A SERIEDADE NO TRABALHO ESOTÉRICO
A seriedade é um elemento fundamental para se atingir uma mudança total e definitiva e, não existindo esse elemento, corremos o risco de fracassar no Trabalho Esotérico. Existe uma tendência geral a rechaçar ou subestimar a própria psicologia, a qualificá-la como algo sem importância; e isso acontece porque, diferentemente do corpo físico, a psicologia não é perceptível ou apreensível pelos cinco sentidos. Para captar o tremendo realismo de nossa própria psicologia, devemos iniciar, agora e já, a observação séria e rigorosa de nós mesmos. A auto-observação nos conduz ao auto-conhecimento e nos permite descobrir aqueles defeitos psicológicos que nos mantêm presos à dor. Quando alguém descobre um defeito psicológico, deu de fato um grande passo, porque então poderá estudá-lo,compreendê-lo e logo eliminá-lo com a ajuda eficiente de Devi Kundalini. Em realidade e de verdade, nossos defeitos são tão inumeráveis que, ainda que tivéssemos mil línguas e um palato de aço, não conseguiríamos enumerá-los todos. E o mais grave é que não sabemos medir o espantoso realismo de qualquer defeito, sempre o olhamos de forma vã, sem a devida atenção e seriedade, o vemos como algo sem importância. Existe entre os estudantes gnósticos, lamentavelmente, uma grande frieza e uma evidente falta de seriedade, pois normalmente se dá importância ao que realmernte não é importante, ao superficial. Supor que a última moda ou o último penteado, o carro último-tipo ou a questão do salário, a aventura amorosa, a vida sedentária, o cinema, a telenovela, a luta de boxe, o jogo de futebol, a festa dançante, a corrida, a fofoca ou a calúnia sejam coisas essencialmente importantes e sérias constitui não só um grave equívoco como também indica um absoluto desconhecimento do que é na verdade o ensinamento Gnóstico. Nós, os estudantes, entramos na Gnose para avivar as inquietudes íntimas, para converter-nos em luminárias do espírito, em adeptos da luz, em Homens autênticos, com toda a grave responsabilidade que encerra a palavra Homem. Indiscutivelmente, nada disso será possível se não aniquilarmos o Ego ou Eu Pluralizado, se não eliminarmos as bobagens e burrices da falsa personalidade, que sempre apagam a primeira chispa de luz e nos submergem no frio da mais espantosa indiferença. É bom lembrar que as pessoas são sempre engolidas pela Lua, mais cedo ou mais tarde, e que esta é uma verdade incontrovertível. Infelizmente, qualquer coisa da Personalidade, por boba que seja, tem força suficiente para reduzir a poeira cósmica ISSO que no silêncio da noite nos comoveu por um momento, ISSO que captamos no Templo ou Lumisial e que só nos encheu de inquietudes momentâneas. A Lua sempre ganha essas batalhas, ela se alimenta, se nutre, precisamente de nossas próprias debilidades. A Lua é terrivelmente mecanicista, e o humanóide lunar, desprovido completamente de inquietudes solares, é incoerente e se move no mundo dos sonhos. Se os estudantes da Gnose fizessem o que poucos fazem, isto é, avivar as inquietudes solares íntimas, não há dúvida de que pouco a pouco assimilariam a Inteligência Solar e poderiam assim converter-se em Homens. Para isso nos foi entregue a Divina Gnose, para atingir o objetivo do Sol, para converter-nos em Homens; mas, se não encaramos isso com seriedade, se continuamos como sombras lunares, frios, apáticos e indiferentes, a Lua nos devorará, e virá depois a igualação da morte. A morte iguala tudo; qualquer cadáver vivente, desprovido de inquietudes solares, degenera terrivelmente até ser devorado pela Lua. O Sol quer criar Homens, o Sol está trabalhando no laboratório da Natureza; mas, infelizmente, esta experiência não lhe tem trazido muitos bons resultados, pois, como já dissemos, a Lua devora as pessoas. O Sol depositou nas glândulas sexuais do "animal intelectual " certos germens solares que, conscientemente deenvolvidos, podem transformar-nos em Homens autênticos. A experiência solar torna-se espantosamente difícil devido precisamente ao frio lunar. Se os estudantes da Gnose não quiserem cooperar com o Sol, os germens solares involuirão, degenerarão e se perderão lamentavelmente. A chave-mestra da Obra do Sol está na dissolução dos elementos indesejáveis ou "Eus" que levamos em nossa psique. É necessário que os estudantes da Gnose se interessem pelas idéias solares, de maneira séria e contínua; se é que não queremos ser destruídos como algo inútil, como algo que já não serve para a experiência solar. A raça Ária é uma fruta podre, tornou-se insuportavelmente mecanicista, já não tem nada a oferecer e por isso será destruída. Para salvar-nos da destruição, devemos ter continuamente inquietudes solares. E para isso é necessário que coloquemos nosso centro magnético na Essência, na Consciência. É lamentável observar como os estudantes da Gnose mantêm o centro magnético nas questões da falsa personalidade, nos acontecimentos triviais do dia-a-dia, nas modas passageiras, na conversa insubstancial e ambígua, nos negócios, nas telenovelas, no cinema, no jogo de futebol, em tudo o que só alimenta os Eus que controlam a falsa personalidade. Devemos encarar seriamente o seguinte axioma fundamental: "A única coisa importante na vida é a transformação radical, total e definitiva; tudo o mais, francamente, não tem a menor importância." . As boas intenções não modificam ninguém; o simples fato de pertencer ao movimento gnóstico não significa que hajamos deixado de ser as mesmas pessoas; a mudança radical só advém quando morremos em nós mesmos, quando eliminamos o Eu da psicologia experimental. É necessário compreender em profundidade o que significa a seriedade no trabalho esotérico gnóstico. A seriedade à qual estamos nos referindo implica em aprender a viver nas partes mais conscientes de nós mesmos, significa jogar luz sobre as trevas espantosas de nosso Eu Psicológico. Ser sérios implica em receber as impressões da vida a partir do Terceiro Estado de Consciência (íntima recordação de si mesmo); implica em ir ao encontro dos eventos ou acontecimentos da vida cotidiana sem identificação, recebendo as impressões com as partes mais conscientes dos Centros da máquina orgânica e olhando todas as coisas à luz da Gnose. Entenda-se que esta seriedade não significa ser contra a alegria saudável, nem muito menos abandonar os deveres do bom dono de casa ou os deveres de cidadão. É óbvio que o sorriso consciente jamais poderia ser prejudicial, mas é necessário estudar, analizar, compreender e eliminar certos "Eus-palhaços" que nos induzem à comicidade subjetiva e não nos permiterm encarar com seriedade o espantoso realismo de qualquer defeito de tipo psicológico. Ser sérios equivale a olhar nossos próprios erros e defeitos com o propósito de eliminá-los, significa abandonar a tendência a criticar os outros e a estar nos metendo na vida alheia. Um estudante da Gnose, sério e definido, não abandona seu grupo porque vê este ou aquele defeito nos coordenadores ou nos irmãos, mas entende que dentro de sua psique vivem esses mesmos defeitos que está vendo no outro. Uma regra geral no Trabalho Esotérico Gnóstico assinala que, quando não nos entendemos com alguma pessoa, pode-se ter a segurança de que essa é a própria coisa contra a qual é preciso trabalhar esotericamente. O que tanto se critica nos outros é algo que descansa no lado obscuro de si mesmo e que não se reconhece e nem se quer reconhecer.. Assim como a Lua tem um lado oculto que não se vê, o mesmo ocorre com a Lua Psicológica que carregamos em nosso espaço interior. É óbvio que essa Lua Psicológica está formada pelo Ego, o Eu, o Si Mesmo, o Mim Mesmo. Neste lado oculto de nossa lua psicológica carregamos elementos inumanos ou Eus que espantam, que horrorizam, e que de maneira alguma aceitamos ter. Nós devemos, de maneira séria e contínua, fazer chegar a luz da Consciência até esse lado tenebroso de nós mesmos, porque todo o objetivo de nossos estudos gnósticos é fazer com que o conhecimento de si se torne cada vez mais consciente. Quando temos em nós mesmos muita coisa que não conhecemos e não aceitamos, então essas coisas nos complicam a vida espantosamernte e provocam situações desagradáveis e dolorosas, que bem poderiam ter sido evitadas mediante o conhecimento de si. O pior de tudo isso é que projetamos esse lado desconhecido de nós mesmos sobre as outras pessoas e atribuímos a elas nossos próprios defeitos psicológicos. Por exemplo, vemos as pessoas como se fossem mesquinhas, desleais, infiéis, etc., mas na verdade só estamos projetando sobre elas nossos próprios defeitos. A este respeito, a Gnose indica que só vivemos em uma pequena parte de nós mesmos, ou seja, nossa Consciência se estende só a uma parte muito reduzida de nós mesmos. A idéia do Trabalho Esotérico Gnóstico é a de ampliar claramente a nossa Consciência. Indubitavelmente, enquanto não estivermos bem relacionados com nós mesmos também não nos relacionaremos bem com as outras pessoas, e como resultado surgirão conflitos de todo tipo. Só com a observação dinâmica, consciente,
é possível iluminar o lado oculto de nossa Lua Psicológica.
Só através do auto-conhecimento a Consciência pode
se desenvolver.
|
Distintos irmãos do nosso Movimento Gnóstico na República do Brasil, a vocês me dirijo. Chegou a hora de trabalhar de forma intensiva com a Grande Obra do Pai. Recordemos, meus estimados irmãos, que os tempos do fim já chegaram. Estive investigando no Mundo Causal o futuro
que aguarda o nosso planeta Terra. Inquestionavelmente, o panorama seapresenta
sombrio. Quero dizer-lhes, de forma clara, que toda a humanidade terá
que passar por um grande cataclismo.
Indubitavelmente, estes últimos em si mesmos representavam às doze constelações do Zodíaco. Pareciam doze titãs de cornegra, viva fisionomia do ódio que atualmente reina sobre a face do nosso afligido mundo. Obviamente, o Karma zodiacal que temos é pavoroso. E conforme mirava o Akasha puro, pude compreender também que haverá um acontecimento extraordinário, um evento horripilante, uma catástrofe cósmica. Gente de outros mundos virá com suas naves para fotografar a grande tragédia. Eles irão conservar em seus museus, em suas bibliotecas, as vivas recordações de uma humanidade perversa que foi castigada. Enquanto observava no espaço, uma música deliciosa, uma sinfonia trágica, me comunicava em detalhes tudo o que há de sobrevir antes do cataclismo final. Aquela música, aquela sinfonia, ainda que maravilhosa, continha em si mesma um conteúdo trágico. Me dizia que antes do cataclismo e por todos estes tempos haverá guerras e rumores de guerras. Doenças desconhecidas, nunca antes vistas. Revoluções de sangue e de aguardente. Os seres humanos se levantarão uns contra os outros e todos contra todos. Se multiplicará a barbárie por toda parte. Haverá crimes inenarráveis e o mal, desde estes mesmos momentos em que estamos falando, irá de pior a pior. No dia da grande catástrofe, meus caros irmãos, tudo realmente estará arrasado. Se trata de um mundo gigantesco que vem navegando através do espaço infinito. Um mundo louco, deslocado de qualquer outro sistema planetário. Os cientistas supõem que tal planeta colidirá com o nosso lá pelo ano de 2430. A Venerável Grande Loja Branca me disse que a colisão será exatamente no ano 2500. Mas, antes de tal data, será somente dor e amargura. Não podemos esperar por estes tempos nada de bom. Quando aquele planeta for se aproximando mais e mais, ondas e ondas embravecidas, nunca antes vistas, atingirão as praias. Radiações queimarão tudo aquilo que tenha vida. Haverá um instante – isto o sabem todos os melhores profetas – em que aquele planeta se colocará entre o Sol e a Terra. Então, haverá uma noite produzida por um eclipse que durará vários dias. Noite de espanto e de horror como jamais ninguém viu antes. Ao se aproximar cada vez mais, aquela massa gigantesca atrairá o fogo líquido do interior da Terra para a superfície e nascerão vulcões por toda parte. Isto será acompanhado de terríveis terremotos e grandes maremotos. As cidades mais poderosas cairão feitas em ruínas como um castelo de cartas e não haverá remédio. A radiação atômica infectará todo o planeta Terra. Pôr último, ao se aproximar ainda mais, essa massa fará o depósito de hidrogênio planetário explodir e, como em um grande holocausto ígneo, arderá nosso mundo e a Terra, suas obras e todos os que nela existem serão queimados e os elementos ardendo serão desfeitos. Quando finalmente as duas massas planetárias se chocarem, não haverá ninguém vivo. Estamos, pois, meus caros irmãos brasileiros, no princípio do fim. Tudo o que se escreveu no Apocalipse de São João é para estes tempos, não se esqueçam. Em certa ocasião, minha Divina Mãe Kundalini, tomando a palavra, me disse: "Já tudo está perdido. O mal do mundo é tão grande que já chegou até o céu. Babilônia, a Grande, a mãe de todas as fornicações e abominações da Terra será destruída e de toda esta perversa civilização de víboras não ficará pedra sobre pedra". Assombrado, me dirigi a ela dizendo: " Estamos então, em um beco sem saída, minha Mãe?" Ela me respondeu: "Queres fazer um negócio comigo?" "Sim", respondi afirmativamente. Então, ela me disse: "Você abre o beco sem saída e eu os mato". Reflitam nisto que estou dizendo, meus caros irmãos brasileiros. Para que a Divina Mãe Kundalini, em seu Terceiro Aspecto, como Terror de Amor e Lei, fale nesta forma, tem que haver algo terrível, algo pavoroso, tem que haver chegado a mal até o limite dos limites. Recordo que, depois de haver conversado com a Adorável desta forma, passaram perto de nós umas damas Iniciadas, que haviam chegado ao segundo nascimento. Claro que haviam fabricado os Corpos Existenciais Superiores do Ser e irradiavam luz. Mas nem sequer se inclinaram diante da Divina Mãe e muito menos cumprimentaram a mim, que não valho nada. A Mãe disse: "Estes duas vezes nascidos que existem agora, terei que examiná-los minuciosamente". Me disse também que estas damas ainda conservavam dentro de si restos da grande rameira, cujo numero é 666, Não haviam dissolvido completamente o Ego. Depois, alguns mestres se aproximaram e se inclinaram reverentes. Logo que continuaram em seu caminho, minha Mãe me disse: "Estes são filhos do Sol". "Assim é" , respondi. Passados alguns dias, meus caros irmãos, vi confirmadas as palavras de Devi Kundalini Shakti. No Paquistão, houve naquela época um milhão de mortos. Terríveis ciclones e terremotos produziram uma catástrofe imensa. No Peru, naqueles dias, houve 70 mil mortos com os terremotos que vieram. Uma água negra e pestilenta surgia do interior da terra. Conforme o tempo ia passando, eu ia também comprovando as palavras de Devi Kundalini Shakti. Os terremotos se multiplicam; nestes instantes, Manágua, a capital da Nicarágua, foi destruída. É impossível saber a quantidade de mortos. A imprensa dizia 5.000 e outras vezes 20.000. Os cadáveres estão debaixo das ruínas e cheiram mal; resolveu-se queimar os cadáveres. O governo deu ordens para todos os habitantes abandonarem a cidade. Assim estão as coisas, meus caros irmãos. A guerra no Vietnã se intensifica. Os Estados Unidos arrasaram com povoados inteiros no Vietcong. O Oriente Médio arde; não foi possível nenhum acordo entre os judeus e árabes. Por toda parte aumentam as dificuldades e os ódios se multiplicam incessantemente. Vão passando os tempos e vamos confirmando também, uma a uma, todas as profecias, as que se fizeram em tempos antigos e as que me foram feitas no presente. Vistas todas estas coisas, meus queridos irmãos brasileiros, nos lançamos a formar o Exército de Salvação Mundial, com o propósito de abrir o beco sem saída. Vocês querem aproveitar a oportunidade?
Vocês querem fazer parte deste exército?
"Se este acontecimento será no ano de 2.500, porque se importa a ciência e porque nos importamos?" Assim pensam os que têm aconsciência adormecida. Despertai, por favor. Despertai! Estes que agora vivem, viverão no ano de 2.500. Os corpos que têm atualmente, perecerão. Mas no ano 2.500 terão novos corpos. E serão testemunhas da grande catástrofe e perecerão nela. Poderiam também objetar que: "De qualquer maneira vamos morrer". Porém, não se trata somente da morte física, meus caros irmãos. É óbvio que aqueles que perecerem na grande calamidade que se aproxima, na colisão de mundos que virá, entrarão na involução, dentro das infra-dimensões da natureza e do cosmos. Quero que saibam que os mundos infernos existem debaixo da epiderme terrestre e ali existem também processos involutivos descendentes terríveis. Aqueles que ingressam nos mundos infernos, têm que involuir no tempo, passando por estados animalóides, vegetalóides e por último mineralóides. Não é nada agradável viver nestas regiões infernais. Normalmente, os humanóides moram ali ou vivem ali pelo tempo de 8.000 a 10.000 anos. Somente os perversos, demasiadamente perversos, os Hitler, os Musolinni, os tântricos negros, os magos da mão esquerda, etc., etc., podem viver Mahanvantaras inteiros nos mundos infernos antes de sua desintegração final. O tempo ali é terrivelmente doloroso e sumamente longo. Naquelas regiões as leis se multiplicam e a vida se faz espantosamente complicada e amarga. Ali reina o tédio, a dor, a materialidade mais grosseira, o sofrimento mais espantoso. Reflitam, irmãos. É certo que os que ali moram, ao fim, chegam à segunda morte. Sim, não o ignoremos. Também é certo que dali se escapam com a segunda morte, porque então se desintegra o Ego e a Essência, ou seja, a Alma, o melhor, o mais digno, o mais decente que temos dentro de nós, aflora, sai à superfície, à luz do Sol, para recomeçar a jornada, para voltar a uma nova evolução, para iniciar uma nova caminhada que haverá de começar pelo reino mineral, continuar pelo vegetal, seguir pelo animal e logo, por último, reconquistar o estado humano outrora perdido. Mas lhes digo, irmãos, não é nada agradável viver 8.000 ou 10.000 anos involuindo nas trevas exteriores, onde só se ouve o choro e o ranger de dentes. Pensem nisto, meus caros irmãos. É melhor que formemos o Exército de Salvação Mundial, que cooperemos para o bem comum. Me parece que todos unidos podemos trabalhar na Grande Obra do Pai. Me parece que todos unidos podemos aproveitar este caminho que nestes momentos estou abrindo. Aqueles que não morrerem na grande tragédia, na grande catástrofe, serão salvos. Não me refiro à salvação meramente física, mas também à espiritual. Evitarão entrar em semelhantes regiões tenebrosas depois da morte. Aqueles que não morrerem, aqueles que souberem aproveitar o caminho que agora estamos abrindo, serão levados a outro mundo, a outro planeta do espaço, antes da catástrofe final. O que estou lhes dizendo, meus caros irmãos, o sei por informação direta da Venerável Logia Branca. Felizes os que souberem aproveitar a oportunidade que se lhes oferece. Estes, depois de algum tempo, depois que se passe um período de tempo mais ou menos longo, que pode chegar a alguns milhões de anos, serão trazidos de volta a este mundo. Mas a um mundo já transformado, um mundo onde somente existirá o amor e a sabedoria. Um mundo totalmente mudado, com uma fisionomia nova, mares novos, montanhas novas; ou seja, serão trazidos à futura Jerusalém da qual nos fala o Apocalipse de São João. Recordem que Pedro também nos falou de novos céus e de nova terra, e os mares que foram já não o são. Estes, os que serão salvos, viverão na futura Sexta Raça. Assim será e quero que vocês o ompreendam. Assim, meus caros irmãos, escolham o caminho. Irmãos brasileiros, ajudem-nos e ajudem-se a si mesmos. Vamos entre todos nós formar o Exército de Salvação Mundial. Vamos todos por povoados e montanhas, por cidades e aldeias, divulgar o verbo da Era de Aquário, lançando aos quatro ventos o Evangelho desta nova idade. Quanto mais trabalhem em favor de seus semelhantes, quanto mais pessoas trouxerem às nossas fileiras, tanto melhor para vocês, porque serão recompensados. Recordem que quem dá, recebe, e quanto mais dá, mais recebe; esta é a lei. Mas, aquele que nada dá, nada recebe. Sacrifiquemo-nos pela humanidade, ofereçamos nossas vidas no altar do supremo sacrifício por todos os seres viventes. Assim, meus queridos irmãos, marcharemos pela senda, pela pedregosa senda que há de conduzir-nos à autêntica, à legítima felicidade. Até aqui minhas palavras, meus queridos irmãos gnósticos brasileiros. Paz Inverencial.
Samael Aun Weor
P – Venerável Mestre Samael Aun Weor, vamos aproveitar a oportunidade de sua presença para pedir-lhe que nos aclare sobre a questão da carne. A princípio, em seus livros, o senhor dizia que era totalmente proibido comermos carne e agora, em seu último livro, "O Mistério do Áureo Florescer", o senhor nos aconselha a comer carne. Como fica isso? R – Com o maior prazer darei resposta a nosso irmão Garcia e a todo o Movimento Gnóstico Brasileiro. Indubitavelmente, meus caros irmãos, fiz experiências em relação ao sistema vegetariano. Nestes instantes, me vem à memória o caso concreto de um pobre cão ou cachorro enfraquecido… Em certa ocasião, estando eu totalmente fanático pelo sistema vegetariano, quis também converter em vegetariano a este pobre animal. Indubitavelmente, aprendeu a lição e, quando aprendeu, morreu. Observei em detalhes todos os sintomas que apresentou. Assim comecei meus experimentos. Mais tarde, na República de El Salvador, averiguei que quando queria subir uma ladeira muito inclinada, quase perpendicular, suava terrivelmente, encontrava-me em um estado de fraqueza espantosa. Meu organismo começava a apresentar os mesmos sintomas do animal de nosso experimento. Aqui na cidade capital do México, conheci o diretor de um Ashram, um alemão, um fanático vegetariano insuportável. Apresentou os sintomas do cão e, pouco a pouco, o vi desfalecer, até que morreu. Conheci também a outro senhor, que se dedicava à yoga e à astrologia, fanático vegetariano insuportável. Seu corpo se debilitou da mesma forma que o daquele cão. Apresentou os mesmos sintomas do cão enfraquecido que, na empoeirada porta, se sentava sempre à beira do caminho para contemplar as pessoas que passavam. Morreu o tal astrólogo do qual falamos, isso foi lamentável. Soube de outro senhor que também apresentou os mesmos sintomas do cão e morreu. Uma outra vez, alguém me chamou para que lhe fizesse umas curas de tipo magnético. Se tratava de uma pessoa muito importante, uma senhora que gozava de certo prestígio, fanática vegetariana. Prostrada na cama, desfalecia a infeliz. Quando lhe falei sobre o sistema vegetariano, sobre os sintomas do cachorro e quando disse que todos os que havia conhecido, vegetarianos fanáticos, se debilitavam pouco a pouco até morrerem, me disse: "Diga-me quais são estes sintomas que quero conhecê-los." Minha resposta foi: "Os mesmos que a senhora está apresentando nestes momentos". Aquela senhora possivelmente já havia compreendido a questão e se separava sempre de seus "correligionários de cozinha". Digo assim entre aspas, porque muitos fizeram do vegetarianismo uma religião de cozinha. Continuou dizendo-me então que às escondidas, onde seus companheiros de religião de cozinha não podiam notar, a infeliz não deixava de comer seu bom pedacinho de carne, ou de peixe, etc., etc., escondendo os pratos imediatamente, se aparecesse algum de seus companheiros no restaurante. Pude então comprovar que os poucos vegetarianos que viviam aqui na cidade capital do México e que haviam se mantido durante anos com seu regime, não eram radicalmente vegetarianos. Às escondidas, quando ninguém os via, comiam pedacinhos de carne ou peixe, etc., etc. Reflitam nisto, irmãos, porque é bastante interessante. Obviamente, sabemos que existe a lei chamada O Eterno Trogo-auto-egocrático Cósmico Comum. Esta lei advém do Sagrado Okidanock, onipresente e onipenetrante. Quero que saibam que a Lei do Eterno Trogo-auto-egocrático Cósmico Comum tem dois fatores: tragar e ser tragado; mútua alimentação recíproca de todos os organismos. O peixe grande sempre comerá ao pequeno e todos os organismos vivem de todos os organismos. E, por mais vegetarianos que sejamos, quando falecermos, nosso corpo físico será comido pelos vermes, de acordo com a lei do Eterno Trogo-auto-egocrático Cósmico Comum. O vegetarianismo de fato vai contra esta grande Lei do Eterno Trogo-auto-egocrático Cósmico Comum. Tal lei se desenvolve de acordo com a Lei do Eterno Heptaparaparshinoch, isto é, de acordo com a Lei do Sete; e também de acordo com a Lei do Santo Triamazikamno, isto é, de acordo com a Lei do Três. Estamos, pois, plantando leis. Os habitantes de Vênus, que são muito avançados, muito mais avançados que os terráqueos, que estão em sintonia com o cosmos infinito, comem carne de peixe e frutas. Não são, pois, vegetarianos. É que os terráqueos querem agora corrigir a lei, corrigir o plano do Demiurgo Arquiteto do Universo. Reflitam, irmãos. Não quero dizer-lhes que se convertam em carnívoros fanáticos porque isto seria ir ao outro extremo. P – Vamos pedir ainda, para que fique um pouco mais claro, que o senhor nos fale sobre a Lei de Enoch, de que na época da primavera não devemos comer carne, porque está muito carregada com as forças sexuais dos animais. Porém, no Brasil a primavera é em uma época diferente daqui. Então, qual será a época certa, na primavera ou depois da Semana Santa, na Sexta-feira Santa? R – Com o maior prazer darei resposta aqui a nosso irmão Garcia e, pela sua mediação, a todos os nossos irmãos gnósticos da República do Brasil. Indubitavelmente, na primavera, a vida se encontra forte e ativa. O impulso animal é muito poderoso. As paixões animais, por tal motivo, se desatam. Obviamente, a carne se encontra bastante carregada também do princípio psíquico animal inferior. Na América do Sul, as estações estão invertidas. Isto não invalida nossas afirmações. Na primavera da América do Sul, sucedem fenômenos similares aos que acontecem na primavera do Hemisfério Norte. Não quero com isto dizer, definitivamente, que não se pode provar alguma carne na primavera. Digo de forma bem clara que o que sucede é que, nesta época, os princípios animalescos, bestiais, se encontram intensificados. Então, convém dosar um pouco mais a carne, comê-la em menor quantidade nesta época de primavera. Isto é tudo. Com isto fica esclarecido o que temos afirmado em algumas obras. P – Aproveitando a oportunidade, vamos formular ao nosso Venerável Mestre Samael Aun Weor uma pergunta que muitas irmãs brasileiras têm feito. Mestre, por que as mulheres têm que tomar corpo de homem para alcançar a Iniciação Venusta? R – Com o maior prazer, darei resposta à pergunta. Certamente, a Iniciação Venusta é a oitava superior da Iniciação do Fogo. Normalmente, o iniciado que chegou à Quinta Iniciação do Fogo pode, desde esse momento, entrar para a Iniciação Venusta. Então, começaria pela primeira Venusta, oitava superior da primeira do Fogo; seguiria com a segunda Venusta, oitava superior da segunda do Fogo; a terceira Venusta, oitava superior da terceira do Fogo; a quarta Venusta, oitava superior da quarta do Fogo; a quinta Venusta, oitava superior da quinta do Fogo. Logo, continua com a 6ª Venusta, 7ª Venusta e 8ª Venusta. Ao chegar à Oitava, já se entrar no Templo dos Duas Vezes Nascidos; chega-se ao cume, por assim dizer, da Primeira ontanha, que é a da Iniciação. Quanto às mulheres, meus caros irmãos, darei explicação. A mulher também pode percorrer, com inteira clareza, todas as cinco iniciações do fogo. Quando a mulher, e isto é algo que vou aclarar de forma plena, tem seu corpo por demais desgastado, pesado, velho, e tem que realizar a Grande Obra, necessita entrar na Iniciação Venusta, lhe é dado um novo corpo mais favorável para o trabalho, um corpo de tipo masculino. Já com este veículo, carregado de virilidade, pode de fato meter-se pelo trabalho da Venusta. Mas, se a mulher ainda está forte, jovem, se verdadeiramente conseguiu chegar às alturas do adeptado em uma só reencarnação, também pode entrar na Venusta com esse corpo feminino. Não seria necessário, neste caso, trocar de veículo, com o mesmo corpo que tem poderá entrar na Iniciação Venusta. Isto não entra em contradição com o que estou dizendo. O que se passa é que muitas mulheres chegam à Quinta Iniciação do Fogo estando já muito velhas, quando já tem que desencarnar. Então, a Grande Lei lhes dá um veículo masculino para que continuem seu trabalho. É o caso de Blavatsky, um fato concreto. Desencarnou já muito anciã. Então, agora se lhe dará um corpo masculino para que possa entrar com energia na Iniciação Venusta. Mas, repito, se o corpo está jovem, se o corpo pode suportar as ordálias da Iniciação, se ainda pode transmutar suas energias criadoras, também pode lograr a Iniciação Venusta em sua presente existência e com o corpo que tem. Isso é tudo. P – Venerável Mestre Samael Aun Weor, qual é a constituição real do ser humano? O que é que devemos fabricar e oque é que já temos fabricado? O que é o Íntimo? O que é o Ser? R – Compreendo vossa inquietude, irmão Garcia. E compreendo também a inquietude de todos os nossos irmãos gnósticos da República do Brasil. Considero necessário que se reproduzem nossas obras "O Mistério do Áureo Florescer" e, muito especialmente, nossa última obra titulada "As Três Montanhas". Nelas explicamos claramente o que se tem que fabricar. Obviamente não é o Ser que devemos
fabricar, porque o Ser é o Ser e a razão de ser do Ser é
o mesmo Ser. O Ser em si mesmo não tem princípio nem fim.
Ele é o que é, o que sempre foi e o que sempre será.
Então, que é o que devemos fabricar?
Todas as organizações pseudo-esotéricas e pseudo-ocultistas afirmam que possuímos um Corpo Astral, que temos um Corpo Mental individualizado e que também possuímos o Corpo Causal ou Corpo da Vontade Consciente. Arthur Powell escreveu maravilhas sobre os corpos internos do homem. O Sr. Leadbeater estudou em detalhes o astral, o mental, o causal, etc., etc., etc. Helena Petrovna Blavatsky cita tais veículos em suas diversas obras. Rudolf Steiner, Max Heindel, Krum-Heller, etc., também mencionam tais veículos supra-sensíveis. Chegou a hora de avaliarmos tais afirmações, de que, com o escalpelo da crítica construtiva, desnudemos esses valores para ver o que têm de verdade. Eu conceituo, eu afirmo claramente, que os citados autores, alguns deles investigadores competentes, não deram o ensinamento completo neste sentido. O Sr. Leadbeater, por exemplo, via o corpo astral e o afirmava, via o mental e o afirmava, o causal e o afirmava. O caso é que o Sr. Leadbeater via os corpos astral, mental e causal daquelas pessoas que já os possuiam. Jamais se dispôs a analisar cuidadosamente se todas as pessoas possuíam tais corpos. Em que obra, me pergunto e pergunto a vocês, alguma vez o Sr. Leadbeater enfocou este assunto? Quando fez uma discriminação ou uma diferenciação completa entre os que tinham e os que não tinham tais veículos? Viu alguns que possuíam tais veículos e pensou que todos os tinham. Eis aí o erro. É o mesmo erro de todos os investigadores ocultistas e esoteristas, ou melhor dizendo, pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas. Que me desculpe o Senhor Leadbeater, mas estou afirmando o que é verdade. Não quero dizer com isto que Leadbeater não foi um clarividente autêntico. Tampouco estou negando que ele tenha sido um mestre. Obviamente que foi, e conheço muito bem o Sr. Leadbeater nos Mundos Superiores. É um mestre completo. Também não estou negando as faculdades dos distintos investigadores. Unicamente estou esclarecendo algo que não se havia esclarecido. Estou estudando cuidadosamente esta questão a partir de um novo ângulo, em detalhes, minuciosamente. Estou vendo facetas que eles não viram. Afirmar isto, dizê-lo, não é uma crítica destrutiva. Meus ensinamentos são mais bem um complemento ao desses autores. Nem todos os seres humanos, ou melhor dizendo, corrijo a palavra humanos; nem todos os humanóides possuem tais veículos, pelo fato de serem humanóides não podem possuir tais veículos. Estes veículos são dos humanos, não dos humanóides. Pode ser que o que estou dizendo lastime a alguns ouvidos suspicazes. Mas temos que falar claro. Distingamos entre humanos e humanóides. Distingamos entre homens autênticos e homúnculos racionais. Para ser um legítimo humano, no sentido mais completo da palavra, para ser um homem real e verdadeiro, se necessita possuir os Corpos Existenciais Superiores do Ser. Quem não possui tais corpos não é tampouco um ser humano. Será um homúnculo, mas não um homem. Ampliemos este conceito e olhemos toda a humanidade. Está formada por animais intelectuais. É difícil achar um homem. Recordem vocês aquela fábula de Diógenes com sua lanterna. Andou por todas as ruas de Atenas procurando um homem e não o encontrou. Aqui, meu amigo Alejandro Salas disse que pôde se encontrado na França, que era Marat. Não há dúvida que Marat foi um grande iniciado, isto assim é. Todo este grupo da Revolução Francesa é bastante interessante. Mas realmente é difícil achar um homem. Ninguém nasce com um Corpo Astral, exceto os homens. O Corpo Astral tem que ser fabricado na Forja dos Cíclopes. É bom saber que no sêmen, no "Ens Seminis", no esperma sagrado, existe o hidrogênio sexual SI-12. Aprender a transmutar o "Ens Seminis" em energia criadora é indispensável. Saber transmutar, diríamos, esse hidrogênio sexual SI-12, é urgente. Quando nós transmutamos a entidade do sêmen, fabricamos então o Corpo Astral. O hidrogênio sexual SI-12 deve empapar primeiro as células orgânicas e logo toma a forma concreta e definitiva do Corpo Astral. Uma vez que nós tivermos fabricado veículo tão precioso, se faz indispensável possuir uma mente individual. O humanóide intelectual não tem mente individual, tem mentes; e isto é diferente. Ao falar assim, quero que reflitam. Muitos têm considerado o Ego como algo divino, sublime, inefável. Falam do Eu sublime, colocam o Ego nos altares, divinizam-no, deificam-no. Mas em verdade, irmãos, lhes digo que o Ego é uma soma de agregados psíquicos, um conjunto de eus-diabos que personificam nossos desejos, nossas emoções, nossas paixões, etc., etc., etc. Cada um destes eus, cada um destes agregados psíquicos, possui sua própria mente particular. Então, obviamente, nós não temos uma mente individual, mas um conjunto de mentes, e isso é diferente. Quando o eu da ira predomina em determinado momento, o indivíduo pensa de forma iracunda, e tudo o que pensa acha que é a última coisa, a última palavra. Quando cobiça, traça planos, projetos, etc., etc., e acredita ser o único. Quando está cheio de ciúmes, diz eu tenho ciúmes e é sua última palavra. Cada eu que se manifesta em um dado momento, acredita ser o último, o derradeiro, o definitivo. Cada um destes eus tem sua mente e, por tal motivo, nós todos estamos cheios de contradições. Tão pronto afirmamos uma coisa como a negamos. Tão pronto juramos lealdade diante do altar da Gnosis, como violamos esta lealdade. Tão pronto juramos amor a outra pessoa como nos retiramos. Conclusão: Onde está a individualidade da mente? Cada eu tem sua mente, suas idéias próprias, seu critério próprio, e todos estes eus, dentro do corpo, lutam incessantemente uns contra os outros e todos contra todos. Todos estes eus querem, cada um, controlar a máquina orgânica. Então, onde está a individualidade da mente? Não existe Mente e sim mentes. Necessitamos fabricar um Corpo Mental e isso é possível mediante a transmutação do esperma sagrado em energia. Quando nós transmutamos o hidrogênio sexual SI-12, então conseguimos fabricar esse Corpo Mental. Assim, somente assim, passaremos a ter mente individual. Muito mais tarde, se faz necessário possuir um Corpo Causal, o Corpo da Vontade Consciente. Todos os seres humanóides não fazem outra coisa que sofrer. Realmente, as pessoas são vítimas das circunstâncias, ninguém sabe determinar as circunstâncias, todos são vítimas delas. Quando alguém desenvolve o Corpo da Vontade Consciente, pode determinar as circunstâncias, pode originar uma nova ordem de coisas, é o dono, responsável por seus atos. Antes não. Antes, é um irresponsável. Assim, pois, meus caros irmãos, uma vez que alguém tenha fabricado os Corpos Existenciais do Ser, então sim, pode dar-se ao luxo de encarnar este princípio sutil chamado Alma Humana, e somente assim viremos realmente a converter-nos em homens com alma, em indivíduos verdadeiros, em indivíduos legítimos, em homens autênticos, em humanos reais. Observem vocês o panorama de todas as coisas. A única coisa que vemos no mundo são criaturas irresponsáveis, animais intelectuais, humanóides racionais. É raro encontrar um homem real, um homem autêntico. Nos mundos internos podemos dar-nos conta de quem possui os Corpos Existenciais Superiores do Ser e de quem não os possui. Assim, não é o Ser o que necessitamos fabricar. O Ser é o Ser e Ele é eterno, não há necessidade de fabricá-lo. O que necessitamos é criar os Corpos Existenciais Superiores para o Ser, e isso é diferente. Entendido? P. Mestre, e o processo de encarnarmos ou de recebermos ou de ligarmo-nos com os três princípios superiores deAtman, Buddhi e Manas? O que é a alma humana e o que é a alma divina? R. Vou dar resposta a esta pergunta. A Trimurti Hindu é uma tremenda realidade. Atman é o Íntimo, o Ser. Buddhi é a Alma Espiritual e é feminina. Manas Superior é a Alma Humana e é masculina. Portanto, o Íntimo, o Ser, tem duas almas. A primeira é a Alma Espiritual que é feminina. A segunda é a Alma Humana, que é masculina. Quando tivermos criado os Corpos Existenciais Superiores do Ser, mediante o cumprimento do Dever Parlok, ou seja, o dever cósmico, então, encarna em nós a Alma Humana e nos convertemos em homens legítimos e verdadeiros. Bem, e se é uma mulher adepta que está fazendo a Obra, obviamente ela encarna sua Alma Humana e se converte, pois, em um ser humano autêntico, legítimo e verdadeiro. O que estou dizendo se aplica aos dois sexos, masculino e feminino. Mas, Buddhi é diferente. Buddhi, a Alma Espiritual, é algo distinto; para encarnar a Alma Espiritual, o Buddhi, se necessita haver passado além da Iniciação Venusta. Somente pode encarnar o Buddhi aquele que realizou o trabalho na esfera lunar. É um trabalho de tipo superior que está além das iniciações e corresponde à Segunda Montanha. Já sabemos que há Três Montanhas: a primeira é a da Iniciação, a Segunda a da Ressurreição e a terceira a da Ascensão. Para poder fabricar, digo, para poder encarnar a Alma Espiritual, ao Buddhi, tem-se que haver trabalhado na esfera lunar. Somente quem realizou os trabalhos íntegros da esfera lunar, trabalho que corresponde à Segunda Montanha, a da Ressurreição, pode encarnar a sua Alma Espiritual. Dentro da Alma Espiritual, que é como um vaso de alabastro fino e transparente, arde a chama de Prajna, quer dizer, a chama do Ser, do Íntimo. Quem encarna sua Alma Espiritual, obviamente encarna o Íntimo porque Ele está dentro da Alma Espiritual, da mesma forma que uma chama puríssima está dentro do receptáculo que a contém, dentro de uma lâmpada, diríamos. Por isso, na "Voz do Silêncio", Blavatsky fala claro dizendo: "Dentro do Buddhi, como em um vaso de alabastro fino e transparente, arde a chama de Prajna", ou seja, o Íntimo. Claro que quando alguém encarna o Buddhi, dentro do qual está a chama de Prajna, o Íntimo, se converte em um Anjo, se eleva ao estado angélico, ainda que tenha corpo humano. Não importa que corpo tenha, seja de homem ou de mulher. A mulher tem os mesmos direitos que o homem e isso tem que ficar bem claro. E, se nós podemos nos elevar ao estado angélico, a mulher tem os mesmos direitos, também pode fazê-lo nesta mesma existência, aqui e agora. Assim, encarnar o Buddhi resulta bastante interessante.
Mas, devemos começar criando os Corpos Existenciais Superiores do
Ser, para encarnar primeiro a Alma Humana e, depois, ao Buddhi. Então,
nos convertemos em anjos, e é indispensável que nos convertamos
em anjos. Isso é tudo.
|