O aleitamento materno exclusivo tem sido reconhecido como uma prática essencial para o crescimento e desenvolvimento normal dos lactentes. Além das vantagens nutricionais e imunológicas, as vantagens econômicas devem ser lembradas principalmente em países em desenvolvimento, nas quais as famílias de baixa renda tem dificuldades na substituição do leite humano. Visando provocar uma reflexão sobre o impacto do aleitamento artificial no onçamento de famílias de baixa renda, elaboraou-se o presente trabalho, demonstrando exemplos de aleitamento artificial para lactentes de 1 mês, 2 meses e 4 meses de vida. Os preços dos alimentos foram obtidos através de pesquisas a supermercados, feiras livres e farmácias no período de 20 a 24 de julho de 1998. Constatou-se que o esquema alimentar para lactentes sadios a base de leite de vaca "in natura" (LVI), leite de vaca modificado (LVM) e leite de vaca em pó integral (LVP), incluindo os alimentos complementares variou conforme a idade e peso do lactente. Para um lactente no 1o mês de vida, pesando 4 Kg, o custo da alimentação artificial variou de R$ 10,80 por mês (LVI) a R$ 33,60 por mês (LVM). No 2o mês de vida, para um alctente pesando 5 Kg, o custo da alimentação artificial incluindo os alimentos complementares variou de R$ 21,30 (LVI) a R$ 47,70 (LVM) e no 4o mês para um lactente de 6,5 Kg, o custo variou de R$ 30,90 (LVI) a R$ 48,30 (LVM). Além do custo, os lactentes alimentados artificialmente têm maior susceptibilidade às infecções, às quais requerem assistência médico-hospitalar, aumentando o orçamento familiar. Com isso, os profissionais da saúde devem atentar para a importância de orientar as gestantes, puérperas e nutrizes quanto às vantagens do aleitamento materno exclusivo até 6 meses.