Tantos caminhos a seguir...


Finalmente chegamos ao ano 2000. Certamente esta parte do site estará em constante atualização, tão logo eu escreva um novo poema ...





Crise de Identidade


Amo sem ser amado
E sou amado sem amar,
Grito sem ser ouvido
E vejo sem ser capaz de olhar.

Faço perguntas onde estão as respostas
E encontro respostas em certas perguntas,
Me lembro de tudo um pouco
E de tudo um pouco me esqueço.

Espalho a escuridão sem ter trevas
E ilumino sem ser capaz de brilhar,
Estou em lugar algum e em qualquer lugar...

Pertenço a todas as pessoas
E ao mesmo tempo, pertenço a ninguém
Quem eu sou ... a poesia ...

escrito em 08 de março de 2000




Ausência


Às vezes quando penso sobre nós dois
Nos vejo como um sol e uma lua,
Ligados por toda a eternidade
Mas que por poucas vezes se encontram ...

Angustiado de saudades fecho meus olhos
E posso sentir a tua mão junto à minha,
Assim como sinto teu perfume ao meu redor
E tenho meus lábios marcados com teu batom.

Inutilmente te procuro por toda a parte
Como se fosse tudo que me restasse,
E te encontro, protegida, em meu coração ...

Por enquanto, nada resta para nós
Somos apenas mais dois anjos
Neste paraíso imperfeito chamado Terra.

escrito em 09 de abril de 2000




Singelo


Eu te amo, mesmo quando não te toco
Eu te amo, mesmo quando não te vejo
Eu te amo, mesmo quando não te abraço
E te amo, mesmo quando não te beijo.

Eu te amo quando estou em silêncio
Eu te amo quanto estou cantando
Eu te amo quando estou sorrindo
E te amo quando estou chorando.

Eu te amo no dia e na noite
Eu te amo sonhando ou acordado
E te amo livre ou aprisionado.

Eu te amo a cada instante que vivo
Eu te amo a cada vez que respiro
Eu simplesmente ... Te amo !

escrito em 13 de maio de 2000




Pavor


Eu tenho medo de olhar profundamente dentro do meu íntimo
Tenho medo daquilo que ainda desconheço
E que vem a tona quando menos espero
E de maneiras mais sombrias do que posso suportar

Tenho medo de ficar sozinho na escuridão
É o alimento para os demônios que rastejam no meu interior
Estou à mercê de um inimigo que me conhece bem
E acabo derrotado neste batalha ... novamente

Eu tenho medo da cólera que fermenta nas minhas sombras
Temo pelo caos instalado na minha mente
E por uma bandeira negra cravada no meu coração

Eu tenho medo do mal que já causei a quem me rodeia
E temo por todo o mal e por toda a dor
Que ainda poderei causar àqueles que amo

escrito em 18 de outubro de 2000





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