JESUS


TESE 90

Jesus foi semelhante a Adão antes da queda por ter uma natureza sem pecado - Ele não nasceu separado de Deus. Jesus foi semelhante a Adão após a queda em força física, poder mental, e valor moral

As pessoas às vezes perguntam se Jesus foi semelhante a Adão antes da queda ou depois da que- da. A resposta é antes!

A fim de compreender esta resposta, temos que entender de que aspectos da vida de Jesus estamos falando. Poderíamos dividir Sua personalidade como ser humano em quatro aspectos: natureza espiritual, força física, poder mental, e valor moral.

Jesus foi semelhante a Adão antes da queda em Sua natureza espiritual. "Cristo é chamado o segundo Adão. Em pureza e santidade, ligado com Deus e amado por Deus, Ele começou onde o primeiro Adão começou. Voluntariamente Ele passou pelo terreno onde Adão caíra, e redimiu as falhas de Adão." - SDA Bible Commentary, vol. 7A, pág. 650.

Cristo era completamente humano, mas completamente isento de pecado - o único ser humano desde Adão a ser capaz de apresentar tal alegação. Ele pôde dizer, sem contestação, ao fim de Seu ministério: "Aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em Mim." S. João 14:30. Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 256, declara: "Não devemos ter dúvidas acerca da perfeita ausência de pecado na natureza humana de Cristo." E nos Comentarios de Ellen G. White dos SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 912, lemos: "Ele devia tomar Sua posição à cabeça da humanidade por tomar a natureza, mas não a pecaminosidade do homem."

À primeira vista, você pode ver uma contradição aqui, pois há um sentido em que Cristo tomou sobre Si nossa culpa, nosso pecado, e mesmo a nossa natureza pecaminosa. Conquanto Ele haja tomado a nossa culpa, Ele não Se tornou culpado; caso contrario, também teria necessitado de um Salvador. Quando Ele tomou nossa natureza pecaminosa, isso não tornou Sua natureza pecaminosa. Ele assumiu nossa culpa e pecado como nosso Substituto.

Quando o anjo veio visitar Maria com as noticias do Messias que breve nasceria, ele disse: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus." S. Lucas 1:35. Jesus nasceu de modo diferente daquele pelo qual nascemos. Nenhum de nós poderia jamais ser chamado "ente santo". Tal como Adão antes da queda, Jesus tinha a natureza humana do homem, com a possibilidade de cair em tentação. Mas uma vez que Ele nunca cedeu ao pecado, permaneceu sem pecado. Ver O Desejado de Todas as Noções, pág. 117. Assim Ele Se tornou o segundo Adáo e nos redimiu da falha do primeiro Adão. Ver I Coríntios 15:21 e 22.

Mas Jesus também nasceu de modo diferente de Adão. Em primeiro lugar, Ele nasceu! Adão, não; foi criado! Mas Jesus não começou com as vantagens de que Adão dispunha. "Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mentalidade moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação."

Assim, Cristo recebeu menos força física do que Adão tinha possuído. Ele não era tão alto quanto Adão, pois a raça havia diminuído em estatura desde o tempo da Criação. Não era tão forte quanto Adão. Cansava-Se, e precisava descansar, quando Adão provavelmente não teria o mesmo problema
- como naquela noite junto ao lago, e ao lado do poço em Samaria, ocasioes em que mesmo Seus discípulos foram capazes de continuar em atividade.

O Cristo humano não era tão inteligente quanto Adão! A sabedoria vista em Seu ministério derivava de acima dEle, não de dentro dEle. Ele não empregava o seu "QI" divino. Dependia de Seu Pai para sabedoria e mesmo para Seus planos de cada dia.

Nem teve Cristo a medida de valor moral que Adão teve. Quanto vale a moral? Ellen White, que empregou o termo, não define. Mas valor moral tem que ver com quanta fibra moral uma pessoa conta, quanto controle exerce sobre o seu comportamento. Se Cristo tivesse menos fibra moral do que Adão, então Ele teria sido mais fraco que Adão, menos capaz de resistir a tentação em sua natureza humana à parte do poder do alto.

Que declaração do amor de Deus a de que Ele estava disposto a permitir que Seu Filho viesse e tomasse tal risco em nosso benefício! O Desejndo de Todas as Noções nos diz que oPai permitiu que Cristo "enfrentasse os perigos da vida em comum com toda a alma humana, combatesse o combate como qualquer filho da humanidade o tem de fazer, com o risco de fracasso e ruína eterna". Nós ansiamos em escudar nossos entes queridos do poder de Satanás. Mas "Deus deu Seu Filho Unigênito, para que a vereda da vida fosse assegurada aos nossos pequeninos. 'Nisto está o amor'. Maravilhai-vos, ó Céus! e assombrai-vos, o Terra!" - Pág. 34.


TESE 91

Jesus não tinha qualquer vantagem sobre nós em vencer a tentação


Na economia moderna, muitas pessoas se acham tendo problemas financeiros. Se se encontrar entre esse grupo, você talvez deseje assistir a um seminário que tem por titulo, "Como Viver Dentro de sua Renda". Está sendo promovido por John D. Rocke feller. Está interessado? E para os estudantes, que tal uma matéria chamada, "Facilitando as Tarefas de Casa". O professor tem um QI de 200. Ou prefere algo no campo dos esportes? Que tal um programa sobre Vôos Acrobáticos, dirigido pelo anjo Gabriel?

Se Jesus veio apenas para ser o nosso Salvador, então não haveria de ser tão importante o modo como viveu aqui. Mas se Ele veio para ser o nosso exemplo, mostrar-nos como viver, então Ele deve viver a vida como a devemos viver. Doutro modo, não seriamos capazes de tirar proveito do Seu exemplo.

O Desesado de Todas as Nações, pág. 16, declara:

"Se tivéssemos de sofrer qualquer coisa que Cristo não houvesse suportado, Satanás havia de apresentar o poder de Deus como nos sendo insuficiente."

Em todo debate e discussão a respeito da natureza de Cristo, dois pontos principais causam a maior parte das discordâncias: a questão do que significa que Jesus foi tentado em todos os pontos como nós, contudo sem pecado (ver Hebreus 4) e como pôde ter nascido sem pecado de parentesco humano. Nenhuma dessas questôes tem aplicação direta em nossa vida, e ambas são questoes que nos têm sido apresentadas como mistérios sobre que nao devíamos gastar bastante tempo para tentar dissecar. Ver Comentário de Ellen G. White, SDA Bible Comrnentary,.vol. 5, págs. 1.128 e 1.129.

Por outro lado, quase todos parecem concordar sobre dois pontos básicos nesse assunto: que Jesus não teve vantagem sobre nós para vencer a tentação, e que Ele venceu o pecado do mesmo modo por que podemos vencer. Estes são pontos práticos de que temos muita informação inspirada.

Nem mesmo por um pensamento cedeu Jesus à tentação - e a mesma vitória pode também ser nossa. Ver Desejado de Todas as Noções, pág. 123. Apocalipse 3:21 declara que podemos vencer da mesma maneira que Jesus venceu. "Mediante a vitória de Cristo as mesmas vantagens de que Ele dispunha são providas ao homem; porque pode partilhar de um poder fora e acima dele mesmo, participando até da natureza divina pela qual pode vencer a concupiscência que há no mundo." - Ellen G. White, Sigins of the Times, 16 de janeiro de 1896.

Assim, Jesus não teve qualquer vantagem sobre nós ao vencer o pecado; portanto, Ele está qualificado a mostrar-nos como viver. Ele veio e experimentou as necessidades e fraquezas da humanidade de modo a poder oferecer assistência àqueles que devem viver dentro dos limites da humanidade.

Sem dúvida, Jesus possuía todos os tipos de vantagens sobre nós, pois Ele era Deus tão seguramente quanto era homem. Mas Ele nunca empregou as vantagens com que nasceu, e na medida em que não as empregou, essas mesmas vantagens Lhe deram uma desvantagem igual ou maior comparado a nós.

TESE 92

Jesus venceu a tentação da mesma maneira por que podemos vencer: pelo poder do alto, não pelo poder vindo de dentro

Jesus tinha trabalhado incansavelmente o dia inteiro, ensinando e curando o povo. Ao chegar a noite, foi com os discípulos para o lado do lago. Estava exausto. Mal começara a viagem, adormeceu na poupa do barco.

Os discípulos nem perceberam. Eram pescadores

- não professores. Por todo o dia, havia Jesus feito Seu trabalho; agora, era tempo de eles fazerem o deles. Talvez fossem um tanto desajeitados, tentando ministrar ao povo, como Ele fazia; mas estavam aprendendo. Contudo, coisas relacionadas com o mar e embarcaçôes eram de seu campo de atividade normal, e estavam confiantes em que podiam enfrentar o que quer que acontecesse.

A principio, não se preocuparam quanto à tempestade. Tinham testemunhado muitas tempestades nesse mar em particular, e haviam superado a todas. Lutar para manter o controle do barco, absorvia- lhes a atenção, e, no momento em que a borrasca atingia o auge, eles haviam até esquecido que Jesus estava a bordo. Parece incrível, não é verdade? Ficamos intrigados ao pensar em como puderam ter- se esquecido!

Mas, quantas vezes não nos temos esquecido de Jesus? Já lhe ocorreu isso? Já teve um quase acidente na estrada, tendo que depender de sua habilidade como motorista para salvar-se, em lugar de rogar por ajuda do alto? Já se defrontou com uma crise familiar, quando as emoções estavam alteradas e as palavras eram cortantes, e voce tentava amainar o furor da crise - tendo se lembrado de orar depois? Quando um de seus filhos é vitima de ferimento ou enfermidade súbita, a quem chama primeiro - o médico da família ou o Grande Médico? É possível mesmo hoje esquecer que Jesus está a bordo, não é?

A experiência de Jesus e Seus discípulos naquela noite no lago é uma parábola para nós hoje, de como Jesus venceu a tentação. O Desejado de Todas as Nações, pág. 249, descreve-o nestes termos:

"Quando Jesus foi despertado para enfrentar a tempestade, estava em perfeita paz. Nenhum indicio de temor na fisionomia ou no olhar, pois receio algum havia em Seu coração. Contudo, não era na posse da força onipotente que Ele descansava. Não era como o Senhor da Terra, do mar e do Céu que repousava em sossego. Esse poder, depusera-o Ele, e diz:

'Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma.' S. João 5:30. Confiava no poder de Seu Pai. Foi pela fé - no amor e cuidado de Deus - que Jesus repousou, e o poder que impôs silencio à tempestade, foi opoder de Deus. Como Jesus descansou pela fé no cuidado do Pai, assim devemos repousar no de nosso Salvador."

Ellen White prossegue, fazendo a ligação entre a tempestade no mar e as tempestades da tentação que nos sobrevêm. "Quantas vezes se repete em nós a experiência dos discípulos! Quando as tempestades das tentações se levantam, e fuzilam os terríveis relâmpagos, e as ondas se avolumam por sobre nossa cabeça, sozinhos combatemos contra a tormenta, esquecendo-nos de que existe Alguém que nos pode valer. Confiamos em nossa própria força até que nos foge a esperança, e vemo-nos prestes a perecer. Lembramo-nos então de Jesus, e se O invocarmos para nos salvar, não o faremos em vão. Embora nos reprove magoado a incredulidade e a confiança em nós mesmos, nunca deixa de nos conceder o auxílio de que necessitamos."

É bom sabermos que Jesus venceu do mesmo modo que podemos vencer. Bom, porque Ele viveu a vida tal como devemos vivê-la. Ele não levou vantagem sobre nós ao viver vida de dependência do Seu Pai. Bom, porque Ele obteve vitória - e por meio dEle nós também podemos alcançar vitória. Mediante Sua graça justificadora, Sua vitoria é posta a nosso crédito quando vamos a Ele em busca de perdão. Mas Ele faz mais do que tornar disponível a vitória vicária. Mediante o Seu poder em nossa vida, podemos conhecer Sua vitória também por experiência. "Jesus não revelou qualidades, nem exerceu poderes que os homens não possam possuir mediante a fé nEle. Sua perfeita humanidade é a que todos os Seus seguidores podem possuir, se forem sujeitos a Deus como Ele o foi." - Idem, pág. 497.

E em Mensagens Escolhidas, livro 1, encontramos estas palavras: "Resistiu Ele à tentação, me diante o poder que o homem também pode possuir. Apoiou-Se no trono de Deus, e não existe homem ou mulher que não possa ter acesso ao mesmo auxílio, pela fé em Deus. Pode o homem tornar-se participante da natureza divina; não vive uma alma que não possa chamar o auxílio do Céu, quando tentada e provada. Cristo veio para revelar a fonte de Seu poder, a fim de que o homem não confiasse jamais em suas capacidades humanas desajudadas." - Pág. 409.

Cristo pôs de parte Seu divino poder quando veio à Terra. Contudo, foi mediante o poder divino que Ele Se tornou vitorioso. Ele renunciou ao uso de Sua divindade inerente e, em vez disso, dependeu de um poder acima dEle. E o mesmo poder nos está disponível. A Divindade pode ser combinada com a humanidade em nossa vida tal como foi na dEle, e por tornar-nos "co-participantes da natureza divina" podemos ser vencedores. II S. Pedro 1:4.

TESE 93

Jesus achava os pecados repulsivos. Na medida em que dependamos de Deus também acharemos os pecados repulsivos.

Em virtude de ter vivido toda Sua vida terrenal dependendo de Seu Pai, em razão de jamais ter cedi- do à tentação de separar-Se de Seu Pai, mesmo por um instante, o diabo não foi capaz de tentá-lo com pecados, plural. Ele achava os pecados repulsivós.

Seguidas vezes é dada evidência nos escritos inspirados. Hebreus 1:9 diz a respeito de Cristo: "Amaste a justiça e odiaste a iniquidade." O Desejado de Todas as Noções, pág. 77: "Todo pecado, toda discordia, toda contaminadora concupiscência trazida pela transgressão, Lhe era uma tortura para o espírito." Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 322:

"Odiando o pecado com um ódio perfeito, Ele [JESUS] acolheu, no entanto, sobre Sua alma os pecados de todo o mundo." Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Comentary, vol. 5, pág. 1.142: "Seu caráter revelava um perfeito ódio pelo pecado." Vol. 7, pág. 904: "Cristo sempre conservou o mais vigoroso ódio pelo pecado." Vol. 7, pág. 927: "Quem dera compreendêssemos o significado das palavras, Cristo 'sofreu tendo sido tentado'. Conquanto Ele estivesse livre de macula do pecado, as refinadas sensibilidades de Sua natureza santa tiveram contato com a iniquidade inexprimivelmente penosa para Ele." O Desejado de Todas as Noções, pág. 61: "Não aborrecia Ele senão uma coisa no mundo, e isso era o pecado. Não podia testemunhar uma ação injusta, sem uma dor que Lhe não era possível disfarçar." O Desejado de Todas as Noções, pág. 522:Jesus "sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade e ao Seu ódio pelo pecado. ... Achar-Se rodeado de criaturas humanas sob o domínio de Satanás, era- Lhe revoltante".

Às vezes as pessoas tentam provar que Cristo foi tentado com a iniquidade do mesmo modo que um homem pecador é tentado quando está vivendo sem Cristo. Dizem que os pecados e tentações que o diabo apresentava a Cristo neste mundo, eram-Lhe atraentes, mas que Ele apertava os dentes, endurecia a espinha e recusava agir segundo o que Seus desejos naturais O instavam a fazer. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Outra teoria é a de que Cristo era atraido pelas coisas más, que Ele experimentou desejos sensuais, cobiça e ira, mas que devido a Seu amor a Seu Pai, recusava-Se a fazer aquilo que, doutro modo, seria feliz em cumprir. A informação inspirada tampouco sustenta tal ponto de vista. Conquanto seja verdade que o Seu amor ao Pai fosse forte, Seu ódio ao pecado era também forte. Ele achava o pecado repulsivo, não atraente.

Ao estudarmos a vida e natureza de Cristo, a novidade é que Sua visão de pecado e erro tambem nos está disponível. Não precisamos viver a vida cristã desejando unir-nos ao mundo com os seus pecados, mas apertando os dentes e forçando-nos a não agir assim. Não precisamos tentar reunir amor snficiente à Deus, a fim de que estejamos dispostos a negar nossos instintos naturais para torná-Lo feliz. Podemos experimentar o mesmo tipo de vitória que Jesus experimentou - vitória não só sobre atos pecaminosos, mas sobre desejos pecaminosos também. Uma vitória que vai além do comportamento, aos próprios desejos e inclinações do coração. Podemos considerar os pecados repulsivos, tal como Jesus.

Novamente, a evidência nos escritos inspirados é considerável. Mensagens aos Jovens, pág. 338: "Quando estivermos revestidos da justiça de Cristo, não teremos nenhum prazer no pecado ... Pode remos cometer erros, mas havemos de aborrecer o pecado que causou os sofrimentos do Filho de Deus." O Grande Conflito, pág. 647: "Pela súa própria experiência dolorosa compreenderam a malignidade do pecado, seu poder, sua culpa, suas desgraças, e para ele olham com aversão." O Grande Conflito, pág. 508: "No coração renovado há ódio e decidida resistência ao pecado." Testimonies, vol. 2, pág. 294, fala da pessoa convertida: "Sua vida pregressa parece- lhe repulsiva e detestável. Ele odeia o pecado." E O Desejado de Todas as Noções, pág. 498: "Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de continua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível."

Você aprecia os pecados, ou os acha repulsivos e detestáveis? A diferença está em conhecer a Deus como lhe é dado o privilégio de fazê-lo, ou não. Você não odiará o pecado pelo fato de empenhar-se arduamente nisso. Aprende a odiar o pecado empreendendo o necessário esforço para conhecer a Deus e ter comunhão com Ele dia a dia. Não importa em que ponto comece o estudo da salvação pela fé em Jesus Cristo, você sempre termina no mesmo lugar. Você O conhece? Conhecê-Lo é a base de todas as coisas que se seguem. Conhecê-Lo é vida eterna.


TESE 94

Nunca poderemos ser como Jesus foi, mas podemos agir como Jesus agia.

Lembra-se do cántico infantil "Quero Ser Como Jesus"?

Ser como Jesus, este é meu cântico,
Em casa e na multidão;
Ser como Jesus o dia inteiro!
Quero ser como Jesus.

Épossível ser como Jesus? Ou esse cântico estava errado? Épossível ser como Jesus em alguns sentidos, mas não em outros?

Para começar, sabemos que há um modo pelo qual nunca seremos como Jesus - pois Ele é Deus, e nós não. Ele é nosso Criador, e nós apenas criaturas. Podemos tornar-nos particípantes de Sua divina natureza mediante Sua presença no íntimo de nossa vida. Mas nunca deixaremos de ser seres humanos. Assim, nesse sentido, jamais podemos ser como Jesus.

"A encarnaçao de Cristo sempre foi, e continua rá sendo, um mistério. O que é revelado é para nós e nossos filhos, mas que todo ser humano seja advertido quanto a tornar Cristo inteiramente huma no, um como nós; pois isso não pode ser." - Comentarios de Ellen G. White, SDA Bible Comentary vol. 5, pág. 1.129

Mas mesmo quando limitamos nossa comparação do aspecto humano da natureza de Jesus, ainda achamos que nunca podemos ser exatamente como Ele. Ele nasceu como "o ente santo", isento de pecado por natureza desde o nascimento, como vimos na Tese 90. Nós nascemos separados de Deus, pecaminosos por natureza desde o nascimento. Enquanto vivemos neste mundo, teremos essa diferença em nossa natureza. Ver Parabolas de Jesus pá. 160.

Outra maneira pela qual jamais nos igualaremos a Cristo é nosso passado pecaminoso. Temos um histórico comprometedor. Por toda a eternidade sempre nos acharemos em necessidade da graça justificadora e perdoadora de Cristo para cobrir nossos pecados passados. Uma vez que Jesus nunca pecou, Ele nunca teve um passado pecaminoso.

Contudo, é ainda possível sermos semelhantes a Jesus! Podemos viver como Jesus viveu e trabalhar como Ele trabalhou. Podemos obter vitória sobre as tentações do mesmo modo como Elê obteve, mediante dependência de um poder do alto, em lugar de em um poder de dentro. Podemos viver em relação a Deus como Ele viveu, e assim descobrir que as diferenças entre nós não fazem diferença!

Jesus viveu como homem. Por toda Sua vida neste mundo Ele nunca empregou Seu poder divino até a manhã da Ressurreição.

Todos os milagres que Jesus realizou - ressuscitar os mortos, curar os enfermos, purificar os leprosos, expulsar demônios, caminhar sobre as águas,conhecer o pensamento das pessoas - foram também praticados por Seus seguidores. As obras que Jesus fazia eram obras feitas por Seu Pai. Jesus o disse em S. João 14:10: "O Pai que permanece em Mim, faz as Suas obras."

Por cerca de onze vezes o livro O Desejado de Todas as Nações menciona que a "divindade irradiou através da humanidade". A primeira vez foi por ocasião da primeira purificação do Templo, quando por um momento o véu da humanidade parecia ter deslizado para um lado, e a humanidade viu no Seu íntimo um lampejo da divindade. Mas mesmo então, as palavras utilizadas têm significado especial. É dito que a divindade irrompeu através - não a partir de. Mesmo então, o Pai estava no controle, e foi a divindade do Pai que se revelou mediante Seu Filho.

Porém ainda mais importante do que os milagres que Jesus realizou foi a vitória que obteve em Sua batalha com o inimigo. Mediante a comunhão com o Seu Pai, através da dependência de Seu Pai, obteve Ele a vitória. E a vitória dEle pode ser nossa. Tal como as obras do Pai podem ser manifestas na vida de Jesus, assim pode Ele operar em n6s "tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade". Filipenses 2:18.

TESE 95

O problema do pecado é um relacionamento interrompido entre Deus e o homem. O alvo da salvação é restaurar a relação entre Deus e o homem.

Jesus deseja casar! Apocalipse 19:6-9 fala a respeito disso: "Então ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de multas águas, e como de fortes trovôes, dizendo: Aleluia! pois reina o Senhor nosso Deus, o todo-poderoso. Alegremo-nos, exultemos, e demos-Lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finissimo resplandecente e puro. Porque o linho finissimo são os atos de justiça dos santos. Então me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que São chamados à ceia das bodas do Cordeiro."

A relação entre a humanidade e Deus foi interrompida no Éden. Quando Adão e Eva pecaram, ocultaram-se e não mais vinham ansiosamente encontrar-se com Deus; não mais podiam andar com Ele na viração do dia.

Adão e Eva tinham preferido não confiar nAquele que havia sido apenas digno de confiança, e, desse modo, a relação com Deus foi desfeita.

Mas Deus não desejava que a história terminasse ai. A comunhão com Seus filhos era-Lhe tão importante que Ele Se dispunha a ir até a cruz a fim de restaurar a interrompida relação. Veio pessoalmente andar com os homens, dessa vez velado com a humanidade, com vistas a superar o abismo causado pelo pecado.

"Desde que Cristo veio habitar entre nós, sabemos que Deus está relacionado com as nossas provações, e Se compadece de nossas dores. Todo filho e filha de Adão pode compreender que nosso Criador é o amigo dos pecadores. Pois em toda doutrina de graça, toda promessa de alegria, todo ato de amor, toda atração divina apresentada na vida do Salvador na Terra, vemos 'Deus conosco'." - O Desejado de Todas as Nações, pág. 16.

E agora Jesus deseja casar. O que significa casar? Significa estar juntos pessoal e permanentemente.

No aeroporto de Tókio minha esposa e eu certa vez conhecemos um cavalheiro sueco que ia encon trar a noiva em Seul, Coréia. Eles nunca se haviam encontrado. Haviam, mediante correspondência, tido muita comunicação a longa distância. Mas esta era a primeira vez que veriam um ao outro em pessoa. Ele, compreensivelmente, estava ansioso para se encontrar com ela. Não via a hora de casar, ansiando encontrá-la em pessoa e tê-la permanentemente.

Mediante oração e o estudo de Sua Palavra, temos estado em correspondência com Jesus. Aprendemos a amá-Lo porque Ele nos amou primeiro.

Podemos contudo, unir-nos a Ele na espera do casamento, até o tempo em que possamos encontrá Lo, peessoalmente e para sempre.

As vezes as pessoas se preocupam, com a possibilidade de que o relacionamento diário com Cristo se torne apenas outra rotina de obras. Mas o relacionamento não é simplesmente um meio para o fim.


É o próprio fim! Não temos uma relação com Cristo a fim de sermos salvos. Somos salvos a fim de termos relação com Cristo!

"Quando por meio de Jesus, entramos no repouso, O Céu começa aqui. Atendemos-Lhe ao convite:

Vinde, aprendei de Mim; e assim fazendo começamos a vida eterna. O Céu é um incessante aproximar- se de Deus por intermédio de Cristo. Quanto mais tempo estivermos no céu da bem-aventurança, tanto mais e sempre mais de glória nos será manifestado; e quanto mais conhecermos a Deus, tanto mais intensa será nossa felicidade. Ao andarmos com Jesus nesta vida, podemos encher-nos de Seu amor, satisfazer-nos de Súa presença. Tudo quanto a natureza humana é capaz de suportar, é-nos dado receber aqui. Mas o que é isso comparado ao porvir?" - O Desejado de Todas os Noções, pág. 246. Jesus deseja casar! E você?

Volta ao Capítulo AnteriorVolta ao ÍndiceVai para o proximo Capítulo

 | Home | Igrejas | Links |

 

 

1