ele uma agenda de problemas a serem resolvidos.

02 PACIENTE SUBJETIVADOR

A estes pacientes o médico apllicará métodos diretivos,

02 - PACIENTE POLIQUEIXOSO

Para o paciente poliqueixoso, é preciso, respeitando sua ansiedade, negociar com ele uma agenda de problemas a serem abordados, esclarecendo o limite temporal da consulta.

quanto ao nivel cultural

01 Quanto ao nível cultural, poderá haver uma diferença com relação ao médico. Os pacientes cultos melhor se expressam e têm maiores exigências quanto a diversos aspectos da consulta. Os pacientes incultos, estabelecendo uma diferença cultural com o médico, apresentam dificuldade de expressão também por motivos alheios aos aspectos linguísticos. Estes se deixam contaminar pela sensação de desconforto que a diferença cultural possa causar, e, muitas vezes, tendo o paciente capacidade de expressar-se corretamente perante o médico, não consegue "encontrar as palavras". Se, pela diferença cultural, o paciente tem a impressão de que não será entendido, esta dificuldade pode acentuar-se.

Os pacientes, cultos ou não, podem se manifestar pedantes, quando buscam palavras difíceis para se expressar, dificultando, muitas vezes, o entendimento.

05 - CONSEQUÊNCIAS

01 - INTERPRETAÇÃO

Sledge & Feinstein 1997
Após a consulta, o médico e o paciente avaliam o encontro.
É preciso ter em mente que esta avaliação representa interpretação das reações percebidas durante o encontro e não às reações em si.

02 - REAÇÕES INDIVIDUAIS

03 - SATISFAÇÃO DO MÉDICO

01 - CONDIÇÕES DE TRABALHO

A satisfação do médico nasce da sensação de ter feito um bom trabalho, da qualidade das trocas interpessoais durante a consulta, bem como de sua remuneração.

02 - O PACIENTE TESTA O MEDICO

Quill 1989
o paciente pode testar a reação do médico a queixas de menor importância antes de introduzir o verdadeiro motivo da consulta, por medo de rejeição ou de humilhação.

04 - SATISFAÇÃO DO PACIENTE

01 - ACEITAÇÃO DAS QUEIXAS

Sledge & Feinstein 1997
As queixas do paciente podem ser ou não aceitas - valorizadas - pelo médico, devendo-se atentar para o fato de que as primeiras reações do médico são críticas para o desenrolar do encontro com o paciente.
Durante o encontro, um e outro planejam ou alteram planos anteriores.
O médico pode ou não saber lidar com os pacientes que se demonstram resistentes, desconfiados ou não colaborativos.
De acordo com a aceitação pelo médico, o paciente pode planejar ser manipulativo, sedutor ou ameaçador, devendo o médico adquirir habilidades de como perceber e lidar com estas situações.

Tanto um quanto o outro pode apresentar suas reações subjetivas de satisfação, prazer, frustração, irritabilidade ou mesmo raiva durante o encontro.

02 - ADERÊNCIA AO TRATAMENTO

Kahn 1979
Uma relação médico-paciente mal elaborada em termos de comunicação entre as partes envolvidas leva a insatisfação do paciente, falta de colaboração por parte dele e prejuízo nos resultados do tratamento, como baixa aderência a tratamento.

03 - PREOCUPAÇÕES NÃO BIOMÉDICAS

Como resultado da consulta, a condição clínica do paciente poderá ter melhorado a partir das decisões e intervenções do médico. Contudo, a satisfação do paciente estará em dependência muito mais de conseguir o médico aliviar ou evitar alguns medos antecipados, bem como da sua percepção dos desejos e esperanças do paciente e de como lida com elas.

04 - COOPERAÇÃO DO PACIENTE

05 - PROCESSOS CONTRA MÉDICO

Kahn 1979
A despreocupação com uma boa e adeaquada relação médico-paciente tem gerado em todo o mundo número crescente de processos contra má prática da medicina.

Fatores Externos à consulta

Balint et Shelton 1996b
Os fatores externos que afetam a consulta médica e as decisões do médico e do paciente são de ordem sociais, filosóficas e econômicas.
No Ocidente, o acesso aos cuidados médicos é preocupação de quase todos os países, com influência de aspectos particulares de cultura, religião e estrutura social.

JANELA JOHARI E RELAÇÃO INTERPESSOAL 1