Gilberto Rabelo Profeta

03 - INFORMAR-SE
01 - RECEBER INFORMAÇÕES
01 - DADOS PRIMÁRIOS

São os dados semiológicos trazidos pelo paciente, sendo dois os verbos mais importantes nesta fase: ouvir e sentir o outro.

01 - SENTIR O OUTRO

empatia
Durante a fala livre do paciente é mais importante sentir empaticamente o que o paciente descreve do que traduzir em termos médicos. Entender primeiro o que se diz colocando-se no lugar do paciente, para em segundo momento procurar significados comuns e posteriormente traduzir para uma linguagem médica.

02 - OUVIR

01 - HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL

Fala Livre do Paciente

Barnlund 1976
propósitos da comunicação
As posições hierárquicas e de autoridade definem objetivos e perspectivas(pontos de vista), levando a motivações discrepantes entre os interlocutores: uma mãe discute com o pai sobre o fillho: não é o mesmo filho para cada um deles.
- a menos que as pessoas estejam sensibilizadas para estas diferenças e/ou que elas sejam discutidas claramente, os significados emitidos e recebidos podem não coincidir. A tendência natural durante uma conversa não é exatamente escutar o que o interlocutor diz, mas escutar o que pensamos a respeito do que ele diz. Cuidado excessivo deve ser tomado nos momentos de coleta de dados e de sua interpretação. A coleta de dados, contrariamente ao que nos é ensinado, deve ser isenta de interpretações durante a fala do paciente. Terá o médico oportunidade de deixar fluirem suas interpretações nos questionamentos da anamnese especial.

A comunicação médico-paciente deve ser de tal forma que, procurando o paciente outro médico, os significados emitidos e recebidos por um e outro médico e pelo paciente coincidam. Há um padrão de significados para cada paciente e sua problemática a ser atingido: os estudos de simbologia dizem que há uma liberdade de interpretação, uma para cada leitor, prevendo-se uma variedade de interpretações para cada leitura, mesmo para a realizada por um leitor em tempos diferentes. Não é o caso da relação médico paciente nos casos orgânicos e funcionais, onde a semiologia é específica, embora estatística, delimitando um campo conceitual, e não deveria ser também na esfera médica dos casos de natureza psíquica. Desta forma, a história de um paciente, sua vivência com a doença de que é portador, é uma só: os produtos da coleta de dados, realizada por mais de um médico, para recuperá-la, devem confluir.

O paciente deve falar livremente, sem interferências do médico, mesmo quando não entenda seu vocabulário. Excepcionalmente, quando houver uma palavra cujo significado não apreendido prejudicará a continuidade do entendimento, será o paciente interrompido e questionado sobre o que deseja falar com aquela palavra. De modo geral, a busca de significados comuns será feita após a fala livre do paciente, porque uma fala picotada por questionamentos sobre os significados das palavras do vocabulário do emissor é sempre uma fala dirigida.

O médico expressa não verbalmente interesse.
Atualizações no Paciente

Pelo processo de atualização, um estímulo elicia uma recordação, espontaneamente, ou várias, após treinamento. Um estímulo do presente atualiza um estímulo do passado.

Associação Livre
De um modo geral, o paciente vem ruminando seus sintomas desde o seu aparecimento e os descreverá de mais de uma forma. Associará livremente o que disse com o que ainda vai dizer, orientado única e exclusivamente pela vivência que teve com seus sintomas.

Suspensão do Julgamento

Durante a fala livre do paciente, o médico e o paciente suspendem o julgamento.
O paciente deve falar livremente, sem interferências do médico, mesmo quando este não entenda seu vocabulário. Excepcionalmente, quando houver uma palavra cujo significado não apreendido prejudicará a continuidade do entendimento, será o paciente interrompido e questionado sobre o que deseja falar com aquela palavra. De modo geral, a busca de significados comuns será feita após a fala livre do paciente, porque uma fala picotada por questionamentos sobre os significados das palavras do vocabulário do emissor é sempre uma fala dirigida.


Discurso do Paciente

TIPOS DE DISCURSO

01 - DISCURSO NÃO VERBAL

É o corpo que fala. O paciente pode expressar-se não verbalmente uma ou mais de uma linguagens, gestual, mímica, moda, cuidados com o corpo, e mesmo com os sinais expressos da doença de que está acometido. Ou todo o organismo pode "falar" com uma linguagem própria usando elementos de todas estas linguagens elementares, como nos discursos psicomotor e sensorial.

Deve o médico sempre ter em mente tratarem-se de hipóteses a serem confirmadas as informações adquiridas deste modo.

01 - LINGUAGEM NÃO VERBAL

01 - GESTOS E MÍMICA

a linguagem gestual e mímica
ver artigo do trabalho sobre artaud
O médico deve observar os gestos do paciente, adquirindo informações sobre
seu estado emocional, seu humor,
bem como sob aspectos de sua personalidade;
sobre a quantidade de sofrimento que experimenta com a doença.

03 - ESTILO DE VESTIR-SE

04 - ESTILO DE CUIDAR-SE

05 - SINAIS EXPRESSOS DE DOENÇA

02 - DISCURSO PSICOMOTOR

03 - DISCURSO SENSORIAL

06 - SOMATIZAÇÃO

02 - DISCURSO VERBAL

01 - LINGUAGEM VERBAL

Língua

Dicionário

Metonímia

Metáfora

Fala

Simbologia

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