Em Off

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Arquivo de atualizações Imprensa CE - setembro/2006

ATUALIZAÇÃO N.º 334 - 04/09/2.006

INCIDENTE – Semana passada houve um episódio envolvendo policiais militares e freqüentadores do bar Cafofo do Barão, localizado nos limites dos bairros Benfica, Fátima e José Bonifácio. O caso ganhou a mídia local e até a tribuna da Assembléia Legislativa. O caso foi exposto como discriminação, perseguição, intolerância e homofobia, mas, como todo fato, tem, no mínimo, duas versões. A que a mídia expôs e a que foi levada à tribuna da Assembléia, entretanto, levou em consideração apenas esse viés.

INCIDENTE – No dia 29/08 transcorreu o Dia da Visibilidade Lésbica, ocorrendo uma festa no bar mencionado. Sobre o ocorrido, o LAMCE (Liberdade de Amor entre Mulheres no Ceará) emitiu a seguinte nota:

A arbitrariedade da Polícia Militar diante de uma manifestação de direitos humanos voltada para o dia nacional da visibilidade lésbica, realizada em 29/08, no estabelecimento denominado Cafofo do Barão, próximo à Treze de Maio.
Em meio à comemoração do dia nacional da visibilidade lésbica, promovida pelo grupo LAMCE (Liberdade de Amor entre Mulheres no Ceará) e apoiado por várias instituições e entidades que atuam na defesa do direito à cidadania GLBTT, por volta das 20h, a polícia militar visitou o local impelido por uma denúncia de poluição sonora. Ao constatar que o bar funcionava regularmente, os policiais deixaram o estabelecimento sem mais problemas.
Entretanto, retornaram por volta das 23h, armados, exigindo que o som fosse desligado, embora não houvesse sonorização excessiva, já que o evento estava no final esperando a saída de aproximadamente 30 pessoas que ainda estavam no local.

O dono do bar mostrou o alvará de funcionamento, que os policiais tomaram das mãos do proprietário e sem nenhuma explicação tentaram sair do local levando o documento, acabando por rasgá-lo. Quando questionados por uma das apoiadoras do evento por quais motivos eles se encontravam no local, de forma agressiva disseram que não falariam com mais ninguém, apenas com o dono do estabelecimento, que no momento estava sendo coagido pelos policiais e se mostrava bastante apreensivo. Diante disso as pessoas que se encontravam no local começaram a reivindicar seus direitos pedindo um tratamento igualitário, pois ali não acontecia nenhum crime ou contravenção penal para esta postura repressora.

Os policiais pediram reforço, e em menos de quinze minutos mais cinco viaturas chegaram ao local, totalizando uma média de vinte policiais, o que significou em torno de um policial para cada civil. Apesar de não haver nada que significasse tanto policiamento permaneceram no local e passaram a rir, xingar e debochar das pessoas que ainda se encontravam no estabelecimento, dizendo que "elas não eram mulheres", "eram nojentas", além de várias palavras de baixo calão e injuriosas – ação passível de punição pelo artigo 140 do Código Penal Brasileiro, explicitando o preconceito desses senhores protetores do cidadão, ferindo a Constituição Federal (art. 1º, inciso III, art. 3º, inciso IV, art. 4º, inciso II e principalmente o art. 5º,incisos II,X,XLI) e a Constituição do Estado do Ceará (art. 14,incisos II e III).

Como represália, começaram a espancar os clientes, socando homens e mulheres desarmados e que não estavam cometendo crime algum, chegando a sacar armas e fazer ameaças durante a ação policial. Ao perceberem que estavam sendo fotografados, tentaram ir embora, mas uma das integrantes do grupo LAMCE estava tentando se retirar da confusão, o que provocou a raiva dos policiais, que não quiseram realizar uma simples manobra na viatura para passar a frente do seu carro. Quando a motorista colocou o carro em movimento, foi imediatamente seguida pelos policiais, que dispararam mais de uma vez contra o carro da jovem indefesa.

Forçaram-na a parar o carro, arrancaram-na pelos cabelos, espancaram-na e conduziram-na dentro do camburão policial, sendo um dos policiais o responsável por conduzir seu automóvel. Ao verem os disparos, dos policiais as pessoas que ali estavam, em pânico, resolveram se dirigir ao 34° DP para denunciar o abuso policial. Ao chegarem a este Distrito Policial, viram a militante do LAMCE ainda presa no camburão da policia. A viatura estava estacionada na calçada da delegacia.

A viatura estava estacionada na calçada da delegacia e os policiais dispersos, e de forma irônica, quando o advogado exigiu que ela fosse "solta" e encaminhada ao IML para realizar exame de corpo delito e etílico, que comprovou que ela não estava alcoolizada conforme relato de um dos policiais para justificar a violência deles. Como se não bastasse, registraram um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) contra a mulher agredida e o dono do bar.

Através deste relato, buscamos, a adesão de todas as pessoas, movimentos e instituições que se indignam diante deste brutal acontecimento e que lutam pela igualdade de todos e todas, independente de orientação sexual, cor, credo, gênero ou raça na concretização de uma sociedade pautada no respeito e efetivação dos direitos humanos.”

INCIDENTE – Essa foi a versão abraçada pela maioria da mídia e pela deputada Íris Tavares (PT). Mas há uma outra versão, bem diferente da exposta pelo grupo “Lamce”. O Em Off procurou o oficial que comandou a ação, que concordou em falar sobre o caso desde que não fossem reveladas sua identificação e companhia na qual é lotado. A história contada foi outra, adversa à apresentada pelas militantes do “Lamce”. O oficial informou que se dirigiu ao local onde se realizava a festa ao ser acionado pelo CIOPS. Atendeu à solicitação de moradores da vizinhança do bar – o local é zona residencial – que reclamavam do som alto e da algazarra de freqüentadores. Lembrou, inclusive, que do lado funciona uma unidade do Juizado Especial Cível e Criminal, onde ficam sediadas as viaturas do Juizado Móvel, cujo plantão é 24 horas.

INCIDENTE – Ao chegar ao local, segundo o relatado pelo oficial, o proprietário do estabelecimento reconheceu que o som estava muito alto, concordando em baixar o volume, comprometendo-se, ainda, em solicitar que os freqüentadores evitassem também produzir muito barulho. O policial acrescentou que, horas depois, foi novamente acionado pelo CIOPS para retornar ao mesmo local, pois a denúncia de som em perturbação havia sido novamente feita pelos moradores da vizinhança.

INCIDENTE – Nessa segunda abordagem, o oficial afirmou que o cenário foi completamente diferente do anterior. O proprietário – que se identificou como André para os policiais – novamente teria agido de maneira civilizada, mas os freqüentadores não. “Não sei se alteradas por bebida ou outro tipo de combustível os freqüentadores foram extremamente hostis a nós”, afirmou. O oficial informou que muitas das pessoas foram extremamente agressivas. “Uma delas começou a berrar que era discriminação, que não tínhamos competência para agirmos”. O oficial acrescentou que solicitou do proprietário do bar os documentos do estabelecimento, momento em que garante ter sido desacatado. “Uma das moças disse que quem tinha autoridade ali para pedir alvará de funcionamento era a Prefeitura e se apresentou como assessora da prefeita”, disse. O Em Off apurou que a pessoa à qual o policial se referiu era Mitchelle Benevides Meira (foto), que é uma, digamos, “coordenadora de políticas de diversidade sexual da Prefeitura de Fortaleza”.

INCIDENTE – O oficial disse que, diante da agressividade da citada e de uma outra mulher, não teve alternativa senão dar voz de prisão e fazer a condução para o 34º DP, que se encontrava de plantão naquela noite. Negou que tenha ocorrido disparo contra qualquer um dos freqüentadores do bar. “Isso é uma mentira”, asseverou. O policial revelou estar indignado por ter sido dado ao episódio a característica de repressão motivada por discriminação sexual. “Não sabíamos que o local era um bar direcionado ao público homossexual, tampouco que naquele dia estava transcorrendo esse Dia da Visibilidade Lésbica, apenas fomos atender uma ocorrência de perturbação da ordem através de poluição sonora a pedido dos moradores da vizinhança e houve o incidente. É besteira querer transformar o fato num caso de discriminação, pois simplesmente não houve. Sou policial e conheço o que a lei determina, não importa se o distúrbio é causado por quem quer que seja, qualquer que seja sua orientação sexual, a lei garante direitos e deveres iguais para todos”, afirmou.

INCIDENTE – O Em Off também conversou com alguns moradores da área onde está localizado o bar, e que foram unânimes em afirmar que não se tratou de repressão por causa do público que freqüenta o bar. Afirmaram que tudo foi originado a partir do incômodo causado pelo som e pelo barulho dos que estavam no estabelecimento. Confirmaram a informação de que no momento do incidente havia mais de 50 pessoas e quando a polícia chegou e o reforço, posteriormente, os ânimos dos freqüentadores se exaltaram. Também fizeram questão de ressaltar que não há nem houve nenhum tipo de discriminação por causa do público ao qual o bar é direcionado.

INCIDENTE – Já na manhã do dia seguinte, horas depois do ocorrido, as pessoas envolvidas no episódio estavam sendo entrevistadas pela mídia local, notadamente a TV Diário. A emissora cometeu o pecado habitual de ouvir apenas um lado da história. E os comentários foram de condenação à ação da Polícia Militar, sem que tenha sido tomado o trabalho, cuidado, a obrigação jornalística de ouvir quem participou da ação. O fato é que os indícios apontam para o cenário de que, de fato, não houve qualquer atitude tomada motivada com o público homossexual – feminino e masculino – que freqüenta o bar Cafofo do Barão. A atitude da “assessora”, entretanto, deve ser condenada. Não é o fato de ocupar um cargo de confiança na Prefeitura ou sua opção sexual que faz dela uma cidadã diferente das demais, tampouco acima da lei. Arvorar-se da posição que possui no Executivo Municipal para desacatar agentes da lei é uma atitude que não pode ser aceita.

INCIDENTE – Antes que alguns internautas tachem o sítio Em Off de discriminador, esclarecemos que defendemos a legalidade. A Constituição veda discriminação motivada por orientação sexual, mas não concede privilégios ou benesses por conta disso. Veda a discriminação, mas não obriga que as pessoas pensem diferente da forma que desejarem. A agressão a homossexuais é uma chaga que a sociedade brasileira ainda carrega e seus autores devem sofrer o rigor da lei. A lei impõe, corretamente, o nivelamento de todos os cidadãos independentemente de sua opção sexual, mas não determina que as pessoas que não comunguem com a mesma opção pensem da forma contrária à que desejam. Pelo que nos foi exposto não se tratou de um embate com motivo na liberdade de opção sexual, mas na manutenção da ordem pública através da coibição de atos perturbatórios. Som alto e algazarra são, sim, motivos para que o Poder Público – representado por seu aparelho policial – atue. Querer transformar o fato numa bandeira ou num episódio homofóbico é distorcer a realidade. Vale lembrar que todo ano se realiza uma parada pela diversidade sexual, conhecida como Parada Gay, que conta até com o apoio logístico da PM, através do trabalho de policiamento.

INCIDENTE – O caso foi levado pela deputada estadual Íris Tavares (PT) (foto) à Assembléia Legislativa, inclusive com a parlamentar narrando o fato, mas apenas com a ótica das militantes do movimento homossexual. A deputada apresentou requerimento para que o Legislativo Estadual enviasse votos de congratulações às entidades representativas das homossexuais pelo transcurso do Dia da Visibilidade Lésbica. Foi o bastante para que o deputado Francisco Caminha (PHS) (foto) rebatesse, questionando o requerimento. A argumentação do parlamentar para se contrapor foi extremamente pertinente. Caminha disse que se solidarizava com as homossexuais caso tivesse ocorrido de fato uma agressão motivada pela opção sexual, mas não concordava que a Assembléia se posicionasse em apoio. O problema é que quem expressa sua opinião de discordar da opção sexual é logo tachado de homofóbico. Discordar pode. Discriminar, agredir não. Mas a maioria das pessoas envolvidas na questão ainda não percebeu essa tênue diferença.

DESRESPEITO – O Projeto Entrevista, do jornal/rádio O Povo, que enfoca os candidatos ao governo do Estado, teve como entrevistado no último dia 01/09 o tenente-coronel Francisco Horácio Marques Gondim (PSDC). Na ocasião houve um momento de extremo desrespeito por parte da banca de entrevistadores. Quando o candidato disse que iria nomear para secretário de cultura, caso eleito, o empresário de bandas de forró Emanuel Gurgel, os sabatinadores riram das palavras do postulante. Ora, por mais absurda que possa parecer aos entrevistadores a proposta eles deveriam – e devem – respeitar a opinião dos candidatos. A atitude de rir da declaração do coronel Gondim foi a expressão de uma prepotência, arrogância e despreparo dos que ali estavam. Pena, pois no rol da banca entrevistadora havia jornalistas de reconhecida e decantada seriedade.

DESRESPEITO – Não foi ética, também, a atitude. Infelizmente o que se viu – e ouviu – foi a tentativa de acuar o candidato, ridicularizá-lo. O coronel Gondim tem a opinião de nomear o empresário seu secretário de cultura? E daí, por qual motivo rir disso? Rir da proposta foi rir da liberdade de todo e qualquer cidadão expressar livremente sua opinião. Também foi estranha a forma como foram insistentemente citadas as acusações feitas há algum tempo de que Gondim teria participado de torturas durante a ditadura militar. Ora, o candidato Lúcio Alcântara (foto) também já integrou as fileiras das bases políticas dessa mesma ditadura, mas nem por isso foi questionado quando de sua entrevista. Porquê utilizar dois pesos e duas medidas?

RELATÓRIO - O relatório da Comissão Parlamentar de IInquérito (CPI), instaurada pela Assembléia Legislativa para investigar a ação de supostos grupos de extermínio, referente ao caso Procapuí já foi votado e aprovado. Deverá agora ser enviado para o Ministério Público Federal, bem como para a Procuradoria Geral de Justiça e para a Ordem dos Advogados do Brasil - Secção do Ceará. O relator, Paulo Duarte, indiciou o empresário Mike Layany (foto) e a advogada Eunice Leal Oliveira (foto), além do também advogado Atílio Paracampos em diversos crimes. Agora caberá ao MPF, à PGJ instaurar os procedimentos baseados na denúncia e nos indícios colhidos pela CPI, além da OAB-CE instaurar procedimento para apurar a conduta dos dois advogados. A íntegra do relatório está disponível nesse link: relatórioprocapuí.

DIABÉISSO? – Foi publicado no Diário Oficial do Município o Ato Administrativo que concedeu o afastamento do servidor Paulo Jilson Pontes Canuto, advogado, lotado na Secretaria Executiva Regional III. Baseado no que determina a lei, o servidor requereu o afastamento para concorrer a cargo eletivo. Até aí tudo bem se o cargo pretendido pelo moço não fosse – segundo o publicado no DOM – o de vice-prefeito do município de Massapê. As eleições desse ano são para cargos eletivos no âmbito estadual e federal, não para prefeito e vereador. Em 2004 foi eleito prefeito daquela Cidade o tucano João Pontes Mota. Não vai haver eleição em Massapê, pelo que consta nos sítios do TRE e do TSE.

PESQUISA – Pelo que publicou o jornal O Povo, edição do dia 29/08, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, comemorou os índices atribuídos à sua gestão pela pesquisa feita pelo Instituto Datafolha. Pelos números, 34% consideraram a administração dela “ótima/boa”. Em contrapartida, 26% dos fortalezenses considera sua gestão “ruim/péssima”, em menos da metade do mandato dela. É maior do que mesmo percentual, por exemplo, atribuído ao governo do também petista Lula, em pesquisa do Ibope. A diferença entre os que consideram a gestão de Luizianne um paraíso com os que consideram um inferno está na margem de erro do empate técnico – cinco pontos para mais ou para menos –.

PESQUISA – Além do mais, a maior parte da população, 37%, avaliou como “regular” a administração da petista. Essa fatia do povo significa que ainda está com paciência quanto à gestão, mas espera logo que seja mostrado serviço. Trata-se de um índice que vai definir os rumos dos próximos anos da administração. O índice de reprovação da prefeita é bem elevado.

PÉROLA – Essa foi publicada na edição do dia 01/09 do jornal O Povo: “O desembargador José Mário dos Martins Coelho concedeu ontem uma liminar derrubando a decisão do juiz da 2ª Vara de Iguatu, Cristiano Leitão, que pediu a prisão preventiva de quatro pessoas acusadas de agressão contra o prefeito da cidade, Agenor Neto (sem partido), na noite da última sexta-feira, 26”. Juiz não pede, decreta prisão preventiva. Pedir prisão preventiva é prerrogativa da Polícia ou do Ministério Público. Mais uma para a extensa coleção.

DEFINIÇÃO – O Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Partido do Socialismo e da Liberdade (Psol) precisam, o quanto antes, se definirem se fazem ou não oposição ao PT. Aqui no Ceará ambos partidos estão coligados, juntamente com o PSTU, e têm como candidato ao governo Renato Roseno (Psol). Tanto PCB quanto Psol fazem oposição ao governo Lula, que tem como uma das coordenadoras de campanha no Estado a prefeita de Fortaleza Luizianne Lins. Tanto PCB quanto Psol possuem diversos de seus filiados em cargos comissionados da Prefeitura de Fortaleza. Os dois partidos precisam, pelo menos, afastar os filiados que estejam na administração petista e deixar claro publicamente que os filiados que estão na gestão municipal não representam apoio, tampouco cota de cargos. Os dois partidos não devem excluir seus filiados na condição descrita, nem exigir que entreguem seus cargos, mas devem deixar claro que se trata de uma posição pessoal deles, não partidária.

GAIATICE – Responda rápido: qual é a eficácia de uma blitz – qualquer que seja sua origem ou objetivo – cuja realização seja antes amplamente divulgada de sua realização, local e finalidade? Provavelmente nenhuma, pois dessa forma infratores evitarão o local onde estará sendo feita a fiscalização. Mas a Secretaria Executiva Regional (SER) II resolveu "inovar". Vejam o que foi publicado na edição do dia 02/09 do jornal O Povo: "Blitz da poluição sonora em bairros da SER-II Uma blitz contra a poluição sonora será realizada hoje, a partir das 22 horas, em bairros da Secretaria Executiva Regional II. Participarão da fiscalização, equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), do pelotão ambiental da Guarda Municipal, da Companhia de Polícia Militar Ambiental e da Secretaria Executiva Regional II (Grande Mucuripe)". Ora, dessa forma, infratores contumazes da área, no dia aprazado, cuidaram de se apresentar como os mais angelicais cumpridores da lei. Bares dos bairros abrangidos pela SER II trataram de por o som num volume civilizado, proprietários de trios elétricos travestidos de carros de passeio ou mantiveram seus potentes sons desligados ou se dirigiram para azucrinar em outra freguesia. Seria como, por exemplo, o Detran divulgasse os locais onde as blitze estarão postadas: os motoristas com documentos irregulares próprios e de seus veículos tomaram outro roteiro.

OPOSTO Enquanto a avenida que leva ao Aeroporto Pinto Martins e que conduz os turistas que aqui chegam aos hotéis da orla marítima está sendo bem policiada, por causa dos assaltos que ocorrem no trajeto, inclusive e principalmente na avenida Raul Barbosa, na avenida Rogaciano Leite os assaltos se multiplicam, com o mesmo modus operandi dos que aconteciam com freqüência na avenida corredor dos turistas. O problema é que pela primeira via transitam turistas, que sempre são tratado a pão de ló, enquanto o fel é todo destinado aos que aqui moram.

ERRO O sítio da Rádio Verdes Mares AM traz o seguinte texto, relacionado ao radialista João Inácio Júnior: "dono de uma das vozes mais conhecidas do rádio cearense, João Inácio Jr., começou sua carreira na Rádio Verdes Mares em 1978, trabalhando paralelamente na Televisão Verdes Mares". Não, o radialista não iniciou a carreira na Rádio Verdes Mares, mas nos Diários Associados, mais precisamente na Ceará Rádio Clube, no início da década de 70. Quando os Diários Associados correspondia no Ceará ao que hoje o Sistema Verdes Mares de Comunicação representa. Aliás, a sede da holding do Grupo Edson Queiroz, inclusive, está construída hoje onde funcionava o prédio dos Diários Associados, que dentre emissora de rádio e jornais, também detinha a TV Ceará Canal 2, de saudosa memória e onde muita gente que hoje ainda mostra sua cara na telinha começou. Muitos outros também.

PROMOÇÃO Para marcar os dez anos da morte do líder da banda Legião Urbana, Renato Russo, que transcorre no próximo dia 11/10, o sítio Em Off vai fazer uma promoção para seus internautas. Os acertadores de perguntas sobre o vocalista concorrerão a DVD com clipes, Acústico MTV e com matérias veiculadas no dia da morte de Renato, um Programa Livre gravado com a banda e um show realizado em São Paulo. Cada internauta que enviar a resposta certa para o e-mail emoffbr@hotmail.com com nome completo e endereço para o envio do prêmio receberá um número e com ele concorrerá. Até o dia 05/10 os internautas poderão enviar a resposta. Para a completa lisura e transparência do sorteio, convidamos uma grande e famosa fã da banda Legião Urbana: a jornalista Adísia Sá. O sorteio será feito pela jornalista no dia 06/10. Respondendo a primeira pergunta, os internautas estarão concorrendo a um DVD com clipes da Legião Urbana e de Renato Russo. Respondendo a segunda pergunta, o prêmio será um DVD com o Acústico MTV e um DVD com as matérias, o Programa Livre e o show. Os internautas poderão escolher uma das duas perguntas ou responder as duas, mas quem for sorteado em uma não concorrerá ao prêmio da outra. E vice-versa, obviamente. O sítio Em Off agradece a colaboração dos componentes da comunidade dedicada a Renato Russo, no Orkut, que nos enviaram as perguntas.

Pergunta 01 Quais os nomes dos componentes que, juntamente com Renato Russo, fundaram o grupo "Aborto Elétrico", embrião da Legião Urbana?

Pergunta 02 Havia uma música do terceiro disco da Legião Urbana que Renato Russo disse que não mais iria tocar nos shows quando percebesse mudança real no Brasil. Em 1990, o vocalista resolveu deixar de tocá-la com a posse do presidente Fernando Collor. Foi muito criticado por isso e, além de voltar a tocar a música nos shows depois dos erros do governo Collor, incluiu no disco "V" (cinco) uma música que representava um mea-culpa e um pedido de desculpas. Quais são as duas músicas?

SUPERFATURAMENTO – O Ministério Público Federal investigou e reuniu indícios robustos de superfaturamento de contratos de publicidade celebrados pelo Banco do Nordeste. Valores absurdos e práticas lesivas da atual administração do Banco. Na próxima atualização o sítio Em Off tratá com detalhes a investigação feita pela PR-CE sobre as irregularidades.

CORREIO ELETRÔNICO I – Do internauta Souza Júnior < sjpublicidade@uol.com.br>, recebemos a seguinte mensagem:

Caro editor do "Em Off",

Há uma contradição na análise feita pelo “Em Off” desta semana. Sob o título “CALMA”, referindo-se às comemorações do comitê de Cid diante do resultado da pesquisa do Datafolha, que aponta uma reviravolta nas intenções de voto, o texto afirma que “ainda é muito cedo para que manifestações verificadas em seu comitê central sejam tomadas”. O texto ainda conclui taxativo: “um fato como o exposto pela pesquisa Datafolha tem que ser espelhado em atitudes serenas, calmas e tranqüilas”.

Até aí a análise é correta. Porém, mais adiante, sob o título “FUROU”, o “Em Off” se contradiz quando afirma, precipitadamente, que “a estratégia do governador Lúcio Alcântara de criar uma imagem de ‘coitadinho’ e anti-prepotência contra o presidente nacional tucano e seu ex-mentor Tasso Jereissati não deu certo”. O próprio “Em Off”, logo em seguida, comparando essa estratégia com a de Luizianne, que deu certo em 2004, afirma que a prefeita só “conseguiu um sprint no final da campanha do primeiro turno...”. Para ser mais exato, somente a pesquisa de boca-de-urna revelou Luizianne no segundo turno.

Faltam ainda mais de 30 dias até a eleição. A campanha de Lúcio continua colando sua imagem ao do governo de Lula, desafiando Tasso e o PSDB nacional, e deverá ser assim até o seu final. Os efeitos dessa estratégia não podem ser a priori condenados ao fracasso. É preciso ter calma e serenidade, como afirma o próprio “Em Off”, e acompanhar os fatos até o dia primeiro de outubro, quando então esta ou aquela estratégia eleitoral tornar-se-á vitoriosa ou não.

SDS,

SOUSA JÚNIOR”.

RESPOSTA – Não há qualquer contradição no que escreveu o sítio. Os números das pesquisas que atestaram a virada nos números na intenção de voto para governador demonstraram, indubitavelmente, que a estratégia adotada por Lúcio – de colar sua imagem na do presidente Lula, como fez em 2002 e a de posar de coitadinho – não deu certo. Até porquê a aferição foi feita exatamente após o governador executar esse ardil. No caso da prefeita Luizianne Lins em 2004, é fato mais do que notório de que as pesquisas de intenção de voto para prefeito naquele ano estavam – intencionalmente ou não – com números absolutamente distantes da realidade, com os índices maquiados, apontando um provável segundo turno entre o então candidato tucano Antônio Cambraia – que liderou a maior parte do tempo as tais pesquisas – e o pefelista Moroni Torgan, que se degladiava com Inácio Arruda pela outra vaga no segundo turno. Luizianne surgia em quarto lugar, bem atrás. Quem estava em contato direto na campanha, com o povo, sabia que os números das pesquisas não eram os reais.

Tanto que ao final do primeiro turno, Moroni terminou em primeiro e Luizianne disputava a segunda vaga com Inácio, com Cambraia terminando em quarto. A pesquisa de boca de urna apontou o real quadro verificado ao final da apuração do primeiro escrutíneo porque – em nossa avaliação – não era mais preciso que os tais institutos enganassem ninguém. Pode estar havendo o mesmo agora, tanto para um lado quanto para o outro, afinal, são números que não têm vida própria, mas criados, aferidos por pessoas. O spint que o sítio se referiu serviu apenas para que a então candidata Luizianne livrasse um pouco a dianteira sobre Inácio e deveu-se ao movimento – encetado por petistas – “sou PT, voto Inácio”. Não é o sítio que está condenando a estratégia de Lúcio Alcântara ao fracasso, mas, segundo os instititutos, o próprio eleitor.

Evidentemente os números podem sofrer nova reviravolta a qualquer momento, afinal, não temos notícia de eleição livre, democrática e honesta em nossa história republicana. Aliás, em toda a história do Brasil. A observação quanto às manifestações verificadas no comitê central do candidato oposicionista referiu-se à falta de humildade que nunca campanha política pode determinar sucesso ou fracasso. É fato que a campanha do governador vem sendo extremamente mal conduzida, pois mesmo com o amadorismo de parte da campanha de seu concorrente, ainda assim não conseguiu manter a dianteira. Principalmente quando utiliza ações, por exemplo, de denunciar irregularidades na administração de Sobral, sobre merenda escolar. Argumento facilmente rebatido se lembrarmos da forma como Lúcio mobilizou céus e terra para que não fosse instalada a CPI das dispensas de licitações na Assembléia. Tudo porque o principal alvo são os contratos firmados sem licitação entre o governo e a Conap, cujo presidente, Luís Gastão Bittencourt, é sócio do filho do governador, o deputado federal Léo Alcântara.

CORREIO ELETRÔNICO II – Do combativo internauta Ediogenes <ediogenes2000@yahoo.com.br> recebemos a seguinte mensagem:

Assim como a Justiça de Recife determinou que as praias de Fortaleza podem ser privatizadas, a Justiça mo Rio de Janeiro

Deficientes e idosos perdem estacionamento gratuito

O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) acabou com a gratuidade em estacionamentos, públicos ou privados, para pessoas com deficiência e maiores de 65 anos. Em uma ação proposta pelo Sindicato das Atividades de Garagens, Estacionamentos e Serviços do Rio contra a Assembléia Legislativa, o Órgão Especial do TJ concluiu, na segunda-feira, que a lei da gratuidade é inconstitucional.

Na interpretação da maioria dos desembargadores, a Lei Estadual 4049, aprovada em 2002, invade a competência exclusiva da União para legislar sobre Direito Civil e Comercial, conforme determina o artigo 22 da Constituição. O projeto de lei teria errado também ao não indicar a fonte do custeio, o que é exigido pelo artigo 112 da Constituição Estadual."

Se ajuda as estas decisões contra o Povo a da proibição das Farmácias desenvolverem livre Mercado, e vender seus remédios por quanto quiser. Cerveja Pode Remido não. Ediogenes”.

RESPOSTA – A Justiça, infelizmente, ainda permanece muito distante dos anseios da população. Mesmo que suas decisões sejam tomadas com amparo legal. As leis foram feitas, infelizmente, para uma minoria, não pensando no coletivo. Isso tem aumentado ainda mais o descrédito no Poder Judiciário.

CORREIO ELETRÔNICO III – Do nobre internauta Mário Albuquerque recebemos a seguinte mensagem:

Prezados amigos

Estamos entrando firme no Movimento Praia Livre é Legal (vejam texto abaixo). Seu lançamento está previsto para acontecer no próximo feriado do dia 07 de Setembro / quinta-feira, na Praia do Futuro. Local e hora serão divulgados em breve. Estejam atentos. Vamos reviver os velhos e bons movimentos em defesa do meio ambiente, vitoriosos, como o SOS Cocó e outros comandados pela saudosa e infelizmente extinta SOCEMA (Sociedade Cearense em Defesa do Meio  Ambiente), dirigida pelo inesquecível Francisco Feitosa (falecido). Temos que dar um basta nessa sanha especuladora que vem destruindo a cidade. Todo apoio ao Ministério Público Federal. Abraços, Mário Albuquerque.

PRAIA LIVRE É LEGAL 

Desenrola-se nesse momento uma disputa crucial para os destinos da cidade de Fortaleza e de seus habitantes. Trata-se da Praia do Futuro, onde uma minoria, formada por proprietários de barracas de grande porte, boa parte composta de estrangeiros, resistem à correta ação do Ministério Público Federal visando ao ordenamento daquela área, que vem sendo privatizada escandalosamente. Entre outras ilegalidades e aberrações, destacam-se: 1. formação de verdadeiros parques aquáticos, a preços exorbitantes; 2. barracas sem uso, unicamente para efeito de especulação e à venda a preços milionários (muitas servindo para covil de bandidos); 3. acesso dificultado à praia, através de cercas, muros e outros obstáculos; 4. tratamento diferenciado para os filhos da terra e turistas, principalmente se esses forem "gringos", gerando discriminação e preconceito; 5. prática a céu aberto do prostiturismo, inclusive de menores; 6. proibição aos vendedores ambulantes de venderem livremente suas mercadorias, atividade da qual dependem milhares de famílias.

A população de Fortaleza é chamada a participar dessa batalha, sob pena de em pouco tempo perdermos mais esse espaço de lazer, a exemplo do Porto das Dunas, da praia do Iate e outros. Estão em jogo elevados interesses financeiros e imobiliários de minorias locais associadas a especuladores estrangeiros, muitos com fortes suspeitas de ligações com o narcotráfico e com alto poder de corrupção. Nos posicionamos ao lado do Ministério Público Federal e fazemos um chamamento à participação a outros setores do poder público, estadual e municipal, bem como da sociedade civil cearense.

PRAIA ABERTA E SEM DISCRIMINAÇÃO.  

MOVIMENTO PRAIA LIVRE É LEGAL 

E-mail : praialivre@gmail.com   -  Telefone: 9924.6468"

RESPOSTA – A ação da Procuradoria da República merece todo o apoio da sociedade. Agora a ação deve se estender a outras barracas que teimam em privatizar a área pública, como o Beach Park, por exemplo. Caso a Justiça Federal deixe a lei ser cumprida...

PARA REFLETIR Vamos celebrar a estupidez humana/A estupidez de todas as nações/O meu país e sua corja de assassinos/Covardes, estupradores e ladrões/Vamos celebrar a estupidez do povo/Nossa polícia e televisão/Vamos celebrar nosso governo/E nosso estado que não é nação/Celebrar a juventude sem escola/As crianças mortas/Celebrar nossa desunião/Vamos celebrar Eros e Thanatos/Persephone e Hades/Vamos celebrar nossa tristeza/Vamos celebrar nossa vaidade/Vamos comemorar como idiotas/A cada fevereiro e feriado/Todos os mortos na estrada/Os mortos por falta de hospitais/Vamos celebrar/ nossa justiça/A ganância e a difamação/Vamos celebrar os preconceitos/O voto dos analfabetos/Comemorar a água podre/E todos os impostos/Queimadas mentiras e seqüestro/Nosso castelo de cartas marcadas/O trabalho escravo/Nosso pequeno universo/Toda hipocrisia e toda afetação/Todo roubo e toda a indiferença/Vamos celebrar epidemias:/É a festa da torcida campeã/Vamos celebrar a fome/Não ter a quem ouvir/Não se ter a quem amar/Vamos alimentar o que é maldade/Vamos machucar um coração/Vamos celebrar nossa bandeira/Nosso passado de absurdos gloriosos/Tudo que é gratuito e feio/Tudo que é normal/Vamos cantar juntos o hino nacional/(A lágrima é verdadeira)/Vamos celebrar nossa saudade/E comemorar a nossa solidão/Vamos festejar a inveja/A intolerância e a incompreensão/Vamos festejar a violência/E esquecer a nossa gente/Que trabalhou honestamente a vida inteira/E agora não tem mais direito a nada/Vamos celebrar a aberração/De toda a nossa falta de bom senso/Nosso descaso por educação/Vamos celebrar o horror/De tudo isso/- Com festa, velório e caixão/Está tudo morto e enterrado agora/Já que também podemos celebrar/A estupidez de quem cantou esta canção/Venha, meu coração está com pressa/Quando a esperança está dispersa/Só a verdade me liberta/Chega de maldade e ilusão/Venha, o amor tem sempre a porta aberta/E vem chegando a primavera/Nosso futuro recomeça:/Venha, que o que vem é perfeição (Renato Russo Música: Perfeição)

 

ATUALIZAÇÃO N.º 335 - 11/09/2.006

VERSÕES – Semana retrasada o jornal O Povo publicou uma matéria sobre uma liminar que suspendeu o contrato celebrado entre a empresa Fotossensores S.A., para a instalação de lombadas eletrônicas e a Prefeitura de Fortaleza, através da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC). O problema é que o jornal publicou que a liminar suspendia a fiscalização e, por conseqüente, as multas aplicadas pelos equipamentos já instalados.

VERSÕES – Com o título “Liminar suspende fotossensores e anula multas”, a matéria foi assinada por Marcos Cavalcante e publicada na edição do dia 01/09. “O município de Fortaleza está proibido de operar os equipamentos de fiscalização eletrônica. A decisão liminar foi dada ontem pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda, Washington Luís. Com isso, as multas aplicadas pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) perdem a validade, e os fotossensores deixarão de funcionar na cidade. Segundo o procurador da República, Oscar Costa Filho, a decisão impede que a AMC continue com o contrato estabelecido com a empresa Fotossensores S/A.”, trouxe o texto.

VERSÕES – Continuou a matéria: “O mandado de segurança foi interposto pela empresa Eliseu Kopp, do Rio Grande do Sul, que havia perdido a licitação. Segundo Oscar Costa Filho, no entendimento do juiz, houve um favorecimento da AMC à Fotossensores, que já havia sido impedida de participar de novas licitações por irregularidades existentes durante a gestão do ex-prefeito Juraci Magalhães. ‘Enquanto não forem resolvidos os problemas do passado, em que o cidadão só tinha obrigações e não direitos, esta questão da fiscalização não terá entendimento’, avisa Oscar Costa Filho”.

VERSÕES – No dia seguinte, sob o título “Liminar não afeta fiscalização e multas continuam valendo”, assinada por Marcos Cavalcante e Ricardo Moura, o jornal faz uma espécie de “erramos”. “Na edição de ontem, O POVO anunciou, equivocadamente, que uma liminar havia suspendido a operação dos fotossensores (serviço de fiscalização eletrônica em semáforos) de Fortaleza e as multas estavam anuladas. Na verdade, as multas aplicadas pelos equipamentos instalados próximos aos semáforos da cidade não estão suspensas. A decisão judicial suspendeu o contrato para a instalação das lombadas eletrônicas (que registram somente o excesso de velocidade). Mas isso não afeta os equipamentos de fiscalização já em operação nos semáforos”, foi publicado na matéria. Mais adiante o jornal transfere a culpa do erro para o procurador da República Oscar Costa Filho (foto): “Os motoristas de Fortaleza devem, portanto, ficar atentos à fiscalização eletrônica, que continua em vigor normalmente. O jornal pede desculpas por qualquer transtorno ocorrido. O POVO foi induzido ao erro através de informação repassada pelo procurador da República Oscar Costa Filho. E também errou ao não checar a informação, confrontando-a com o documento”.

VERSÕES – Continuou o texto: “Em novo contato com O POVO, na noite de ontem, o procurador Oscar Costa Filho reconheceu ter se equivocado ao fornecer, anteontem, por telefone, a informação de que a decisão liminar afetaria os equipamentos de fiscalização eletrônica em operação. Ele achava que as lombadas eletrônicas licitadas já estavam funcionando”. Três dias depois, em 05/09, o jornal publicou uma nota emitida pelo procurador. Oscar rebateu as afirmações de que teria induzido O Povo a cometer erro, tampouco passado informações falsas.

VERSÕES – “A informação equivocada foi divulgada por exclusiva responsabilidade desse Jornal”, afirmou Oscar. O procurador devolve, dessa forma, a competência do erro ao O Povo. “A errata do jornal, publicada no dia 2.9.2006, na matéria ora referida, incorre em grave e indevida imputação ao Procurador da República Oscar Costa Filho, inclusive dando margem à conclusão, também equivocada, de que o Procurador teria, dolosamente, repassado informação falsa, o que efetivamente não aconteceu”, escreveu Oscar. Continuou: “o Procurador da República Oscar Costa Filho afirmou que não dispunha de elementos suficientes para prestar as tais informações, desconhecendo, naquele momento, até mesmo o nome do Juiz e a Vara de onde teria sido emanada a decisão. O procurador da República Oscar Costa Filho disponibilizou ao repórter os telefones de sua assessoria para que o mesmo pudesse colher informações com a necessária precisão”.

VERSÕES – Reforçou o procurador: “A divulgação de informação equivocada pelo O POVO deve-se exclusivamente à precipitação da sua equipe em publicar notícia sem a devida e indispensável verificação da mesma”. O jornal publicou a réplica do procurador, mas não replicou. Com efeito, na primeira matéria publicada, não há nenhuma declaração de Oscar que enseje a conclusão de que as multas seriam anuladas. O autor do texto não ressaltou que a informação era atribuída ao procurador, tampouco que resultaram de interpretação de suas palavras. Escreveu a matéria sem ter em mãos a liminar expedida. Pelo que redigiu, mesmo que a tivesse, provavelmente ainda assim teria cometido o erro, pois não saberia a representação da medida.

VERSÕES – A emenda ficou muito, mas muito pior do que o soneto. O autor do primeiro texto e seu companheiro atribuíram ao procurador a responsabilidade pelo erro. Ora, mas de quem era a tarefa de checar as informações? Por isso Oscar argüiu que o autor do texto deveria ter sido verificado e o tachou de precipitado. O repórter pode alegar que a consulta ao procurador se constituiu na verificação dessa informação. Como não houve menção sobre se a conversa telefônica entre o autor da reportagem e Oscar foi gravada, não há como aferir se realmente houve o fornecimento de informação errada e indução ao erro. A liminar foi expedida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda, Washinton Luís, num mandado de segurança que tem como promovente a empresa Eliseu Kopp, do Rio Grande do Sul. Um despacho da Justiça Estadual numa ação movida por uma empresa privada, sem qualquer imbricação com o Ministério Público Federal. Mesmo assim o autor da matéria optou por recorrer ao procurador para obter esclarecimentos.

VERSÕES – Não houve informação se o repórter tentou contato com o magistrado que expediu a liminar, tampouco com as empresas envolvidas ou a AMC. Caso tenha ocorrido, de fato, a consulta ao procurador e a publicação da matéria sem a oitiva das partes implicadas configura-se não apenas precipitação, mas irresponsabilidade e incompetência. Também não terá sido a primeira vez que o jornal comete erros dessa natureza e, infelizmente, parece que não será a última ou, pelo menos, não serão tomadas atitudes para que isso se transforme em exceção. Há alguns anos o próprio jornal O Povo publicou matéria no qual alardeava que uma liminar havia decretado a ilegalidade da greve de motoristas de ônibus. Não era verdade. A liminar apenas determinava ao Sindicato da categoria que garantisse a manutenção do número mínimo de veículos rodando.

VERSÕES – Difícil imaginar um jornal ou qualquer outro informativo, seja qual for o meio, que não contenha erros. Mas muitos podem ser evitados. Principalmente se os erros cometidos forem utilizados como parâmetro de prevenção. Não faz muito tempo O Povo também cometeu o erro de não confirmar informações e embarcou na onda do fictício “artista plástico nipônico” Souzousareta Geijutsuka, ou algo que o valha, publicando matérias sobre uma exposição falsa e até entrevista com o inexistente personagem. Para se fazer justiça o jornal Diário do Nordeste também embarcou na onda do “japa fake”, mas optou por silenciar diante da exposição do estratagema armado por seu idealizador.

VERSÕES – A tentativa de se eximir da culpa, atribuindo-a a outrem também é prática comum n’O Povo. No episódio do falso artista plástico, o jornal creditou a culpa ao seu idealizador e à direção do Instituto Dragão do Mar, que também foi co-participe. Tempos atrás também jogou a culpa de uma matéria sobre propriedade de emissoras de rádio no interior do Estado, por parte de políticos e que foi feita sem nenhum documento comprobatório das informações exclusivamente no repórter que a redigiu. O erro num jornal – seja ele impresso, televisivo ou radiofônico – é sempre coletivo. Não há erro individual. Pode ser gerado a partir de um, mas só prospera através do erro de todos que têm a função de publicar a informação – repórteres e editores –.

VERSÕES – O fato fica mais grave a partir do momento em que o jornal O Povo não treplicou sobre a nota emitida por Oscar Costa Filho. Ora, se as informações publicadas nos dias anteriores são as corretas, por qual motivo o jornal não publicou uma N.R. (Nota da Redação)? Ou mesmo uma matéria onde reafirmasse ter ocorrido exatamente o que havia divulgado, sobre a reportagem e o procurador. Oscar chamou o jornal de precipitado e sem preocupação em verificar a notícia publicada. O Povo optou por silenciar diante das palavras do procurador. Agindo dessa forma dá fundamentação às palavras de Oscar. Que razões teve o jornal para não treplicar as argumentações? Conferiu-lhe veracidade.

VERSÕES – Também pôs em xeque a conduta não apenas dos dois repórteres que assinaram as matérias, mas de todos os editores responsáveis pela publicação da matéria. Como não se posicionou publicamente ratificando as informações de seus jornalistas, abre margem para que sejam tiradas conclusões. A principal delas que o jornal foi precipitado, inconseqüente, irresponsável, anético e incompetente.

INFELIZ – Ainda sobre o jornal O Povo, um anúncio publicado semana passada dentro de uma campanha que o Sistema O Povo faz pelo voto consciente foi absolutamente infeliz. Nele, uma criança negra, visivelmente subnutrida e num ambiente característico de uma favela aparece com uma faca em punho cobrindo os olhos. A peça – que tem o patrocínio do Colégio 7 de Setembro – traz a mensagem de que “somente o voto pode mudar essa realidade”. Infelizmente demonstra um preconceito infeliz, absurdo, injustificável. O problema é que, adversamente do que sugere a propaganda, nem toda criança negra, subnutrida e favelada tem como opção a marginalidade. É fato que alguns optam por esse caminho, mas não é uma regra.

INFELIZ – Ser negro, subnutrido e favelado pode até parecer, à primeira vista, ingredientes de uma receita que resulta num marginal. Evidentemente não se pode negar o triste fato de que cada vez mais a criminalidade tem sido um caminho tomado por menores nessa condição, mas muitos – a maioria – prefere optar por outro destino. Pelo fato de reunir os elementos citados, não significa que a criança vá decidir empunhar uma arma para cometer crimes. Pobreza, miséria, cor de pele, exclusão social não são os únicos ou principais fatores que despejam jovens na marginalidade. O fato é facilmente rebatido com o cada vez mais crescente número de jovens com acesso a comida, educação e com família estruturada que acabam por trilhar o caminho da marginalidade.

INFELIZ – Pode-se fazer um paralelo com a declaração do então ministro responsável pelo programa Fome Zero do governo Lula, José Graziani, que falou que enquanto não se gerar emprego no Nordeste seria necessário andar de carro blindado no Sudeste, sugerindo que todo nordestino que migra para aquela Região é bandido. Afirmação carregada de todo o preconceito que a peça publicitária publicada pelo jornal O Povo também trouxe. O tucano José Serra, candidato ao governo de São Paulo, também foi um que recentemente expressou – num ato falho ou não – seu preconceito com relação a nordestinos.

INFELIZ – O triste é ver uma manifestação dessa ser publicada num jornal que se apresenta como instrumento de busca e luta pela cidadania. Pluralidade de opinião não é isso. É discriminação e preconceito. Não velado, mas explícito. Lamentável, também, ver o silêncio das entidades que se dizem de defesa dos direitos humanos, de defesa dos direitos da criança. No âmbito municipal, ambos os seguimentos têm se mostrados omissos nessa atual administração, basta que se lembre do silêncio sepulcral que mantêm, por exemplo, com relação ao assassinato do morador da comunidade Rosalina, durante ação de desocupação de terreno por parte da Guarda Municipal. Ambos também silenciam quando o caso envolve meio de comunicação de massa. Cabe ainda ao Ministério Público Estadual, através da Promotoria da Infância e da Juventude, tomar as providências jurídicas cabíveis.

ESOTÉRICA? – Durante a campanha para a Prefeitura de Fortaleza, a então candidata Luizianne Lins definiu-se como uma “marxista esotérica”. Eis que, eleita, a prefeita resolveu praticar uma ação condenável, não apenas pelo, digamos, lado esotérico da questão como de respeito à vida. Através do Centro de Zoonose, a Prefeitura de Fortaleza matou, pelo menos, 21 gatos que viviam no Bosque Eudoro Correia, segundo matéria publicada na edição do dia 07/09 do jornal O Povo.

ESOTÉRICA? – A equipe do Centro de Zoonose, segundo relato de um gari, madrugou para poder apreender os felinos e em seguida matá-los. Como tem sido prática comum na atual gestão municipal, a coordenadora do Centro, Evanisa Ventura, tentou transferir a responsabilidade de seu ato para a promotora de Justiça Isabel Porto, titular da Promotoria de Saúde Pública, que, segundo declarou ao jornal, teria exigido a matança dos gatos.

ESOTÉRICA? – A promotora, através de sua assessoria, negou que tivesse determinado qualquer tipo de matança. Infelizmente a sanha incompetente da administração municipal de Fortaleza acaba virando-se para quem não tem qualquer tipo de culpa pelo desastre da gestão. Há alguns meses a vítima dessa incompetência foi um morador da comunidade Rosalina, que tombou morto a tiros em uma ação de despejo movida pela Prefeitura de Fortaleza, com a família da vítima acusando a Guarda Municipal – presente no local com mais de vinte guardas – de ser responsável pelo disparo que matou o morador.

ESOTÉRICA? – Agora a incompetência da administração municipal faz 21 vítimas que, infelizmente, não tiveram como se defender, exceto, provavelmente, tentando fugir, em vão. Foram covardemente mortas por causa da burrice, incompetência, insensibilidade que se instalou na Prefeitura de Fortaleza. Em diversos locais onde existe uma preocupação mais apurada com a vida não há mais sacrifícios de animais “abandonados”. Seja no Brasil ou fora dele muitas cidades já adotaram a esterilização dos animais sem dono como forma de conter a superpopulação, bem como sua vacinação para prevenção de doenças.

ESOTÉRICA? – A administração pode alegar custo, indisponibilidade de recursos para não implantar essa medida, mas o contribuinte certamente preferiria ver seu dinheiro gasto com isso do que, por exemplo, a contratação de institutos sem licitação, concessão de diárias graciosamente, pagamento de passagens para que ocupantes de cargos comissionados participem de eventos sem qualquer interesse do munícipe. Ora, mas se a Prefeitura de Fortaleza não tem qualquer preocupação com a vida de pessoas – vide caso Rosalina – quanto mais de animais. Serve também para os cachorros que são capturados pelo Centro, pois igualmente são mortos caso não sejam reclamados dentro de um exíguo prazo.

ESOTÉRICA? – Quem sabe a próxima ação da Prefeitura seja uma ação similar para retirar das ruas crianças abandonadas? Os gatos que habitam – ou habitavam – o Bosque Eudoro Correia não são “largados”: freqüentadores e comerciantes do local os alimentavam e os vacinava quando das campanhas de vacinação promovida por essa mesma Prefeitura exterminadora. Sacrificar animais doentes é uma medida inevitável para que doenças se alastrem, mas a matança dos sadios é um ato covarde. Mas a “esotérica” prefeita optou por exterminar os gatos, no cabalístico número 21.

GRATUITA – A coluna Vertical (jornal O Povo), edição do dia 07/09, trouxe a seguinte nota: “CORPVS Visto ontem, bem cedinho, panfletando na condição de candidato a deputado estadual pelo PCdoB, o vereador Lula Morais. Só que na porta de uma empresa de segurança cujo proprietário é seu neocompanheiro de campanha pró-Cid Gomes governador: o presidente estadual do PMDB, deputado federal Eunício Oliveira. Eis uma atividade corpvs a corpvs”. Ora, panfletar, especialmente em porta de fábricas, indústrias e demais empresas é um ato comum de campanha de partidos de esquerda. Soou como uma nota gratuita de promoção de Lula, Eunício e da empresa de segurança.

DIFERENÇA – Quando pessoas simples, sem posses se tornam personagem de fatos policiais, os meios de comunicação deitam e rolam. Tornou-se comum nos programas policiais que infestam as emissoras de TV locais apresentadores chamarem os que são expostos de adjetivos como “bandidos”, “marginais”, “vagabundos”, etc. Com efeito, são mesmo. O problema é que essa turma tem outro tipo de comportamento extremamente adverso quando envolve pessoas de posses.

DIFERENÇA – Um exemplo disso ocorreu na semana passada, quando de um acidente de carro, ocorrido na avenida Duque de Caxias, no Centro, onde um veículo bateu numa das árvores do canteiro central e capotou, ficando com os pneus para o alto. O jornal O Povo publicou matéria sobre o fato, informando que testemunhas declararam que a condutora do veículo – uma “estudante de Juazeiro do Norte – foi retirada completamente desnorteada, cambaleando, não pelo susto ou pela situação em si, e foi imediatamente retirada pela família para um hospital particular, em seguida para o Instituto Médico Legal (IML), a fim de fazer o exame de dosagem etílica no sangue.

DIFERENÇA – Estranhamente, segundo o jornal, todos os legistas do IML estavam realizando necropsia, demorando mais de quatro horas e meia para a realização do exame, tempo suficiente para que a eficácia da aferição ficasse comprometida. O jornal, segundo afirmou, procurou informações sobre a identificação da moça, recebendo do delegado do 34º Distrito Policial – área circunscricional onde ocorreu o fato – a informação de que não iria revelar o nome da motorista “em respeito ao direito dela em ter seu nome preservado”. Ora, e por qual motivo não é adotado o mesmo procedimento com pessoas pobres? Por qual motivo o jornal não questionou a atitude do delegado?

É MESMO? – O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) ajuizou ação contra o assessor da presidência do Ceará Sporting Club, de nome Joel Queiroz, pela agressão que ele cometeu ao jornalista Rafael Luis, do jornal O Povo, que recebeu um soco e foi alvo de agressões verbais e ameaças por parte do assessor. Atitude louvável. O problema é que existem muitas outras demandas de interesse de outros jornalistas e de toda a categoria que o Sindjorce se omitiu ou vem se omitindo em atuar.

SENADOR? – E o “Fagundes-mor” – ou talvez um dos maiores – da imprensa local, Alan Neto, lascou essa na coluna Vale-Tudo (jornal O Povo), edição do dia 10/10: “PONTO DE INTERROGAÇÃO Enquanto os irmãos Bezerra já se decidiram falta, agora, a definição do clã Macedo. Matreiro em política, o senador José Macedo prefere o indefectível "não sei ainda". Sabe, sim. Enquanto o pajé não aponta o caminho, os filhos Amarílio, braço político da família, e Roberto, novo presidente da Fiec, ficam na mutuca. Nem carne, nem peixe. Que tal um filé de frango sem sal?”. Senador? Ora, o colunista rasgou a Constituição e atribuiu quatro cadeiras ao estado do Ceará na Câmara Alta, pois já têm assento no Senado Luiz Pontes, Patrícia Sabóia e Tasso Jereissati. Portanto, na ânsia de puxar o saco do empresário, que já foi senador há muito tempo, o colunista resolveu reconduzi-lo ao cargo. Lembra o tempo dos que adoravam puxar o saco do falecido proprietário do extinto jornal Tribuna do Ceará, José Afonso Sancho, sempre chamado de “senador” pelos puxas de sua entourage. Sancho assumiu o mandato por ser suplente de Virgílio Távora, após seu falecimento.

CORREIO ELETRÔNICO I – Sobre o tópico “incidente”, publicado na atualização de 04/09 do sítio Em Off, sobre o ocorrido no bar Cafofo do Barão, onde a Polícia Militar fez a prisão de duas freqüentadoras que participavam de uma festa em homenagem ao dia da visibilidade lésbica, uma delas a, digamos, “Coordenadora de Políticas de Diversidade Sexual” da Prefeitura de Fortaleza, Mitchele Benevides Meira (foto), recebemos a seguinte mensagem do internauta Marcelo Feitosa <marcfeitosa@bol.com.br>:

Gostaria de acrescentar ao comentário feito no site que o nome da assessora da prefeita Luizianne Lins foi omitida pela imprensa local no entrevero. A matéria do Diário do Nordeste disse: ‘A assessora jurídica do movimento Liberdade de Amor Entre as Mulheres do Ceará (Lamce), Glícia Vasconcelos de Sousa, teria sido arrancada do seu veículo e agredida pelos policiais. No 34º DP foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), contra ela, e a Polícia pediu que fosse encaminhada ao Instituto Médico Legal e fizesse os exames de corpo de delito e etílico. Glícia Vasconcelos e outra pessoa (identidade preservada), que teria feito fotos do momento do confronto, não foram localizadas pela reportagem para falar sobre o assunto e mostrar o registro fotográfico das denúncias contra os policiais. Em entrevista, o grupo disse que iria usar as fotos para processar a PM’. Veja que foi omitida a condução da assessora ao 34º e seu nome como autora de fotos sobre o fato – a tal 'outra pessoa com identidade preservada' –. Por qual motivo?

RESPOSTA – Isso somente o editor do jornal pode responder.

PROMOÇÃO – Para marcar os dez anos da morte do líder da banda Legião Urbana, Renato Russo, que transcorre no próximo dia 11/10, o sítio Em Off vai fazer uma promoção para seus internautas. Os acertadores de perguntas sobre o vocalista concorrerão a DVD com clipes, Acústico MTV e com matérias veiculadas no dia da morte de Renato, um Programa Livre gravado com a banda e um show realizado em São Paulo. Cada internauta que enviar a resposta certa para o e-mail emoffbr@hotmail.com com nome completo e endereço para o envio do prêmio receberá um número e com ele concorrerá. Até o dia 05/10 os internautas poderão enviar a resposta. Para a completa lisura e transparência do sorteio, convidamos uma grande e famosa fã da banda Legião Urbana: a jornalista Adísia Sá. O sorteio será feito pela jornalista no dia 06/10. Respondendo a primeira pergunta, os internautas estarão concorrendo a um DVD com clipes da Legião Urbana e de Renato Russo. Respondendo a segunda pergunta, o prêmio será um DVD com o Acústico MTV e um DVD com as matérias, o Programa Livre e o show. Os internautas poderão escolher uma das duas perguntas ou responder as duas, mas quem for sorteado em uma não concorrerá ao prêmio da outra. E vice-versa, obviamente. O sítio Em Off agradece a colaboração dos componentes da comunidade dedicada a Renato Russo, no Orkut, que nos enviaram as perguntas.

Pergunta 01 – Quais os nomes dos componentes que, juntamente com Renato Russo, fundaram o grupo "Aborto Elétrico", embrião da Legião Urbana?

Pergunta 02 – Havia uma música do terceiro disco da Legião Urbana que Renato Russo disse que não mais iria tocar nos shows quando percebesse mudança real no Brasil. Em 1990, o vocalista resolveu deixar de tocá-la com a posse do presidente Fernando Collor. Foi muito criticado por isso e, além de voltar a tocar a música nos shows depois dos erros do governo Collor, incluiu no disco "V" (cinco) uma música que representava um mea-culpa e um pedido de desculpas. Quais são as duas músicas?

PARA REFLETIR – Quando o sol bater na janela do teu quarto/Lembra e vê que o caminho é um só/Porque esperar se podemos começar tudo de novo/Agora mesmo?/A humanidade é desumana, mas ainda temos chance/O sol nasce pra todos, só não sabe quem não quer/Quando o sol bater na janela do teu quarto/Lembra e vê que o caminho é um só/Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo/Quem roubou nossa coragem?/Tudo é dor e toda dor vem do desejo/De não sentirmos dor/Quando o sol bater na janela do teu quarto/Lembra e vê que o caminho é um só (Música "Quando o sol bater na janela do teu quarto", disco "As Quatro Estações", Legião Urbana)

 

ATUALIZAÇÃO N.º 336 - 18/09/2.006

PROPORCIONAL – O ibope divulgou para quem se dispusesse a pagar uma boa quantia o resultado de pesquisa de intenção de votos para a Assembléia Legislativa. O sítio Em Off teve acesso ao resultado da aferição e divulga os 52 primeiros colocados na pesquisa. Uma ressalva: a pesquisa é divulgada de acordo com o número de citações, sem qualquer tipo de cálculo proporcional. A fórmula para a definição das 46 cadeiras da Assembléia leva em consideração um cabedal de componentes, não seguidos pela pesquisa Ibope. Dessa forma, candidatos não citados podem acabar figurando na lista dos eleitos, bem como os apontados podem acabar ficando de fora da composição da próxima legislatura.

PROPORCIONAL – Os números indicam que, provavelmente, haverá pouca renovação na configuração política da Assembléia. A classificação decrescente em número de citações é a seguinte: Wellington Landim (PSB) – apontado como o provável mais votado no pleito – (foto),  José Ilo (PSDB), Domingos Filho (PMDB), Jesuino Rodrigues de Sampaio Neto (PSDB) empatados na primeira colocação; Moésio Loyola (PSDB), Fernando Hugo (PSDB), dividindo a segunda colocação; Lívia Arruda (PMDB), Tomaz Filho (PSDB), na terceira; Ivo Gomes (PSB), delegado Cavalcante (PSDB) na quarta; Artur Bruno (PT), Raquel Marques (PT), Pedro Uchoa (PSL), Mauro Filho (PSB), Cirilo Pimenta (PSDB), Franceni Guedes (PSDB) na quinta colocação; Gony Arruda (PSDB), Ferreira Aragão (PDT), Ronaldo Martins (PMDB), Adail Carneiro (PSL), Francisco Salviano Casemiro (PFL), Marcos Cals (PSDB), João Ananias (PC do B) na sétima posição; Afrânio Lucena Salviano (PPS), Edson Silva (PFL), José Edísio Teixeira (PV), Professor Teodoro (PSDB), Rogério Aguiar (PSDB), Tânia Gurgel (PSDB), Júlio César Costa Lima (PSDB) na oitava colocação; Nelba Fortaleza (PTB), Sávio Pontes (PMDB), Francisco Leite Guimarães (PMDB), Lucílvio Girão (PMDB), Raimundo Webster Araújo (PSL), Perboyre Silva Diógenes (PSL), Gomes Farias (PSDC), Gilberto Rodrigues (PHS), Sineval Roque (PSB), Adahil Barreto (PSDB), Idemar Cito (PSDB) na nona posição; Dedé Teixeira (PT), Carlos César Carvalho (PT), José Jonairton Alves (PT), Ana Paula Cruz (PMDB), Carlomano Marques (PMDB), José Firmo Camurça (PL), Marcelo Sobreira (PSB), Sérgio Aguiar (PSB), Osmar Baquit (PSDB), Vasques Landim (PSDB), Téo Menezes (PSDB) e João Bosco dos Santos (PC do B) na décima posição.

PROPORCIONAL – Sempre ressaltando que o cálculo proporcional provavelmente excluirá e incluirá nomes na lista dos eleitos com relação à pesquisa do Ibope. Mesmo assim, segundo os números da pesquisa Ibope, alguns nomes bastante conhecidos estão ausentes dentre os mais votados de suas siglas. Dentre eles o senador Luiz Pontes (PSDB) (foto), que não figura entre os mais votados de seu partido e pode ficar na dependência do coeficiente eleitoral para conseguir êxito. Do ninho tucano também o deputado estadual João Jaime não aparece entre os preferidos de sua sigla, mesma situação do relator da CPI do Extermínio, Paulo Duarte (PSDB). O presidente dessa CPI, Manoel de Castro Neto também não figura na relação dos mais citados, tampouco entre os nomes de seu partido, o PMDB, igual situação de seus colegas de partido, deputados Jaziel Pereira e Guaracy Aguiar. O presidente nacional do PHS, Francisco Caminha, é outro deputado estadual que não figura na relação de mais citados em números absolutos e também entre os candidatos de seu partido. Entre os que estão fora da lista dos mais citados expoentes da bancada oposicionista atual, como Nelson Martins (foto) e Íris Tavares – ambos petistas –. Outra aposta de nome certo entre os eleitos pelos partidos oposicionistas e que está fora da relação dos mais citados está o vereador Lula Morais (PC do B).

PROPORCIONAL – Um dos nomes ausentes que causou também grande repercussão foi o do deputado Heitor Férrer (PDT), que disputa com o também pedetista Ferreira Aragão, provavelmente, a única cadeira que o partido deve conseguir na eleição. Coligado com o PL, o PDT se esforça para manter a única cadeira que hoje dispõe. Ampliar o número é um sonho praticamente inalcançável. Existem deputados de partidos pequenos que ficarão na expectativa de que suas siglas ou coligações atinjam o percentual mínimo de votos para conseguirem uma vaga para poderem voltar, como Gomes Farias. A renovação, pelo que apontam os números do Ibope, será baixa e essas vagas que serão ocupadas por novos parlamentares causará uma briga de foice no escuro entre os deputados-candidatos e os postulantes que já tinham como certa sua eleição e fazem campanhas maiores. A pesquisa é a única que o Ibope agendou para divulgar com relação à corrida ao Parlamento Estadual. Nessa reta final da campanha os humores estarão no pior de seus índices, a tensão a mil.

DECISÃO – A Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que jornalista não pode ser enquadrado como radialista em empresas de radiodifusão. O despacho ocorreu no dissídio coletivo que envolve o Sindicato das Empresas Proprietárias de Emissoras de Rádio e Televisão de Fortaleza e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sinjorce). O Sindicato patronal queria a equiparação e que o piso salarial dos jornalistas, fixado em R$ 1.155,00 fosse reduzido para o piso dos radialistas, R$ 687,00.

DECISÃO – O ministro-relator do dissídio, João Oreste Dalazen, declarou que jornalistas profissionais e radialistas constituem categorias diferenciadas, em consonância com os Artigos 511 e 570 da CLT. O despacho embasou-se, também, na Portaria 3071 do Ministério do Trabalho, que confirma o caráter distinto das duas atividades. Pela Portaria, “são atividades do jornalista a redação de matérias, crônicas, entrevistas, inquéritos, reportagens escritas e faladas, além de desenvolver atividades de planejamento, organização e administração na coleta de notícias, revisão de textos e outras específicas da área de imprensa. Quanto ao radialista, cabe a administração de serviços peculiares à empresa de radiodifusão, produção, direção, dublagem, locução e atividades técnicas, como tratamento de som, animação e outros”.

DECISÃO – Já havia um parecer emitido pela DRT local sobre isso, em consulta feita também pelo Sindjorce. Com a decisão foram reformuladas cláusulas do dissídio, relativas ao piso salarial, seguro de vida para repórter atuante em áreas de risco, contribuição assistencial, gratificação de chefia e freqüência livre para dirigentes sindicais. Concedeu, ainda, um dia de abono de falta por mês para acompanhamento de filhos com necessidades especiais, ou inválidos, lanche gratuito após a sétima hora trabalhada, sem interrupção. Fixou multa ao sindicato patronal, no caso de descumprimento das cláusulas, de 10% do salário básico por empregado prejudicado. Excluiu ainda cláusulas sobre auxílio-funeral (o novo plano de benefícios da Previdência Social não contempla o auxílio), transferências e sobre a vigência da convenção.

DECISÃO – A ação foi intentada em 2003, quando o Sindjorce entrou com dissídio coletivo no TRT-CE. No âmbito local, o pleno do TRT reformulou cláusulas coletivas, determinando valores salariais os índices de janeiro a dezembro de 2004. O Sindicato patronal recorreu ao TST. Tudo se iniciou por causa de ação criminal interposta pelo Sindjorce contra radialistas que exercem ilegalmente a profissão de jornalista. Dentre os processados, o filho do diretor do Sistema Verdes Mares de Comunicação, Paulo César Norões, apontado como pivô de toda a ação. O SVM puxou um movimento para enquadrar os jornalistas como radialistas para duas coisas: reduzir os salários e esvaziar o Sindjorce.

DECISÃO – A decisão do TST apenas confirma e restabelece o que dispõe a lei. Agora o próximo passo é o Sindjorce passar, efetivamente, à ação contra os radialistas que exercem ilegalmente a profissão de jornalista. No caso do filhinho do diretor do SVM o tempo de julgamento da ação propiciou prazo para que ele conseguisse um diploma de jornalismo, expedido por essas muitas “escolhinhas de jornalismo” que vendem diplomas a preços razoáveis e em prestações a perder de vista. A decisão garante o piso salarial dos jornalistas e a manutenção de sua condição profissional, mas precisa, também, ser utilizada pelo Sindjorce para desinfetar o mercado de trabalho, eivado por falsos profissionais.

ERRO – Há duas semanas o jornal O Povo publicou matéria sobre uma liminar que suspendia a licitação para implantação de fotossensores, mas, de maneira errada, afirmou que a medida implicaria anulação das multas aplicadas pelos aparelhos. No dia seguinte desmentiu o que havia dito e responsabilizou o procurador da República Oscar Costa Filho de ter “induzido o jornal ao erro”. O fato provocou uma nota emidita pelo procurador, na qual rebate as acusações feitas pelo jornal e credita o erro à precipitação e não conferência das informações. Eis que poucos dias depois o jornal protagoniza outro episódio de informação errada.

ERRO – Na edição do dia 12/09, em matéria assinada por Nicolau Araújo, sob o título “Empresária sofre tentativa de seqüestro”, o texto afirmava: “Veículo marcado por uma rajada de metralhadora, blindagem perfurada por um tiro de fuzil 752, fuga espetacular. Assim a proprietária de uma revendedora de veículos importados conseguiu escapar de um seqüestro, na manhã de ontem, no bairro Edson Queiroz”.

ERRO – Continuou o texto: “A empresária havia saído da garagem de sua residência, quando percebeu na esquina um veículo Gol branco, que impedia a passagem de qualquer outro carro. A mulher então resolveu deixar o seu veículo parado no meio da rua, enquanto avaliava a situação. Como o Gol branco não dava nenhum sinal que estaria com defeito mecânico, tampouco que iria desobstruir a rua, a empresária se utilizou de um recurso nada comum, ao acionar o alarme do seu próprio carro, através do barulho de uma sirene de viatura policial”.

ERRO – Foi ainda publicado: “Nada comum também foi a reação dos quatro ocupantes do Gol branco, que deixaram o interior do veículo com armas pesadas nas mãos. Um dos ocupantes do Gol branco deu uma rajada de metralhadora no veículo importado da empresária, que estava protegido por uma blindagem. No entanto, outro ocupante do carro rompeu a blindagem com um tiro de fuzil 752, que não atingiu a empresária”.

ERRO – No dia seguinte, sob o título “Tentativa de seqüestro irá para Divisão”, o jornal publicou um “erramos” travestido de matéria, dessa vez não assinada. A informação estava contida no lead da matéria, mas no segundo parágrafo, estava, de fato, a intenção do texto. “A vítima é empresária do ramo de cosméticos e não proprietária de uma concessionária de veículos importados como O POVO publicou na edição de ontem. A própria Polícia chegou a trabalhar no início da investigação como a empresária sendo do ramo de veículos importados porque ela, após escapar da tentativa da ação criminosa, refugiou-se em uma revendedora de carros. ‘Ela (empresária) é muito amiga do pessoal da revenda. Como o ocorrido foi nas proximidades de lá, ela se refugiou na loja e não quis falar com ninguém, pois estava muito nervosa’, relatou Bruno Figueiredo”. Mais uma vez o jornal terceirizou a culpa pelo erro, transferindo-a, implicitamente, às informações preliminares que a Polícia teria fornecido.

ERRO – O texto trouxe ainda: “Uma outra fonte da Polícia Civil disse ao O POVO que a quadrilha mostrou inexperiência ao metralhar e atirar com um fuzil no carro da empresária. Para a fonte, a quadrilha pode ter migrado recentemente para o ramo de seqüestro, diante de outras falhas na ação contra a vítima. ‘A Polícia já prendeu 50 seqüestradores, mas outros estão aparecendo’, observou”. A fonte informou isso, mas não teria informado o real ramo de atividade da empresária? A matéria foi fechada com o seguinte parágrafo: “A cerca de um ano, a empresária chegou a ser avisada, por dois delegados da Polícia Civil, que ela poderia ser vítima de uma tentativa de seqüestro, quando resolveu pagar o resgate do filho, em menos de 24 horas após ele ter sido seqüestrado. O filho da empresária, que hoje reside nos Estados Unidos, não teve o seu caso registrado nas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDC)”.

ERRO – No mesmo dia 12/09, o Diário do Nordeste publicou reportagem sobre o mesmo fato. Com o título “Empresária escapa de seqüestradores”, foi grafado: “Mais uma empresária, do ramo de perfumes e cosméticos, sofreu, ontem de manhã, uma tentativa de seqüestro em Fortaleza. A vítima trafegava em seu veículo, uma camioneta Toyota Hilux SW-4, de cor verde, pela Avenida Washington Soares quando foi surpreendida por dois veículos que a ‘trancaram’ por trás e pela frente, ocupados por cerca de seis a oito homens armados. Percebendo que estaria sendo vítima de um assalto ou seqüestro, ela começou a bater nos dois carros, na tentativa de escapar. Como a vítima reagiu, os ocupantes dos veículos começaram a efetuar uma série de disparos contra a mulher, visando intimidá-la e fazê-la descer do veículo”. As informações do DN trazia um fato com informações diferentes, que durante o dia do fato, anterior à primeira matéria publicada por O Povo com erro, foi confirmada pelos programas policiais de TV.

ERRO – As informações do DN procediam não apenas quanto ao ramo de atividades da empresária, mas quanto ao cenário da tentativa de seqüestro. O repórter do jornal O Povo teria se atido apenas a versões de terceiros? Não teria procurado conferir as informações recebidas? Estaria havendo algum tipo de boicote de informações na área policial ao jornal O Povo, ou ainda, privilégio ao Diário do Nordeste? Em algumas situações similares há algum tempo, jornalistas d’O Povo chegaram a ter artigos de sua lavra publicados denunciando que estaria havendo boicote ao periódico.

ERRO – Com efeito, pode estar havendo algum tipo de favorecimento ao DN. Afinal, assessores de entidades policiais acumulam cargos na redação. Mas isso não pode ser alegado como justificativa para episódios de informações erradas ou, ainda, furos tomados. A fonte oficial não pode nem deve ser a única na qual O Povo deve buscar suas informações. Tampouco sua versão ser aceita sem questionamentos. Também não pode adotar sempre a cômoda prática de terceirizar a responsabilidade por erros cometidos.

PARCIAL – Semana passada a Assembléia Legislativa realizou audiência pública motivada pelo ocorrido no bar Cafofo do Barão. Para os freqüentadores do bar uma repressão homofóbica da Polícia Militar, uma vez que no local se realizava uma festa em comemoração ao dia da visibilidade lésbica, que transcorria naquele dia. Para os policiais que participaram da ocorrência, uma ação contra perturbação da ordem por algazarra e som em algo volume, denunciado pelos moradores das proximidades ao CIOPS. A, digamos, “coordenadora de políticas para a diversidade sexual da Prefeitura de Fortaleza” – uma das que se envolveram no episódio – Mitchele Meira (foto) participou da audiência, além de representantes de movimentos homossexuais, representantes da Procuradoria Geral de Justiça, da Secretaria da Ouvidoria e Meio Ambiente do Estado (SOMA), etc. Infelizmente a autora do requerimento para a realização da audiência, deputada Íris Tavares (PT) não convidou nenhum dos policiais que participaram da ação para ouvir o outro lado da história. A audiência acabou se transformando num ato de solidariedade à assessora da prefeita Luizianne Lins, articulado pela “líder da prefeita” na Assembléia.

PIADA – Entrevistada pelo risível e previsível programa “Belmino entre amigos” (TV Diário), a “repórter” Marilena Lima disse que tratava “com respeito e igualdade todos, do político mais graduado ao cidadão comum”. Ora, a moça ficou famosa por protagonizar, na época em que fazia reportagens para o programa Barra Pesada (TV Jangadeiro), na década de 90, reportagens que colocavam os enfocados em situações extremamente constrangedoras. Muitas delas de brigas de casais motivadas por infidelidade. Mas aposta na memória curta que julga ter os telespectadores.

VOLÚVEL – Falando em programa policial e na TV Diário semana passada o apresentador do programa Rota 22, Marcos Lima, após a exibição de uma matéria onde uma ex-detenta acusava a família de um ex-genro de ter praticado um atentado a tiros contra ela, dando com a explicação de que era responsabilizada pela morte do ex-familiar, disse que a vida dela era um inferno e que a família da primeira vítima estava perseguindo a denunciante. No dia seguinte, procurado pela família acusada de ser a autora do atentado, após reportagem com os acusados pela denunciante do dia anterior, o apresentador mudou o discurso. Disse que os telespectadores haviam visto as duas versões e que tirassem suas próprias conclusões. Opinião e conduta bastante volúveis.

COLUNA – A coluna Política (jornal O Povo, escrita por Fábio Campos) é pródiga em publicar versões e informações com os batidos bordões “uma fonte”, “um interlocutor da coluna”, apêndices que propiciam questionamento às informações e, principalmente, comodidade quando não se quer assumir o que se publica. Na edição do dia 16/09, publicou a seguinte nota: “UM AMIGO DE TODAS AS HORAS O jogo de influências é uma marca cultural fortíssima em nossa sociedade. Infelizmente, não será possível citar nomes, mas a Coluna relata um diálogo travado com uma alta autoridade do Judiciário ocorrido há cerca de cinco anos. Era um almoço em um restaurante oriental. Um interlocutor da Coluna havia intermediado o encontro. A certa altura da conversa, com tons informais, o magistrado falou de como prezava suas amizades. Exemplificou contando como havia engavetado um processo de paternidade envolvendo um ‘velho amigo’. Perguntei se ele não estava promovendo uma injustiça. Perguntei se ele não estava punindo uma criança impedindo o direito a uma pensão e o direito de saber quem é o pai. A resposta: ‘Como vou fazer isso com um amigo? Jamais espere isso de mim’. Sugeri então que se declarasse impedido e passasse o caso para um colega. Mudou de assunto”.

COLUNA – O episódio narrado – se realmente verídico – lança uma desconfiança sobre todos os integrantes do Judiciário. Ainda que tenha ressaltado tratar-se, segundo palavras do colunista, de “uma alta autoridade do Judiciário”, o que remete a um dos integrantes do Tribunal de Justiça do Estado. Para que fosse dissipada qualquer dúvida e, finalmente, o colunista pudesse – ou tivesse peito – fornecer a informação completa, a entidade representativa dos magistrados ou o próprio TJCE deveria interpelar judicialmente o colunista para que informasse qual seria essa “alta autoridade do Judiciário” que – caso a história seja de fato verídica – agiu de maneira criminosa. Pior: o colunista soube de um crime cometido e não cumpriu seu papel como cidadão de denunciar.

CÓPIA – E no melhor estilo nada se cria, tudo se copia, a TV Verdes Mares resolveu fazer a versão local da caravana do Jornal Nacional. A, digamos, “caravana do Jornal do Meio Dia” reproduziu o mesmo formato em regiões do Estado. Matérias sobre a região enfocada, transmissão ao vivo da cidade-pólo escolhida, enfim, uma fotocópia apagada e ilegível do original, que já é bastante distorcida e subaproveitada. Exemplo da falta de criatividade, inércia e comodismo da direção de jornalismo da emissora. Tudo bem que exista um “padrão global” como norte, mas isso não significa camisa de força e, principalmente, bloqueio de iniciativa e criatividade. A não ser que esses dois ingredientes não estejam disponíveis – e tudo demonstra que realmente estão em falta na TVM –.

GAIATOS – O deputado estadual Sílvio Frota (PAN) apresentou requerimento no dia da votação do relatório final da CPI dos grupos de extermínio, para que fosse retirado o nome do empresário Deusmar Queiroz (foto), proprietário da rede de farmácias Pague Menos, identificado pelas investigações feitas pela Comissão e também pela Polícia, como mentor material do grupo. Sílvio, há algum tempo, já fez defesa aberta do empresário em plenário, certamente em busca de algum dividendo para sua campanha. Como não era membro da Comissão, apresentou o requerimento, mas não teve direito a voto. Marcelo Sobreira (PSB) (foto) resolveu, então, abraçar a causa e encampou a idéia e a defesa do empresário. Defendeu o requerimento, votou favorável. Foi derrotado pelo voto contrário do relator Paulo Duarte, de Ronaldo Martins e a abstenção de Pedro Uchôa. Sobreira é farmacêutico e, como demonstrou, corporativista e oportunista.

ABUSO – Quando privatizou o BEC, com a aquiescência e omissão inicial do governo do Estado e da Assembléia Legislativa, o governo federal entregou à iniciativa privada uma Instituição que, apesar de ter sido utilizada anos a fio para a contemplação dos interesses governistas e a locupletação de seus apoiadores, que deixaram um rombo gigantesco em vários e lamentáveis episódios, desde o governo Gonzaga Mota passando por Tasso Jereissati, era patrimônio do povo cearense e, dentre outras coisas, operacionalizava o pagamento do funcionalismo público estadual e da Prefeitura de Fortaleza. Com a venda para o Bradesco, a PMF transferiu para a Caixa Econômica Federal o pagamento dos servidores mas o governo estadual manteve o banco como operador de sua conta, condição sine qua no para que o Bradesco comprasse o BEC.

ABUSO – Com isso todos os funcionários públicos estaduais passaram, óbvio, a serem correntistas do Bradesco para receberem seu salário. O problema é que o Bradesco cobra R$ 7,90 mensais como taxa de manutenção de conta corrente. Ou seja, pela conta funcional todos os funcionários passaram a ter R$ 7,90 descontados mensalmente de seu salário, taxa que não existia quando o Banco ainda era estatal. Esse desconto não tem amparo legal, a não ser que fosse ressarcido pelo governo. O funcionário tem o direito de receber seu salário somente com os descontos previstos em lei, não pode ser taxado em virtude de uma situação que ele não escolheu. Afinal não é dado ao servidor o direito de optar receber seu salário por um banco que não cobre taxa de manutenção de conta corrente funcional. A CEF, por exemplo, age dessa forma. Existem outros serviços que até podem ser cobrados, como fornecimento de extrato impresso, cheque especial, mas são serviços cobrados caso o correntista use, não de maneira imposta como a taxa de manutenção da conta.

ABUSO – O Estado possui cerca de 120 mil funcionários públicos. Isso garante ao Bradesco uma receita de aproximadamente R$ 950 mil mensais. O mais estranho é que há um silêncio sepulcral sobre esse fato. A imprensa se omite quanto ao assunto. Nem mesmo as entidades sindicais ligadas aos servidores públicos, ou, se o fizeram, não conseguiram furar o bloqueio da grande imprensa ou não possuem setor de comunicação competente.

PALHAÇADA – Os empresários de comunicação ofereceram um reajuste de 2,8%, abaixo da inflação do último período e redução no piso salarial dos jornalistas de imagem não diplomados, que compreende repórteres fotográficos, ilustradores e diagramadores. A proposta, além de ser uma palhaçada dos empresários, ainda é ilegal, pois constitucionalmente o salário é irredutível. Nesse momento os jornalistas precisam mostrar sua força, reforçando o apoio ao Sindjorce. O problema é que, certamente, surgirão alguns colegas dispostos a puxar o saco dos patrões e defenderem abertamente a ridícula proposta patronal.

BRANDA – Extremamente branda a pena aplicada ao homicida Flávio Carneiro (foto), empresário que assassinou a ex-mulher a tiros, em 1992, no interior de uma de suas lojas, a Tok Discos. 14 anos de prisão para um homicídio duplamente qualificado foi extremamente benevolente. Para que fosse feita justiça – além do fato da protelação por 14 anos para submetê-lo a júri – poderia ser aplicada, pelo menos, uma pena de 25 anos de reclusão. A pena aplicada poderá ensejar que o condenado fique em liberdade, uma vez que aberrativamente – mas dentro do que ditava a lei quando do cometimento do crime – o período em que passou assinando lista de presença na vara criminal é contado como cumprimento de pena. Como ficou nessa situação por sete anos e meio, já "cumpriu" mais da metade da pena e tem direito ao livramento condicional. Um absurdo. Flávio Carneiro assassinou friamente sua esposa e de maneira premeditada, pois esperou que os dois policiais militares que davam segurança à execução de mandado de reintegração de posse fosse cumprido saíssem para entrar na loja e matar Ethel Angert. Vê-lo nas colunas sociais impressas e eletrônicas nas festas do "high society" – arriégua – cearense era um tapa na cara das pessoas que defendem a justiça. Vê-lo condenado a apenas 14 anos e esperar o resultado da apelação da sentença igualmente livre é um soco no estômago dessas mesmas pessoas. Aliás, foi revoltante, também, a forma como a maioria da imprensa local omitiu o nome da rede de discos do condenado, Tok Discos, nas matérias sobre o episódio. Falou mais alto o interesse comercial.

SIM, E AÍ? – Flávio Carneiro, ainda que com muita delonga e recebendo uma pena muito branda, sentou no banco dos réus. Quando será identificado e colocado no mesmo banco o responsável – ou responsáveis – pela morte de um morador da comunidade Rosalina, assassinado a tiros numa ação de desocupação feita pela Prefeitura de Fortaleza, com a participação da Guarda Municipal de Fortaleza? Serão necessários mais 14 anos para que esse crime seja, finalmente, julgado? Ou mais que isso?

FEIO – Pegou mal, mas muito mal mesmo o fato do candidato ao governo José Maria Melo (PL) (foto) ter apresentado as mesmas imagens em seu programa no horário eleitoral – que alguns ainda insistem em chamar de gratuito – que os do candidato Lúcio Alcântara (PSDB), mostrando o ex-ministro Ciro Gomes falando um palavrão num comício, do lado de duas crianças. O trecho era absolutamente o mesmo. Ficou feio – não apenas para o ex-ministro, pois sua verborragia é de conhecimento público – não pelo ato em si, mas pela igualdade dos dois tapes – a equipe de produção poderia, ao menos, ter editado o material para dar outra feição – o que levou muita gente a considerá-lo "laranja" do candidato tucano.

PROMOÇÃO – Para marcar os dez anos da morte do líder da banda Legião Urbana, Renato Russo, que transcorre no próximo dia 11/10, o sítio Em Off vai fazer uma promoção para seus internautas. Os acertadores de perguntas sobre o vocalista concorrerão a DVD com clipes, Acústico MTV e com matérias veiculadas no dia da morte de Renato, um Programa Livre gravado com a banda e um show realizado em São Paulo. Cada internauta que enviar a resposta certa para o e-mail emoffbr@hotmail.com com nome completo e endereço para o envio do prêmio receberá um número e com ele concorrerá. Até o dia 05/10 os internautas poderão enviar a resposta. Para a completa lisura e transparência do sorteio, convidamos uma grande e famosa fã da banda Legião Urbana: a jornalista Adísia Sá. O sorteio será feito pela jornalista no dia 06/10. Respondendo a primeira pergunta, os internautas estarão concorrendo a um DVD com clipes da Legião Urbana e de Renato Russo. Respondendo a segunda pergunta, o prêmio será um DVD com o Acústico MTV e um DVD com as matérias, o Programa Livre e o show. Os internautas poderão escolher uma das duas perguntas ou responder as duas, mas quem for sorteado em uma não concorrerá ao prêmio da outra. E vice-versa, obviamente. O sítio Em Off agradece a colaboração dos componentes da comunidade dedicada a Renato Russo, no Orkut, que nos enviaram as perguntas.

Pergunta 01 – Quais os nomes dos componentes que, juntamente com Renato Russo, fundaram o grupo "Aborto Elétrico", embrião da Legião Urbana?

Pergunta 02 – Havia uma música do terceiro disco da Legião Urbana que Renato Russo disse que não mais iria tocar nos shows quando percebesse mudança real no Brasil. Em 1990, o vocalista resolveu deixar de tocá-la com a posse do presidente Fernando Collor. Foi muito criticado por isso e, além de voltar a tocar a música nos shows depois dos erros do governo Collor, incluiu no disco "V" (cinco) uma música que representava um mea-culpa e um pedido de desculpas. Quais são as duas músicas?

PARA REFLETIR – "Quando tudo está perdido/Sempre existe um caminho/Quando tudo está perdido/Sempre existe uma luz/Mas não me diga isso/Hoje a tristeza não é passageira/Hoje fiquei com febre a tarde inteira/E quando chegar a noite/Cada estrela parecerá uma lágrima/Queria ser como os outros/E rir das desgraças da vida/Ou fingir   estar sempre bem/Ver a leveza das coisas com humor/Mas não me diga isso/É só hoje e isso passa.../Só me deixe aqui quieto/Isso passa .../Amanhã é um outro dia não é/Eu nem sei porque me sinto assim/Vem de repente, um anjo triste perto de mim/E essa febre que não passa/E meu sorriso sem graça/Não me dê atenção/Mas obrigado por pensar em mim/Quando tudo está perdido/Sempre existe uma luz/Quando tudo está perdido/Sempre existe um caminho/Quando tudo está perdido/Eu me sinto tão sozinho/Quando tudo está perdido/Não quero mais ser quem eu sou/Mas não me diga isso/Não me dê atenção/E obrigado por pensar em mim/Mas não me diga isso/Não me dê atenção/E obrigado por pensar em mim." (Música "A Via Láctea", disco "A Tempestade", Legião Urbana)

 

ATUALIZAÇÃO N.º 337 - 25/09/2.006

IBOPE – Faltando poucos dias para a eleição, o Ibope divulgou para assinantes a última pesquisa de intenção de votos para a eleição proporcional. Semana passado o sítio Em Off divulgou o resultado da pesquisa anterior para deputado estadual. Os nomes sofreram algumas mudanças. O sítio também teve acesso à pesquisa de intenção de voto para deputado federal. Dessa vez divulgaremos os resultados da aferição geral, com a colocação do ranking total e discriminado pelas principais coligações. Sempre lembrando que são resultados ainda sem qualquer tipo de cálculo eleitoral proporcional, o que pode fazer com que alguns nomes constantes não estejam na lista dos votados e outros que não constam sejam incluídos. Isso, claro, se o Ibope tiver conseguido um raio-x próximo à realidade que vai se verificar nas urnas, a última e real pesquisa eleitoral.

IBOPE – Para deputado estadual houve mudanças quanto à colocações no ranking. Primeiro, o resultado geral, sem discriminação por coligação, com os 10 melhores colocados na pesquisa Ibope. Em 1º José Ilo Alves Dantas (PSDB); em 2º Jesuíno Rodrigues Sampaio Neto (PSDB); em 3º Domingos Gomes de Aguiar Filho (PMDB); 4º Marcos César Cals de Oliveira (PSDB); 5º José Welington Landim (PSB); em 6º Francisco Rogério Osterno Aguiar (PSDB); em 7º Francisco Leite Guimarães Nunes (PMDB); em 8º estão empatados Ivo Ferreira Gomes (PSB) e Esmerino Oliveira Arruda Coelho Júnior (PSDB); em 9º empate triplo entre Edson Silva (PFL), Moésio Loiola de Melo (PSDB) e Júlio César Costa Lima (PSDB) e em 10º Pedro Uchôa de Albuquerque (PSL). Vale lembrar que alguns partidos que disputam a eleição proporcional isoladamente – como é o caso do PSL – vão ficar na dependência de atingirem o coeficiente mínimo de votos para assegurar cadeiras.

IBOPE Da coligação PSB/PT/PMDB/PP são os seguintes os dez candidatos melhores posicionados, segundo o Ibope: em 1º Domingos Filho (PMDB); 2º José Welington Landim (PSB); em 3º Francisco Leite Guimarães Nunes (PMDB); 4º Ivo Ferreira Gomes (PSB); 5º Mauro Filho (PSB); 6º Rachel Marques (PT); 7º Lívia Arruda (PMDB); em 8º Sineval Roque (PSB); em 9º Artur Bruno (PT) e em 10º empate triplo entre Ronaldo Martins (PMDB), Antônio Granja (PSB) e Sérgio Aguiar (PSB). Entre os 10 mais bem colocados nessa coligação ausências de nomes bem conhecidos, como Jaziel Pereira, Guaracy Aguiar, Ana Paula Cruz (todos do PMDB); Nelson Martins e Íris Tavares (PT); Marcelo Sobreira (PSB).

IBOPE Da coligação PSDB/PFL são esses os dez postulantes melhores colocados na pesquisa Ibope: em 1º José Ilo (PSDB); em 2º Jesuíno Rodrigues de Sampaio Neto (PSDB); em 3 º Marcos Cals (PSDB); 4º Rogério Aguiar (PSDB); 5º Gony Arruda (PSDB); em 6º empate triplo entre Edson Silva (PFL), Moésio Loiola (PSDB), Júlio César Costa Lima (PSDB); em 7º Delegado Cavalcante (PSDB); em 8º empate entre Teo Menezes (PSDB) e Fernando Hugo (PSDB); em 9º Idemar Citó (PSDB) e em 10º Adahil Barreto (PSDB). Entre o ranking da coligação ausências como os tucanos Franceni Guedes, João Jaime, Tânia Gurgel, Caetano Guedes e Paulo Duarte.

IBOPE – O sítio teve acesso aos dados de apenas mais um partido, além das duas principais coligações, o PSDC, que, caso consiga atingir o coeficiente eleitoral para assegurar uma vaga, tem o deputado Gomes Farias brigando por essa possível vaga com o ex-prefeito de Canindé e ex-deputado Ximenes Filho. O PSDC lançou-se isoladamente na disputa proporcional. O PSL coligou-se com o PRONA e caso também consiga atingir o coeficiente eleitoral, de acordo com o ranking geral, tem o deputado Pedro Uchôa como seu mais forte candidato à vaga.

IBOPE – Entre os 10 mais citados ausências de nomes como dos deputados Heitor Férrer (PDT), cujo partido está na disputa proporcional estadual em coligação com PL/PT do B/PRTB. A coligação tem a previsão de eleger dois candidatos. Como não tivemos acesso aos números referente à essa coligação, a avaliação só pode ser feita dentre os 10 mais citados na pesquisa. Algumas coligações, apesar de não terem nenhum de seus componentes na lista do Ibope, pode eleger representantes. A coligação PTB/PPS/PTC pode conquistar uma vaga. O mesmo pode ocorrer com a coligação PC do B/PV/PMN. Na lista dos 46 melhores posicionados no ranking geral, divulgada semana passada, o único nome dessa coligação que figurava era de João Bosco, (PC do B).

IBOPE – Para a Câmara Federal, são os seguintes os dez melhores colocados no ranking geral, segundo o Ibope: em 1ª Ciro Gomes (PSB); em 2º Eunício Oliveira (PMDB); 3º Aníbal Ferreira Gomes (PSDB); 4º José Gerardo Arruda (PMDB); 5º Leo Alcântara (PSDB); 6º José Arnon (PTB); 7º Chico Lopes (PC do B); 8º José Pimentel (PT); 9º Luiz Gonzaga Mota (PSDB) e em 10º Vicente Arruda (PSDB). São 22 vagas de deputado federal destinadas ao estado do Ceará.

IBOPE Na coligação PSB/PT/PMDB/PP são os seguintes os 10 mais citados, de acordo com a pesquisa Ibope: 1º Ciro Gomes; 2º Eunício Oliveira; 3º Aníbal Ferreira Gomes (PMDB); 4º José Gerardo Arruda (PMDB); 5º José Pimentel (PT); 6º empate entre os petistas José Guimarães e José Airton; em 7º empate quádruplo entre Pedro Ribeiro (PMDB), Paulo Henrique Lustosa (PMDB), Mauro Benevides (PMDB) e Vicente Antenor Ferreira Gomes Filho (PSB); em 8º Ariosto Holanda (PSB); 9º empate triplo entre Padre Zé (PP), Eugênio Rabelo (PP) e Flávio Bezerra Silva (PMDB) e em 10º Eudes Xavier (PT). Ciro Gomes é apontado como o candidato que terá maior votação para a Câmara Federal. A disparidade é tanta que o ex-ministro teve mais de três vezes e meia o número de citações do segundo colocado da coligação e geral, Eunício Oliveira.

IBOPE Pela coligação PTB/PTN/PSC/PPS/PFL/PAN/PTC/PSDB, são os seguintes os dez mais citados, segundo o Ibope: em 1º Leo Alcântara (PSDB); em 2º José Arnon (PTB); em 3º Luiz Gonzaga Mota (PSDB); em 4º Vicente Arruda (PSDB); em 5º empate entre os tucanos Raimundo Gomes de Matos e Bismarck Maia; em 6º coronel Deladier Feitosa (PSDB); em 7º Marcelo Teixeira (PSDB); em 8º empatados Marco Prado (PSDB) e Carlos Matos (PSDB); em 9º Alri Nogueira (PFL) e em 10º Mark Viana (PFL).

IBOPE –  Entre os 10 mais citados no ranking geral da intenção de votos para a Câmara Federal, ausências como a do ex-prefeito de Fortaleza Juraci Magalhães, sempre citado como um dos candidatos que poderia ter excelente votação. O partido ao qual pertence, o PL, está coligado com o PDT, PRTB e PT do B. A coligação pode fazer de um a dois deputados, dentre os quais poderá estar Juraci, mas como não tivemos acesso aos números das demais coligações, trata-se de uma estimativa. Mesmo sem ter acesso aos números também da coligação PC do B/PHS/PMN/PV são boas as chances da coligação conseguir eleger um representante, e pela colocação no ranking geral, o deputado estadual Chico Lopes surge como mais forte candidato à essa possível vaga. Entre as ausências da lista de intenção de voto para deputado federal está João Alfredo (PSOL), que está coligado com PSTU/PCB. A coligação tem a difícil missão de conseguir o coeficiente eleitoral para assegurar pelo menos uma vaga.

BNB – O Ministério Público Federal ingressou com a ação ordinária nº 45/96, na 6ª Vara da Seção Judiciária Federal do Estado do Ceará, por ato de improbidade administrativa. O MPF detectou inúmeras irregularidades no Banco do Nordeste do Brasil, relativo a contratação de agências de publicidade e pagamento de serviços de publicidade, além da conduta ilícita de servidores e publicitários. As irregularidades vêm desde a administração passada, passando à atual do banco federal.

BNB – O MPF propôs a ação ordinária de responsabilidade pela prática de atos de improbidade administrativa com pedido de liminar conta Byon Costa Queiroz (ex-presidente do BNB na gestão FHC) (foto esq.); Roberto Smith (Atual presidente do Banco) (foto dir.); Kennedy Moura Ramos (ex-chefe do Gapre, que deixou o cargo após o Caso Cobra, sobre a contratação de empresa para prestação de serviços de informática feita de maneira irregular, noticiado em primeira mão pelo Em Off); Paulo Sérgio Souto Mota (Superintendente de Comunicação do BNB); Joaquim Saldanha de Brito Filho (Gerente Executivo do Banco); Clarice Altair Guimarães Rocha (Gerente Executivo); as empresas de publicidade cearenses Mota Comunicação, Advance Comunicação & Marketing, Ágil Publicidade e as empresas Ítalo Bianchi Comunicação (de Pernambuco), SLA Propaganda (sediada na Bahia), Idéia 3 Comunicação e Expansão de Negócios (da Bahia).

BNB – Um dos pilares da ação da PR-CE é o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que realizou auditoria no BNB com o objetivo de verificar a regularidade das contratações nas áreas de publicidade e propaganda. O MPF, após análise dos trabalhos do TCU, considerou diversas ilegalidades praticadas por gestores do Banco nos contratos de publicidade e propaganda, que resultaram em benefícios a empresas privadas, compatíveis com os dispositivos legais que definem os atos de improbidade administrativa. Lembrou a PR-CE, ainda, que as contratações para prestação de serviços de publicidade no âmbito da administração pública federal no atual governo, estão diretamente relacionadas à grande parte dos desvios de recursos públicos, com o fito de proporcionar o enriquecimento ilícito de particulares com a contrapartida de aplicação de parcela desses serviços em caixas de campanhas eleitorais.

BNB – Na administração de Byron Queiroz o MPF citou na ação os contratos 158 e 159, de 2000, firmados através do Edital de Concorrência 2000/006, do tipo melhor técnica, para a contratação de duas agências para o atendimento das contas de Comunicação Institucional e Comunicação do Programa Farol do Desenvolvimento. Participaram dessa concorrência as empresas Ágil Publicidade, Idéia 3, Press Publicitários, Slogan Propaganda e Register Publicidade. Nos critérios do edital, a proposta da Register Publicidade foi considerada a de menor preço. Pelo critério técnico, a agência Idéia 3 e (Comunicação Institucional) e Ágil Publicidade (Farol do Desenvolvimento) foram declaradas vencedoras. Houve uma negociação entre as empresas e o BNB, uma vez que as vencedoras concordaram prestar os serviços objetos da concorrência com os preços da menor proposta. O contrato com a Ágil publicidade foi aditado três vezes: duas delas, em 2001 e 2002 para prorrogação de prazo, e outra, em 2002, para alteração de garantia. O contrato com a Idéia 3 foi aditado quatro vezes: três para prorrogação de prazo – e em uma delas com aumento de custo dos serviços – e uma para acréscimo de 25% sobre o valor.

BNB – A concorrência 45/2003 – cujos contratos tiveram início em 13 de outubro de 2003 e tiveram o valor individual de R$ 9 milhões – sucedeu os contratos anteriores. Foram vencedores dois grupos de empresas sob a forma de consórcio, um composto pela SLA Propaganga e Advance Comunicação e outro por Mota Comunicação e Ítalo Bianchi Comunicação. Houve a participação de 18 empresas no certame e os dois consórcios vencedores aceitaram prestar o serviço pelo preço proposto pelo consórcio Link/Ampla, vencedora no critério menor preço. Havia uma previsão contratual de garantia de que o valor efetivamente realizado pelas contratadas não fosse inferior, individualmente, a 30% do valor total pago anualmente. O dispositivo visava garantir ao Banco a possibilidade de opção pela realização de serviços de um ou outro contratado, respeitando sempre o limite de pagamento máximo de 70% a pelo menos um deles.

BNB – Os contratos foram aditados. Com o consórcio SLA/Advance houve uma aditação para a suplementação de serviços extracomplementares (25/08/2004), no valor de R$ 2,25 milhões e outro para a prorrogação do prazo por mais doze meses (29/09/2004). Com o consórcio Mota/Ítalo Bianchi foram três aditações: a primeira destinada à suplementação de serviços extracomplementares, igualmente no valor de R$ 2,25 milhões (25/08/2004); a segunda para prorrogação do contrato por mais doze meses (29/09/2004) e a terceira para a cessão de transferência de direitos e obrigações contratuais (31/05/2005).

BNB – Na gestão Byron Queiroz, o TCU constatou várias irregularidades nos contratos listados. Os contratos 158 e 159 tiveram realização de despesa em percentual superior a 25% estabelecido no Artigo 65, parágrafo 1º, da Lei de Licitações, nos valores de R$ 6.489.714,09 no 158 e R$ 40.264.131,12 no 159. O ato caracterizou fuga a processo licitatório, infringindo o Artigo 37, inciso XXI da Constituição, combinado com o parágrafo único do Artigo 1º da Lei de Licitações. O valor também foi meramente estimativo, mediante vinculação da execução dos serviços à existência de verba orçamentária, caracterizando contrato com preço indeterminado, infringindo o Artigo 55, inciso III da Lei de Licitações.

BNB – O acréscimo do percentual acima do que determina a lei, que fixa em 25%, passou ao conhecimento do Banco a partir de auditoria realizada pela Célula de Licitações e Contratos, no período de 23/09 a 16/10 de 2002. Não era fato desconhecido do BNB. Naquele ano a Ágil Publicidade foi contratada para prestar serviços no valor de R$ 3.117.536,00, mas os aditivos empurraram esse valor para R$ 10.260.385,89. No caso da Idéia 3, o “inchaço” no valor foi assustador: dos R$ 3 milhões contratados para nada menos do que R$ 38.425.223,14. Levando-se em consideração o tempo decorrido desde a assinatura dos contratos 158 e 159 – dois anos e quatro meses – e a relação entre valor contratado/valor pago, o excesso de valores pagos mediante aditivos é absurdo. A Ágil Publicidade teve 41% de excesso no valor, enquanto que a baiana Idéia 3, pasmem, 448,9%. Números infinitamente superiores ao permitido pela Lei de Licitações.

BNB – O TCU também considerou que, ainda tenha feito o Banco remanejamento de recursos dentro do Programa de Dispêndios Globais para cobrir as despesas sob a rubrica Propaganda e Publicidade, foi constatado que os contratos não foram aditados em função de aumento extra de verbas, não tendo ocorrido a correspondente publicação na imprensa oficial, conforme preceitua o parágrafo único do Artigo 61 da Lei de Licitações (8.666, de 21/10/93), que determina “a publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura”. Ou seja, as aditações são nulas de pleno direito. Isso constatado em relatório produzido pela Célula de Licitações e Contratos do próprio BNB.

BNB – O TCU avaliou, ainda, que “o fato do banco ter se abstraído de cumprir o Artigo 61 da Lei 8.666/93, referente à publicidade dos atos contratuais, dever ser considerado em um sentido mais amplo, uma vez que não se reveste de simples prática de omissão de ato contratual. A situação nos leva a crê pela prática de ato intencional por parte da Asministração do banco”. O Tribunal conclui pelo ato deliberado na prática de irregularidade administrativa. O relatório de auditoria do BNB foi encaminhado ao conhecimento da Gerência de Auditoria e, por conseguinte, à Superintendência Jurídica do Banco, confidencialmente, através do Documento de Referência AUDIT 2002/0903-536, de 05/11/2002. O então gerente de auditoria, Antônio Gilson de Melo Casemiro, encaminhou o relatório, comunicando sobre os excessos de execução dos serviços dos contratos de publicidade do BNB.

BNB – A Superintendência Jurídica do Banco tentou defender a idéia de que a variação dos contratos relacionava-se ao montante orçamentário aprovado em cada ano, o que significava, para aquela Superintendência, que não haveria nenhum limite para a realização dos contratos, bastando que, para isso, o Banco aprovasse alteração no orçamento para que o contrato fosse indexado ao novo limite. Insatisfeita com o posicionamento da Superintendência Jurídica, a Superintendência de Auditoria dirigiu nova comunicação, desta feita endereçada ao atual presidente do BNB, através do Doc. Ref. 2003/903-85, de 24/02/2003, comunicando sobre as divergências de posicionamento, alertando, ainda, sobre possíveis questionamentos por parte do TCU. O documento foi recebido por Kennedy Moura Ramos, então titular da Chefia de Gabinete (Gapre).

BNB – Através de ofício da equipe de auditoria (Of. de Requisição nº 006/2005, de 29/07/2005) enviado ao atual chefe de gabinete, Robério Gress do Vale – sucessor de Kennedy Moura, exonerado no episódio dos “dólares na cueca”, onde o então assessor do deputado estadual José Guimarães (PT), José Adalberto, foi preso pela Polícia Federal – o TCU recebeu a resposta de que o documento que deveria ter sido levado ao conhecimento da presidência não possui registro de entrada nas correspondências do Gabinete da Presidência, tampouco o assunto foi tratado nas atas das reuniões da diretoria do Banco, responsabilizando Kennedy pela não comunicação à presidência do BNB do ato ilegal. Seria uma boa estratégia – transferência da responsabilidade ao ex-chefe da Gapre – se não tivesse ocorrido, posteriormente, a aprovação de despesas para a contração de consultor jurídico externo.

BNB – Em 13/03/2003 a Superintendência Jurídica do BNB, através de seu titular, Luiz Alberto Cruz de Oliveira, fez consulta a advogado particular (contratado pelo valor de R$ 16 mil, sem licitação) a respeito da legalidade dos contratos 158 e 159. O advogado particular emitiu parecer no qual atesta a ilegalidade dos contratos. Na indagação feita pela Superintendência Jurídica “Os contratos do BNB, tendo por objeto serviços de publicidade, estão sujeitos à Lei 8.666/93?”, a resposta foi de que os contratos têm o regime jurídico dos contratos administrativos, portanto sujeitos à Lei 8.666/93. À indagação sobre a validade da alteração dos prazos contratados nos aditivos firmados e se não fossem válidos, como e de que forma poderiam ser anulados, o advogado contratado relatou que os aditivos dos contratos ultrapassavam os permitidos pela Lei de Licitações, portanto, inválidos e a Administração Pública poderia anular os termos.

BNB – Mesmo com a consulta feita e o relatório emitido, desfavoravelmente ao Banco, em 30/05/2003 o contrato 159 com a Idéia 3 sofreu sua 3ª aditação. Ora, mesmo a Gapri afirmando que a presidência de nada sabia e a Superintendência Jurídica tendo sido alertada, não apenas pelo TCU e pela Célula de Auditoria, mas também pelo escritório externo contratado, o contrato foi aditado. O aditivo estabeleceu uma previsão orçamentária de R$ 1,5 milhão para o período, além de prorrogar a vigência de 01/06/2003 a 30/11/2003. Cabalísticos 13 dias antes do término da vigência, em 07/11/2003, o contrato 159 foi rescindido. As irregularidades iniciadas na administração Byron incursionaram na atual gestão. Mas outras práticas irregulares foram geradas na administração de Roberto Smith, constatadas pelo TCU, similares às da gestão anterior. Pagamentos sem previsão legal (contratos 313 e 314 de 2003) no valor de R$ 10.068.638,12 e R$ 1.265.354,77, respectivamente, perfazendo um total de R$ 11.333.992,89, valores superiores ao percentual de 25% estabelecido em lei, tipificando fuga de processo licitatório.

BNB – Contrato com preço indeterminado também foi prática da atual gestão do Banco. A Superintendência Jurídica do BNB, escaldada pelas irregularidades anteriores, fixou um valor para os contratos, de R$ 18 milhões, mas incluiu cláusulas que, na prática, mantinham a condição anterior, de contrato sem valor determinado. Também ocorreu o fato de, em 08/03/2005, a empresa Ítalo Bianchi manifestar desejo de sair do consórcio com a Mota Comunicação. A proposição recebeu parecer favorável do Ambiente Jurídico do Banco, desde que mantidas as mesmas condições e vigentes à época da habilitação. Em virtude disso foi assinado o 3º aditivo, de cessão e transferência de direitos e obrigações contratuais do consórcio para a Mora Comunicação. O TCU, ao analisar a operação, também encontrou irregularidades. O Tribunal considerou que o BNB levou em consideração apenas o aspecto jurídico, não se certificando das condições capacitacionais técnicas da Mora Comunicação para a manutenção dos serviços para os quais foi contratado o consórcio.

BNB – O TCU considerou “ambíguo” o parecer do Ambiente Jurídico do Banco, uma vez que anuía a saída da Ítalo Bianchi mas não vislumbra a possibilidade da manutenção do acordo nos moldes contratados. Concluiu, ainda, que não sendo essencial a manutenção da Ítalo Bianchi no consórcio para a efetiva execução dos serviços contratados, também não seria essencial, logicamente, sua inclusão no consórcio para a disputa da licitação. A licitação atribuiu pontos absolutos a cada consórcio participante, não individualmente. Dessa forma a Mota/Ítalo Bianchi recebeu 91,50 pontos, o que, pressupõem-se, equivalem a 45,75 pontos a cada uma das empresas. O consórcio SLA/Advance recebeu 90 pontos. A última colocada daquele certame, a Russel BPA, recebeu 47,20 pontos, portanto, acima do que a Mota apresentou na divisão do consórcio para vencer a licitação. Sozinha, a Mota Comunicação não teria condições de vencer o certame, fazendo com que o TCU concluísse pela impossibilidade da permanência das condições estabelecidas no contrato após a saída da Ítalo Bianchi.

BNB – Permitindo a saída da Ítalo Bianchi o Banco inobservou atendimento ao Artigo 78 do Estatuto Licitatório, que dispõe sobre o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, configurando motivo para rescisão. O Ministério Público Federal considera que “o consórcio Mota/Ítalo Bianchi foi formado com o único objetivo de vencer a licitação para que, posteriormente, somente a Mota Comunicação continuasse a executar o contrato. A empresa Ítalo Bianchi funcionou, assim, apenas como ‘barriga de aluguel’, coma finalidade de gerar o filho tão esperado, no caso, o contrato”. Mas as irregularidades não param por aí. O TCU detectou, também, despesa com patrocínio por intermédio da utilização da conta de publicidade do Banco, caracterizando realização de despesa antieconômica, nos contratos 313 e 314 de 2003. Também constatou a autorização de serviços e seus pagamentos sem a obtenção de três propostas prévias de preços nos mesmos contratos. Atestou a falta de acompanhamento da veiculação das peças publicitárias dos contratos em televisão, rádio e placas indicativas de ruas, abrigos de ônibus e relógios digitais em diversas capitais nordestinas.

BNB – O MPF denomina de “descalabro” os atos praticados pelo BNB em relação à contratação de serviço de publicidade e propaganda, nas gestões Byron Queiroz e Roberto Smith. Byron é responsabilizado pela PR-CE pela realização de despesa em percentual acima de 25%, fuga de processo licitatório e celebração de contrato sem valor determinado. Kennedy Moura Ramos por omissão em dar conhecimento à presidência da prática de ato irregular. Roberto Smith por aditamento ilegal de contrato, realização de pagamento sem a previsão legal e em valor acima dos 25% previstos em lei, celebração de contratos sem valor determinado, autorização de despesa desnecessária/inoportuna. Paulo Sérgio Souto Mota (foto), por despesa com patrocínio por intermédio da utilização da conta de publicidade do Banco e considerada antieconômica, pagamento de notas fiscais decorrente de aplicação de base indevida (9% em vez de 4%), liberação de recursos para despesas de patrocínio do Festival Junino da Cidade de Recife com dupla intermediação da agência de publicidade contratada, liberação de recursos para o Instituto de Arte e Cultura (ICC) mediante institucionalização de convênio de cooperação técnico-financeiro, gastos com passagens aéreas sem a identificação dos beneficiários e sem a existência de provas cabais de que os beneficiários possuíssem vinculação direta com as campanhas publicitárias do Banco, autorização de serviços e seus pagamentos sem a obtenção de 3 propostas prévias de preços, falta de acompanhamento da veiculação das peças publicitárias, descumprimento de cláusula contratual. Joaquim Saldanha de Brito Filho, por aditamento ilegal de contratos acima do percentual estabelecido em lei. Clarice Altair Guimarães da Rocha pelos mesmos fatos de Joaquim Saldanha.

BNB – O MPF também representou contra as empresas beneficiadas pelos atos considerados de improbidade administrativa: Ágil Publicidade, Idéia 3, Mota Comunicação, Ítalo Bianchi, SLA e Advance. A PR-CE pede a indisponibilidade de todos os bens móveis e imóveis dos demandados, a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos demandados, o bloqueio de todos os valores encontrados nas contas bancários das empresas demandadas submetendo qualquer tipo de movimentação à apreciação judicial mediante comprovação de sua necessidade e origem dos recursos movimentados, a suspensão imediata de todos os efeitos financeiros dos contratos 313 e 314 de 2003 impondo ao BNB o dever de não mais efetuar qualquer pagamento relativo aos contratos. Solicita, também, que, caso julgada procedente  a demanda, seja determinado o ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de cinco anos.

BNB – Os jornais locais – O Povo e Diário do Nordeste –, além da Folha de São Paulo, publicaram matéria sobre as irregularidades detectadas pelo TCU que motivaram a ação do MPF. Foram, entretanto, matérias sem destaque, com pouquíssimas informações, publicadas quase imperceptíveis. Como se fosse apenas para “cumprir tabela”. Citaram apenas o nome de Byron Queiroz e Roberto Smith, omitindo os demais e, principalmente, o nome das empresas de publicidade envolvidas. O BNB é um grande anunciante e as empresas de publicidade administram diversas contas publicitárias. Acima do mister jornalístico foi colocado o interesse particular, empresarial. Nada que surpreenda ou seja fora do esperado. Infelizmente.

RECIBO – Semana passada o Jornal do Dez (TV Verdes Mares) apresentou uma série de reportagens sobre a atividade legislativa. Numa das reportagens, foi abordada a iniciativa de proposição de leis. Numa delas, veiculada no dia 18/09, a iniciativa popular, que é conceituada na Constituição Federal e também regulamentada na Estadual, além da Lei Orgânica do Município de Fortaleza (LOM), foi abordada. As explicações sobre a forma como pode ocorrer a iniciativa do povo na elaboração das leis foram corretas, pois apenas reproduziram o texto das respectivas cartas, mas quando da explicação das competências, houve um erro crasso.

RECIBO – No âmbito do Município existe a possibilidade de proposição de lei mediante a coleta da assinatura de 5% dos moradores ou, ainda, o mesmo percentual dos habitantes da área à qual a proposta de lei tem sua abrangência circunscrita. O problema iniciou-se quando foi entrevistado o coordenador geral legislativo – êta nome pomposo – da Câmara Municipal de Fortaleza, Clayton Viana. O moço meteu os pés pelas mãos e, como não poderia deixar de ser, levou uma penca de gente com ele.

RECIBO – Clayton disse que 5% dos moradores de um bairro podem propor a “construção de um calçadão, de um laboratório, posto de saúde, escola, creche”, etc. Não, não pode. O Artigo 40 da LOM preceitua: “ a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a vereador, ao prefeito e aos cidadãos”, mas o parágrafo primeiro possui incisos que delineiam bem as competências na proposição de leis. Nos casos citados pelo coordenador a competência é exclusiva do chefe do Executivo. A LOM cria limitações não apenas ao povo em propor leis mediante a iniciativa popular, mas também à própria Câmara Municipal, centralizando no chefe do Executivo a competência sobre a maioria da iniciativa de proposição de leis.

RECIBO – O coordenador legislativo da Câmara demonstrou total desconhecimento da LOM. Um absurdo. Seria como, por exemplo, um bispo de qualquer religião que desconhecesse os ritos de sua igreja. Demonstra como o critério político para o preenchimento de cargos comissionados no serviço público é extremamente prejudicial à máquina pública. Igualmente preocupante é a forma como produtor, repórter e editor passaram recibo dessa aberração. Infelizmente esse tipo de situação tem sido lugar comum na imprensa local. No serviço público o critério político para o preenchimento dos cargos comissionados. Nas empresas de comunicação, o critério QI. Em síntese: similares.

ANTIPÁTICA – Existe embasamento legal, mas foi extremamente antipática a atitude da TV Verdes Mares de não convidar para o debate que irá promover com os candidatos ao governo do Estado os postulantes coronel Gondim e Salete Maria. Tudo porquê seus partidos, respectivamente PSDC e PCO não possuem representação no Congresso Nacional. Tratou-se de uma demonstração, acima de qualquer outra coisa, de desrespeito. Mas não é inédita. A emissora tem histórico nesse tipo de discriminação e em eleições passadas agiu da mesma forma. Com isso o debate fica posto em xeque. Afinal, o quê de mal provocaria a participação dos dois candidatos excluídos? Nesse ponto deve-se aplaudir a TV Cidade e a TV Jangadeiro, que garantiram a participação de todos os candidatos, indistintamente se suas siglas possuíam ou não representação no Congresso.

PÉROLA – Essa foi publicada pelo jornal O Povo, edição do dia 21/09: “Juiz quer prisão de vigilante”. Juiz não quer, não deseja: determina. O título correto seria: “Juiz determina prisão de vigilante”. Quem manifesta solicitação no âmbito do judiciário não é o magistrado, mas o Ministério Público ou a autoridade policial que preside o inquérito. O próprio texto trata de colocar por terra o título: “O juiz da 5ª Vara do Júri, Jucid Peixoto do Amaral, expediu ontem um mandado de prisão para o vigilante Antônio Neri Manso, que deveria ter sido julgado pelo assassinato do estudante José Roberto Rafael dos Santos. Manso, que aguardava pelo julgamento em liberdade, não comunicou à Justiça a mudança de endereço”.

INTENÇÃO – No debate entre os candidatos ao governo do Estado, promovido pela TV Jangadeiro, no último dia 18/09, chamou a atenção a forma como o jornalista Fábio Campos questionou a aposentadoria do candidato José Maria Melo (PL), aposentado como desembargador de Justiça. O postulante respondeu, dizendo que tudo havia sido feito dentro do que determina e lhe faculta a lei. Em réplica, o jornalista mais uma vez insistiu, questionando o motivo pelo qual o desembargador havia se aposentado por invalidez um dia antes de completar 70 anos e ser aposentado compulsoriamente.

INTENÇÃO – José Maria repetiu a argumentação, de que nada ao arrepio da lei teria sido feito, citando, ainda, casos de outros desembargadores que haviam se aposentado pouco tempo antes de completarem a idade-limite para a compulsória. O problema é que, aposentando-se por invalidez, o magistrado conseguiu eximir-se do recolhimento do Imposto de Renda. Ou o jornalista foi muito mal orientado ou, quem sabe, tinha a ingênua expectativa de que o próprio desembargador incursionasse nesse aspecto. Em se tratando da primeira hipótese, demonstra seu despreparo. No caso da segunda, além do despreparo, a falta de tarimba.

ATRASADA – Semana passada, quase 18:00h, o telejornal Em cima da hora (TV Jangadeiro) anunciava que, apesar de todo o qüiproquó por causa do escândalo dos dossiês o deputado federal Ricardo Berzoini (PT) continuava à frente da coordenação da campanha do candidato do partido à presidência, Lula. O problema é que uma hora e meia antes já estava disponível na Internet a informação de que o parlamentar havia sido rifado do cargo pelo próprio presidente candidato à reeleição. Nos atuais tempos, com o avanço tecnológico e a velocidade que a Internet proporcionou ao jornalismo não pega bem um furo desses. Absolutamente injustificável... e imperdoável.

PROJETO – A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, surgiu na propaganda eleitoral dizendo que enviou para a Câmara Municipal projeto de lei que dispõe sobre a concessão de 180 dias de licença-maternidade às servidoras públicas, citando um projeto idêntico apresentado originalmente pela senadora Patrícia Sabóia (PSB) no Congresso, obviamente. O problema é que há um projeto de indicação aprovado pela Câmara, de autoria da vereadora Fátima Leite (PHS), anterior, inclusive, ao projeto da senadora. A legisladora sequer foi citada pela prefeita em sua fala, passando a idéia de que ela teria sido a autora da proposta no âmbito municipal.

TV – Falando em prefeita de Fortaleza foi divulgado aos quatro cantos que houve a concessão de um canal de TV UHF para a Prefeitura de Fortaleza, com um prazo de um ano para que seja colocado no ar. Espera-se que o preenchimento dos cargos dessa futura emissora pública não seja objeto de loteamento político ou refúgio para abrigar grupo A ou B, mas que seja feito concurso público para seu provimento.

URUBULINO – Foi muito estranho o comportamento do “repórter” Nelson Faheina (TV Diário) na cobertura do acidente com o helicóptero que transportava integrantes da equipe de campanha do candidato ao governo Cid Gomes (PSB). O cidadão iniciou os trabalhos anunciando a morte do prefeito de Quixadá, Ilário Marques (PT), que felizmente sobreviveu. Ainda que aja da maneira convencional “terceirizando a culpa” pelo erro cometido, atribuindo a responsabilidade a outras pessoas, para que esse tipo de notícia seja divulgada é necessária absoluta certeza. Depois assumiu uma postura ainda mais estranha quando postou-se na Praça Clóvis Beviláqua, onde o helicóptero trazendo duas das vítimas para serem atendidas no IJF do Centro. O repórter, ao narrar, afirmou que estava posando o helicóptero que trazia “os corpos” das vítimas. Ainda que haja uma fundamentação semântica, a expressão “corpo” é comumente utilizada como sinônimo de cadáver. Notem que não haveria nenhuma perda de sentido se o cidadão tivesse suprimido “os corpos” de sua narração. Repórter Zé do Caixão, absolutamente trash. E dispensável.

VOADOR – O colunista Alan Neto (jornal O Povo), além de “Fagundes, o puxa saco”, demonstra que, para fazer isso, até aceita posar de mais desinformado do que aparenta. O colunista publicou: “Sem entrar no mérito de quem será o vencedor, embora o quadro se desenhe para os lados de Cid Gomes, reconheça-se que a estratégia política e de comunicação do candidato Lúcio Alcântara, se analisada com imparcialidade, só tem lhe provocado escorregões. O maior de todos, sem dúvida, confirmada pelos chamados cientistas políticos, ratificada pelas pesquisas, foi o de rejeitar a liderança e o apoio de Tasso Jereissati, que continua sendo o maior guru político do Ceará”. Afora a puxada de saco tradicional no senador tucano, o colunista demonstrou desinformação, pois o governador não rejeitou apoio do presidente nacional do PSDB, uma vez que este nunca esteve propenso a apoiar a candidatura de Lúcio à reeleição. Afinal, como rejeitar algo que não foi oferecido?

QUEM? – A coluna Política (jornal O Povo), trouxe o seguinte comentário na edição do dia 24/09, quanto à avaliação sobre a pesquisa Datafolha, que aponta crescimento de Lúcio Alcântara e consolidação de Cid Gomes: “Pelo que diz o Datafolha, o jogo agora será assim: quanto menos audiência o horário gratuito tiver, melhor para Cid. Mais que nunca, o candidato da oposição vai se comportar como os times de futebol que têm uma boa vantagem no placar e optam por tocar a bola burocraticamente esperando o apito final. É o que se chama de "amarrar o jogo". Nessas situações, os times que estão perdendo costumam ir para o ataque de forma atabalhoada. Se arriscam demais e acabam deixando o flanco aberto para os contra ataques, que podem ser mortais. Mas, não há outra coisa a se fazer. Só que há um detalhe: Lúcio é do time que está recebendo a ajuda dos gandulas, os candidatos nanicos que fazem o jogo sujo”. Quais os candidatos nanicos que estão fazendo o jogo sujo? Da maneira escrita, foi lançada suspeita sobre todos eles. Ainda sobre o tópico, a expressão “candidatos nanicos” é uma forma pejorativa e desrespeitosa. Certa vez, durante a campanha para prefeito de Fortaleza em 2004, o então candidato do PHS, Francisco Caminha, disse, ao ser chamado de nanico por um dos participantes de um debate que participava que “nanico é quem não tem expectativa de crescer, anão, coisa que eu nem ninguém aqui somos”. E calou seu inquiridor.

SUBLIMINAR – Durante dois domingos o jornal O Povo publicou cadernos sobre a atuação das bancadas federal e estadual do Ceará. Farto material com foto, atuação em votações polêmicas, etc. Seria uma boa iniciativa se não tivesse sido a poucos dias da eleição. Da forma como foi feito, o material pareceu propaganda subliminar, tanto positiva quanto negativa. O problema é que não há um costume, pelo menos anual, desse tipo de caderno que justificasse sua edição dias antes do eleitor ir às urnas.

EXPLÍCITA – Já propaganda de maneira explícita foi feita no Jornal do Dez, durante a série de matérias sobre a atividade parlamentar. Quando foram abordados as atribuições e deveres dos deputados federais, foi mostrada a imagem do deputado federal Moroni Torgan (PFL), candidato ao Senado. Tudo bem que ele é integrante da bancada, mas para que não fosse feito nenhum tipo de ilação, bastaria que fossem mostradas imagens em plano aberto do plenário da Câmara Federal. Na mesma matéria, quando foi enfocado o Senado, na relação dos postulantes à única vaga disponível nessa eleição, o primeiro que teve sua foto e nome citado foi também o pefelista.

ORIENTAÇÃO – O advogado Fernando Férrer agora surge durante a programação da TV União, respondendo dúvidas de telespectadores sobre questões jurídicas, evidentemente. O advogado é o patrono da emissora nas causas trabalhistas. Uma dúvida é sobre como se deve agir quando um advogado frauda autos de processo trabalhista, como fez o nobre causídico.

ALHEIA – Falando em TV União a emissora passou toda a campanha política absolutamente alheia à disputa e ao processo eleitoral. Não fez nenhum tipo de trabalho de cobertura jornalística, tampouco seus programas abordaram o assunto. Poderia ter promovido, por exemplo, uma série de entrevistas com os candidatos ao governo ou, quem sabe, um debate. Poderia contribuir com essa parcela a seu público, constituído em sua maioria de jovens.

PROMOÇÃO – Para marcar os dez anos da morte do líder da banda Legião Urbana, Renato Russo, que transcorre no próximo dia 11/10, o sítio Em Off vai fazer uma promoção para seus internautas. Os acertadores de perguntas sobre o vocalista concorrerão a DVD com clipes, Acústico MTV e com matérias veiculadas no dia da morte de Renato, um Programa Livre gravado com a banda e um show realizado em São Paulo. Cada internauta que enviar a resposta certa para o e-mail emoffbr@hotmail.com com nome completo e endereço para o envio do prêmio receberá um número e com ele concorrerá. Até o dia 05/10 os internautas poderão enviar a resposta. Para a completa lisura e transparência do sorteio, convidamos uma grande e famosa fã da banda Legião Urbana: a jornalista Adísia Sá. O sorteio será feito pela jornalista no dia 06/10. Respondendo a primeira pergunta, os internautas estarão concorrendo a um DVD com clipes da Legião Urbana e de Renato Russo. Respondendo a segunda pergunta, o prêmio será um DVD com o Acústico MTV e um DVD com as matérias, o Programa Livre e o show. Os internautas poderão escolher uma das duas perguntas ou responder as duas, mas quem for sorteado em uma não concorrerá ao prêmio da outra. E vice-versa, obviamente. O sítio Em Off agradece a colaboração dos componentes da comunidade dedicada a Renato Russo, no Orkut, que nos enviaram as perguntas.

Pergunta 01 – Quais os nomes dos componentes que, juntamente com Renato Russo, fundaram o grupo "Aborto Elétrico", embrião da Legião Urbana?

Pergunta 02 – Havia uma música do terceiro disco da Legião Urbana que Renato Russo disse que não mais iria tocar nos shows quando percebesse mudança real no Brasil. Em 1990, o vocalista resolveu deixar de tocá-la com a posse do presidente Fernando Collor. Foi muito criticado por isso e, além de voltar a tocar a música nos shows depois dos erros do governo Collor, incluiu no disco "V" (cinco) uma música que representava um mea-culpa e um pedido de desculpas. Quais são as duas músicas?

PARA REFLETIR – "De tarde quero descansar, chegar até a praia/Ver se o vento ainda está forte/subir nas pedras/Sei que faço isso pra esquecer/Eu deixo a onda me acertar/E o vento vai levando tudo embora/Agora está tão longe/Vê, a linha do horizonte me distrai:/Dos nossos planos é que tenho mais saudade,/Quando olhávamos juntos na mesma direção/Aonde está você agora/Além de aqui, dentro de mim?/Agimos certo sem querer/Foi só o tempo que errou/Vai ser difícil sem você/Porque você está comigo o tempo todo/Quando vejo o mar/Existe algo que diz:/- A vida continua e se entregar é uma bobagem/Já que você não está aqui,/O que posso fazer é cuidar de mim/Quero ser feliz ao menos/Lembra que o plano era ficarmos bem?/- Ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos/Sei que faço isso pra esquecer/Eu deixo a onda me acertar/E o vento vai levando tudo embora" (Música "Vento no litoral", disco "V (Cinco)", Legião Urbana)

Volta

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