O cérebro humano sofre um surto de crescimento que se inicia no meio da gestação e se prolonga até o segundo ano. Há redução acentuada do número de células cerebrais diante de má nutrição fetal e desnutrição grave no primeiro ano; redução moderada por desnutrição grave no primeiro ano; nenhuma redução se a desnutrição se dá após o primeiro ano, mas pode alterar a função normal do cérebro, como reduzir habilidades para aprendizagem. Na desnutrição protéico-calórica o leite materno é fundamental; se necessitar suplementação, esta deve ser dada à mãe. O uso de tabaco (fumar ou mascar) é o maior fator de risco de carcinoma oral; alto consumo de frutas e vegetais reduzem o risco. Os componentes não-alcoólicos do vinho tinto têm potentes propriedades antioxidantes sobre a oxidação da LDL humana. A primeira grande transformação em nossa alimentação foi há 500 mil anos, ao usarmos o fogo no preparo dos alimentos. A segunda foi com o advento da agricultura; o homem deixou de ser nômade, iniciando a sedentarização, e passou a consumir em maior abundância cereais e leguminosas secas, por se prestarem à estocagem. Há 5 mil anos passou-se a consumir o leite e seus derivados; por se tratar de um leite da espécie bovina para a espécie bovina, em torno de 60% da população tem algum tipo de intolerância. O consumo exagerado deste grupo e o de carnes, aumentou a ingestão de ácidos graxos saturados. É inadmissível que o ser humano ainda não tenha compreendido que cada mamífero recebeu da natureza o seu leite adequado para a fase inicial da vida, e que após o desmame nenhum destes animais volta a usar qualquer leite, muito menos de uma outra espécie, o que torna insustentável a idéia do ser humano usar leite de outras espécies, tanto na fase inicial de sua vida quanto adulto. Depois foram introduzidos o sal e o açúcar. Mais tarde substâncias químicas usadas como estabilizantes, acidificantes, espessantes, corantes, etc. Nosso século também se caracteriza pelo consumo abusivo de "alimentos" ricos em xantina, como os refrigerantes à base de cola, guaraná, café, chocolate e chás; também ricos em tanino, como chá mate, chá preto, capazes de interferir na biodisponibilidade de nutrientes como a vitamina A, D, E, C, e cálcio, magnésio e zinco. Uma alimentação saudável é aquela que contém proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, vitaminas e minerais em proporções adequadas, as quais variam de um indivíduo para outro. Evitar ao máximo excesso de gorduras, frituras, doces, bebidas alcoólicas, refrigerantes e carnes vermelhas. Qualquer alimento frito pelo menos triplica a quantidade de gordura contida nele. Se você gosta de doces, prefira as rapaduras e o açúcar mascavo, ou as frutas frescas e da época, por conterem substâncias que lhe serão altamente importantes no desenvolver de seu corpo. Não refogue os seus pratos; ponha todos os ingredientes - óleo, cebola, alho e o que for necessário sobre a água já fervente. Ao refogá-los você satura as gorduras, e terá complicações tardias como doenças cardiovasculares. O ideal é que o consumo de colesterol não ultrapasse 300 mg/dia.
O processo canceroso que vai da exposição aos carcinógenos ou seus precursores, passando pelas mudanças que permitem uma célula com DNA anormal crescer e multiplicar, até o aparecimento do câncer envolve vários estágios. Provavelmente em todos estes estágios, fitoquímicos conhecidos podem alterar a carcinogênese, em geral em uma direção favorável. Por exemplo os glucosinolatos e indols, isotiocianatos e tiocianatos presentes principalmente em alguns vegetais, podem estimular órgãos do corpo a produzir uma multiplicidade de enzimas que podem inativar a carcinogênese. A vitamina C e os fenóis (presentes em alguns vegetais e no vinho) bloqueiam a formação de carcinógenos como as nitrosaminas. Flavonóides e carotenóides (comuns em verduras e frutas) podem agir como antioxidantes, essencialmente neutralizando o potencial carcinogênico de vários compostos. As vitaminas regulam nosso metabolismo através do sistema enzimático. As vitaminas são divididas em 2 categorias: 1) hidrosolúveis: complexo B e vitamina C; elas não são armazenadas em grandes quanti- dades, e uma ingesta freqüente é essencial. 2) liposolúveis: vitaminas A, D, E e K; elas podem ser armazenadas no corpo em maiores quantidades. O fígado é o local de maior depósito para as vitaminas A e D, en- quanto a vitamina E é estocada na gordura corporal e em menor extensão nos órgãos reprodu- tores. Pouca vitamina K é armazenada. A alguns alimentos são adicionadas certas vitaminas, que não são normalmente presen- tes na alimentação ou foram removidas no processamento. No leite, p.e. em algumas regiões, a vitamina D. Tipos de vitaminas Vitamina A - a vitamina e pró-vitamina A da dieta são absorvidas e armazenadas no fígado. A sua ingesta não precisa ser constante; doses esporádicas podem satisfazer as necessidades orgânicas por longos períodos. A vitamina A é encontrada principalmente sob a forma de caroteno; 15 mg de betacaroteno equivalem a 25.000 UI da vitmina. Usar 10-15 mg/dia de betacaroteno; em caso de severo stress oxidativo usar doses maiores. A cenoura é o alimento mais rico (em forma de caroteno). Em algumas fontes animais a substância se encontra pré-formada, sob a forma de vitamina A e não de caroteno. Quando usamos um complemento preferir os carotenos, a não ser que haja lesão hepática, com dificuldade na sua transformação. Pois pode ocorrer hipervitaminose. Ao usar o caroteno ele se transforma na vitamina apenas de acordo com as necessidades. Os carotenóides em geral são potentes antioxidantes; o licopeno, encontrado no tomate, do ponto de vista antioxidativo é mais ativo que o betacaroteno. Vitamina A (UI/100g): fígado (40.000), cenoura (11.000), espinafre (8.200), abóbora (7.200), brócoli (3.500), manteiga (3.000), manga (1.900), ovo (1.900) e alface (1.700). A deficiência da vitamina A afeta a integridade do revestimento epitelial dos tratos respiratório, gastrointestinal e genitourinário; também causa inicialmente cegueira noturna, e depois ulcerações da córnea e cegueira total (xeroftalmia). Há associação com desnutrição grave, sarampo, diarréia e infecções respiratórias; em crianças surgem as manchas de Bitot = acumulações brancas espumosas de cél ulas do quadrante temporal da conjuntiva. Se dada em altas doses tem efeito terapêutico no sarampo, mesmo se não há evidência de déficit. A suplementação de Zinco aumenta as concentrações de retinol plasmático, o qual atravessa a barreira placentária usando a proteína ligadora de retinol materno como um carreador. A ingestão materna deficiente ou excessiva pode resultar em anomalias congênitas no cérebro, olhos, aparelhos genitourinário e vascular, o tipo de anomalia dependendo da fase de diferenciação celular de cada tecido por ocasião da carência. Lembrar que a absorção e transporte dependem de lipídios na dieta; assim a baixa ingesta lipídica, verminoses e diarréia recorrente interferem na utilização da pró-vitamina (carotenóides). A combinação de ß caroteno e vitamina A não tem benefício e pode ter efeito adverso na incidência de câncer de pulmão. O ß caroteno e as vitaminas C e E agem de maneira sinérgica na inibição da peroxidação lipídica. Complexo B - vitamina B1 ou tiamina, é encontrada (mg/100g) no levedo (1.8), ovo (2.0), amendoim (1.4), semente de girassol (2.5), soja (1.3) e germe de trigo (23.0); é importante nos processos de descarboxilação oxidativa e na eliminação do chumbo. Ex: beriberi e síndrome de Wernicke-Korsakoff nos alcoólicos. A B2 (riboflavina) é encontrada (mg/100g) no levedo (3.8 - rico em todas as vitaminas do complexo B, exceto B12) e fígado (4.0). A vitamina B3 pode ser administrada sob 2 formas: ácido nicotínico e nicotinamida; está presente (mg/100g) no levedo (36.0), amendoim (18.0), fígado (18.0), atum (12.0), peru (11.0), sardinha (6.0), arroz integral (6.0) e batata (5.5). Usada no tratamento da hipercolesterolemia. A nicotinamida pode ser formada a partir do triptofano. Sua carência gera a pelagra. A vitamina B5 (ácido pantotênico) aparece (mg/100g) na gema de ovo (4.0), milho (5.0), soja (5.0), semente de girassol (5.0) e germe de trigo (2.2). É relevante na síntese do cortisol e dos esteróides; utilizada nos processos alérgicos e nas doenças auto-imunes. A vitamina B6 (piridoxina) ocorre (mg/100g) no levedo (4.0), arroz com casca (4.0), semente de girassol (4.0), soja (2.2), germe de trigo (1.0), fígado (0.8), abacate (0.7) e cenoura (0.7). Participa nos processos de descarboxilação e transaminação pelos quais o triptofano se transforma em serotonina, daí sua indicação na depressão. Também a sindrome do túnel carpiano responde bem a doses altas de B6. Usar a piridoxina com magnésio, que se transforma no fosfato de piridoxal. Vitamina B12 é encontrada (µg/100g) principalmente em fontes animais, como fígado (90.0), sardinha (32.0), cavala (10.0) e linguado. Atua nas células do trato gastrointestinal, sistema nervo- so e medula óssea. Sua deficiência resulta em anemia perniciosa. O ácido fólico (parte do complexo B) é encontrado (µg/100g) no levedo (2.000), soja (650), germe de trigo (320), feijão (300), fígado (300), trigo (220), cevada (200), arroz (180) e ervilha (140). Indicado nos processos psiquiátricos histapênicos, psoríase e gota. É um inibidor da xantinoxidase. Contra-indicado em pacientes usando anti-convulsivantes. O folato e a vitamina B6 que as frutas e vegetais fornecem podem preve- nir câncer de cólon e de região cervical uterina. Vitamina C - ou ácido ascórbico não é sintetizada dentro do organismo humano, e é encontrada (mg/100g) em grandes quantidades em verduras, frutas e legumes, como acerola (3000), goiaba (260), brócoli (130), pimentão verde (110), agrião (90), espinafre (90), morango (56), laranja (50) e repolho (40). Com exceção do homem, macaco e a cobaia (que são os únicos animais a não sintetizar vitamina C) em todos os outros, o ácido ascórbico não pode ser considerado uma vitamina. Ela influencia na manutenção da integridade da matriz intracelular e potencializa os mecanismos imunes. Também retarda a evolução da aterosclerose por inibir a oxidação do LDL. Acelera o processo de cicatrização ao estimular o colágeno; por isso sempre indico aos meus pacientes altas doses de vitamina C (na forma de frutas) 15 dias antes de qualquer cirurgia, até 30 dias após a mesma. A vitamina C também neutraliza diferentes substâncias químicas encontradas nos alimentos e na água, como as cloraminas, que podem combinar-se com outras subst âncias e produzirem radicais livres com atividade carcinogênica. Inibe a formação de carcinógenos, pelas suas propriedades antioxidantes, bloqueando a formação de substâncias que ajudariam na formação do carcinoma como as nitrosaminas, especialmente no câncer gástrico, esofágico, oral, de faringe e de pulmão. Também previne a displasia cervical, condição predisponente ao carcinoma do colo uterino. Recomendável ingerir de 300-500 mg/dia; aumentar esta dose nos fumantes - fumar 1 cigarro significa espoliar 25 mg de vitamina C - e durante infecções. Vitamina D - essencial no metabolismo do cálcio. Vitamina E - é o antioxidante mais lipossolúvel e age na prevenção da arteriosclerose, das lesões oxidativas epiteliais e inibição da oxidação das LDL. Na maioria dos alimentos os únicos isômeros que contribuem significativamente para a atividade da vitamina E são alfa e gama-tocoferol. A vitamina E ao se localizar na membrana celular protege-a contra os radicais livres que tendem a agredir os ácidos graxos dessa estrutura. Quanto à aterosclerose sua formação está em grande parte ligada à oxidação das LDL. Ocorre que o colesterol da HDL tem uma suscetilidade menor que a LDL em relação à peroxidação pelos radicais livres. A HDL protege a parede arterial da ação das LDL oxidadas. Uma vez peroxidada a LDL deixa de penetrar nas células que possuem seus receptores. Normalmente quando acontece a penetração nessas células ocorre no seu interior destruição da apoproteína, liberando-se o colesterol que vai se acumulando e, à medida que isso acontece ele vai sendo metabolizado. Mas quando a LDL é oxidada os receptores dessas células se fecham para essas lipoproteínas, não permitindo mais a sua penetração. A LDL passa então a ser captada por macrófagos, que não metabolizam o colesterol, levando ao acúmulo não controlado na região sub-endotelial, formando-se assim as célulass espumosas. A HDL bloqueia a migração de monócitos do plasma para os tecidos, onde eles se transformam em macrófagos. O que se deve fazer em relação às LDL não é baixar os seus níveis plasmáticos, já que há uma função fisiológica a cumprir, mas sim evitar sua oxidação. A ingesta de vitamina E em altas doses reduz significativamente a oxidação das LDL. Lembrar que a peroxidação geralmente se faz de fora para dentro, isto é, do plasma para a lipoproteína, mas pode também ser em sentido inverso, como ocorre com a imina, um derivado da hemoglobina, a qual penetra na lipoproteína peroxidando-a. A vitamina E também afeta a adesão plaquetária proporcionalmente à dose. Em mulheres na menopausa, a ingesta de vitamina E pela alimentação (não com suplementos) diminui o risco de morte por doenças coronarianas. Além de problemas neurológicos, a deficiência de vitamina E também afeta a resposta imune. A vitamina E também pode proteger contra o desenvolvimento de carcinomas através de diversos mecanismos: reduzindo a atividade mutagênica, inibindo a formação de nitrosamina carcinogênica, protegendo as membranas celulares contra a peroxidação e/ou ampliando a resposta imune. Ela é transportada do estômago pelos quilomícrons. Um aumento na concentração de mitocôndrias e atividade respiratória (no exercício) sem concomitante aumento de vitamina E aumenta os danos pelo aumento de radicais livres. Fontes: óleos vegetais (do germe de trigo - 120 UI/100g; de girassol - 39 UI/100g), nozes (30 UI/100g), ovos, folhas verdes e grãos integrais. Ocorre nos alimentos na forma de tocoferol composto não-esterificado, (alfa tocoferol corresponde a 90% do total de tocoferol circulante) suscetível à oxidação, com decomposição fácil mediante processamento. As perdas de vitamina E no processo de desaromatização dos óleos são estimadas em aproximadamente 40%, em especial quando o óleo é processado com equipamentos modernos que trabalham com temperatura e pressão altos; também é destruída pela fritura, desidratação, aquecimento, moagem, congelamento, exposição ao ar, calor e luz; colocada em cépsulas de gelatina mole em forma de ésteres soluciona-se o problema. Vitamina K - é produzida no organismo pelas bactérias intestinais (K2 - menaquinona) ou é fornecida pelos alimentos (K1 - filoquinona) como (mg/100g) no nabo (0.65), brócoli (0.2), alface (0.12), repolho (0.12), espinafre (0.1) e fígado de boi (0.1). É fundamental na osteoporose. Essencial na síntese de certas proteínas necessárias para a coagulação sangüínea.
Consumir proteína de soja ao invés de proteína animal diminui significativamente os níveis sangüíneos de LDL e triglicérides. Quanto maior o nível inicial do colesterol maior o efeito redutor da soja em baixá-lo. Certos compostos químicos - isoflavones - encontrados na soja diminuem o risco de patologias cardiovasculares. Os 2 isoflavones particularmente úteis são: genisteína e daidizeína. A genis- teína tem uma estrutura química similar ao estrógeno, tem "estrogen-like" propriedades e apresenta um efeito protetor em doenças cardiovasculares, osteoporose e prevenção de cânceres. Isoflavones bloqueiam receptores estrogênicos nas mamas, reduzindo o risco de produção de células cancerosas. Pode ser uma saída natural no futuro para reposição estrogênica. Também agem como bloqueadores de testosterona, assim diminuindo o crescimento de tumores da próstata. Ainda, inibem a angiogênese, um processo de desenvolvimento de suprimento sangüíneo que favorece o desenvolvimento tumoral. O processamento usado para concentrar a proteína da soja reduz o conteúdo de isoflavones; o calor parece não afetar. Os feijões são 38% proteína de alta qualidade; eles contêm 18% óleo e 15% fibras; o leite de soja, o tofu e a soja texturizada são também ricas fontes protéicas.
É um produto coagulado do leite, pela fermentação do ácido láctico, através da ação do Lactobacillus bulgaricus e do Streptococcus themophilus, os quais facilitam a lise da lactose em glicose e galactose, pela presença da lactase. Causam uma atividade maior da beta galactosidase e maior absorção da lactose de 2 a 4 vezes em indivíduos intolerantes, como nos desnutridos crônicos, com deficiência de lactase. O ácido láctico melhora a digestibilidade das proteínas e gorduras, propicia esvaziamento gástrico mais rápido, melhora a utilização do cálcio, fósforo e ferro, estimula maior secreção dos sucos gástricos e propicia efeito antagônico para desenvolver outros microorganismos. Comparado com o leite tem maiores níveis de ácido fólico. Lactobacilos no intestino levam a menor concentração de bactérias em linfonodos e baço, pois difi- culta o mecanismo de translocação e ativam o sistema imune inespecífico e a resposta imune local (IgA secretória).
Nosso corpo contém aproximadamente 60 minerais (4% do peso corporal), sendo 7 deles classificados como macronutrientes (cálcio, cloro, magnésio, fósforo, potássio, sódio e enxofre); os demais são oligo- elementos (cobre, zinco, manganês, selênio, etc). Necessidades diárias: cobre (0,4 a 3,0 mg), zinco (5 a 16 mg), manganês (0,3 a 5,0 mg), selênio (10 a 75 mg), magnésio (288-336 mg). O cobre é necessário para utilização normal de ferro, via formação de transferrina e sua defi- ciência origina anemia microcítica e hipocrômica, semelhante à anemia ferropriva. O zinco participa do metabolismo e da síntese protéica e como estabilizador de membrana celular; sua deficiência afeta os componentes do sistema imunitário, além de retardar ou dificultar a cicatrização normal. O manganês age na síntese de mucopolissacárides e protrombina, na ativação de lipase, colesterol e hormônios sexuais. Na deficiência há alteração da cor dos cabelos, hipercolesterolemia e TP elevado. O selênio é componente da glutation peroxidase, enzima que protege a parede celular contra a peroxidação lipídica, em sinergismo com a vitamina E; absorvido no duodeno (80%), excretado na urina, com grande perda na sindrome de intestino curto. Sua deficiência leva a cardiomiopatia (doença de Keshan), alteração no colágeno e alterações gastrointestinais. A deficiência de magnésio produz fraqueza muscular e tremores generalizados, além de disfagia, anorexia, náuseas, arritmias, confusão e coma.
Como 99% do cálcio corporal é encontrado no osso, as necessidades são determinadas pelas necessidades do esqueleto. O pico de massa óssea no adulto é atingido por volta dos 20 anos, embora possa haver acúmulo adicional na terceira década de vida. Uma vez atingido o pico, o turnover ósseo torna-se estável em homens e mulheres; nestas, as taxas de reabsorção aumentam e a massa óssea cai seguindo a redução de estrogênio na menopausa (nesta fase é funda- mental a associação de estrogênio com cálcio - 1.0 g/dia - e vitamina - D2 ou D3. Em maiores de 60 anos a absorção intestinal de cálcio é menor, pela deficiência de estrógenos na mulher e à redução da produção renal de 1,25-diidroxivitamina D associada à idade. Cofatores que estimulam a absorção de cálcio: a 1,25-diidroxivitamina D estimula o transporte ativo de cálcio no delgado e cólon. A luz solar (raios ultravioleta) é o principal estí- mulo para a síntese de vitamina D endógena. Outras fontes: laticínios líquidos fortificados com vitamina D, óleo de fígado de bacalhau e peixes gordurosos. O cálcio e a vitamina D não precisam ser administrados em conjunto para serem eficazes. Doses excessivas de vitamina D levam a hipercalciúria e hipercalcemia. Fatores que diminuem a disponibilidade de cálcio: a ingesta e absorção são responsáveis por apenas 25% da variação no equilíbrio do cálcio, e a perda urinária por 50%. Sódio, proteína animal e alumínio na forma de antiácido, aumentam a excreção urinária. Farelo de trigo afeta sua absorção bem como os corticóides. A eficácia da absorção de cálcio diminui à medida que a ingesta aumenta (mecanismo protetor contra intoxicação), contudo é superada por uma ingesta maior que 4.0 g/dia, levando a lesão renal e deposição ectópica. A maior ingesta de cálcio diminui a absorção de ferro = anemia. O íon cálcio estimula a secreção de gastrina e ácido gástrico, com acidez rebote. Ingesta ideal de cálcio: pela dieta, com alimentos ricos em cálcio, como laticínios, mais suplementos. Também brócolis, couve, repolho, tofu, alguns legumes, peixes enlatados, sementes, nozes. O ácido oxálico presente no espinafre diminui a absorção do cálcio dos alimentos, mas não a dos laticínios coingeridos. A absorção dos suplementos de cálcio é mais eficiente em doses entre as refeições.
Este período da vida tem necessidades alimentares especiais. Uma dieta rica em vegetais, frutas, grãos e cálcio, e pobre em gorduras, sal, álcool, calorias e cafeína é fundamental. Os níveis de estrogênio declinam nesta fase, e esta redução torna os ossos mais susceptíveis à perda de cálcio. Maior ingesta de cálcio e exercícios moderados são essenciais para minimizar o desenvolvimento de osteoporose. Mulheres acima dos 50 anos recebendo estrógenos devem ingerir em média 1.0 g de cálcio/dia, e se não recebendo hormonioterapia, 1.5 g. Aos 60 anos toda mulher deve receber 1.5 g/dia. Vitamina D e magnésio são necessários na absorção do cálcio. Derivados do leite são a melhor fonte de cálcio. Limitar a quantidade de refrigerantes, já que eles contêm altos níveis de fósforo, o que leva a perda óssea. Na pré-menopausa o estrógeno protege as paredes arteriais da mulher do acúmulo de gorduras e colesterol, elevando o HDL e diminuindo o LDL. Como nesta fase caem os níveis estrogênicos esta proteção desaparece e deixa a mulher tão vulnerável a doenças cardíacas quanto o homem. Para compensar é importante adotar uma dieta que seja pobre em gorduras saturadas e colesterol e rica em carbohidratos complexos, como grãos, frutas e vegetais. Cânceres de mama, cólon e pulmão são mais comuns nesta fase, e uma dieta rica em antioxidantes como vitaminas A, C, E e beta caroteno podem ter efeito protetor. Além disso muitos dos alimentos contendo antioxidantes são também ótimas fontes de fibra, auxiliando no alívio da constipação, muito comum nesta idade. Como a cafeína pode aumentar o número e intensidade de ondas de calor, e tem sido também implicada na osteoporose e na elevação do colesterol sérico, fica difícil recomendá-la. O álcool pode agravar as ondas de calor, e em grande quantidade é um risco conhecido para osteoporose, quando as fraturas são mais comuns no quadril, coluna, punhos e costelas, e podem causar dor intensa, perda de estatura e deformações na coluna.
O cérebro humano sofre um surto de crescimento que se inicia no meio da gestação e se prolonga até o segundo ano. Há redução acentuada do número de células cerebrais diante de má nutrição fetal e desnutrição grave no primeiro ano. Redução moderada por desnutrição grave no primeiro ano; nenhuma redução se a desnutrição se dá após o primeiro ano, mas pode alterar a função normal do cérebro, como reduzir habilidades para aprendizagem. Na desnutrição protéico-calórica o leite materno é fundamental. Se necessita suplementação, esta deve ser dada à mãe. O uso de tabaco (fumar ou mascar) é o maior fator de risco de câncer oral; alto consumo de frutas e vegetais reduzem tal risco. Os componentes não-alcoólicos do vinho tinto tem potentes propriedades anti- oxidantes sobre a oxidação da LDL humana. Também pessoas com melhor nutrição em vitamina C tem PA menor.
Bolo de farelo de trigo: Pegue: * 2 xícaras de farelo de trigo * 3 xícaras de água * 1 1/2 xícaras de rapadura raspada * 4 ovos caipira * 6 colheres de sopa de óleo de canola * 1 colher de sopa de fermento * 5 colheres de sopa de farinha de trigo * 1 colher de sopa de fubá de soja * 1 pitada de sal marinho Bater no liquidificador e assar em forma rasa. Bolo de farelo de arroz: Pegue * 3 ovos caipiras * 2 xícaras de rapadura raspada * 1/2 xícara de óleo de canola * 1 xícara de farinha de trigo * 1 xícara de fubá de milho * 1 xícara de fubá de soja * 1 xícara de farelo de trigo * 1 xícara de água * 2 colheres de farelo de arroz torrado * 1 colher de sopa de fermento em pó Separe as claras e bata as gemas com a rapadura. Acrescentar o óleo, a farinha, o farelo e os fubás. Amolecer com água. Bater as claras em neve e colocar o fermento. Misturar e levar ao forno. Multivitamina: 1 copo duplo de água filtrada 1 colher de sopa de aveia 1 colher de chá de germe de trigo cru 1 colher de sopa de fubá de soja 2 bananas ou 1 fatia de mamão mel ou rapadura a gosto Bata tudo no liquificador. É uma delícia! Pé-de-moleque Deixe a soja de molho por 12 h; retire a casca; bata no liquidificador deixando pedaços grandes. Prepare o pé-de-moleque da maneira habitual, mas quando for colocar o amendoim, coloque também a soja (meio a meio). Muito gostoso.
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