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De maneira que é assim...
A Igreja do Século
Por Rui Correia (MonChat)

O s cristãos são hoje mais de mil milhões de pessoas, ou seja, quase um terço da população mundial. Dividem-se em três grandes famílias: católicos romanos, ortodoxos e protestantes. Mas católicos há muitos: além dos da Igreja de rito latino, temos os da Igreja bizantina católica, da Igreja Arménia católica, da igreja católica de rito sírio, de rito caldeu, e de rito alexandrino, constituindo estas as igrejas uniatas, ou seja, unidas a Roma. Por seu turno, os ortodoxos dividem-se em igrejas patriarcais e metropolitanas. Finalmente, protestantes e anglicanos dispersam-se em luteranos, metodistas, baptistas e menonistas, calvinistas, presbiterianos ou reformados, congregacionistas, pentecostistas, quakers e o exército de salvação. Custa a entender que um homem morra crucificado por pregar a união dos povos contra a opressão dos poderosos sobre os pobres e que, 2000 anos depois, em sua homenagem e louvor, se crie tal divisão interna. Todavia, nada disto nos surpreende. Existem razões muito específicas para esta divisão. Umas provêm da chamada exegese bíblica, as diferentes leituras do texto fundamental cristão. Outras são históricas e aconteceram sempre que a Igreja sentiu necessidade de mudar.

Mudar e emudecer

A capacidade da Igreja católica em se adaptar aos novos tempos tem sido muito intermitente. Tempos houve em que a Igreja soube reconhecer as suas incapacidades e avançar com mudanças corajosas, como, por exemplo, aquando da realização do Concílio Vaticano II. Com ele, a Igreja assumiu uma dimensão social notável. Este Concílio, que terminou em 1965, avançou no sentido de uma adequação das suas estruturas teológica e burocrática às novas realidades sociais para as quais a igreja não tinha tido nem resposta nem mecanismos de intervenção. Regulamentou a acção dos leigos na vida religiosa, exortou ao ecumenismo e promoveu o debate sobre as pertinazes questões da justiça social. Constituiu, certamente, um inolvidável momento da História da Igreja. Estava-se nos anos 60. A temática do terceiro mundismo, subdesenvolvimento, antimilitarismo e utopias socializantes apaixonavam as conversas de café e mesmo as dos cardeais. Teillard de Chardin chegou mesmo a dizer que o conceito marxista de Perfeição identifica bem a concepção católica da Divindade. Porém, é desse mesmo concílio que nasce, com uma virulência insuspeitada. a questão do controlo da natalidade. Todos os estudos apontavam para a urgência de conter o crescimento populacional nas regiões onde a fome matava 14 crianças por minuto. A resposta da igreja a este apelo foi ambígua para não dizer sobranceira. Assistíamos a um Paulo VI que visitava a Colômbia, a Índia e as Filipinas, palcos de verdadeiros dramas frumentários e que, simultâneamente, condenava a contracepção. Alguns cardeais mais ousados falavam já da «regulação natural dos nascimentos». O que a Igreja afirmava, os valores que defendia, não se harmonizavam com a sua prática. Mas o pior estava ainda para vir.

Sexo: 2 vezes por vida.

O final deste século trouxe incómodas realidades com que a Igreja não consegue lidar. O aparecimento da S.I.D.A., inicialmente preocupou a Igreja, mas ao mesmo tempo parecia ser uma resposta divina para a regulação dos hábitos sexuais das populações. A igreja via nesta doença um enfático manifesto contra a promiscuidade sexual. Mas nada mais. Quando a doença assume, como hoje, proporções de pandemia e consequências tão trágicas, eis que a Igreja fica novamente sem saber o que pensar.

O testamento continua aqui

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