Grupo de Discussão em Urodinâmica

Quando estava discutindo sobre urodinâmica, com meu amigo Gustavo, surgiu a idéia de se criar um grupo de discussão em urodinâmica. Assim pensado criei esta página para podermos conversarmos sobre este assunto.
Coloquei aqui a correspondênica para iniciarmos a discussão
Caso você queira participar da discussão, esclarecendo o assunto ou trazendo novas dúvidas escreva-me
que terei o prazer de colocar sua opinião ou dúvida aqui.
Se houver boa procura, abrirei uma lista de discussão que é muito mais dinâmica (feitas através de seu E-Mail)
Em 08/08/98 abrimos uma lista de discussão através do mail
PARTICIPE!!!!   A lista (mailing list) é muito mais dinâmica.
Para ASSINAR  ou  VER o que esta se discutindo atualmente aqui CLIQUE NA FIGURA ABAIXO
Assine a lista de urodinâmica

Dia 10/12/97 Gustavo escreveu:

Bom dia!
Tudo bem?
Gostaria de saber sua opinião sobre o dissinergismo detrusor-esfíncteriano.. Se usa com freqüência alfa-bloqueadores e praticamente não se pensa no lioresal ou diazepam associados a anticolinérgicos.
Não sei se você concorda, mas o esfíncter interno, anatomicamente não existe, na verdade são fibras musculares lisas com predomínio de receptores alfa, e o esfíncter externo é formado pela musculatura uretral, músculo esfíncter da uretra e parte medial do m. elevador do ânus, situando-se no diafragma urogenital. Portanto o registro eletromiográfico, na urodinâmica, registra a ação do esfíncter externo.
Caso o paciente mantenha este dissinergismo, mesmo com uso de lioresal, diazepam e oxibutinina, então associaria-se alfa bloqueadores.
Qual a sua opinião na seqüência do uso das drogas? E caso não se tenha a urodinâmica, seria conduzido da mesma maneira?
Um grande abraço,
Gustavo.


RESPOSTA de Marcio Para Gustavo

At 11:12 10/12/97 -0300, you wrote:

AVE Gustavo

>

Primeiramente esqueçamos o Senhor! Pelo menos no sentido usado em sua frase. Em E-Mail não tem senhor. No máximo voce e de preferência vc. Discutir os casos é um prazer. São situações diversas. O Anticolinérgico ou antiespasmódico vesical devem ser associados com cateterismo intermitente. Não devem ser usados somente para tratar a espasticidade. Aliás são contraindicados, pois não devemos usar anticolinérgico em pacientes obstruídos, como é o caso dos pacientes com dissinergia. Os Alfa bloqueadores nesta situação tratam dois problemas: a disreflexia autonômica tratando a hipertensão e tratam a dissinergoia esfincteriana lisa. Sim as fibras, principalmente nível do colo vesical e próstata devem participar da disreflexia gerando dissinergia, porém de difícil avaliação sem video-urodinâmica, pois somente assim podemos constatar que a uretra proximal participa da dissinergia, não se abrindo e até se fechando durante a micção dissinérgica. Deve-se ressaltar que estas fibras são muito pouco participantes da continência no homem, tendo ação na ejaculação, porem tem ação efetiva em situações patológica como na disreflexia aonde todo simpático é liberado. Na mulher o colo vesical tem ação na redistribuição das forças, participando assim indiretamente da continência. Como o esfíncter da mulher é menos eficiente que do homem, ele (o colo vesical) acaba tendo uma ação mais significativa na continência.
Quando vemos a dissinergia com eletromiografia, estamos avaliando a musculatura perineal ou seja esta que vc disse, a musculatura estriada do esfíncter distal**(vide abaixo). Aí benzodiazepínico e relaxante de musculatura estriada devem ser usados, para permitir que o paciente urine com menor pressão. Eu acho que alfa bloqueador deve ser associado ja no início em pacientes que tem hipertensão. Hoje ja temos alfa 1 a 1, bloqueadores. Mas devem ser usado alfa bloqueador mais amplo. O dibenziline teoricamente ainda é uma droga boa. O Minipress (prazozim) somente esta sendo fabricado em sua posologia de longa ação e não funciona bem. O Hytrim ou Xatral podem ser usados, mas são alfa 1 a. Anticolinérgico deve ser associado com benzodiazepínico e lioresal se o paciente apresenta perdas nos intervalos do cateterismo. Se não apresenta perda no cateterismo deve ser usado somente oxibutinina.
Se não apresenta hipertensão, mas continua tendo dissinergia com uso de oxibutinina benzodiazepínico e liorezal deve-se usar alfa bloqueador, pensando em manter a micção com menor pressão
Quanto ao uso de urodinâmica ou não posso dizer que o trauma medular tem um comportamento esperado em 70% dos pacientes. Assim lesões acima de T6 liberam o simpático e assim tem dissinergia. Observe que seus pacientes com dissinergia teem em 90% das vezes lesões acima de T6. Por outro lado 70 % do comportamento esperado no trauma é observado no TRM. Assim sem urodinâmica voce errará em 30% das vezes (o que é muito). Porém com a associação do quadro clínico (disrrefexia autonômica, repercussão vesical, observação da micção) sua chance de acerto melhorará.

** uma coisa sempre me chamou atenção. À medida que se enche a bexiga o esfíncter aumenta a atividade EMG. Mas se é musculatura estriada pq não entra em falênica? Tente contrair seu bíceps por mais de um minuto ou tente segurar algo com o biceps contraido por mais de um minuto e veja o que acontece. Mas o esfíncter se mantem contraido por horas. Sabe porque?? Fica aqui minha pergunta para estimular a próxima mensagem. :-)))

Espero ter ajudado e estou aguardando sua resposta.

[[]]’s
]\/[arcio


RESPOSTA do Gustavo para Marcio

Boa noite!
Obrigado pela atenção e rapidez na resposta.
Dando continuidade ao assunto dissinergismo, tenho observado que a maioria das urodinâmicas realizadas em pacientes com lesão medular acima da região sacral, mostram esta alteração. Então surge a questão. É necessário interfirir farmacologicamente sempre que houver o dissinergismo? Pois nem sempre o paciente apresenta clínica e caso a LM seja abaixo de T6, geralmente não desencadeia DA.
Outra coisa, se usarmos anticolinérgico e alfa bloqueador a chance do paciente desenvolver perdas urinárias nos intervalos dos cateterismos vesicais não aumentará?
Quanto à sua interrogação, em relação à hipertonia do esfíncter externo que não entra em falência, o que eu poderia levantar neste momento seria a possibilidade de existir um mecanismo igual aos demais músculos nas lesões tipo neurônio motor superior devido aos arcos reflexos que ocorrem nos acometimentos acima da região sacral.
A medida que forem chegando os laudos das urodinâmicas vou selecionando alguns para aumentar minha compreensão e interpretação.
Mais uma vez muito obrigado e bom final de semana.
Um abraço,
Gustavo.


RESPOSTA de Marcio Para Gustavo

At 17:19 11/12/97 -0300, you wrote:
>

Boa Noite. Pelo jeito ta indo bem. Tem até tempo para responder os E-Mails É um prazer. Mas vc também foi rapidinho aí no gatilho
Antes de mais nada deixe-me dizer uma coisa. Achei muito legal as suas colocações e pus a discussão feita por voce para um colega que também faz urodinâmica em Londrina no Paraná. ele me respondeu assim: Me diga aí o que voce acha da dúvida dele. Nas lesões traumáticas isto é verdade em 70% ou mais das vezes, principalmente se elas forem completas. As lesões traumáticas completas servem como modelo experimental de trauma. Ou seja: tem um comportamento esperado. Nas lesões parciais e não traumáticas a coisa muda. Haja visto nas mielomeningoceles aonde o comportamento é inesperado, ou melhor dizendo não ha um comportamento esperado.

Quanto à sua pergunta propriamnete dita, eu diria a princípio que sim. Se ha dissinergia devemos intervir farmacologicamente e de preferência não permitir micção, mantendo o cateterismo intermitente. Se a presssão de contração passa de 40 cm de H2Oela é lesiva pro trato urinário, se não à curto prazo, pelo menos à médio prazo. Outro fato é que a dissinergia causa esterilidade ao paciente por causar refluxo prostático. A urina por si só é lesiva ao semen, e ainda associada ao processo inflamatório que se desenvolve..... É verdade que com micromanipulação conseguimos até boas chances de gravidez, mas acho que é função nossa preservr o trato urogenital do paciente.

Não. O alfabloqueador diminui a resistência sim, mas as perdas nestes pacientes ocorrem por contração vesical e não por hipofunção esfincteriana. Mas como já lhe disse , esta associação é de excessão Não. Isto ocorre em pacientes normais. E ocorre porque exitem dois tipos de fibras: as fibras de curta ação e rapida elevação, e as fibras de longa ação e resposta demorada. Estas fibras estriadas, estranhamente tem comportamento de fibras lisas. É possível, através de exercícios se passar de fibra de ação rápida para fibra de ação lenta com exercícios perineais muito usados na atualidade para reabilitação perineal em mulheres com incontinênica urinária de esforço. Tenho um disquete de um amigo meu que esta fazendo um trabalho bonito sobre isto. Alias ele está fazendo um site na internet e logo logo será público.
Como voce pode ver acima, o Guto acertou a resposta :-))))) Obrigado a você. Me mande mais dúvidas. Estou querendo fazer um grupo de discussão e estou achando este caminho ótimo. Espero que o fato de ter mandado suas dúvidas pra outros urodinamicistas não tenha te incomodado. Tenho realmente só encaminhado as discussões. :-))) Aliás me mande a resposta da dúvida dele que depois te mando a que eu mandei para ele.

]\/[arcio
>


De Gustavo para Marcio

From: Gustavo
To: 'Márcio Josbete' <mjprado@e-net.com.br>
Subject: Bex. Neur.
Date: Mon, 15 Dec 1997 17:52:07 -0300

Boa noite!
Achei ótima sua idéia sobre um grupo de discussão em relação bexiga neurogênica / urodinâmica, porém não esqueça que eu sou Fisiatra e tenho muito que aprender na sua área.
Inclusive gostaria que vc madasse alguma referência quanto ao assunto relacionado às fibras de curta ação,contração lenta do esfíncter externo....
Quanto à pergunta do Guto, minha opinião, inicialmente é que as contrações não inibidas poderiam levar a formação de divertículos ocasionando, provavelmente o mecanismo de dupla micção, que no LM não seria suficiente para o esvaziamento adequado que já é insuficiente em outros casos, levando a estase urinária e até a formação de cálculos. A técnica da realização do cateterismo vesical também é algo importante na prevenção de ITU. Pêlos pubianos podem ser introduzidos na bexiga e também levar à formação de cálculos, agindo como uma matriz ou núcleo em torno do qual os cristais se depositam. Agora uma interrogação voltando especificamente a pergunta (pleonasmo?). As contrações não inibidas, de certa maneira, na presença de uma urina colonizada, não levaria ao edema e isquemia da parede predispondo um processo infeccioso, ou seja, ITU ?
Ah! Gostei do seu ]v[ personalizado.
Um abraço, Gustavo.


De marcio Para Gustavo

At 17:52 15/12/97 -0300, you wrote:

Ola Gustavo

Quanto ao fato de ser fisiatra fica aqui entre nós, pq ninguém é perfeito :-)))))
Falando sério: Acho que no grupo tem de entrar todo mundo que faça urodinâmica. Não sei de cabeça a referência. Assim que melhorar deste torcicolo que me pegou, tiro minha caixa de cima do armário e te digo. Causa para ocorrerem cálculos não faltam. A mobilização do cálcio, a mudança de pH por ITU, as inúmeras causas de núcleos na bexiga, a estase urinária....

Minha resposta pro Guto foi assim:

Sem dúvida a baixa pressão é que proteje o trato urinário de uma forma geral.
Romper a barreira é ter bactérias proliferando Neste mundo nada se cria, tudo se copia.... PS: desculpe pela demora em responder. Mas este torcicolo me deixou sem condições de usar o computador. Só hoje coloquei o colar e deu uma melhorada.Estou falando pela segunda vez nele, porém ele esta realmente atrapalhando minha vida!!.


De Gustavo para Marcio

From: Gustavo
To: "'Marcio Josbete Prado'" <mjprado@e-net.com.br>
Subject: RE: Bex. Neur.
Date: Fri, 19 Dec 1997 16:31:56 -0300

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Olá!
Espero que tenha melhorado do torcicolo.
Felicidades, um grande abraço,

Estou saindo de férias e espero podermos continuarmos a discussão após as férias.

Gustavo.
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 Olá!
 tudo bem?
 Espero que tenha sido excelente sua entrada no novo ano.  Retornei das férias e gostaria de reiniciar nossos contatos.  Algo, que algum tempo tenho questionado, é o tratamento de ITU em LM. Ou melhor, quais critérios seriam mais fidedígnos para iniciarmos o uso de ATB terapêutico.  Fala-se muito sobre a colonização por Proteus como indicação absoluta, mas existem outros gêneros de bactérias que também desdobram a uréia.  Talvez a piúria franca ? Pois, somente o fato da mesma encontrar-se turva não é novidade.  Outra ocorrência comum, são as perdas urinárias. Até que ponto valorizá-las caso seja algo isolado?  Urina turva associada a episódios de DA também acho um bom critério.  Enfim, gostaria de saber sua opinião sobre este questionamento.
 Um abraço, Gustavo.
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At 13:34 03/02/98 -, you wrote:

Benvindo das férias
Espero que agora esteja de pilhas novas :-)))
>
> Olá!
> tudo bem?
> Espero que tenha sido excelente sua entrada no novo ano.

Por aqui tudo na mesma!

> Retornei das férias e gostaria de reiniciar nossos contatos.

Será um prazer

> Algo, que algum tempo tenho questionado, é o tratamento de ITU em LM.
>Ou melhor, quais critérios seriam mais fidedígnos para iniciarmos o uso
>de ATB terapêutico.

Eu acredito que o critério clínico é fundamental. Se o paciente é mantido sondado, não tem o que esterilize a sua urina. Assim manter bacteriúria (mesmo que seja em níveis de infecção), é normal e nada ha a ser feito. Se o paciente faz cateterismo acredito que a leucocitúria é o fator fundamental. Manter bacteriúria é normal. Mas leucocitúria é o parâmetro a ser seguido.

> Fala-se muito sobre a colonização por Proteus como indicação absoluta,
>mas existem outros gêneros de bactérias que também desdobram a uréia.

É que como classificação o proteus é o exemplo típico. Realmente existem outras bactérias e até E.Coli pode desdobrar. Mas como poucas o fazem fica difícl classifica-las

> Talvez a piúria franca ? Pois, somente o fato da mesma encontrar-se
>turva não é novidade.

Algumas vezes somos até obrigado a realizar limpeza local com irrigação para limpa-la. Aí gosto de fazer com povidine diluido ou com Furacim que é nitrofurantoina.

> Outra ocorrência comum, são as perdas urinárias. Até que ponto
>valorizá-las caso seja algo isolado?

Outra vez a clínica. Se o paciente vem tendo controle com uso de drogas anticolinérgicas porque tem hiperatividade detrusora, e passa a ter perdas, a ITU deve ser a primeira hipótese.

> Urina turva associada a episódios de DA também acho um bom critério.

Sim, principalmente se não apresenta-la, e passar a apresentar.

> Enfim, gostaria de saber sua opinião sobre este questionamento.

Aí ja foi! :-)))

> Um abraço, Gustavo.
>
>
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Subject: Profilaxia
Date: Fri, 13 Feb 1998 18:19:10 -0300
 

 Boa noite!
 Muitos pacientes em nosso Hospital tem realizado avaliação urodinâmica sem profilaxia com antibióticos, exceto nos casos em que a urina esteja macroscópicamente muito alterada, pois colonização não é algo anormal.
Todavia, nesta semana,um paciente tetraplégico, Centro Medular, que não realiza cateterismo vesical e apresenta sensação e urgência miccional, desenvolveu bacteremia devido ITU, pós realização da urodinâmica.  Como os exames  são realizados em outra instituição, não foi possível obter informações sobre alguma intercorrência durante o exame.
 A urina ficou turva, mas não observei hematúria macroscópica.  Vc acha necessário o uso profilático de ATB independente da estar ou não colonizada a urina ? O uso de um aminoglicosídio, em dose única, seria uma boa escolha, caso a resposta anterior seja positiva ? Qual seria o tempo mínimo para iniciá-lo?
 Um abraço,
 Gustavo.
 
 

Re: Subject: Profilaxia
Date: Sabadão, 14/02/98
 

 Boa noite!

Mas aqui ainda é de tarde!

 Muitos pacientes em nosso Hospital tem realizado avaliação urodinâmica sem profilaxia com antibióticos, exceto nos casos em que a urina esteja macroscópicamente muito alterada, pois colonização não é algo anormal.
Todavia, nesta semana,um paciente tetraplégico, Centro Medular, que não realiza cateterismo vesical e apresenta sensação e urgência miccional, desenvolveu bacteremia devido ITU, pós realização da urodinâmica.  Como os exames  são realizados em outra instituição, não foi possível obter informações sobre alguma intercorrência durante o exame.  A urina ficou turva, mas não observei hematúria macroscópica.  Vc acha necessário o uso profilático de ATB independente da estar ou
não colonizada a urina ? O uso de um aminoglicosídio, em dose única, seria uma boa escolha, caso a resposta anterior seja positiva ?
 

De uma forma geral, realizamos sempre atibióticoterapia profilática de rotina em procedimentos Urológicos. Como a via urinária é uma porta de entrada excelente para via sistêmica, além das infecções urinárias serem extremamente sintomática aos paciente, tentamos ao máximo minimizar os riscos. Além disto o terço distal da uretra é sempre colonizado, e nesta região não realizamos antissepsia. A incidênica de bacteriúria após uma sondagem realizada com toda antissepsia possível ja é realkativamente alta. Quando sondamos e manipulamos, este risco sobe muito. Além disto, estamos tratando com paciente de risco, com outras etiologias de ITU. Assim o bom senso impera. Se o paciente tem alta pressão de micção e resíduo elevado, encontra-se ja debilitado uso até Ciprofloxacim para profilaxia. Se não uso Norfloxacim por tres dias. Em pacientes de baixo risco, como Incontinênica Urinária de Esforço por exemplo, uso dose única ou mesmo sem atb. Gostaria de colocar mais dois pontos em discussão: 1- nos pacientes que fazem cateterismo intermitente: acho que são pacientes que ja mantem bacteriúria. Atb é desnecessário   2- pacientes infectados: se for possível fazer o exame sem ITU, é melhor. Assim, sempre que possível, mante-los estéreis, realizar ATB prévio ao exame, pois a ITU pode falcear os resultados do estudo; caso contrário, realiza-lo na vigênica de ITU com antibiótico terapêutico

Qual  seria o tempo mínimo para iniciá-lo?

Em Cirurgia aberta a melhor hora de se realizar ATB profilático é logo antes do início da cirurgia. Assim, acredito que em urodinâmica também.

 Um abraço,
 Gustavo.



Boa Noite!
 Tenho observado que muito pouco se fala sobre o uso da solução de oxibutinina intravesical e consideranto os efeitos colaterais quando administrada VO, principalmente xerostomia, acredito ser uma boa opção. Afastando as contraindicações tradicionais dos anticolinérgicos qual a sua opinião quanto  esta via de administração ? Poderiamos manter o mesmo intervalo do uso VO assim como dose? A probabilidade de desenvolver ITU poderia aumentar por uma maior manipulação do trato urinário, devido a realização prévia do cateterismo vesical,principalmente no sexo masculino ? Usariamos sondas diferentes para administração? E quanto ao acompanhamento domiciliar seria prático ou realizariamos somente um período a nível hospitalar, mas de maneira intermitente?
 Um abraço,
 Gustavo


Caro Gustavo
Boa Noite!
    Esperei uma semana e esta página teve 10 acessos. Ningém se animou a te responder. Vou ainda deixar esta página no ar, porque agora o espaço na Geocities foi aumentada e tenho espaço sobrando :-)))

 Tenho observado que muito pouco se fala sobre o uso da solução de oxibutinina intravesical e consideranto os efeitos colaterais quando administrada VO, principalmente xerostomia, acredito ser uma boa opção. Afastando as contraindicações tradicionais dos anticolinérgicos qual a sua opinião quanto  esta via de administração ?

    Realmente muito pouco se tem falado sobre oxibutinina tópica, além de umas poucas publicações. Acho que a falta  de uma solução comercial para isto dificulta um pouco. Acho esta opção boa para quem faz uso de cateterismo intermitete. Como é pouco absorvida, acho que fazer uso na freqüencia do cateterisno. Não acho que tenha indicação se não for feito em paciente que ja realiza cateterismo. Sondar somente para injetar a medicação acho de risco realmente.

Poderiamos manter o mesmo intervalo do uso VO assim como dose? A probabilidade de desenvolver ITU poderia aumentar por uma maior manipulação do trato urinário, devido a realização prévia do cateterismo vesical,principalmente no sexo masculino ? Usariamos sondas diferentes para administração? E quanto ao acompanhamento domiciliar seria prático ou realizariamos somente um período a nível hospitalar, mas de maneira intermitente?

    Usaríamos a mesma técnica do cateterismo intermitente e injeção ao final, que poderia ser feita em casa mesmo. Quanto à solução à ser utilizada, não sei se o Xarope poderia ser usada. Tem muito açucar, mas acho que poderíamos até pensar em usa-lo, visto que seria utilizada em pacientes que ja realizam cateterismo, de uma forma até "contaminada".
Abraços
]\/[arcio



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