Catalogo Atual do Selo, com Distribuição Velas:
Nomad - Nomad Catálogo Velas: 66-T002 (capa)
...mover-se através da música...
Em 1990, em São Paulo, os integrantes do NOMAD reuniram-se e decidiram unir suas experiências musicais, desenvolvendo um repertório próprio onde todo o universo do reggae music fosse abrangido. O NOMAD encara o reggae como uma língua musical universal, que permite a mistura de estilos e a expressão de valores de nossa cultura brasileira. Não procura ser radical nem comercial, mas quer ser uma banda com identidade e sonoridade próprias, trilhando um caminho independente. As músicas, em português, falam da vida urbana e sua gente, seus amores, suas contradições, seus jogos de poder.
Durante esses anos de trabalho, o NOMAD participou dos maiores eventos relacionados ao reggae em São Paulo, em festivais como o "Cultura Reggae Brasil", no SESC Pompéia e “Rap ’n Reggae”, no Vale do Anhangabaú, ao ar livre, e brilham nas "Reggae Nights" do AeroAnta e do Balafon. Em novembro de 94 abrem os shows de Andrew Tosh no Olympia, São Paulo. Em 95, cruzam todo o litoral brasileiro, fazendo shows nas praias, onde está a maioria de seu público. O primeiro álbum, foi produzido por Nando Reis (Titãs). Músicas como "Long Time Ago", "Sapatos" e "Quatro Letras" já são conhecidas do público paulistano que acompanha a movimentação em torno do reggae e refletem a experiência de viver numa cidade como São Paulo.
Sua formação atual é Rica Caveman nos vocais, Edú Diegues nos teclados e vocais, André Bedurê no baixo, Pedro Mangabeira na guitarra e vocais e Érico Theobaldo na bateria. No naipe de metais, os convidados Boccato (trombone), Marcelo Mangabeira (sax alto) e Reginaldo (trompete). Seu primeiro vídeo clip "Quatro Letras", produzido pelos ‘3 Laranjas’, estreou na MTV em 1994 e atravessou o verão de 95 como um dos mais pedidos. A música “Quatro Letras” ainda toca pelo Brasil todo. O reggae tornou-se uma verdadeira música universal, derrubando as fronteiras da intolerância cultural, religiosa e racial do planeta. O NOMAD vive nessa realidade, com um trabalho aberto e consistente, voltado para o futuro. ( O Nomad terminou em 1997)
NOMAD , pelo Nomad
“Formamos o NOMAD há 7 anos com a intenção de fazer um reggae contemporâneo, com arranjos e composições próprias e letras em português. Isso nos levou a uma mistura de estilos onde todo o universo do reggae fosse abrangido, buscando sempre uma sonoridade própria e integrando ao som da banda as diferentes experiências e influências musicais de seus integrantes.
Nosso primeiro CD saiu pela Tinitus, foi co- produzido por Nando Reis e fez de “QUATRO LETRAS” (1º vídeo - clip e carro chefe do CD) um hit executado em rádios de todo país.
Na esteira desse sucesso vieram “LONG TIME AGO”, “SAPATOS” e a versão para “STAND BY ME”, todas executadas em rádios e conhecidas do público. O NOMAD causou boa impressão também fora do país, tendo despertado o interesse de Amlak Tafari ( baixista inglês da banda de Pato Banton) e Vince Black (Guitarrista e produtor que já tocou com Peter Tosh, Black Uhuru, Denis Brown e inúmeros outros) em produzir nosso próximo CD. Além disso, o disco mereceu críticas favoráveis na “Reggae Report” e na “Beat”, as principais revistas de reggae e world music do mundo.
Em seu novo show, o NOMAD apresenta também músicas que farão parte de seu próximo CD, onde a banda mostra sua evolução, fazendo reggae sem os clichês do gênero e trazendo um som que, é pop e brasileiro, com composições próprias e outras de Itamar Assunpção e Chico César. Recentemente o NOMAD apresentou-se no programa “H”, da TV Bandeirantes, e no Festival Kaiser Summer Draft Summertime 1997, com ótima repercussão na mídia.”
Seu uso abrange uma variedade de situações, como por exemplo, a decoração de interiores, criando-se paisagens sonoras verídicas. Em ambientes públicos, ocupando-se o espaço sonoro com sons que transmitem harmonia, elimina-se o ruído urbano.
Para quartos de criança ou de repouso, consegue-se um efeito permanente de calma e suavidade, com evidentes benefícios.
O fato de serem ambientes brasileiros faz a diferença, trazendo uma informação sonora que podemos identificar, pois faz parte de nosso habitat ecológico.
“O Mar” - Marulhos de Búzios Catálogo Velas: 66-T003 (capa)
Olhe o mapa do Brasil. Localize o Rio de Janeiro. Subindo, aparece o Cabo Frio, avançando para o mar. Na ponta de cima do Cabo Frio fica a península de Búzios. Acima, entre a península e o litoral, forma-se a Baia Formosa, mansa e verde. Da península para baixo, as águas são azuis e frias, águas polares do Cabo Frio. Búzios é uma língua de terra estreita que separa as duas águas. Do lado manso cresceu uma vila, de gente boa. Quando conheci me apaixonei. Ter uma pousada, a Bons Ventos, era o melhor pretexto para voltar sempre. Com calma para explorar Búzios, as maravilhas apareceram.
Bem na ponta da península, na Armação, estão os dois diamantes da coroa: A Praia Azeda e a Praia da Azedinha, piscinas sem ondas e de tombo, bastam dois passos e um mergulho de cabeça. Pois ali ao lado , entre pedras do costão, está um buraco na rocha por onde o mar entra e sai com a maré. As paredes são de pedra lisa. No centro, como uma pedra do sacrifício, uma cama inclinada aponta para o sol poente. No chão, as pedras roídas pelo mar indo e vindo, redondas, rolando se batem e fazem barulhos. Ouça! Passei a ir lá em horários diferentes, para ouvir as conversas da água com as pedras. As ondas resolvidas da enchente, barulhentas, trazendo mais água, a maré cheia, com água para fazer as pedras grandes se arrumarem dentro das bacias e o cicio da espuma e goles de água batendo nas paredes cavadas da pedra em harmônicos musicais. E a Lua no mar, imagine. Vou gravar isto.
Este é o meu oficio, gravar, cuidar dos sons. Já tinha trabalhado com o melhor da tecnologia, eu devia fazer isto. A tecnologia digital, silenciosa e precisa, já estava disponível havia alguns anos, mas foi só no começo de 90 que apareceram gravadores digitais a pilha. Este era o ponto; nada de tomadas. Pois foi com um belíssimo Porta DAT HHB do Guilherme Ayrosa que o projeto começou. Foi decidido, junto com Egidio Conde, mestre em gravação de externas para cinema, que seriam usados microfones puntiformes, como aqueles usados em lapelas na TV, da Sony, perfeitos. Foram algumas semanas de planejamento que incluiu o estudo diário das tábuas de marés do Jornal do Brasil e do Globo, o melhor meio de proteger o equipamento - sacos plásticos lacráveis.
O plano era simples. Gravar tarde da noite, para evitar barulhos de barcos e gente. Gravar 3 a 4 horas por noite, para captar as diferentes fases da maré, na Lua certa. De dia experimentei os microfones em dezenas de posições até ter a perspectiva sonora que queria. É uma sensação interessante. Está escuro como breu. Estou em cima da pedra central, à uns 90 cm da linha da água, na média. Os microfones estão presos próximos à pedra. O gravador no colo, dentro de um Zippy, os fones no ouvido e "Play-Rec", estamos gravando. Não posso suspirar que me ouço pelos microfones. Imóvel, muito tempo, até ser descoberto pelos pernilongos. Faço barulhos me coçando, me arrumando. Acompanho o movimento da maré com os microfones, recolocando-os a cada 15 minutos, perto da água. Cada mudança é um barulho. Vou marcando num caderno os tempos de cada ruído, para edita-los depois. As vezes passa um barco longe, um carro buzina ou explode um rojão. Não há mais silêncio na Natureza!
A cena é verídica: estou há dias manobrando pela madrugada em cima desta pedra, recolocando microfones, abrindo e fechando o gravador, o perigo da água do mar nem preciso explicar. Pois ao trocar de fita, abrindo uma portinhola de alguns centímetros, entre uma fita e a próxima, o compartimento aberto esperando, acontece. Uma gota de água do mar, uma colher de café, quase nada, respinga lá de baixo, à toa, e entra no gravador, pelo pequeno espaço da portinhola. Mal percebo, mas o gravador HHB se cala e se apaga, morreu na hora. O cadáver foi enviado para a fabrica, mas era irreversível, naufragou.
Meses depois, na frente de um PC com placa adB da MultiWave, com SAW Plus, ou seja, um belo editor digital de sons, Egidio Conde limpava os ruídos, e montávamos uma versão com os melhores momentos. Este processo durou meses, até a versão final, ouvindo, anotando detalhes, voltando para o editor, até termos condensado em uma hora o subir e descer da maré, sem ruídos, com fidelidade e naturalidade. Na masterização, quando se coloca a informação sonora no formato do CD, ainda um ultimo capricho, o equipamento à válvula Manley da Cia de Audio para acetinar o resultado final. Deixe rodar ao fundo, não preste atenção, o mar vai falar com seus sentidos, a velha linguagem da água se mexendo carinhosamente, lavando a alma.
“O Fogo” - Lareiras de Monte Verde Catálogo Velas: 66-T004 (capa)
“Quem pode querer ouvir isto?” -- A primeira resposta é : “quem gosta da Natureza”, mas a natureza é insubstituível, nem tente. O som é uma rica tapeçaria de muitas cores, que pode mostrar um jeito de ver, *ouvindo*, uma paisagem. Uma tapeçaria sonora, feita com fios digitais. A técnica invisível, o mistério, a mágica do silencio que se faz à mão.
O que se ouve é uma lareira, o mais realista possível, com um fogo queimando, durante mais de uma hora. O fogo é aceso, com um fósforo. Chamas se espalham, frias ainda, e estalam gravetos. A fogueira fica acesa e esquenta a chaminé. A tiragem do ar canta no tubo da chaminé, um órgão. Carvões assobiam, a lenha chia, se quebra e cai. Como está no titulo, lareiras ...
Temos algumas vantagens: não precisa limpar as cinzas, lenha, tijolos, casas de campo. --“fogo virtual?” -- quase: fogo digital. Sons que evocam e atingem um velho ouvido nosso, talvez o primeiro ouvido, o começo de tudo, o som do fogo. O fogo é hipnótico, as imagens parecidas nunca iguais. Labaredas, estalos, instrumentos conhecidos repetindo o tema e variando sempre, uma sinfonia, um mantra. O fogo transforma, purifica, potencializa, evapora, sublima. O fogo é a energia solta agindo rápido. O ser vivo regressa ao mineral, o mineral vira elemento, o elemento se fragmenta e se transmuda... Apenas um CD no seu som.
NASI & OS IRMÃOS DO BLUES - Uma Noite Com Nasi e os Irmãos do Blues -Catálogo Velas: 66-T005 (capa)
"Numa noite de fevereiro de 1991, fui convidado para tocar numa Aerojam (projeto de improviso de músicos inusitados no AeroAnta/SP). Rapidamente ao lado do baterista Vítor Leite, montamos uma banda para desfilar "standards" clássicos do blues americano e inglês (The Animals, John Mayal)". Batizada como "Os Irmãos do Blues", já tinha nesse primeiro show Kim Kehl à frente das guitarras, Mano Bap no baixo, Mauro Ruiz na guitarra mais rítmica e, é claro, Vítor Leite nas baquetas. Num terno azul, cantando "I Put A Spell On You", "Suzie Q", "Wee Wee Hours", Nasi tropeçou com os "caras" certos, na hora certa e no caminho certo: blues e rhythm'n blues. Participaram ainda dessa primeira jam session o guitarrista Edgard Scandurra (Ira!), o Baterista Gigante Brasil (Itamar Assumpção, Gang 90, Marisa Monte), e o gaitista Fernando "Dr. Feelgood". Doctor e sua harmônica juntaram-se à irmandade, destacando-se com sentimento e técnica. Seguiram-se um ano, e cerca de quinze apresentações no circuito paulista (AeroAnta, Sanja, Tuca, campus da USP, Eca). Nesse período houve sensível evolução nos arranjos, no estilo e na dinâmica, tão essencial para o verdadeiro blues. Com a entrada de Hugo Hori (saxofone) e Marcos Bowie (trompete) o som da banda ganha muito mais "swing" e potencial dramático nas interpretações.
Essa nova formação estréia de forma memorável no AeroAnta, em pleno Carnaval. Presente nessa noite, o produtor Pena Schmidt ficou seduzido pelo estilo empático e a energia musical de "Nasi e os Irmãos do Blues". São convidados então a desfilar em CD, pelo selo Tinitus, numa contagiante noite de blues com Nasi e seus irmãos. A gravação é feita ao vivo no estúdio Vice Versa, em São Paulo, para uma pequena e entusiasmada platéia.
Os irmãos são: Kim Kehl e Mauro Ruiz nas guitarras, Mano Bap no baixo, Cláudio Tchernev na bateria (dando sangue novo e mais precisão aos temas), Hugo Hori no sax tenor, Marcos Bowie no trompete.
NASI E OS IRMÃOS DO BLUES - Os Brutos Também Amam (foto) - Catalogo Velas 66 T006 (capa)
Em maio de 95, Nasi subiu ao palco do Palace e mostrou, no Nescafé & Blues, que é do ramo e sabe fazer a coisa certa. Prova disso é o CD “Os Brutos Também Amam”, no qual Nasi convocou os seus Irmãos do Blues para criarem juntos um dos melhores momentos do blues no Brasil.
O show precisava ser enxuto e Nasi e banda estavam mais do que afiados para a gravação ao vivo de novas músicas. Aí surgiram as curiosidades: Nasi e Johnny Boy, tecladista da banda, compõem em português. Se pode parecer estranho aos puristas, a faixa “Abertura”, a primeira do CD, traduz ao vivo essa idéia e mostra que o “Brazileirinho” (tema incidental, de Waldyr Azevedo) combina perfeitamente com a levada do blues, não só como música, mas também como atitude.
E é com esta atitude que Nasi faz a festa, aberta a todos os interessados, inclusive aos que gostam de blues e não entendem inglês. Nasi, desta maneira, amplia o alcance do blues, e se mostra um perfeito intérprete para os temas clássicos do gênero, e Os Irmãos do Blues, a banda perfeita para este trabalho.
Em quase uma hora de blues, Nasi & Os Irmãos do Blues animam o salão, com suingue e todos os ingredientes do blues, temperados em português. Jogada de mestre que, ao invés de ficar preso às fórmulas do blues, as utiliza com bom proveito.
“Os Brutos Também Amam” traz standards do blues, como “Meu Patuá” (num tributo à Muddy Waters), “Blues do Assobio” (de Professor Longhair), além da alternância de sonoridades e timbres que trazem de volta as levadas das big bands negras e o típico som acústico de voz, violão e gaita.
Isso sem contar que Nasi está muito bem acompanhado pelos seus “irmãos”: Johnny Boy (teclado e voz), Kim Khel (guitarra e violão), Mauro Ruiz (guitarra), Cláudio Tchernev (bateria), Mano Bap (baixo), Hugo Hori (saxofone), Marcos Bowie (trumpete e kazoo), Tiquinho (trombone), Marcelo Cotarelli (trumpete surdina) e Sérgio Duarte (gaita). O novo trabalho da banda conta ainda com as preciosas colaborações de Luis Carlini (violão steel), André Jung (percussão) e Marisol Jardim (voz). Vale a pena botar o CD para rolar, enrolar o tapete da sala e cair na festa. (Luiz Fernando Vitral)
MAURÍCIO PEREIRA - “NA TRADIÇÃO” - Catálogo Velas: 66-T007 (capa)
Depois de trabalhar por mais de seis anos no Mulheres Negras, banda paulistana que produzia um pop com uma grande dose de inventividade, humor e teatro, MAURÍCIO PEREIRA reaparece em seu primeiro trabalho solo, “Na Tradição”, de 1996.
Um CD que vai na direção da canção, esse formato tão popular na cultura brasileira. Canções com começo, meio e fim, muita melodia e harmonia, e uma poesia delicada e particular. No repertório, além de algumas de suas novas composições, Maurício relê clássicos como “Uma Loira”, de Hervé Cordovil (sucesso de Dick Farney nos anos 60), “Domingo Feliz” e “Canção do Marinheiro” (Cisne Branco).
Todas as músicas em arranjos radicalmente pessoais, além de uma versão saborosa para “Singin’ in The Rain”, que no disco é “Cantando Num Toró”. Destaque também para “4 Letras”, garimpada por ele junto a Jr. Blaw, jovem rapper paulista, já gravada pela banda Nomad, de reggae e, mais recentemente, por Marina Lima, em seu CD “Abrigo”, numa versão baseada na de Maurício, mais “cool”.
Entre as novas composições, destaque para “Pingüim”, uma espécie de autobiografia não autorizada dele mesmo, “Balangandãs”, uma canção forte sobre o amor, o hai kai pop “Compromisso”, o nervoso ska “Tudo Por Ti” e a colorida reivindicação de “Pan Y Leche”.
“Recipiente”, feita em parceria com Skowa (ex Máfia e Sossega Leão), é a faixa que entra na Coletânea 4 da gravadora Tinitus. O disco, produzido por Maurício e por Dino Vicente, que já trabalhou com muita gente (Rita, Arrigo, César C. Mariano), foi gravado em São Paulo entre 94/95, no estúdio Voz do Brasil.
De forma minimalista, sem muitos efeitos e com a banda inteira tocando ao mesmo tempo no estúdio, o que tornou a sonoridade bastante delicada e deu calor à gravação do CD. Ficha técnica: Produzido por Maurício Pereira e Dino Vicente Arranjos: Maurício Pereira Gravado e mixado no estúdio A Voz do Brasil (SP) Técnico: Pedro Fontanari Filho Saxofones gravados e mixados no estúdio JOB (SP) Técnico: André Abujamra Masterizado na CIA de Audio Técnico: Marcos Eagle
CONCRETENESS - “NUMBERUM” Catálogo Velas: 66-T008 (capa)
...foi em julho de 1992. Depois de algumas experiências sonoras, surgem as primeiras canções num pequeno estúdio na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo. Música eletrônica industrial, punk-rock e hardcore, tudo isso temperado com ritmos brasileiros. Surge a primeira demo, os primeiros shows...Em 93/94, os primeiros festivais: BHRIF, JuntaTribo, Big, Abril Pró Rock e outros grandes festivais abriram nossas portas. Alguns selos se interessaram em gravar o ConcreteNess. A primeira gravação foi na coletânea “Pircórócócór” (extinto Banguela). Outras demos, novas experiências e o som amadurecendo, tomando a cara que estavam procurando desde o início, e que tende sempre a evoluir. Marcelo(bateria e vocal), junto com seus irmãos César(teclados) e Marco Maluf(guitarra), e o amigo Carlo “Véio”(baixo), formam o ConcreteNess. Eles colocaram uma pacata cidade do interior no mapa do rock nacional quando abriram o Espaço Hitchcock, mais de 300 grupos estiveram tocando por lá. No começo de março deste ano, um incêndio criminoso destruiu o escritório da banda. Eles perderam todo arquivo dos quatro anos de atividade da casa como fotos, fitas, tudo. No mês de maio, foram convidados para o 1o. Abril Pró Rock Festival no Recife, que gerou uma tour pelo Nordeste, desbravando um circuito para o rock. Em Salvador, foram assaltados e perderam suas bagagens e todo o registro da viagem que estava terminando.
BEL - O Rei do Rio - Catalogo Velas 66T009 (capa)
BEL pela BEL
“Rio, 1988. Trabalho, muito trabalho.
A procura do som, da estética. Tocar ROCK, SAMBA FUNK? Hendrix, Marley, Caetano, James, Cartola, Benjor, Stones?
1989 - Shows e ensaios, o som mais encorpado, a mistura mais clara. Teatro da Cidade Benjamim Constant, Casa de Cultura Laura Alvim, shows no Nordeste ( `Recife e Campina Grande), Teatro Ipanema. FUSÃO. O ano de 1990 começa definindo a atual e melhor formação da BEL; Cacau Ferrari (baixo), Leonardo Teixeira (guitarra), Ricardo Imperatore (bateria) e Tony Garrido (voz).
Primeiro registro em vinil, a música "ROSEMARY MARGARIDA" entra na trilha sonora do filme "DIAS MELHORES VIRÃO", direção de Carlos Diegues. Seguem-se shows e mais shows (Clube 205, People, interior do Rio e Minas, Clube Piraquê abrindo show do Barão Vermelho). A música cada vez mais percussiva, visceral, quase primitiva, Axé, guitarras e tamborins.
O clip da música "RAP DO BUZUM", direção de Andrew Waddington, entra na programação da MTV, a BEL conquista mais um espaço, consolida a mistura, a marca, o swing BEL. SAMBA + ROCK + FUNK + BALANÇO = música pop dançante e pesada. Show em São Paulo, no Crowne Plaza, o vídeo de "RAP DO BUZUM" é escolhido entre os dez melhores clipes independentes do ano de 91, pela MTV.
1991 termina com chave de ouro, dois shows em Tokyo, no "Sumitomo World Pop Festival", o segundo em um estádio para mais de oito mil pessoas. Três semanas em Nova York, a BEL ouve de tudo, pesquisa, procura, dois shows no SOB'S, azeite na máquina.
1992 - A BEL grava seu primeiro LP, sob a produção de Bi Ribeiro, Antoine Midani e da própria banda. O disco é um retrato do som polaroid, instantâneo, consistência e qualidade. Black Music por essência - Química - Rio de Janeiro de nascença. Está na hora dessa gente bronzeada mostrar seu peso, seu som.
Os alquimistas estão chegando “
BEL - Sambadrome - Catalogo Velas 66T009 (capa)
A BEL vem, desde 1988, botando bola e saco de arroz para dentro. Em 1990, descobriram o que é o quê.
Aquele ano marca a definição do dream team: Cacau Ferrari (baixo), Leonardo Teixeira (guitarra), Ricardo Imperatore (bateria) e Tony Garrido (vocal).*
O quarteto, partindo da máxima de que só suingue constrói, caiu na luta. "Rosemary Margarida" é incluída na trilha sonora do filme "Dias Melhores Virão" (Cacá Diegues). Depois, foram os shows por várias regiões do Brasil, a inclusão do clip de "Rap do Buzum" na programação da MTV. Em 1991, veio a participação no "Sumitomo Pop World Festival", em Tóquio e três semanas em Nova Iorque, incluindo dois shows no S.O.B.
O lançamento de o "Rei do Rio", o primeiro LP, pela Tinitus. O Rio do título do disco e de uma das canções está retratado de forma irresistível em cada uma das oito faixas do álbum. Primeiro, vem Hendrix. "Purple Haze" é citada na introdução de "Zanata". Funk verdade que conta a história de um malandro vacilão que virou alvo de "três oitão". Bi Ribeiro (aquele, dos Paralamas) e Antoine Midani - co-produtores ao lado da BEL de "Rei do Rio" - trouxeram a experiência de horas trancados em estúdios para fazer a guitarra falar alto, e baixo e a bateria roncarem no estômago e a voz emocionar. Que tal uma sambinha em Nova Iorque? "Nova Iorque E Meu Amor" é um encontro de Jorge Benjor com Olodum. "Juramento de Morte ", conta com o piano do inimigo do rei Lorival Franco, que confere um ar guitar dance ao morro. A percussão de Eduardo Lyra e o sax de Alexandre Pereira completam o time de convidados especiais. "Meditação de Rua" tem um ritmo mais lento, uma melodia bem desenvolvida e hipnótica. "Rap do Buzum" fecha o disco com sua levada furiosa e a letra fragmentada, com imagens absurdas: "Quem fala desse lado/Pois aqui sou eu/ Eu sou da Lua e vim dizer/Que já estou aqui".
Tony Garrido arruma emprego no Cidade Negra e sai. Pânico? Desespero? Trabalho árduo, sessões e sessões de audições e ensaios à procura do parceiro ideal. Tem que ser negão? Swing ou potência? Os dois, os três? A resposta é Ronnie Marruda (voz) e Fábio Santana (guitarra). Tem, tem dois neguinho na BEL. A BEL atualmente tem dois discos lançados: “Rei do Rio” (1993 Tinitus) e “Sambadrome” ( 1994 - Tinitus), incluindo o sucesso Romário. Lançaram quatro vídeo clipes : “Rap do Buzum” em 1992, “Juramento de Morte” (1993), “Romário” (1994) com direção de Andrew Waddington. O quarto vídeo clip “O Homem de Gelo” estreou em 1994, com direção de Andrew Waddington e Gualter Pupo.
MUSICA LIGEIRA - Musica Ligeira Catálogo Velas: 66-T011 (capa)
O Música Ligeira caracteriza-se pela qualidade musical e bem humorada do seu trabalho, interpretando desde clássicos de Hollywood até versões pop e acústicas dos Beatles, Paulinho da Viola e Frank Zappa. O Música formou-se em 1988 e se destacou em palcos de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, São Carlos e outras cidades do interior paulista. Em maio de 1993, partiram para uma temporada de dois meses em Londres onde foram muito bem recebidos pelo público e crítica. Apresentaram-se no "Gran Fiesta Festival de Arte Latina", realizado num dos maiores centros culturais de Londres, o South Bank Centre. Neste mesmo Festival também estiveram Caetano Veloso, Tom Zé e o diretor de teatro Gabriel Vilela. Além disso, tocaram no palco do teatro The Stables, no Centro Cultural Watermans Art Centre e no Tenor Clef, um dos mais tradicionais clubes de jazz londrinos. Em maio de 1994 retornam ao mesmo centro cultural de Londres, para mais duas apresentações; em Berlim (Alemanha) fazem dois shows no Ufa - Fabrik e em Viena no Kunstverein Wien.
Em março de 1994 gravaram seu primeiro CD, ao vivo, em temporada no Teatro Crowne Plaza, em São Paulo. O repertório inclui sucessos diversos como "Aquele Abraço" (Gil), "You're Going To Lose That Girl" (Lennon e McCartney), "Desafinado" (Jobim e Mendonça), "Pesadelo" (Janet de Almeida), "Quando" (Roberto e Erasmo), "14 Anos" (Paulinho da Viola) entre outras. O Música Ligeira é Mário Manga (do Premê): violoncelo, violão, bandolim e voz e Rodrigo Rodrigues: sax tenor, soprano, violão, pandeiro, gaita e voz. O CD conta com a participação de Fábio Tagliaferri na viola, violão, baixo acústico e voz. Agora em 96, o Música está se apresentando em universidades brasileiras no Projeto Nestlé. Os integrantes participam paralelamente de outros projetos: Rodrigo e Fábio estão tocando nas peças “5 X Comédia” (direção musical do próprio Manga) e “Os Gordos Também Amam” e Manga participa do show do Ivan Lins. A Tinitus está relançando o CD Música Ligeira com distribuição Velas.
OFF THE WALL - Freestyle - Catálogo Velas: 66-T012 (capa)
Freestyle, o segundo álbum da primeira banda de surf music do país, a Off The Wall. Os caras vêm do sul, e dividem o tempo entre a estrada e o oceano. Quando a banda não está no palco vai direto para a praia da Ferrugem, o point do surf no Brasil. Isso é que é boa vida. Mas não pensem que este negócio de surf é armação não. Esses rapazes realmente têm intimidade com a coisa. Manglio Bertolucci, por exemplo, já foi várias vezes campeão gaúcho no esporte, também disputou campeonatos por todo o mundo, chamando a atenção da mídia especializada. Mas o tesão falou mais forte e o cara virou black trunk autêntico, surfista de alma.
No CD, a formação é a mesma do primeiro LP, com Manglio na guitarra e vocais, Régis Dubin na bateria e Celso Mendonça no baixo.
O disco é para australiano nenhum botar defeito. O repertório de Freestyle foi testado na abertura da tourneé do Spy Vs. Spy no Brasil, causando sensação com a galera. A qualidade das gravações também é gringa. E pelo jeito esse pessoal não veio para brincadeira. Nestes cinco anos de existência do grupo, já provaram que profissionalismo é a palavra. O disco trás nove temas inéditos e quatro faixas bônus, de 1996.
YO-HO DELIC - Yo-ho Delic - Catálogo Velas 66-T013 (capa)
Com seu nome extraído de um glossário de gíria negra(Parliament/Funkadelic) compilado por George Clinton nos anos 70 ("vanilla into funk" = "branco no funk"), o Yo-Ho Delic foi formado na cidade de São Paulo em outubro de 1990. Inicialmente com uma perspectiva funk, a banda gradualmente evoluiu até o som híbrido e formação oficial, com Dênis na bateria, Marinho no baixo, Munari na guitarra e Patossauro no vocal, sax e flauta, todos citando influências da psicodelia dos anos 60 e dos movimentos punk e funk dos anos 70. O primeiro disco, com produção de José Luís Góes e do próprio Yo-Ho Delic, foi lançado no final de 1992 e levou o nome da banda, freqüentando as primeiras posições da bolsa de discos da revista Bizz e da "Parada Dura" (O Estado de S.Paulo).
Um video-clip foi feito com a música "Brasil, Banana, Samba" retratando as condições contrastantes do Brasil. Realizado em processo de animação sobre VHS, com produção do Macarrão da Art-Sistemas e com assistência da Los N.A.D.A Produções, marcou uma nova era na produção de animação no Brasil. Em novembro de 1992, entrou para o Top 20 Brasil da MTV. "Brasil, Banana, Samba" foi escolhido o melhor clip de 1992 pelos leitores e críticos da revista Bizz e segundo lugar pelos leitores da Rock Brigade. Concorreu, entre 20 indicados, na escolha do melhor clip nacional para representar o Brasil no MTV Vídeo Music Award de 1993.
Durante toda sua carreira a banda recebeu uma resposta muito positiva da mídia em geral sendo comentada em matérias das principais revistas e jornais do país e ainda na revista norte americana Billboard. O Yo-Ho Delic foi escolhido revelação nacional de 1992 pelos leitores das revistas Rock Brigade e Bizz.
Em 1994 estiveram com um segundo vídeo clip, "Kraziod" de Nelson Calazans e Rui Mendes, com gravações de shows ao vivo e cenas em campeonatos de skate, além da participação na Coletânea 2 da Tinitus.
Com o separação do grupo no fim de 94, Denis formou o grupo Linguachula e Patossauro assumiu o então projeto paralelo Brincolado.
Atendendo a pedidos, a Tinitus(Distribuição Velas) lança o Yo-Ho-Delic em CD em 1996.
Virna Lisi - Esperar o Que - Catalogo Velas 66T016 (capa)
A mistura original de rock e ritmos brasileiros destilada nos seis anos de carreira do VIRNA LISI começou meio por acaso. O vocalista César Maurício e o guitarrista Ronaldo Gino deixaram a banda O Saída por incompatibilidade de loucuras. As letras entrecortadas por flashes afiados de guitarras compostos pela dupla soavam ininteligíveis para os colegas da banda. Azar deles...
A dupla encontrou num grupo de amigos vindos de Montes Claros, no norte de Minas, ouvidos mais abertos e braços mais dispostos a fazer o barulho certo. O Virna começou oficialmente em 1989 como uma guitar band pós-punk. A fórmula começou a mudar quando eles resolveram fazer a primeira fita demo em Montes Claros. Nos ensaios feitos no galpão do pai do ex-baterista, o então tecladista começou a tocar repinique na já candidata a hit “Esperar o quê?”.
Foi o ponto de mudança para a fórmula inédita: rock básico, instrumentos de samba e um passeio permanente pela formação musical do subgrupo montesclarense, com catopê, marujada e congado dando sabor local ao som do grupo.
Com o nome tirado de uma atriz italiana, que o grupo só veria atuar cinco anos mais tarde numa sessão televisiva de fim de noite, o VIRNA LISI entrou nos anos 90 distribuindo fitas demo para quem se dispusesse a ouvir. Enquanto em Belo Horizonte radialistas, jornalistas e pesquisadores como Artur G.C. Duarte e Marcelo Dolabella começavam a prestar atenção no som do grupo, começavam os contatos para shows em casas noturnas e bares de vários estilos e tamanhos.
Uma apresentação apoteótica na “Broadway”, reduto de hip hop cravado no coração de Santa Tereza , foi o trampolim financeiro para pagar as passagens para a primeira experiência nacional. O convite do Espaço Retrô, em São Paulo, era do tipo “venham-às-suas-custas-e-toquem-de-graça” , mas serviu para chamar a atenção da imprensa paulista e do guitarrista Tomas Pappon, na época diretor artístico da filial brasileira do selo inglês Stiletto. Tomas era líder do também cinematográfico Fellini, e logo quis contratar o VIRNA. Mas a exigência de adaptar o caos multirrítmico aos padrões sonoros do selo não agradou ao grupo.
Logo depois deste primeiro e corajoso não, o VIRNA teve que dar outro. João Eduardo, dono e descobridor de talentos do selo Cogumelo, queria o grupo no cast - mas era o momento de todo mundo cantar em inglês - e a adaptação seria fatal para as letras de Maurício e cia.
O fã-clube crescia, os shows nas casas noturnas estavam cada vez mais lotados, e de repente surgiu um convite do videomaker Bruno Viana para fazer um clip e entrar na seleção que a MTV estava fazendo de bandas novas. E deu certo: o clip de “Esperar o quê?” ficou entre os dez mais da emissora paulista e o produtor das estrelas do rock nacional, Pena Schmidt, aceitou o desafio de vender a pedra do VIRNA sem lapidações simplificadoras. Na aventura de fundar a TINITUS, propôs e a banda topou. O resto é história conhecida.
O VIRNA LISI se tornou o primeiro grupo da TINITUS, pipocou nos suplementos culturais de todos os jornais nacionais e revistas especializadas, inclusive do exterior, como ponta-de-lança da geração 90 do rock Brasil, gravou em 24 horas de estúdio e lançou o primeiro disco (“Esperar o quê?”) com ótimas críticas e boas vendas, abriu shows do Die Totem Hosen no Circo Voador e Nick Cave e Die Haut em BH; fez apresentações apoteóticas no BH rock Independent Fest (BHRIF) e no Junta Tribo, em Campinas, além de sobreviver ao quebra-quebra geral de um festival em Belém do Pará e arrastar uma multidão para um teatro improvisado na última hora. Estiveram um tempo na multinacional MCA, no selo Universal.Em 1997 anunciaram o seu próprio fim.
KARNAK - Karnak (foto) - Catálogo Velas: 66-T001 (capa)
O Karnak saiu da Tinitus em 1997 e levou seu disco para o catálogo da Velas, onde lançaram seu segundo CD. Em 1998 este disco foi lançado nos USA e faz uma carreira iniciante no mercado de disco vendidos pela Internet.
O mundo é uma salada russa. Mas não espere que o KARNAK explique alguma coisa. O primeiro disco da banda solo de André Abujamra (ex Mulheres Negras) mistura maracatu, Glenn Miller, Johnny Quest e ponto de umbanda - afinal, na época do pós nacionalismo, da economia virtual e do bate-papo via modem, o mundo está cada vez mais complicado. Uma salada russa.
Tudo começou com uma viagem ao Oriente. Abujamra carregou um gravador portátil e foi registrando randomicamente o bruhahá da Terra - um nigeriano nas ruas do Cairo, um marinheiro-boxeador em Cadiz, trechos de falas, ruídos. Foi também recolhendo cacos de civilização, como um cassete de pop egípcio, a estranha técnica vocal dos cantores da Tunviskaya. No contato com o distante lembrou-se dos elementos estrangeiros mais próximos: uma gravação antiga dos cantos indígenas da África que seu pai costuma tocar na infância, a conversa de seu filho com outro bebê, as histórias caipiras de Rolando Boldrin, a risada de uma tia.
O mundo é uma salada russa - mas como representá-lo numa banda? Daí veio a idéia de uma banda tão grande quanto o planeta e tão assortida quanto um menu à la carte. Surgiu KARNAK, 11 homens e um cachorro. Quem já viu o KARNAK no palco pode confirmar: é uma salada.
Na hora de fazer “Karnak” - o disco - um novo problema. Como transferir para a frieza dos sulcos microscópicos toda a riqueza de sabores, odores e sandices de palco desta salada musical?
Foi quando Abujamra lembrou-se de já ter estudado o processo de gravação de rap contemporâneo, quase uma composição computadorizada. Músicos e instrumentos impedem a frieza do techno estilo bate-estaca, mas o computador corta, monta, ordena, compõe, junta, sobrepõe, separa, combina.
No mesmo espírito, Abujamra criou uma técnica de gravação nova no cenário nacional: fez a banda inteira tocar no estúdio, e montou novamente as partes de cada um dentro do computador, usando apenas o trecho que interessava, na forma que interessava. Exemplo: uma linha de baixo: em vez de um ser humano baixista tocá-la durante toda a música, ele fez apenas alguns compassos, até ficarem perfeitos. Depois, a máquina fez uma “colagem” destes compassos perfeitos de forma a que a linha de baixo atravesse toda a faixa.
Ao mesmo tempo tem feeling humano, ao mesmo tempo tem a precisão informática. Afinal, surfar nas fronteiras da máquina e do homem é o esporte radical por excelência da salada russa de nossa era.
As letras do KARNAK também falam desta techno-babel: folclore, religião, ditos populares, discursos em russo, croata e alemão, tatibitati infantil, blábláblá inútil, conversa de bêbado, private jokes, samplers sem sentido algum (ou que fazem sentido só para o criador), de vez em quando uma frase justa. (E.Paiano)